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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Disciplinar é preciso. Mais que isso, agir

Faz tempo que se ensaia a transferência dos camelôs da Praça do Museu. Faz mais tempo, ainda, que se anuncia tal medida, sem nenhuma ação concreta. Longe de querer tirar o "ganha-pão" de cada um deles, mas com a transferência de todas as linhas do improvisado terminal para o recém-inaugurado e definitivio terminal, na baixada da estação rodoviária, não haverá como mantê-los no local. Isso em decorrência do próprio movimento de populares, cuja tendência é uma redução drástica naquele logradouro. Sem ter a quem vender - pelo menos a quem oferecer os seus produtos - os próprios camelôs, acredito, tomem consciência de que devam deixar o local à procura de outro. E cabe à Prefeitura, também, disciplinar essa atividade e oferecer-lhes um novo local. Talvez até mesmo nas proximidades do novo terminal urbano. Trata-se, também, de uma questão urbanística. É preciso recuperar o Museu Histórico e Pedagógico Major José Levy Sobrinho, a Biblioteca Municipal e toda aquela praça, berço da tradicional escola Coronel Flamínio, que hoje abriga justamente o museu. Sem promessas, mas com ação.

Trabalhar é preciso
Quanto aos camelôs, eles precisam, sim, de um novo local para exercer sua atividade econômica. Todos eles, acredito, tiram o sustento próprio e da família desse trabalho. O shopping popular, nas instalações da antiga Machina São Paulo, que está em obras de recuperação, pode ser uma solução. Com organização, infra-estrutura e tudo o que precisam. É preciso conscientizá-los disso. Discipliná-los. Quem não aceitar...

Disciplina também
Acredito que haja até mesmo resistência e tentativas de reincidência e retorno à Praça do Museu. E é nesse ponto que a Prefeitura tem que ser firme. E mostrar, aos camelôs, que precisam acatar a mudança e participar dela. Será preciso jogo de cintura e muita fiscalização, para que todos saiam ganhando com essas mudanças. Os usuários do transporte público, a população, com a praça restaurada, e os próprios camelôs.

Uma outra história
Acomodar o Museu Major José Levy Sobrinho no antigo Grupo Escolar Flamínio Ferreira foi, para alguns, senão um erro, uma gafe histórica. Segundo se comenta nas rodas da história política local, ambos se digladiavam pelo poder. Foram ferrenhos adversários, e até inimigos políticos. História que precisa ser confirmada.

Escreveu, não leu...
...o pau comeu, dito popular que pode ser traduzido como "é preciso fazer a coisa certa, sempre". É para refletir um pouco sobre alguns pretensos jornalistas, que estão escrevendo e não lendo as coisas que escrevem. E o pior de tudo, vomitando ética da boca para fora sem mirar o própiro nariz no espelho mais próximo. No jornalismo, não basta apenas conhecimento prático e teórico. É preciso muito conhecimento técnico também. Então, uma sugestão interessante aos apressados: aprendam antes. Conheçam o assunto que pretendem escrever, e suas implicações. Depois, basta lembrar que temos liberdade de expressão por aqui.

Responsabilidades
E o mais importante em todo esse processo da difusão de informações: ter responsabilidade, para não ter que se explicar depois. E essa responsabilidade significa, também, assumir as próprias ideias para não ter que pedir arrego.

Fatec. Outra vez?
Até quando vai se insistir nessa história das Fatecs? escrevi e volto a escrever. Limeira não precisa delas. Precisa aumentar seu portfólio de cursos universitários voltados aos interesses dos verdadeiros interessados: os estudantes. Senão vai continuar tudo como está, não atendendo à demanda local. O pior investimento de um governo é fazer política com a educação. Como faz hoje o do Estado de São Paulo. Que retrocesso. gastaram demais essa tecla. Chega.

Pergunta rápida
quantas andam as investigações sobre o assassinato do empresário do setor de joias Odair Zambom?

Se você quer ler
Para este domingo minha indicação é o livro Meu Querido Vlado-A História de Vladimir Herzog e do Sonho de uma Geração, do jornalista Paulo Markun. Ambos eram amigos, com ligações com o Partido Comunista, na década de 1970, o que era proibido pela ditadura. Markun trabalhava na TV Cultura, onde conheceu Herzog, que à época era diretor de jornalismo da emissora. Foram presos e tiveram que depor no temido DOI-CODI. Paulo Markun foi uma semana antes, e Vladimir Herzog no dia 24 de outubro de 1975. No dia 25 estava morto. Trata-se de um relato de quem sobreviveu à ditadurta. Markun, além da própria memória, utilizou-se de documentos do Departamento de Ordem Política e Social, o Dops, para escrever o livro. Boa leitura a todos.

Eu Recomendo!
Para quem é ligado em televisão, aqui vai o filme Nos Bastidores da Notícia (Broadcast News, 1987-EUA), dirigido por James L. Brooks. Comédia sobre o dia a dia de uma emissora de TV, que tem no elenco William Hurt, Albert Brooks, Holly Hunter, Robert Prosky, Jack Nicholson, John Cusack, entre outros. A história se passa em Washington D.C., onde uma produtora de telejornal de uma grande rede tenta manter um alto padrão de qualidade. Ela tem dificuldade para aceitar o mais elegante âncora da rede, que é tudo o que ela mais odeia em notícia, mas acaba se apaixonando por ele. Um colega de trabalho, que é um ótimo profissional, mas não pinta, mas é o melhor amigo dela, assiste a tudo, além de ser apaixonado por ela e não revelar este amor. Duração: 132 minutos.

Frase da semana
"Militares me expulsaram porque não rezei duas missas". Do padre italiano Vito Miracapillo, expulso do Brasil pela ditadura militar em 1980, que está de volta ao País, 31 anos após ser expulso. À época, o caso teve repercussão internacional. Sexta-feira, 6, no UOL, Notícias-Política.

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