Não há quem não aposte, hoje, no caos para 2015. Há otimistas. Mas estes são sufocados pela voracidade dos pessimistas, que de hora em hora bate em tudo quanto é tecla para desenhar os mais obscuros cenários possíveis. Tanto na política quanto na economia. A grande mídia, que dá vez e voz aos pregoeiros da ingovernabilidade, não garante o mesmo espaço a quem ainda acredita numa saída possível e na retomada do processo natural da vida após as eleições de outubro. Nem tudo está tão ruim que não possa melhorar e nem tão cômodo, que não possa piorar. Talvez essa seja a perspectiva do governo federal em contrapartida ao recado que a oposição quer passar. Ambos estão corretos e errados ao mesmo tempo. O governo, a quem cumpre a obrigação de mostrar boa vontade e ações concretas; e a própria oposição, que não enxerga nada além do 26 de outubro e pretende (isso fica claro pelas reações de seus representantes) estender até onde puder o segundo turno do pleito eleitoral presidencial. E não falo em terceiro turno, não. Que não existe. Apenas ouso acreditar nas minhas próprias percepções para entender esse movimento de continuidade do que já passou. E pela forma como aconteceu, ainda não foi digerido pela derrota, que expõe essa indisposição. É o continuar arrotando a própria azia.
É fato que o ano que se aproxima, e está a poucas horas de seu parto, não será nada fácil. Para ninguém. A questão política, que expus acima, é apenas uma das características a ser discutida em meio a tempestade que está por vir. Se depender de alguns será o verdadeiro dilúvio, mas não de água e sim de petróleo, que há alguns meses jorra manchando a imagem de uma das mais sólidas empresas do País, a Petrobras. Criou-se o estigma do “petrolão” – numa alusão ao mensalão petista, que já foi também dos tucanos – através dos sucessivos escândalos na administração da estatal, que veio à tona durante o processo eleitoral. Isso porque já se sabia do problema – e ele estava criado – muito antes de tudo acontecer. O falecido jornalista Paulo Francis já alertava lá atrás, ainda na gestão de Fernando Henrique Cardoso à frente da Presidência da República, que se extraía muito mais do que apenas óleo das plataformas e torres de prospecção. Agora virou mote para descredenciar o futuro. E não há nada de errado nessa previsão, se o próprio governo não assumir o problema e fizer um expurgo completo na direção da empresa, se quiser retomar a credibilidade. Teimosia é de que o País menos precisa neste momento, em que a presidente Dilma Rousseff (PT) está prestes a assumir seu segundo mandato.
E se as expectativas políticas não são boas e a economia está em frangalhos, independentemente de quem faça esse prognóstico, só há uma maneira de aliviar essa pressão. Trabalho sério, obstinado, e condução técnica do novo mandato, porém, sem deixar a política se desvalorizar. E se deteriorar. Dentro do papel que cabe a cada um, os opositores vão continuar no caminho que lhes foram determinados. É assim que funciona. E a situação precisa trilhar o seu, para que a população tenha uma jornada sem sobressaltos. Pelo sim e pelo não, a prática é bem diferente da teoria, mas é ela quem dita o que vamos ter em 2015, para que 2014 seja apenas o ano passado.
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
domingo, 28 de dezembro de 2014
2014: um ano que insistem para não acabar
Mais alguns dias. Quatro, precisamente. Esse é o tempo que falta para o fim de 2014, sem dúvida um dos mais conturbados anos vividos pelos brasileiros. Em todos os sentidos. Quem pensou que as manifestações de junho de 2013 seriam o auge das transformações políticas e sociais do Brasil deve estar frustrado. Eu estou. Não fazia nem ideia do que o ano seguinte, este que agora se finda, reservava de novidades e surpresas. E não foi apenas os 7 a 1 sofridos pelo Brasil contra a Alemanha na Copa do Mundo da Fifa disputada por aqui, não. Estava ainda por estourar uma das mais graves crises no governo federal, o escândalo da Petrobras, ou “petrolão”, como insistem alguns, e, ao longo dos últimos meses, uma das maiores crises hídricas enfrentadas na região Sudeste, especialmente em São Paulo. Isso sem falar na eleição presidencial, essa sim ainda não finda, por conta daqueles que insistem num terceiro turno, ao não assimilar nova derrota nas urnas. Votos disputados e votos conquistados, que ao final deram a vitória – e reeleição – à presidente Dilma Rousseff (PT), sobre o senador tucano mineiro Aécio Neves. Que ainda causa azia ao PSDB.
Um ano esquisito
Mas vamos a 2014 e suas mazelas. O ano começava sobre a égide das eleições – quase gerais – e das expectativas em torno da Copa do Mundo, que seria disputada em terras tupiniquins. A polarização parecia, novamente, tomar conta das disputas entre PT e PSDB, mais uma vez. Dilma seguia tranquila, Aécio Neves não empolgava e a então terceira via, Eduardo Campos (PSB), não decolava.
A corrida eleitoral
Mesmo tendo Marina Silva (ex-PTe PV e que não conseguiu registrar seu partido, a Rede Sustentabilidade) como vice, o ex-governador de Pernambuco patinava nas pesquisas. A ex-senadora não conseguia transferir sua expressiva votação de 2010 – o que era esperado – para a chapa que então compunha com Campos. Ainda não oficializada, as candidaturas seguiam seu rumo.
Não correspondeu
Nesse espaço, entre a oficialização das candidaturas e o início da campanha eleitoral, veio a Copa. Começou bem, organização impecável, estádios cheios, contrariando todas as expectativas da barbárie que se anunciava, com manifestações e tudo o mais. Sucesso organizacional, fracasso dentro de campo. O Brasil foi goleado pela Alemanha por 7 a 1. Fim do sonho do hexacampeonato. Frustração nacional.
