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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Coincidências à parte, é preciso explicar. Outra vez

Há uma espécie de gíria entre os apreciadores das corridas de cavalos, daqueles que têm o turfe como esporte e até mesmo fonte de renda, com o seguinte enunciado: se você apostar num cavalo pela primeira vez, e ele vencer, é sorte; se você apostar no mesmo cavalo pela segunda vez, e ele vencer novamente, é coincidência; agora, se você aponstar no mesmo cavalo, e ele vencer pela terceira vez, continue apostando por que ele é bom. Entre a sorte, a coincidência e a perpetuação do fato como verdadeiro e irreversível, há uma linha tênue e que está sendo traçada por uma coincidência, ainda sem consequências, mas que não pode se repetir.
Essa pequena pérola me veio à mente justamente por essa coincidência, à qual me referi no parágrafo acima. De fatos, quase de datas mesmo, envolvendo pela segunda vez consecutiva o Shopping Pátio Limeira. Que se não tem nada de engraçado e nem é motivo para se fazer troças, merece que todas as atenções estejam, mais uma vez, voltadas para ele. E no embalo dos acontecimentos do último sábado, se possa vislumbrar uma ação definitiva e eficaz para que se evite, no futuro, uma tragédia de grandes proporções. E não há como deixar passar em branco esse novo "incidente", na praça de alimentação daquele centro de compras.
E as coincidências - agora no plural - são bastante contundentes. Senão vejamos: o mês, janeiro; a praça, recém-inaugurada após mais de um ano fechada para reparos e ações corretivas na área de segurança; uma chuva forte e outro susto, que se iniciou com algumas gotas de água (muito bem captada por um vídeo feito por uma frquentadora e postada no Youtube) e por fim o desabamento de uma placa de gesso do teto. Desta vez apenas uma placa. O que não deixou de provocar correria e assutado muita gente, pela lembrança do que aconteceu naquele 25 de janeiro de 2010. A pergunta que fica no ar é a mesma que rondou praticamente todo o ano passado, até a área ser liberada para que as recomendações de melhorias - e correções necessárias - fossem sanadas para se ter novamente reinaugurada para o usufruto público: se as obras foram feitas dentro de todos os padrões propostos e com todo rigor técnico, por que aconteceu novamente?
Como não sou engenheiro e nem técnico em segurança, não vou me arriscar a responder, porque também, convenhamos, não é a minha função. Como agente da informação e formador de opinião, meu trabalho é justamente colocar a pulga atrás da orelha dos outros. E fazer com ninguém se esqueça que ela está ali, incomodando. Culpar a chuva não é a melhor opção para uma explicação direta, se levarmos em conta que janeiro é tradicionalmente um mês chuvoso, temporais estão previstos, o que nos remete tão somente a ações preventivas. A lição desse segundo acontecimento só deve ser uma. E diferentemente do apostador no cavalo, que não venha uma terceira vez. Nesse caso não se pode dar sopa para o azar. Com a palavra - caso queiram esclarecer - os empreendedores. Só eles podem falar.

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