Há exatos dez anos o Planeta assistia, estarrecido, ao símbolo do capitalismo norte-americano ruir em explosões, fogo, cinza e poeira. O World Trade Center - as torres gêmeas, como eram mais conhecidos os dois prédios - virava alvo de ativistas da Al Qaeda, em ataques simultâneos de aviões comerciais tomados em sequestro em pleno vôo. Mais que o ato em si e suas vítimas (quase três mil mortos), que desmontaram fortaleza inexpugnável dos EUA, as ações capitaneadas por Osama Bin Laden refletiram o ódio fomentado por radicais, tanto do lado ocidental como do árabe, que escorados pela Bíblia e pelo Corão, culminava com a morte de muitos inocentes. Como inocentes também foram todas as vítimas das Cruzadas Cristãs e outras tentativas de dominação dos povos via crença religiosa - jesuítas contra os índios também - e diferenças culturas não aceitas. Outras vítimas viriam a seguir, com a invasão do Iraque e incursões contra países muçulmanos, assim como ataques a países europeus, que tinham tropas entre os aliados do presidente George W. Bush. A matança ideológica, religiosa e cultural ainda não acabou!
Aceitar diferenças
Mais que uma lembrança trágica, as imagens do 11 de setembro de 2001 precisam ser entendidas e assimiladas como um recado claro à autodeterminação dos povos. A ninguém, em nome da fé ou dessas diferenças culturais, é dado o direito de interferir no destino de nações soberanas. Muito menos na vontade de seus povos. Colonizar um povo é um ato de subjugação. É a imposição da força sobre o direito à escolha.
Coincidências à...
...parte - ou semelhanças - a chamada Primavera Árabe, é um bom exemplo da não interferência. Povos cansados de exploração e de tirania não precisam abdicar de suas tradições culturais ou religiosas para provocar mudanças. Egito, Líbia, Iemen, entre outros países do mundo árabe estão em processo de libertação, o que não signfica liberdade. Podem precisar de ajuda humanitária, mas resolverão sozinhos suas mazelas!
De novo outra vez
O juiz da Vara da Fazenda Pública, Adilson Araki Ribeiro determinou, na quinta-feira, a lacração do Shopping Pátio. O AVCB ainda não saiu e não tem como sair antes das finalizações das obras, que à mostra, parece não contemplarem as necessidades exigidas. Houve, ao que tudo indica, apenas ajustes, o que acabou implicando essa nova ordem judicial. A Justiça cumpriu o seu dever, mesmo que doloroso para os lojistas e para nós frequentadores do local. Ninguém é louco o bastante de ficar feliz com tal medida, mas a segurança é um direito inalienável do ser humano.
A quem de direito
A Justiça não está feliz com isso. O Ministério Público e nós, que divulgamos as informações, também não! É preciso que lojistas, trabalhadores e frequentadores não partam com paus e pedras contra quem está cumprindo seu dever. Se há cobranças e questionamentos a serem feitos, esses devem ser endereçados aos empreendedores do Shopping Pátio. São eles os responsáveis por todas essas ações. É provável, até, que neste momento, o Tribunal de Justiça já tenha liberado, novamente, a área. Porém não isenta os proprietários do shopping de explicações públicas a respeito dos fatos. Que, diga-se, ainda não deram. Desde o acidente até a primeira interdição. Aquela entrevista coletiva, tão cobrada quanto necessária, ainda não aconteceu!
Irritação e angústia
Acompanhei, na noite de quinta-feira, pelas redes sociais na internet, os desabafos de lojistas e funcionários das empresas lá instaladas. Que têm razão, sim, pelas perdas e prejuízos que terão. Faltou discernimento, entretanto, nas críticas à Justiça e imprensa.
Constatação real!
Estamos tendo um domingo digno de um 11 de setembro.
Pergunta rápida
Por que não fazer a coisa certa desde o início?
Asilo pede socorro
A Associação Beneficente de Amparo ao Idoso - Lar Fraterno Casa da Vovó, que teve parte de seu imóvel destruído por um incêndio nesta semana, está solicitando ajuda da comunidade para sua reconstrução, com doação de materiais e mão de obra voluntária. Mais informações com Lenita, pelos fones 3713-3240 e 97441126. Também há uma conta corrente no Banco do Brasil para depósitos. A agência é 0216-X e a conta 56.121-5.
Se você quer ler
Depois de Tia Zulmira e Eu, Primo Altamirando e elas, Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, encerra sua trilogia como Rosamundo e os outros. Segundo o próprio autor, o último dos personagens ilustres da família Ponte Preta. E é justamente o livro que recomendo hoje, que tem no distraído Rosamundo o seu enredo. Tão distraído, que chega a ter crises de ausência, porém não menos sagaz. E Stanislaw Ponte Preta recomenda para ninguém ficar irritado com o "coitado do Rosamundo". Um crítica cáustica e ao mesmo tempo sutil da sociedade. Vale a leitura. Muito humor e uma dose picante e crítica ao cotidiano.
Eu Recomendo!
O melhor filme sobre o 11 de setembro não é, a bem da verdade, um filme de ação com estrelas hollywoodianas. Trata-se de um documentário, cujo diretor também atua como personagem central. Estou falando de Fahrenheit 11 de Setembro (Fahrenheit 9/11, EUA-2004). Dirigido por Michael Moore, ele é também o protagonista, que investiga como os EUA se tornaram alvo de terroristas, a partir dos eventos ocorridos no atentado de 11 de setembro de 2001. Moore traça um paralelo entre as duas gerações da família Bush que já comandaram o país. E, também, as relações do então presidente americano, George W. Bush, e Osama Bin Laden. 116 minutos e muitos prêmios conquistados. Boa pedida para a data de hoje.
Frase da semana
“Banho é questão de luxo". Sandro Bittencourt , 43, designer gráfico, sobre o racionamento de água em Blumenau, SC, devido às chuvas. Sexta-feira, 9, no UOL-Notícias, Cotidiano.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
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