Caminho diferente
Finda a Copa, os prazos eleitorais indicavam início de campanha eleitoral. Um segundo semestre que mudaria os rumos do País, pelo menos temporariamente. Em agosto, no dia 13, em acidente de avião, em Santos, morre Eduardo Campos. Marina Silva assume a cabeça de chapa e começa a dar dor de cabeça. Deixa Aécio Neves na rabeira, e ameaça Dilma. A polarização parecia ter chegado ao fim.
Mudança de rumo
Tudo se encaminhava para uma disputa, em segundo turno, entre a petista e a pessebista, para desespero do tucanato. Marina, entretanto, escorregou nos debates, assumiu posturas progressistas, depois refutadas por ela própria por pressão religiosa e, na reta final, acabou desbancada por Aécio Neves, que enfrentou a presidente no segundo turno. E veio a mais sórdida campanha possível e imaginável.
Com unhas e dentes
Dilma e Aécio não fizeram campanha. Não debateram ideias e nem propostas. Preferiram se engalfinhar, transformando a campanha em rinha de briga. A campanha descambou para o desespero do tucano, que acabou levando a uma polarização perigosa, incentivando preconceitos entre classes sociais e criando a velha tática do bem contra o mal. O show de raiva e ódio, entretanto, não mudou o resultado final do pleito.
O carro puxa o boi
Dilma Rousseff foi reeleita, mas a disputa ainda não acabou. Caminha agora sob os auspícios da Petrobras, que não para de revelar escândalos. Faz-se muito juízo de valor, sem que as provas venham à tona. As delações por enquanto não vieram a público, mas as especulações tomaram conta de tudo e de todos. Entre afirmativas e negativas, tudo ainda é sigiloso e, portanto, não permite elucubrações. De nenhum dos lados.
E que chegue logo
Enfim, 2015 se aproxima e já é um ano emblemático. Por mais que tentemos chegar a conclusões, elas não vêm. Há uma névoa a cobrir nossas visões, que só serão dissipadas quando ele de fato chegar. Política é política, e não tem previsão.
Pimentel e Dino...
Nos Estados da federação, apenas três surpresas. Em Minas Gerais, na Bahia e no Maranhão. Em Minas o petista Fernando Pimentel desbancou o tucano Pimenta da Veiga e impôs derrota histórica aos tucanos, na terra de Aécio Neves. Na Bahia, o petista Rui Costa virou espetacularmente sobre o democrata Paulo Souto e mantém o partido no poder. E, no Maranhão, o comunista Flávio Dino desbancou Lobão Filho e tirou a família Sarney do comando do Estado, depois de décadas de hegemonia. Essa foi, sem dúvida, a maior de todas as surpresas eleitorais do País. Nos demais Estados, a lógica acabou vencendo. O tucano Geraldo Alckmin teve vitória tranquila e, no Rio, Fernando Pezão manteve o PMDB no poder. E com apoio petista e também tucano.
E Miguel é federal
No âmbito local, o ano eleitoral também foi positivo. Pelo menos do ponto de vista da representatividade municipal. O vereador Miguel Lombardi (PR) foi eleito deputado federal, quebrando um jejum de mais de 20 anos sem representante na Câmara dos Deputados. Isso é uma outra história, que será contada a partir de fevereiro de 2015.
Xô, 2014... e logo!
Já para a administração de Paulo Hadich (PSB), o ano de 2014 foi conturbado e, com certeza, a torcida é para que ele acabe logo. Conclui meio mandato sem deslanchar e sem ter uma obra que possa chamar de sua. Entre anúncios e inaugurações, todas originárias da administração anterior. E algumas, ainda, sem previsão qualquer, como o prédio novo da biblioteca e o museu. E enfrentando situações vexatórias, como falta de material escolar básico, devido à falta de logística. Pelo menos não faltou ovo de Páscoa.
Ao apagar das luzes
À falta de sintonia entre a prática e a teoria publicitária explícita, que vem pautando os últimos atos do Poder Executivo, o Município padece de um marasmo crônico. Limeira assume definitivamente o parque de iluminação em janeiro de 2015, sem uma empresa contratada para cuidar do sistema. Nem conseguiu fazer aprovar a “taxa de luz” e assume o serviço com quatro eletricistas, para mais de 30 mil pontos de luz. Outro exemplo da falta de logística e iniciativa. Toda essa situação já era conhecida, mas ficou para a última hora. A expectativa não é das melhores e todas as possíveis falhas que deverão ocorrer serão culpa da população, que não apoiou a criação da chamada Cosip e dos vereadores, que protelaram a votação. Não há mais o que falar. Tudo o que precisava foi dito e alertado. Entrou por uma orelha e saiu por outra.
Pergunta rápida
E 2015? Vai ou racha?
Entre idas e vindas
Pode não ser uma retrospectiva completa, e muita coisa foi deixada para trás. Afinal, o espaço não comporta tantas críticas quanto se fazem necessárias. E, nos últimos tempos, nem mesmo elogios são possíveis para exaltar essa ou aquela ação do poder público. Vez ou outra, quando tudo parece que vai engrenar de vez, vem uma avalanche de questões improváveis e joga tudo por terra. O que se constrói não se sustenta, justamente pela falta de continuidade. E não é de hoje que tenho falado sobre isso. Enfim, pode ser até cansativo para o leitor a desproporcional diferença entre o positivo e o negativo. Mas é assim que a vida é. Quem sabe o ano novo não nos reserve boas surpresas. Esperança é o que não falta. Falta é ação concreta para mudar esse cenário.
Nota curtíssima
Que 2015 encerre, definitivamente, 2014. Um próspero ano novo a todos.
A frase do ano
“Em matéria de corrupção, os tucanos sofrem da mesma moléstia que acomete os petistas: cegueira”. Do jornalista Josias de Souza, sobre o cartel dos trilhos e o “petrolão”. No Blog do Josias. Uol. Dia 5 de dezembro.
Um ano esquisito
Mas vamos a 2014 e suas mazelas. O ano começava sobre a égide das eleições – quase gerais – e das expectativas em torno da Copa do Mundo, que seria disputada em terras tupiniquins. A polarização parecia, novamente, tomar conta das disputas entre PT e PSDB, mais uma vez. Dilma seguia tranquila, Aécio Neves não empolgava e a então terceira via, Eduardo Campos (PSB), não decolava.
