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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Oportunidade para ouvir a opinião pública

Muito oportuna a edição especial da Gazeta pelos 185 anos de Limeira. Ouvir os mais variados segmentos da população, consultar especialistas e, a partir disso, propor uma agenda para 2012, é de grande relevância para o Município. Mais que a simples pretensão de pautar candidatos - tanto a prefeito como a vereador - a ideia foi trazer à tona os problemas, revelar os anseios dos cidadãos e entregar a quem quiser e souber aproveitar os resultados desse trabalho, como um roteiro, que pode até ser transformado em programa de governo. Transformar promessas eleitorais em compromissos efetivos com o povo deveria ser a meta de todo agente político, guindado a cargo público pelo voto direto. O "deveria" por mim empregao na frase anterior pode soar pesado demais e uma condição sempre sem ação prática. Infelizmente o é. Daí essa rara oportunidade de poder transformar essa utopia em realidade. E como estamos chegando aos prazos iniciais do calendário eleitoral, nada mais justo do que dar a largada para o período que se inicia em outubro e chamar os interessados à responsabilidade que devem ter.

Prioridades gerais
A saúde, conforme resultado de uma rápida tabulação que fiz das citações apresentadas pela população, deve ser a prioridade máxima do futuro administrador municipal e seus parceiros no Legislativo. Foram 15 ao todo. A educação veio logo a seguir, com 13. Lazer e entretenimento, 11; segurança, 10; trânsito, 8; serviços básicos, 7 e a economia do município, 5 citações completaram a sequência de pedidos.

Proporção inversa
Por esses resultados, fica mais confortável para o analista mostrar quais áreas da atual administração pública estão mais carentes. E que, enfatize-se, por análises e expectativas da própria opinião pública. Rever conceitos e fazer a chamada "mea culpa" deveriam ser duas constantes no vocabulário desses agentes públicos. Difícil mesmo para o político é não se deixar levar pela vaidade do poder. Uma cegueira moral crônica.

para celebrar?
Dia 21 de setembro é o Dia da Árvore. Uma comemoração cívica muito comum e bastante lembrada em minha época de grupo escolar. Hoje, ao notar a falta de consciência ambiental - o novo Código Florestal do deputado Aldo Rebello (PCdoB-SP) e o descaso do poder público com essa causa, não temos muito a comemorar, não! Ficam exemplos raros de boas ações esporádicas e da iniciativa privada. Apenas isso!

Esse é o momento
Lembrei-me dessa data ao perceber como Limeira está cada vez mais pobre de vegetação urbana. Isso sem contar com a falta de cuidados com as espécies ainda existentes, por parte de quem deveria tratá-las. tempos não se uma reposição de plantas nos locais onde as existentes morreram ou foram arrancadas pela indiferença de quem não quer ver a sua calçada com folhas secas, ou até mesmo por estar encobrindo o letreiro de seu negócio. Não pobreza de espírito maior!

A cultura do fogo
Pior que tudo isso é a mania que muita gente tem de atear fogo em folhas e galhos secos, para promover limpeza na área urbana do município e até mesmo na zona rural. É uma cultura de fortes raízes, que nesse período seco do ano, além dos riscos ambientais, é um perigo à saúde pública. Alérgicos e doentes respiratórios crônicos são os mais atingidos por esse tipo de ação humana.

Abandono público
No feriado municipal do dia 15 de setembro aproveitei o momento de folga para levar meu filho conhecer o campus central da Universidade de São Paulo (USP), onde ele pretende estudar. Que decepção ao perceber que, exatos sete anos após ter deixado meus estudos por , nada mudou em termos de cuidados e asseio com a Cidade Universitária. Mato crescendo, sujeira, prédios danificados...tudo do jeitinho que estava, quando de saí. Ainda setores muito bem cuidados, maquiados, diria eu. O abandono, porém, é visível, palpável, em muitas faculdades existentes. Que triste!

Exemplos claros
que o assunto é educação, como se equivalem os governos de São Paulo e Minas Gerais, quando o assunto é o movimento reivindicatório de professores. Vira sempre caso de polícia. Em MG, de Anastasia e Aécio Neves, professores estaduais estão cerca de 90 dias em greve por melhorias nas condições salariais e de trabalho. E que não venham com a lenga-lenga de movimento político não! muito tempo isso é apenas desculpa para não atender à categoria. Nesse parâmetro não para deixar fora, também, o governo federal e o trato com as universidades e institutos federais.

Pergunta rápida
Qual é o preço de sua consciência?

Se você quer ler
Você se imaginou numa sociedade bem organizada, dividida em castas e pré-condicionado biologicamente e condicionado psicologicamente a viver em harmonia com leis e regras sociais? Esse mundo existe e esteve na cabeça do escritor inglês Aldous Huxley, que o transformou em livro. Trata-se de Admirável Mundo Novo (Brave New World, na versão original), publicado em 1932, pórém, nem por isso velho ou ultrapassado. Huxley narra um hipotético futuro, de seres clonados, cuja sociedade não possui a ética religiosa e valores morais que regem a atual socieade. O conceito de família também não existe. Ficção ou realidade? Vale a pena uma leitura crítica e trazer essa história aos dias atuais. Boa leitura!

Eu Recomendo!
Um clássico do cinema sob a direção de Bernardo Bertulucci. Para quem gosta de um drama com ambientação social e política, é uma ótima pedida. Estou falando de 1900 (Novecento - Itália-França-Alemanha, 1976). Tem em Gérard Depardieu e Robert De Niro seus protagonistas, que vivem dois amigos. Um, filho bastardo de camponeses; o outro herdeiro de rica família de latifundiários, que apesar de amigos desde a infância, a origem social fala mais alto e coloca os dois em polos ideológicos opostos: o fortalecimento do facismo e as lutas trabalhistas ligadas ao socialismo. Uma retrospectiva histórica da Itália, desde o início do século 20 até o fim da Segunda Guerra Mundial.

Frase da semana
"Em trânsito nem sempre são possíveis medidas simpáticas. Mas se a fiscalização for justa, acaba sendo aceita". Do engenheiro Roberto Salvador Scaringella, criador da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da captial paulista. Dia 15, na Gazeta.

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