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terça-feira, 27 de março de 2012

À história, o que é da história. O resto ao limo

Aprendi a cultuar a história como legado, fundalmental para o autoconhecimento. Como pilar da nossa existência e passaporte para o futuro. Tudo o que está na história e tem potencial para nela entrar é parte permanente da vida de cada um. Está além de qualquer compreensão, que não seja de fato história. Uma analogia interessante, que vai encontrar barreira intransponível, quando se tenta atropelar o seu curso ou nele se inserir sem o devido mérito. Não há, pois história sem mérito, que deve ser uma conquista e não imposição. É preciso saber diferenciar, portanto, seus princípios básicos, sem o risco de escorregar rumo ao limo. Quem faz história, entra para os seus escritos. E não é fácil escrevê-la. Por isso é essencial entender todo esse mecanismo. Ou então ficar apenas na lembrança da mediocridade. Nesse caso, não há porta dos fundos. A não ser aquela que vai levar ao esquecimento, ou então como exemplo a não ser copiado. Temos muitos. Talvez tantos quanto os verdadeiros personagens, que conquistaram seu espaço na galeria do tempo e nela permanecem até hoje.

Um buraco negro
A história não permite desvios de conduta. E pode fazer desmoronar a construção mais sólida, caso lá no alicerce haja uma falha qualquer. É como um fio solto num pedaço de tecido, que ao primeiro puxão vai desmanchar toda a peça. Limeira está inserida, hoje, nesse contexto. Não por vontade própria, mas pela inabilidade dos personagens que estavam escrevendo o capítulo atual de sua história política.

É difícil de limpar
Limeira vive uma desconstrução histórica, que não vai perdoar nenhum daqueles que tentaram, através das sombras e na escuridão, fazer brilhar luz própria e, dessa forma, forjar uma nova página, que nunca poderá ser escrita porque o papel estava podre e a tinta se transformou num borrão impossível de limpar. Não há tempo para passar uma borracha nos acontecimentos, que não mais podem ser desfeitos.

Resistência tola
Resistir a tudo isso é querer alterar, mais uma vez, o curso natural das coisas. E entre a resistência inútil e a desistência honrosa, a segunda opção não é derrota. É apenas uma correção de rumos.

Está só no início...
Estamos a um passo de iniciar o calendário eleitoral, para o pleito deste ano. Os partidos começam a acordar e tomam suas primeiras decisões. O PSDB de Cordeirópolis, por exemplo, decidiu através de seu diretório, em reunião no último dia 4, por chapa completa rumo a outubro, com a ressalva de deixar em aberto o cargo de vice-prefeito, "a outras siglas partidárias dentro do mesmo alinhamento político". A decisão foi anunciada pelo vereador Wilson Diório, presidente da Câmara e do partido na cidade, após assédio de outros partidos, oferecendo o cargo de vice-prefeito. Essa decisão, segundo o secretário do PSDB, Nicolino Diório, é deviso à força dos tucanos em Cordeirópolis, que começam, dessa forma, a demarcar território por lá. Jogo político precisa ser bem jogado.

...e vai continuar
Em política, todos sabemos, não há questão fechada. Nunca. Portanto, abre-se o diálogo e busca-se pelo consenso, que nem sempre existe. A sobrevivência partidária, hoje, está acima de qualquer intransigência. Como política não é ciência exata, entendo que ninguém deve fechar questão nesse sentido.

Prova estatística
Números e dados não mentem. Podem ser manipulados por quem discorda deles, mas a mentira, nesse caso, acaba sucumbindo diante da verdade. Então, antes de tentar fazer algum comentário ou análise crítica de uma situação qualquer, o cidadão precisa entender do que está falando, para não ser desmentido ou desmascarado posteriormente. Tenho dito.

Por que o medo??
Os tucanos, de alta e baixa plumagem, tanto esbravejaram contra as informações do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., até com palavras de baixo calão, mas agora estão correndo da CPI da Privataria. José Serra, provável candidato do PSDB à prefeitura paulistana, está com medo e tentando acordos para que ela não saia do papel. Engraçados os posicionamentos do PSDB, que só acentuam as contradições do partido. CPIs só podem investigar outros partidos, nunca o PSDB e seus integrantes. Assim é fácil fazer política. E se a "privataria" é mentira, então que apoiem essa investigação. É mentira mesmo. Será?

Pergunta rápida
Quantos recursos o prefeito cassado Silvio Félix precisa ter negados contra si, para perceber que é carta fora do baralho político local?

Se você quer ler
Vamos voltar um pouco no tempo, hoje, com um livro que há 52 anos faz sucesso entre todos os leitores. Trata-se de O sol é para todos, da escritora norte-americana Harper Lee. Sua narrativa é feita pela ótica de uma adolescente, ou talvez até mesmo uma pessoa idosa, recordando-se de sua adolescência. O enredo se passa no sul dos Estados Unidos, durante a Grande Depressão, e se desenrola numa cidade fictícia, Maycomb, e tem como dos temas centrais a discriminação racial, discriminação de classe e a procura da justiça para um inocente. Uma curiosidade: apesar de ser ambientado nos EUA, O sol é para todos é, na Inglaterra, o segundo romance preferido dos leitores, ficando atrás apenas de Orgulho e Preconceito, da britânica Jane Austen, mas à frente da Bíblia.

Eu Recomendo!
Um clássico dos anos 60 - porém, mais atual que nunca - que traz Sidney Poitier numa de suas melhores atuações. Estou falando do filme Ao Mestre, com Carinho (To Sir, with Love, Inglaterra - 1967), dirigido por James Clavell. Além de Poitier, o elenco é composto por Christian Roberts, Judy Geeson, Suzy Kendall, Ann Bell, Lulu (que interpreta a música-tema) entre outros. O filme conta a história de Mark Thackeray, um engenheiro desempregado, que resolve dar aulas em Londres, no bairro operário de East End. A classe, que tem seus líderes, está determinada a destruir Thackeray, como fizeram com seu predecessor. Acostumado à hostilidade, ele enfrenta o desafio tratando os alunos como jovens adultos, que em breve estarão se sustentando por conta própria. 105 minutos.

Frase da semana
“Chegou a hora de o PSDB ter a cara da gente”. José Aníbal, secretário de Estado da Energia, candidato às prévias à prefeitura de São Paulo, que acontecem hoje. Ontem. No UOL Eleições 2012.

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