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segunda-feira, 19 de março de 2012

Quando o bom senso se transforma em utopia

Bom senso. Aquilo que gera prudência, juízo, entendimento. Tudo isso é o que falta à classe política brasileira. E talvez seja bater em ferro frio ou dar murros em ponta de faca, como se diz de uma ação necessária, mas que pouco considerada por quem deveria observá-la. Se não vou conseguir moldar o ferro e acabar ferindo minha mão, pouco me importa. Mas sempre que for necessário procurarei buscar na utopia a razão para não deixar de tentar nunca. Falta bom senso à oposição, quando não compõe com a situação pelos interesses comuns, dos cidadãos. Como o contraponto também é verdadeiro, quando a situação não busca alidados na oposição, por pura teimosia. É imprudente o político, que não consegue aglutinar aliados, mas insiste e se manter na ativa e não percebe que seu tempo passou. Como falta juízo aos que buscam a todo custo a manutenção de uma status quo, que não exite mais. Por conta disso, gostam de se afogar nas águas turvas da vaidade, numa tentativa de buscar um último suspiro pela sobrevivência, mesmo sabendo que serão tragados pela correnteza que eles próprios criaram.

Não desiste nunca
Erra na estratégia o político que, apeado do poder, não percebe a sua própria insensatez, a cegar-lhe a visão. Pautado por isso, insiste na teoria de revanche e enxerga em tudo conspiração de adversários. Esquece-se de procurar as razões de seus fracassos nos próprios erros cometidos, que de tão visíveis não mais consegue esconder e perde-se num discurso, que não espelha mais a realidade.

Apego intolerável
Todo cidadão tem direitos. A busca deles na Justiça é fundamento constitucional. Só não deve deixar de acrescentar aos seus interesses o bom senso, que muitas vezes pode simplesmente representar a desistência dessa busca. Com poucos aliados e sem a credibilidade necessária da população e rechaçado por entidades representativas, o prefeito cassado Sílvio Félix insiste em voltar ao cargo perdido.

Ninguém ganha...
Perde Félix, que tem sua imagem cada vez mais repudiada pela opinião pública; perde Limeira, com as incertezas e perde o cidadão, cansado de politicagem.

E as sacolinhas...
Tenho opinião formada sobre a questão das sacolinhas plásticas distribuídas pelos supermercados. E sou totalmente favorável a essa onda contrária à sua utilização e integral substituição por sacolas retornáveis, que se muitos não se lembram, foram utilizadas por nossos pais e avós, nas compras nos armazéns e feiras livres. E ninguém reclamava. Era acessório comum e tinha das mais diversas cores, formatos e tamanhos. E estavam sempre cheias das compras para o mês ou semana.

Então que acabe
Já passou da hora dessas discussões sem fim e dar, definitivamente, um fim às sacolinhas plásticas, que servem apenas para estampar o logo do estabelecimento e nada mais. Não dá nem para usá-las como sacos de lixo, pois são frágeis e na maioria das vezes furadas e não retém o lixo orgânico. Tenho certeza que, em pouco tempo, todos estarão acostumados e não se lembrarão mais delas. O meio ambiente agradece.

Pergunta rápida
Onde estão, agora, os fiéis escudeiros de Silvio Félix?

Barulho sem fim
Quem fiscaliza as empresas que vendem segurança residencial e os respectivos equipamentos de segurança? Se alguém puder responder - ou até mesmo as próprias empresas - que o façam. Pois às vezes é difícil dormir com o som de alarmes, que soam horas a fio após serem acionados e ninguém toma providências. Não há monitoramento 24h, conforme apregoam em anúncios para vender serviços e produtos? Por que o cidadão tem que ficar à merce dessa situação principalmente nas madrugadas? Questão a ser debatida. Enfim, fica um alerta para que essas empresas cuidem um pouco mais de seus clientes e, também, tenham respeito com os cidadãos de uma maneira geral.

Se você quer ler
Um livro que li a muito tempo, mas que pode ser lido hoje, sem perda da mensagem e do conteúdo. Um romance curto, praticamente um monólogo, proporcionado pelo personagem central da história, um advogado parisiense, Jean-Baptiste Clamence, que se culpa eternamente por uma atitude que não tomou e que resultou na morte de uma mulher. Trata-se de A Queda, de Albert Camus, que traduz toda a ansiedade de um indivíduo, que quer se livrar de uma culpa e não consegue. E precisa buscar numa conversa com ele próprio, simulada entre frequentadores de um bar, sua liberdade. Exatas cem páginas de reflexão sobre as atitudes que deveríamos ter tomado e perdemos a oportunidade. Interessante.

Eu Recomendo!
Um filme de ficção científica e terror ao memso tempo. Para embalar a semana que está começando. Trata-se de A Volta dos Mortos-Vivos (The Return of the Living Dead, EUA-1985), dirigido por Dan O'Bannon, com elenco formado por Clu Gulager, James Karen, Miguel A. Núñez Jr., Don Calfa, Thom Mathews, Beverly Randolph, entre outros. A história começa, quando dois empregados de um armazém de medicamentos encontram no subsolo do estabelecimento barris do exército. Lacrados, esses recipientes liberam, acidentalmente, um gás mortal no ar, que acaba reanimando os mortos de um cemitério próximos, que saem em busca de uma única coisa dos vivos: seus miolos. 91 minutos de sustos.

Frase da semana
"Não é fácil, é burocrático, mas compensa saber que outras pessoas serão salvas e que será feita a vontade de minha mãe". Abimael Vieira, filho de Rosângela Rosa Costa Dias, que teve morte cerebral decretada após um AVC e doou seus órgãos para transplante. Ontem, na Gazeta.

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