A corrida eleitoral
Mesmo tendo Marina Silva (ex-PTe PV e que não conseguiu registrar seu partido, a Rede Sustentabilidade) como vice, o ex-governador de Pernambuco patinava nas pesquisas. A ex-senadora não conseguia transferir sua expressiva votação de 2010 – o que era esperado – para a chapa que então compunha com Campos. Ainda não oficializada, as candidaturas seguiam seu rumo.
Não correspondeu
Nesse espaço, entre a oficialização das candidaturas e o início da campanha eleitoral, veio a Copa. Começou bem, organização impecável, estádios cheios, contrariando todas as expectativas da barbárie que se anunciava, com manifestações e tudo o mais. Sucesso organizacional, fracasso dentro de campo. O Brasil foi goleado pela Alemanha por 7 a 1. Fim do sonho do hexacampeonato. Frustração nacional.
Caminho diferente
Finda a Copa, os prazos eleitorais indicavam início de campanha eleitoral. Um segundo semestre que mudaria os rumos do País, pelo menos temporariamente. Em agosto, no dia 13, em acidente de avião, em Santos, morre Eduardo Campos. Marina Silva assume a cabeça de chapa e começa a dar dor de cabeça. Deixa Aécio Neves na rabeira, e ameaça Dilma. A polarização parecia ter chegado ao fim.
Mudança de rumo
Tudo se encaminhava para uma disputa, em segundo turno, entre a petista e a pessebista, para desespero do tucanato. Marina, entretanto, escorregou nos debates, assumiu posturas progressistas, depois refutadas por ela própria por pressão religiosa e, na reta final, acabou desbancada por Aécio Neves, que enfrentou a presidente no segundo turno. E veio a mais sórdida campanha possível e imaginável.
Com unhas e dentes
Dilma e Aécio não fizeram campanha. Não debateram ideias e nem propostas. Preferiram se engalfinhar, transformando a campanha em rinha de briga. A campanha descambou para o desespero do tucano, que acabou levando a uma polarização perigosa, incentivando preconceitos entre classes sociais e criando a velha tática do bem contra o mal. O show de raiva e ódio, entretanto, não mudou o resultado final do pleito.
O carro puxa o boi
Dilma Rousseff foi reeleita, mas a disputa ainda não acabou. Caminha agora sob os auspícios da Petrobras, que não para de revelar escândalos. Faz-se muito juízo de valor, sem que as provas venham à tona. As delações por enquanto não vieram a público, mas as especulações tomaram conta de tudo e de todos. Entre afirmativas e negativas, tudo ainda é sigiloso e, portanto, não permite elucubrações. De nenhum dos lados.
E que chegue logo
Enfim, 2015 se aproxima e já é um ano emblemático. Por mais que tentemos chegar a conclusões, elas não vêm. Há uma névoa a cobrir nossas visões, que só serão dissipadas quando ele de fato chegar. Política é política, e não tem previsão.
Pimentel e Dino...
Nos Estados da federação, apenas três surpresas. Em Minas Gerais, na Bahia e no Maranhão. Em Minas o petista Fernando Pimentel desbancou o tucano Pimenta da Veiga e impôs derrota histórica aos tucanos, na terra de Aécio Neves. Na Bahia, o petista Rui Costa virou espetacularmente sobre o democrata Paulo Souto e mantém o partido no poder. E, no Maranhão, o comunista Flávio Dino desbancou Lobão Filho e tirou a família Sarney do comando do Estado, depois de décadas de hegemonia. Essa foi, sem dúvida, a maior de todas as surpresas eleitorais do País. Nos demais Estados, a lógica acabou vencendo. O tucano Geraldo Alckmin teve vitória tranquila e, no Rio, Fernando Pezão manteve o PMDB no poder. E com apoio petista e também tucano.
E Miguel é federal
No âmbito local, o ano eleitoral também foi positivo. Pelo menos do ponto de vista da representatividade municipal. O vereador Miguel Lombardi (PR) foi eleito deputado federal, quebrando um jejum de mais de 20 anos sem representante na Câmara dos Deputados. Isso é uma outra história, que será contada a partir de fevereiro de 2015.
Xô, 2014... e logo!
Já para a administração de Paulo Hadich (PSB), o ano de 2014 foi conturbado e, com certeza, a torcida é para que ele acabe logo. Conclui meio mandato sem deslanchar e sem ter uma obra que possa chamar de sua. Entre anúncios e inaugurações, todas originárias da administração anterior. E algumas, ainda, sem previsão qualquer, como o prédio novo da biblioteca e o museu. E enfrentando situações vexatórias, como falta de material escolar básico, devido à falta de logística. Pelo menos não faltou ovo de Páscoa.
Ao apagar das luzes
À falta de sintonia entre a prática e a teoria publicitária explícita, que vem pautando os últimos atos do Poder Executivo, o Município padece de um marasmo crônico. Limeira assume definitivamente o parque de iluminação em janeiro de 2015, sem uma empresa contratada para cuidar do sistema. Nem conseguiu fazer aprovar a “taxa de luz” e assume o serviço com quatro eletricistas, para mais de 30 mil pontos de luz. Outro exemplo da falta de logística e iniciativa. Toda essa situação já era conhecida, mas ficou para a última hora. A expectativa não é das melhores e todas as possíveis falhas que deverão ocorrer serão culpa da população, que não apoiou a criação da chamada Cosip e dos vereadores, que protelaram a votação. Não há mais o que falar. Tudo o que precisava foi dito e alertado. Entrou por uma orelha e saiu por outra.
Pergunta rápida
E 2015? Vai ou racha?
