Pages

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Para explicar
Confesso que estou confuso. Ao abrir a Gazeta de ontem, à página 3, deparei-me com matéria da jornalista Bruna Lencioni ("Para segurar médicos do PSF, Prefeitura aumenta salários"), sobre projeto do prefeito Sílvio Félix (PDT), aprovado anteontem na Câmara, em regime de urgência, reajustando salários dos profissionais da saúde e incorporando gratificações. Pergunta-se: por que os GMs, quando entraram em greve, não tiveram a mesma atenção de Félix?

Igual, ou não?
O secretário da Saúde, Gerson Hansen Martins, alegou que era preciso equiparar salários dos médicos de Limeira aos da região, que também desempenham atividades em PSF. Ora, os GMs também queriam essa equiparação. O prefeito negou e publicou vários anúncios em jornais, alegando que nada poderia ser feito fora da data base da categoria. E com os médicos, pode? Eles são diferentes dos demais servidores públicos?

Um lembrete
Os médicos merecem esse aumento. Até mais, pois a saúde é essencial dentro de uma comunidade, assim como a educação. Só que segurança pública também é essencial. E os GMs - independentemente da briga política entre o prefeito e o Sindisel - também merecem ser valorizados e bem tratados. Agora fica uma saia justa para Félix, que no meu modo de ver acabou por se utilizar de dois pesos e duas medidas, para uma única situação.

Educação zero
Ainda repercute as denúncias de depredação ao carro de uma professora e ameaças de estupro, numa mesma escola em Limeira. As tentativas de desconstrução dos denunciantes pela diretoria do estabelecimento, Diretoria Regional de Ensino e Secretaria Estadual da Educação foram em vão. Todos sabem que o nível de violência nas instituições estaduais de ensino é crítico, embora tentem negar, pintando um quadro surreal sobre a dura realidade das escolas públicas.

Leitor atento...
O leitor Melquisedec Oliveira da Silva, que autorizou a publicação de seu nome, enviou a este colunista um comentário (que teve também sua publicação autorizada), sobre os últimos acontecimentos, mostrando a descrença da população com o atual sistema educacional e seus dirigentes. Leia o comentário abaixo!

'Faz de contas'
"Vivemos em um país de faz de conta. O malandro é aceito socialmente como o mais honesto e a mentira deslavada é reverenciada como a mais pura verdade. O governo produz incessantes fantasias com pensamentos "embriagados" e consegue agradar 80% da população. Tristeza. Quem está dentro de uma sala de aula sabe que nossas escolas públicas se tornaram verdadeiras "panelas de pressão". A violência da sociedade é amplificada dentro das escolas. Burocratas ligados à Secretaria de Estado de Educação, não querendo mostrar ingerências educacionais, sempre distorcem a realidade escolar. Quando não nas costas do professor, jogam o problema para a imprensa que só divulga más notícias". (Melquisedec Oliveira da Silva)

É a cidadania
Não dá para discordar do leitor! Ainda sobre o tema, postei um novo texto no meu blog. Leia e comente: http://colunatextoecontexto.blogspot.com/

Alguns elogios
Como nem só de crítica vive o jornalista, é preciso elogiar - e aplaudir - a instalação de vários sarjetões ao longo de vários cruzamentos da rua Senador Vergueiro, no Centro Acima. Obras simples e de grande valia, que contribuem ainda mais com a fluidez do tráfego. Não é preciso inventar, basta fazer o necessário!

Antonio Claudio Bontorim

0 comentários: