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domingo, 18 de novembro de 2012

O consumo aumenta. Hora de rever conceitos

Não é preciso de estatística comercial para perceber que o aumento no consumo já começou. Vem, ao longo do ano, aliás, se fortalecendo, devido ao aumento do poder aquisitivo, o que muitas vezes explica, também, um certo endividamento da população, que é bom que se diga, não é nada saudável. Aos sábados, no centro comercial de Limeira fica quase impossível transitar. As ruas estão repletas de veículos à procura de uma vaga para estacionar e nas calçadas as trombadas são inevitáveis. Nos shoppings também já é visível o aumento na procura pelos presentes de fim de ano. Tanto por aqui, por enquanto, no único que temos, o Pátio Limeira Shopping, como nos da Região, como Campinas, Piracicaba, Santa Bárbara D´Oeste, onde ficam os mais conhecidos. O que pesa, entretanto, para um não crescimento maior e mais oportunidades para consumidores e lojistas, é a falta de visão de muitos empresários do setor e o corporativismo sindical, que impede essa evolução. Está na hora de as entidades, tanto as patronais como as de trabalhadores, pensarem no seu maior bem: o próprio consumidor. 

Relação antiquada
Fica claro e evidente, respeitando-se sempre as regras trabalhistas, que o desacordo entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores, é um ranço que só deteriora as relações de consumo. Já passou da hora de pensar num horário estendido do comércio de rua aos sábados. Muito já escreveu sobre isso, porém nenhum resultado prático trouxe luz, até o momento, para essa empedernida e burocrática relação de trabalho.

Exigências atuais
Só para exemplificar essa situação, do quanto seria importante uma revisão nesses conceitos, é a abertura do comércio na semana do quinto dia útil do mês, data do recebimento de salários de grande parte dos trabalhadores. Ainda nas últimas horas do expediente, que avança até as 18h, é possível ver gente nas lojas e caminhando nas calçadas, prontas para comprar. Algumas lojas, porém, fecham bem antes do horário.

Atraso do atraso
A abertura do comércio de rua em horário estendido uma vez ao mês ou em datas específicas é pouco para quem quer, de fato, apostar no desenvolvimento. É bom lembrar que a maioria dos trabalhadores recebe também um porcentual de seus salários no dia 20 de cada mês. E que muitas empresas têm datas diferenciadas para pagamentos de salários, como os dias 15, 25 e 30. O pagamento no quinto dia útil, portanto, não é uma regra geral. Fica difícil entender, portanto, essa queda de braço entre patrões e empregados, representados por suas devidas entidades, o Sicomércio e o Sinecol. Quem perde e vai continuar perdendo, primeiramente, é o consumidor. E também os empresários e os próprios trabalhadores do setor. Está na hora de rever esse corporativismo tacanho.

Mas algum dia...
...quem sabe, quando houver a necessária renovação das mentes (das lideranças pensantes e ativas), Limeira deixe de lado o atraso e caminhe rumo a horizontes mais amplos e destemidos. Chega de patinar na oratória do século passado. Está na hora de evoluir e perceber que estamos no Século XXI. No 3º Milênio.

Que venham logo
Na próximo dia 22 será reaberto o Shopping Limeira. Para quem não se lembra, trata-se do antigo Limeira Shopping, lá no Parque Egisto Ragazzo. E que venha com força, para somar ao já existente, e ao futuro Shopping das Nações, que chega em 2013. Significam mais oportunidades de emprego e novas opções aos limeirenses, que muitas vezes deixam a cidade à procura daquilo que não encontram por aqui, mas poderia estar à disposição. Há espaços abertos para novas concorrências. É preciso pensar lá na frente. Faz tempo que os monopólios não representam mais o desenvolvimento como ele deve ser. A concorrência é - e sempre será - a mais salutar de todas as relações entre as empresas.

De volta ao tema
Vagas especiais para idosos e portadores de necessidades especiais estacionarem no centro para quê? Poucos a respeitam como deveriam e muitos se julgam no direito de delas se utilizarem sem o menor constrangimento. Basta ficar alguns minutos próximo a uma delas, para perceber a falta de educação e consciência de muita gente que não tem paciência para procurar - ou não quer mesmo - uma outra vaga. Essas vagas, entretanto, têm o mesmo tempo de utilização da Área Azul, ou seja, máximo de 1h30. Não é para deixar o veículo o dia todo na vaga, como propriedade exclusiva. Como diria aquele humorista, "é muito difícil"...

Historinha bíblica
Na última quinta-feira, feriado da República, o centro de Limeira, em especial por toda a extensão da Rua Boa Morte, estava uma verdadeira Torre de Babel, nenhum semáforo se entendia com o outro. Na sexta-feira à tarde, o problema persistia. Ninguém para resolver.

Pergunta rápida
Até quando o governo estadual vai continuar negando a existência da facção criminosa PCC?

Que justificativa?
Agora o governador paulista, o tucano Geraldo Alckmin, tenta justificar a crescente violência no Estado de SP, como "uma campanha contra São Paulo". Seria cômico, se não fosse trágico, ouvir da autoridade máxima estadual tal alegação. Ele continua, de forma irresponsável, negando o "clima de guerra" existente entre bandidos e policiais e prefere se amparar nessa retórica teoria conspiratória contra "a terceira metrópole do mundo". 

É difícil admitir
Para o político, de uma maneira geral, é muito mais vexatório e angustiante uma vitória não conquistada do que uma derrota anunciada. Que todos pensem nisso.

Frase da semana
"Aqui é maior que a Argentina". Do governador Geraldo Alckim (PSDB), tentando justificar a onda de violência que se abate sobre São Paulo. Quinta-feira, 15, no UOL Notícias-Cotidiano.

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