Entre idas e vindas
Pode não ser uma retrospectiva completa, e muita coisa foi deixada para trás. Afinal, o espaço não comporta tantas críticas quanto se fazem necessárias. E, nos últimos tempos, nem mesmo elogios são possíveis para exaltar essa ou aquela ação do poder público. Vez ou outra, quando tudo parece que vai engrenar de vez, vem uma avalanche de questões improváveis e joga tudo por terra. O que se constrói não se sustenta, justamente pela falta de continuidade. E não é de hoje que tenho falado sobre isso. Enfim, pode ser até cansativo para o leitor a desproporcional diferença entre o positivo e o negativo. Mas é assim que a vida é. Quem sabe o ano novo não nos reserve boas surpresas. Esperança é o que não falta. Falta é ação concreta para mudar esse cenário.
Nota curtíssima
Que 2015 encerre, definitivamente, 2014. Um próspero ano novo a todos.
A frase do ano
“Em matéria de corrupção, os tucanos sofrem da mesma moléstia que acomete os petistas: cegueira”. Do jornalista Josias de Souza, sobre o cartel dos trilhos e o “petrolão”. No Blog do Josias. Uol. Dia 5 de dezembro.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
Tiroteio na base
Não. Não é atentando a bases de segurança, não. Mas convicta manifestação do vereador Ronei Martins (PT), que deixa a presidência da Câmara dia 31, sobre estudo para melhoria do transporte público urbano e que não foi considerado pelo Poder Executivo. Leia-se Secretaria da Mobilidade Urbana. A base governista se rebela?
Volta às raízes?
Em política o improvável é provável e vice-versa. Mas se a manifestação do petista pelas redes sociais, conforme esta Gazeta mostrou anteontem, for o início da atuação que o consagrou no governo Félix, aí sim, o prefeito Paulo Hadich (PSB) terá muitos problemas.
Vai? Não vou...
Há quem aposte no interesse do vereador em assumir a própria Secretaria de Mobilidade Urbana. O que ele nega. Uma negativa sem muita convicção e, com certeza, amparada na falta de atitude da Pasta com alguns problemas básicos do trânsito, mostrados diariamente pela imprensa.
Óleo no motor
Oficialmente na terça. Antecipado por esta Gazeta com exclusividade em fevereiro de 2013. Trata-se do anúncio da chegada da empresa Agropalma, para refinar óleo de palma em Limeira. É considerada a maior da América Latina. Espera-se, com isso, um azeitamento na engrenagem do desenvolvimento no Município.
Até obra tem
Que não seja uma nova Samsung. Ninguém viu e ninguém sabe para onde foi. Se é que veio algum dia.
A última de hoje
Quando esta coluna voltar, na próxima quinta-feira, já será 2015. Espero que 2014 tenha de fato acabado. Se depender da vontade política de alguns setores, 2014 vai até 2018. Ou 2015 termina antes. As apostas estão na mesa.
Não. Não é atentando a bases de segurança, não. Mas convicta manifestação do vereador Ronei Martins (PT), que deixa a presidência da Câmara dia 31, sobre estudo para melhoria do transporte público urbano e que não foi considerado pelo Poder Executivo. Leia-se Secretaria da Mobilidade Urbana. A base governista se rebela?
Volta às raízes?
Em política o improvável é provável e vice-versa. Mas se a manifestação do petista pelas redes sociais, conforme esta Gazeta mostrou anteontem, for o início da atuação que o consagrou no governo Félix, aí sim, o prefeito Paulo Hadich (PSB) terá muitos problemas.
Vai? Não vou...
Há quem aposte no interesse do vereador em assumir a própria Secretaria de Mobilidade Urbana. O que ele nega. Uma negativa sem muita convicção e, com certeza, amparada na falta de atitude da Pasta com alguns problemas básicos do trânsito, mostrados diariamente pela imprensa.
Óleo no motor
Oficialmente na terça. Antecipado por esta Gazeta com exclusividade em fevereiro de 2013. Trata-se do anúncio da chegada da empresa Agropalma, para refinar óleo de palma em Limeira. É considerada a maior da América Latina. Espera-se, com isso, um azeitamento na engrenagem do desenvolvimento no Município.
Até obra tem
Que não seja uma nova Samsung. Ninguém viu e ninguém sabe para onde foi. Se é que veio algum dia.
A última de hoje
Quando esta coluna voltar, na próxima quinta-feira, já será 2015. Espero que 2014 tenha de fato acabado. Se depender da vontade política de alguns setores, 2014 vai até 2018. Ou 2015 termina antes. As apostas estão na mesa.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Nem a favor ou contra. Pelo equilíbrio
A atual Legislatura municipal fechou o ano, no último sábado, 20, com uma sessão extraordinária para aprovar, às pressas, duas alterações no código tributário municipal para que possam valer em 2015, ano já em trabalho de parto. Excluiu-se uma inconstitucionalidade, a cobrança de IPTU de chácaras e sítios (já pagam o Imposto Territorial Rural, ITR) graças a uma esclarecedora matéria publicada por esta Gazeta, de autoria da jornalista Érica Samara da Silva. Ao final, entre críticas de vereadores oposicionistas e até mesmo governistas, foram aprovados dois projetos, digamos, de largo espectro positivo. Enfim, cada um se utilizou das prerrogativas do próprio cargo que ocupa – e que deveriam ser sempre assim – para demonstrar a irritação com esse instituto chamado “urgência”. E também com proposituras que mereciam discussão mais ampla, em vez de poucos minutos de explicação, num sábado pela manhã, ao fechar das cortinas da primeira metade do mandato dos atuais vereadores. O que representa, também, o encerramento de um ciclo de comando para o início de outro. Sai Ronei Martins (PT) e seus pares da Mesa Diretora da Câmara para dar lugar a Nilton Santos (PRB), que traz consigo novos integrantes para dirigir os destinos do Legislativo local.
