Situação difícil
Conversei, no início desta semana, com uma amiga jornalista, que tem origens no Bairro Jaguari. Ela mostrava sua preocupação, quase um desabafo, com a instalação do novo presídio por lá, porque sua família ainda tem propriedade no local. Escola e igreja também compõem aquela paisagem. Como hoje ela mora e trabalha em São Paulo, queria notícias da real situação da área oferecida e da possibilidade de esse presídio (um Centro Penitenciário Provisório-CPP) se instalar definitivamente naquela região, que acima de tudo é uma área de mananciais. Depois de explicar-lhe que a Prefeitura havia oferecido uma nova área - agora o chefe de gabinete do prefeito, José Carlos Pejon, diz que são novas áreas, porém não especifica onde - fiquei sem saber o que mais lhe falar. Infelizmente.
Conversa mole...
...é para boi dormir. É o ditado. Agora, como ninguém mais sabe explicar “nadica de nada”, como dizia Tieta (a sensual personagem de Jorge Amado), e o diz-que-me-diz não deixa a conversa deslanchar, vou fazer um prognóstico terrível para os moradores do Jaguari. Estou cada vez mais convicto que já está tudo acertado, martelo batido, mas falta coragem ao Poder Executivo para assumir essa posição. Salvo grande engano deste jornalista - e gostaria mesmo de estar errando nessa previsão e amanhã reconhecer publicamente esse erro - o Jaguari será mesmo o local. Apesar de todos os motivos contrários para isso!
Por que é assim?
Limeira vai se contentar com uma Praça do PAC, do governo federal. Não tem outros projetos e se não tiver um local para essa praça, perderá o dinheiro anunciado. E a Região, como fica? Vejam o exemplo de São Carlos: além dos R$ 30,6 milhões recebidos na categoria “Cidade Melhor”, também foi contemplada com novos recursos, agora na categoria “Comunidade Cidadã”, com outros R$ 3,1 milhões, sendo R$ 1,2 milhão para a construção de 5 novas Unidades de Saúde da Família – anunciadas pelo ministro José Gomes Temporão. E, também, com R$ 1,9 milhão para a construção da Praça do PAC, no São Carlos 8, que oferece espaços para serviços culturais, esportivos, de lazer, formação e qualificação para o mercado de trabalho. Pois é!
Sem surpresas!
Impressionante como nos surpreendemos, a cada dia, com nossos vereadores. Quando se imagina que vá brilhar um momento de lucidez na cabeça de cada um deles, em especial daqueles ferrenhos defensores da base governista, quando têm oportunidade de votarem um projeto de interesse social e de toda a comunidade, falam mais alto os interesses do Poder Executivo e do prefeito Silvio Félix (PDT). Os interesses da população, como disse um certo deputado, “que se lixem”. Pena. Por mais que saibamos como tudo vai acabar e quais serão as reações de cada um deles, a surpresa, infelizmente, é sempre inevitável!
Português claro
Hoje, para não perder o hábito, mais uma palavrinha interessante. E que faz parte do vocabulário de muita gente... Estou falando do substantivo feminino submissão, que segundo o novo dicionário Houaiss da língua portuguesa, é o ato ou efeito de submeter-se; a condição em que se é obrigado a obedecer; sujeição, subordinação; disposição para obedecer, para aceitar uma situação de subordinação; docilidade, obediência, subalternidade. E no seu uso pejorativo acentua ainda mais essa característica e significa humildade afetada; subserviência, servilismo. Depois das palavras conluio e omisso, mais essa joia da língua portuguesa.
A última de hoje
A primeira impressão é sempre a que fica. Serviço pela metade sempre deixa má impressão. Quando o local é de grande frequência, é verdadeiro tiro no pé!
Antonio Claudio Bontorim
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
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