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terça-feira, 26 de abril de 2011

Na marca do pênalti!

Esporte não é minha área de atuação profissional. Acredito que nesta Gazeta tenha gente muito mais tarimbada do que eu para tratar do assunto. Como torcedor tenho minhas preferências. Nas últimas semanas, porém, um assunto tem dominado a pauta esportiva e, ao acompanhar o andar da carruagem, percebe-se que ela está parada à espera de um bom cocheiro, que possa fazê-la sair do lugar e, dessa, honrar com as tradições que o esporte limeirense enseja. Os títulos conquistados nas quadras e nos gramados, que hoje estão praticamente “sem casa”.
É triste e desolador ver, a cada ano, uma situação se repetindo sem que haja qualquer atitude concreta para que se estanque esse vertedouro de incompetência. Os estádios municipais de Limeira estão novamente na berlinda e muito próximos de uma interdição judicial. O Comendador Agostinho Prada, a morada do Independente FC, e o Major José Levy Sobrinho, berço das conquistas da AA Internacional, sofrem sempre com os mesmos problemas. As mesmas cobranças nas áreas de segurança pública e sanitária, que levam a Federação Paulista de Futebol a vetar a utilização de ambos. E o que é mais desagradável de escrever: por quase nada. Por minúcias que o prefeito Silvio Félix (PDT) não consegue enxergar, pela falta de vontade e desinteresse demonstrados para com o esporte.
Somem-se, agora, os ginásios de esportes do município. O Vô Lucato, como exemplo que envergonhou os limeirenses ao ser mostrado ao vivo e em cores pelo SporTV, no último jogo da Winner contra o São José, pelo NBB, quando o placar eletrônico deixou de funcionar. Mesários tiveram que, na raça e no grito, cronometrar os tempos regulamentares de uma partida de basquete. Por quase nada também. Um pequeno equipamento, que não tinha sequer um sobressalente para que fosse substituído e, dessa forma, voltasse a funcionar. Como a equipe limeirense não avançou, provavelmente o assunto fique esquecido sobre as mesas dos burocratas, que pouco ou quase nada entendem da prática esportiva, tida como dos mais eficazes meios para a integração social de jovens e adultos.
O choro é sempre o mesmo e as lágrimas derramadas a cada ano por esportistas que querem levar o nome da cidade positivamente Brasil afora, não sensibilizam essa “burrocracia”, que emperra e desorganiza o setor, além de expor tais situações vexatórias. Logo mais, o Galo começa na segundona e não poderá usar o Pradão. Terá que jogar no Limeirão. E se ele for interditado? Em agosto teremos o Paulista de Basquete. O Vô Lucato terá placar eletrônico? Os “trocadinhos” que seriam utilizados para manutenção preventiva dos estádios e ginásios não fazem nem cócegas nos R$ 18 milhões que serão investidos na torre do Morro Azul?

Antonio Claudio Bontorim

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