Essa introdução ao assunto foi necessária para retomar um artigo que escrevi neste mesmo espaço, no dia 22 de janeiro do ano passado, ao abrir dos trabalhos da “nova” Câmara, que havia experimentado grande renovação. “Sem o equilíbrio necessário” (http://colunatextoecontexto.blogspot.com.br/2013/01/sem-o-equilibrio-necessario.html) era o título do artigo. Que além de trazer as expectativas para o início de um novo governo com as garantias de tranquilidade ao Poder Executivo, pela ampla maioria que tinha na Casa (18 a 3) revelava um perigoso desequilíbrio de forças entre situação e oposição, o que foi mantido por estes dois anos. O rolo compressor de anos anteriores estava, novamente, em ação. O que não era – como não foi – bom para a própria administração. Como eu alertei, essa desigualdade comprometeu o desempenho do governo Paulo Hadich (PSB), pela falta de espírito crítico. Não houve a necessária fiscalização (como era de se esperar e já conhecida de outras oportunidades) e nem as devidas discussões, pois tudo o que vinha era aprovado em avalanche, ficando o dito pelo não dito. E deu no que deu. Hadich encerra metade do seu mandato em total descompasso com a população e desagradando a todos. Até mesmo sua própria base, que ao longo desses últimos 24 meses votou e referendou tudo sem contestar. Vinha do Poder Executivo, então era bom. Foi sempre de goleada.
Se ainda dispõe de uma zona de conforto dentro do Legislativo – Nilton Santos não fará aquela oposição pela qual os vereadores oposicionistas que votaram nele esperam – há indícios de que, desta vez, possa haver equilíbrio maior. E, dessa forma, mais discussão para, quem sabe assim, com um choque de realidade, o governo não desperte. É o que todos esperam, para tirar Limeira desse marasmo. A própria oposição também expôs suas fraquezas com “birras” desnecessárias e oportunistas, mas não fez nem cócegas na força situacionista, que agora pode começar a sentir um pouco o incômodo. O que é positivo ao processo político.
Essa introdução ao assunto foi necessária para retomar um artigo que escrevi neste mesmo espaço, no dia 22 de janeiro do ano passado, ao abrir dos trabalhos da “nova” Câmara, que havia experimentado grande renovação. “Sem o equilíbrio necessário” (http://colunatextoecontexto.blogspot.com.br/2013/01/sem-o-equilibrio-necessario.html) era o título do artigo. Que além de trazer as expectativas para o início de um novo governo com as garantias de tranquilidade ao Poder Executivo, pela ampla maioria que tinha na Casa (18 a 3) revelava um perigoso desequilíbrio de forças entre situação e oposição, o que foi mantido por estes dois anos. O rolo compressor de anos anteriores estava, novamente, em ação. O que não era – como não foi – bom para a própria administração. Como eu alertei, essa desigualdade comprometeu o desempenho do governo Paulo Hadich (PSB), pela falta de espírito crítico. Não houve a necessária fiscalização (como era de se esperar e já conhecida de outras oportunidades) e nem as devidas discussões, pois tudo o que vinha era aprovado em avalanche, ficando o dito pelo não dito. E deu no que deu. Hadich encerra metade do seu mandato em total descompasso com a população e desagradando a todos. Até mesmo sua própria base, que ao longo desses últimos 24 meses votou e referendou tudo sem contestar. Vinha do Poder Executivo, então era bom. Foi sempre de goleada.
Se ainda dispõe de uma zona de conforto dentro do Legislativo – Nilton Santos não fará aquela oposição pela qual os vereadores oposicionistas que votaram nele esperam – há indícios de que, desta vez, possa haver equilíbrio maior. E, dessa forma, mais discussão para, quem sabe assim, com um choque de realidade, o governo não desperte. É o que todos esperam, para tirar Limeira desse marasmo. A própria oposição também expôs suas fraquezas com “birras” desnecessárias e oportunistas, mas não fez nem cócegas na força situacionista, que agora pode começar a sentir um pouco o incômodo. O que é positivo ao processo político.
domingo, 21 de dezembro de 2014
O que quer, de fato, o novo presidente da Câmara?
Desconversar é a arte de fazer política sem se comprometer ou comprometer intenções ocultas. Em política partidária, então, isso se torna obrigação àqueles que ascendem a cargos diretivos dentro de suas atribuições. Deixam-se claras muitas intenções, mas não se ensina o “pulo do gato”. Esconde-se em meio às negações e afirmativas parte da verdade. Às vezes a verdade por inteiro. É preciso entender o significado das entrelinhas para alcançar a razão daquilo que se pretende. Em bem articulada negociação, o vereador Nilton Santos (PRB) foi eleito presidente da Câmara de Limeira na sessão do último dia 15, impondo uma derrota à péssima articulação da base governista, que agora junta os cacos e busca argumentos possíveis – se é que existem – para justificar o pífio desempenho. Em meio à arrogância do prefeito Paulo Hadich (PSB), que impôs o seu candidato, Raul Nilsen Filho (PMDB), o pastor Nilton, como é conhecido, ofereceu à oposição o que ela queria, ou seja, banir o PT da Mesa Diretora. Outro despropósito. Mas que faz parte do jogo. E, em meio à insatisfação de parte da base partidária do próprio prefeito, deu-se o inesperado. Mas, nem tanto.
Hora de aparecer
Passado o primeiro impacto de uma surpreendente derrota (na visão dos governistas), coube ao novo presidente do Legislativo municipal, para o biênio 2015/2016 e que encerra a atual legislatura, buscar seu protagonismo. E ele foi atrás e buscou na imprensa a sua vitrine. Falou à mídia impressa e eletrônica e expôs seus projetos e ações, que não esconde suas intenções futuras.
O poder é só meu
À jornalista Érica Samara da Silva, desta Gazeta, proporcionou uma interessante entrevista e mostrou por que desbancou o próprio PT e adjacências. Ele não se perde na palavra – como bom pastor evangélico que é – e expõe suas ideias com assustadora clareza. É preciso buscar nas suas expressões faciais, que mudam a cada pergunta e resposta dada, aonde ele quer de fato chegar.
É bem articulado
Sorrisos, simpatia extremada e sem se furtar às respostas aos questionamentos mais capciosos, o vereador começa a desfilar seus objetivos, mirando seu futuro político e seus interesses. Acompanhei, do meu posto de trabalho e sem perder a intimidade com a entrevista, embora dela não participasse, foi retirando minhas conclusões, para poder chegar com mais propriedade a essa análise.
