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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Limite fisiológico
No mesmo dia em que este colunista comentava sobre as funções “esquecidas” da GM, na coluna de terça-feira, e esta Gazeta trazia outra manchete sobre vandalismo, agora em propriedades particulares, o secretário da Segurança Pública de Limeira, Siddhartha Carneiro Leão, anunciava medidas para coibir os problemas mostrados no domingo, sobre o uso indevido do banheiro público da Praça Toledo Barros. Fechar o mictório mais cedo foi o primeiro anúncio. Depois falou em maior atuação do pelotão ciclístico da Guarda Municipal e, ainda, na possibilidade de voltar algumas câmeras de monitoramento para o local.

Falou, ao menos
Pelo sim ou pelo não, o secretário deu uma satisfação à população, com o anúncio de prováveis medidas. O reforço da segurança é o mais importante. O uso das câmeras de monitoramento também é uma opção. Agora, limitar o “xixi” do povo é engraçado. É preciso, agora, que as duas medidas fiscalizatórias sejam implantadas o mais rápido possível. Quanto à outra... bem, requer um estudo sobre a frequência noturna ao banheiro público. Como havia escrito no meu artigo, a GM precisa, com urgência, atuar também pela sua função básica, ou seja, a fiscalização dos logradouros e propriedades públicos municipais.

Indústria do lucro
O aumento nas denúncias sobre multas indevidas e mal aplicadas pelos agentes de trânsito simplesmente está se multiplicando dia após dia. Motoristas multados estão mostrando os avisos e os motivos das penalidades, que conflitam com o mínimo de bom-senso. Há algo de podre no reino dos laranjais. O que fazer???

Sugestãozinha...
Já que os agentes gostam tanto de multar, vou sugerir que fiquem, pelo menos por um período inteiro, na confluência das ruas Santa Josefa e Duque de Caxias, onde há um semáforo. Não sei se havia talões suficientes para os infratores, que desrespeitam tanto o sinal vermelho como o verde para pedestres. Ouso dizer que seria uma extraordinária arrecadação aos cofres públicos, tamanha a falta de educação que se vê no local. Não sobraria, também, moto a ser multada!

Notícia positiva
Ao julgar um pedido de habeas corpus de um agente da Polícia Civil de Brasília, sobre tortura, cuja investigação criminal foi conduzida pelo Ministério Público (MP), a 2.ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o MP tem, sim, competência para realizar - por iniciativa e presidência - investigação criminal. O STF ainda julga, no Plenário do Tribunal o poder investigatório do MP. Em todo caso esse é um bom sinal, que pode tirar, definitivamente, a exclusividade e monopólio desse tipo de investigação das mãos apenas da polícia. O habeas corpus do “torturador” foi negado!

Médicos e GMs
A Prefeitura, através de e-mail a este colunista, tentou justificar o aumento salarial - mais incorporação de gratificação de 15% - aos médicos, que destaquei na coluna da última quinta-feira, fazendo um comparativo com a situação dos GMs. Segundo a assessoria, não foi “aumento e sim criação de cargos” e “nem equiparação com a região”. O projeto, diga-se, trata de mudança de referência e foi defendido pelo próprio secretário da Saúde, Gerson Hansen Martins, como forma de aumentar, sim, os salários desses profissionais e segurá-los no PSF. Em nenhum momento foi tratado como “criação de novos cargos”. Em outra oportunidade, o prefeito já tinha beneficiado médicos e dentistas com aumentos. O que, diga-se, é muito justo. Como seria, se o fizesse também com a GM.

Foi semântica!
O que pegou, de fato, foi a comparação das situações. Mesmo porque o título da matéria que tratou do tema, da jornalista Bruna Lencioni, e publicada nesta Gazeta no último dia 14, foi clara e não foi contestada: “Para segurar médicos do PSF, Prefeitura aumenta salários”. E o secretário da Saúde foi bem objetivo e enfático, ao dizer que “os salários precisavam ser equiparados com os dos médicos da região, que também desempenham atividades em PSF”. Esclarecido!?

Antonio Claudio Bontorim

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