Afirmação infeliz
O que mais me deixou perplexo, porém, longe das regalias que pretende dar a seus pares – como salário dobrado, por exemplo, entre as outras que desfilou com largo sorriso – foi sua percepção do trabalho do vereador. Ao afirmar que o vereador precisa ter melhor qualidade, mais conhecimento e, por isso, deve ser atraído por bons salários, o futuro presidente da casa está protagonizando um “apartheid” político.
Divisão de castas
Ao propor uma analogia com a iniciativa privada e afirmar que “ninguém com duas faculdades e uma carreira coroada” é mal remunerado, ele mostra um preconceito desnecessário. Não é a universidade e o conhecimento que fazem o homem, mas seu caráter e integridade. De nada vale um diploma universitário, sem honestidade. E é disso que a política nacional mais precisa hoje.
Mimos natalinos
O futuro presidente da Câmara está sendo corajoso em assumir publicamente essa proposta. Ele quer, provavelmente, agradar aos que nele votaram. Mesmo com todos os argumentos que tenha utilizado na entrevista concedida à jornalista, inclusive aquele de que o vereador não tem regalias, como cotas de combustível e carros, por exemplo, também são frágeis diante da realidade da maioria dos trabalhadores brasileiros.
Hora de refletir
E, ao se autoproclamarem trabalhadores do povo e pelo povo, os vereadores devem estar sujeitos às mesmas regras dos demais. Ou será que estou errado e essa diferenciada categoria tem, mesmo, que ter todos esses benefícios? Lembremos que, no passado, o vereador era um voluntário. Eleito, mas sem vencimentos pecuniários. Exercia o cargo pelo gosto pela política. Hoje virou profissão. E que profissão!
Virou profissão
Justamente sobre o tema, o professor e jurista Luiz Flávio Gomes dispõe de um site para esse tipo de discussão. Trata-se do http://fimdopoliticoprofissional.com.br/ que é muito interessante. Nos dá a exata dimensão de tudo o que estamos falando agora.
Eles merecem...
Na mesma linha, e continuando a falar sobre política, na semana que passou, só que na quarta-feira, 17, também os deputados elevaram seus vencimentos, que agora chegam a R$ 33,7 mil mensais, fora as regalias de praxe. Presidente da República, vice e ministros do STF também entraram na lista dos beneficiários. No caso dos parlamentares é um autoaumento, pois a decisão cabe somente a eles. São os únicos “profissionais” que podem elevar seus salários sem ter que pedi-lo a um patrão. Mesmo tendo milhões de patrões, já que são – pelo menos em tese – nossos empregados, pois seus salários saem dos nossos bolsos. Assim como os dos vereadores também. E não houve contestações. Mesmo dos que se autoproclamam éticos e fiscalizadores. O bolso é mesmo um órgão sensível do corpo humano. Tanto no prejuízo, como no lucro.
Mais que limpo
Triste ( mas dentro da lei) a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no caso do deputado Paulo Salim Maluf (PP). Ficha suja reconhecido pela Justiça Paulista e pelas condenações que já teve, o veterano deputado paulista foi liberado pelo TSE e poderá assumir seu mandato em 2015. A fria letra da lei, infelizmente, deve se sobressair à questão moral nesse caso pois, nem tudo o que é legal é moral. É preciso, com urgência, rever essa legislação. E deixar que a avacalhação tome conta de tudo.
A cota excedida
Não quer mesmo investir. Essa é a impressão que dá a cada aparição do governador reeleito, o tucano Geraldo Alckmin, quando o assunto é o abastecimento de água. Agora ele quer multa para quem aumentar o consumo de água em São Paulo. Já deu desconto para quem economiza, agora quer multar. Investimentos no sistema e reconhecimento da gravidade do problema passam longe de Alckmin, que insiste em não rever seus conceitos. E eu que pensei que, passadas as eleições, medidas duras seriam anunciadas após a sua vitória, errei. E feio. Ele continua com a lenga-lenga de sempre. Com o famoso nhe-nhe-nhem do seu parceiro de partido, o ex-presidente FHC. Isso me lembra a história do apagão de energia, quando fomos obrigados a trocar nossas lâmpadas, para não exceder a cota de consumo proposta. No circo São Paulo, continuamos como palhaços.
Pergunta rápida
Quem vai “segurar” a onda para o prefeito a partir de agora na Câmara?
Foi pior a emenda
Saiu o relatório da Comissão de Ética da Câmara Municipal sobre a punição do vereador André Henrique da Silva, o Tigrão (PMDB). Foi divulgado na última sexta-feira pela vereadora-relatora do processo, Érika Tank (Pros), e recomenda dez dias de suspensão ao “nobre edil” (é antigo isso...), que será votado na primeira sessão ordinária da Câmara em 2015. Depois de tanto barulho chega a ser hilária tal decisão. Melhor seria, como já opinei neste espaço, a absolvição completa de Tigrão, pela irrelevância de seus atos. Neste caso sai mais arranhada em sua integridade a Comissão de Ética do que o próprio vereador punido. Para utilizar uma expressão de rede social, kkkkkkkkkkkkkk.
Nota curtíssima
Um feliz Natal a todos.
Frase da semana
“É preciso tornar o Legislativo atraente para pessoas com conhecimento”. Do vereador Nilton Santos (PRB), eleito presidente da Câmara, sobre o aumento salarial dos vereadores. Terça-feira, 16. Na Gazeta de Limeira.
Hora de aparecer
Passado o primeiro impacto de uma surpreendente derrota (na visão dos governistas), coube ao novo presidente do Legislativo municipal, para o biênio 2015/2016 e que encerra a atual legislatura, buscar seu protagonismo. E ele foi atrás e buscou na imprensa a sua vitrine. Falou à mídia impressa e eletrônica e expôs seus projetos e ações, que não esconde suas intenções futuras.
O poder é só meu
À jornalista Érica Samara da Silva, desta Gazeta, proporcionou uma interessante entrevista e mostrou por que desbancou o próprio PT e adjacências. Ele não se perde na palavra – como bom pastor evangélico que é – e expõe suas ideias com assustadora clareza. É preciso buscar nas suas expressões faciais, que mudam a cada pergunta e resposta dada, aonde ele quer de fato chegar.
É bem articulado
Sorrisos, simpatia extremada e sem se furtar às respostas aos questionamentos mais capciosos, o vereador começa a desfilar seus objetivos, mirando seu futuro político e seus interesses. Acompanhei, do meu posto de trabalho e sem perder a intimidade com a entrevista, embora dela não participasse, foi retirando minhas conclusões, para poder chegar com mais propriedade a essa análise.
Afirmação infeliz
O que mais me deixou perplexo, porém, longe das regalias que pretende dar a seus pares – como salário dobrado, por exemplo, entre as outras que desfilou com largo sorriso – foi sua percepção do trabalho do vereador. Ao afirmar que o vereador precisa ter melhor qualidade, mais conhecimento e, por isso, deve ser atraído por bons salários, o futuro presidente da casa está protagonizando um “apartheid” político.
Divisão de castas
Ao propor uma analogia com a iniciativa privada e afirmar que “ninguém com duas faculdades e uma carreira coroada” é mal remunerado, ele mostra um preconceito desnecessário. Não é a universidade e o conhecimento que fazem o homem, mas seu caráter e integridade. De nada vale um diploma universitário, sem honestidade. E é disso que a política nacional mais precisa hoje.
Mimos natalinos
O futuro presidente da Câmara está sendo corajoso em assumir publicamente essa proposta. Ele quer, provavelmente, agradar aos que nele votaram. Mesmo com todos os argumentos que tenha utilizado na entrevista concedida à jornalista, inclusive aquele de que o vereador não tem regalias, como cotas de combustível e carros, por exemplo, também são frágeis diante da realidade da maioria dos trabalhadores brasileiros.
Hora de refletir
E, ao se autoproclamarem trabalhadores do povo e pelo povo, os vereadores devem estar sujeitos às mesmas regras dos demais. Ou será que estou errado e essa diferenciada categoria tem, mesmo, que ter todos esses benefícios? Lembremos que, no passado, o vereador era um voluntário. Eleito, mas sem vencimentos pecuniários. Exercia o cargo pelo gosto pela política. Hoje virou profissão. E que profissão!
Virou profissão
Justamente sobre o tema, o professor e jurista Luiz Flávio Gomes dispõe de um site para esse tipo de discussão. Trata-se do http://fimdopoliticoprofissional.com.br/ que é muito interessante. Nos dá a exata dimensão de tudo o que estamos falando agora.
Eles merecem...
Na mesma linha, e continuando a falar sobre política, na semana que passou, só que na quarta-feira, 17, também os deputados elevaram seus vencimentos, que agora chegam a R$ 33,7 mil mensais, fora as regalias de praxe. Presidente da República, vice e ministros do STF também entraram na lista dos beneficiários. No caso dos parlamentares é um autoaumento, pois a decisão cabe somente a eles. São os únicos “profissionais” que podem elevar seus salários sem ter que pedi-lo a um patrão. Mesmo tendo milhões de patrões, já que são – pelo menos em tese – nossos empregados, pois seus salários saem dos nossos bolsos. Assim como os dos vereadores também. E não houve contestações. Mesmo dos que se autoproclamam éticos e fiscalizadores. O bolso é mesmo um órgão sensível do corpo humano. Tanto no prejuízo, como no lucro.
Mais que limpo
Triste ( mas dentro da lei) a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no caso do deputado Paulo Salim Maluf (PP). Ficha suja reconhecido pela Justiça Paulista e pelas condenações que já teve, o veterano deputado paulista foi liberado pelo TSE e poderá assumir seu mandato em 2015. A fria letra da lei, infelizmente, deve se sobressair à questão moral nesse caso pois, nem tudo o que é legal é moral. É preciso, com urgência, rever essa legislação. E deixar que a avacalhação tome conta de tudo.
A cota excedida
Não quer mesmo investir. Essa é a impressão que dá a cada aparição do governador reeleito, o tucano Geraldo Alckmin, quando o assunto é o abastecimento de água. Agora ele quer multa para quem aumentar o consumo de água em São Paulo. Já deu desconto para quem economiza, agora quer multar. Investimentos no sistema e reconhecimento da gravidade do problema passam longe de Alckmin, que insiste em não rever seus conceitos. E eu que pensei que, passadas as eleições, medidas duras seriam anunciadas após a sua vitória, errei. E feio. Ele continua com a lenga-lenga de sempre. Com o famoso nhe-nhe-nhem do seu parceiro de partido, o ex-presidente FHC. Isso me lembra a história do apagão de energia, quando fomos obrigados a trocar nossas lâmpadas, para não exceder a cota de consumo proposta. No circo São Paulo, continuamos como palhaços.
Pergunta rápida
Quem vai “segurar” a onda para o prefeito a partir de agora na Câmara?
Foi pior a emenda
Saiu o relatório da Comissão de Ética da Câmara Municipal sobre a punição do vereador André Henrique da Silva, o Tigrão (PMDB). Foi divulgado na última sexta-feira pela vereadora-relatora do processo, Érika Tank (Pros), e recomenda dez dias de suspensão ao “nobre edil” (é antigo isso...), que será votado na primeira sessão ordinária da Câmara em 2015. Depois de tanto barulho chega a ser hilária tal decisão. Melhor seria, como já opinei neste espaço, a absolvição completa de Tigrão, pela irrelevância de seus atos. Neste caso sai mais arranhada em sua integridade a Comissão de Ética do que o próprio vereador punido. Para utilizar uma expressão de rede social, kkkkkkkkkkkkkk.
Nota curtíssima
Um feliz Natal a todos.
Frase da semana
“É preciso tornar o Legislativo atraente para pessoas com conhecimento”. Do vereador Nilton Santos (PRB), eleito presidente da Câmara, sobre o aumento salarial dos vereadores. Terça-feira, 16. Na Gazeta de Limeira.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
Equação política
Articulação, zero. Negociação, zero. Imposição, 1000 e arrogância ao infinito. Ao somar o primeiro com o segundo item, para depois subtrair dos terceiro e quarto, o resultado será sempre negativo. Nilton Santos (PRB) é o novo presidente da Câmara.
Resultado ruim
O resultado pode até não ter sido tão ruim assim para o prefeito Paulo Hadich (PSB). Agora ele terá que barganhar pesado para neutralizar o efeito Nilton na Câmara. A oposição, por sua vez, continua dependendo do humor dos situacionistas, que navegam sempre a favor do vento. Se o Prada soprar forte, as velas da embarcação continuarão na mesma direção. O que deve acontecer a partir de 2015.
Causa e efeito
Ju Negão e Dinho, ambos do PSB, que havia deliberado apoio a Raul Nilsen Filho (PMDB), mas votaram contrário à decisão partidária, podem sofrer alguma consequência? Ferramentas e argumentos o partido tem para isso.
Cacos miúdos
O PT, partido da base de Hadich, é um racha só. A passividade da alta cúpula partidária é uma festa aos olhos da oposição, que esfrega as mãos por ter conseguido tirá-lo da Mesa Diretora. Será que a aposta na “fidelidade” do presidente eleito vai valer a pena?
E o salário, ó...
...deve ser de metro para cima. Pelo menos essa é a prioridade do eleito Nilton Santos para satisfazer seus eleitores na Casa. Agora é esperar a reação dos oposicionistas, que votaram nele. Se fosse o atual presidente, Ronei Martins (PT) a anunciar a medida? As redes sociais estariam embaladas nos xingamentos de praxe. Agora...
Tem mais ainda
Na coluna do próximo domingo estarei analisando melhor as opiniões do novo presidente da Câmara, na entrevista concedida à jornalista Érica Samara da Silva.
A última de hoje
O traidor foi, é e será sempre um traidor. Não importa de que lado esteja. O amigo de hoje será a vítima da traição de amanhã. E o amigo de ontem, um futuro aliado.
Articulação, zero. Negociação, zero. Imposição, 1000 e arrogância ao infinito. Ao somar o primeiro com o segundo item, para depois subtrair dos terceiro e quarto, o resultado será sempre negativo. Nilton Santos (PRB) é o novo presidente da Câmara.
Resultado ruim
O resultado pode até não ter sido tão ruim assim para o prefeito Paulo Hadich (PSB). Agora ele terá que barganhar pesado para neutralizar o efeito Nilton na Câmara. A oposição, por sua vez, continua dependendo do humor dos situacionistas, que navegam sempre a favor do vento. Se o Prada soprar forte, as velas da embarcação continuarão na mesma direção. O que deve acontecer a partir de 2015.
Causa e efeito
Ju Negão e Dinho, ambos do PSB, que havia deliberado apoio a Raul Nilsen Filho (PMDB), mas votaram contrário à decisão partidária, podem sofrer alguma consequência? Ferramentas e argumentos o partido tem para isso.
Cacos miúdos
O PT, partido da base de Hadich, é um racha só. A passividade da alta cúpula partidária é uma festa aos olhos da oposição, que esfrega as mãos por ter conseguido tirá-lo da Mesa Diretora. Será que a aposta na “fidelidade” do presidente eleito vai valer a pena?
E o salário, ó...
...deve ser de metro para cima. Pelo menos essa é a prioridade do eleito Nilton Santos para satisfazer seus eleitores na Casa. Agora é esperar a reação dos oposicionistas, que votaram nele. Se fosse o atual presidente, Ronei Martins (PT) a anunciar a medida? As redes sociais estariam embaladas nos xingamentos de praxe. Agora...
Tem mais ainda
Na coluna do próximo domingo estarei analisando melhor as opiniões do novo presidente da Câmara, na entrevista concedida à jornalista Érica Samara da Silva.
A última de hoje
O traidor foi, é e será sempre um traidor. Não importa de que lado esteja. O amigo de hoje será a vítima da traição de amanhã. E o amigo de ontem, um futuro aliado.
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Martírio natalino de um trânsito caótico
Trafegar à noite pela área central da cidade, com o início de horário especial de Natal, está causando transtornos inomináveis aos consumidores. E não é apenas por conta do movimento nas lojas, não, que aparentemente não está ruim, porém, ainda é difícil de avaliar se está dentro do esperado. Com o tempo reduzido à noite, os semáforos disponibilizam 12, 14 segundos com a luz verde, o que quase não dá, em certos momentos, para atravessar de um cruzamento a outro sem que o próximo esteja com a luz vermelha acionada. E, além disso, para complicar o que já está complicado, não há um mínimo de sincronismo possível entre eles, amarrando o trânsito, que já não flui em dias normais.
Este é um tema recorrente, mas que não sai da pauta há muito tempo. Ouvem-se explicações e anúncios periódicos de que o sistema está passando por atualização e os problemas serão resolvidos, para que haja maior fluidez no tráfego. A prática, porém, tem se revelado diametralmente oposta às medidas divulgadas. E o tempo vai passando e o sinal continua com a luz vermelha acesa. Os exemplos são claros e comprovam essa falta de coerência entre discurso e atitude. De sincronismo mesmo, para não perder o trocadilho.
Se em dias normais esses problemas noturnos – porque os diurnos nem contam mais – já existem, agora com a concentração de veículos circulando pelas principais ruas do centro, também à noite, eles ficam mais evidentes ainda. E essa confusão toda compromete, também, a circulação dos próprios pedestres, que desde o último dia 8, já compõem a paisagem noturna das principais ruas comerciais do quadrilátero central e do Centro Acima, para as compras de Natal e fim de ano. A mobilidade urbana fica, dessa forma, extremamente comprometida e pode até desestimular o consumo, dado ao caos e à falta de opções para uma locomoção mais rápida. E é sabido que os empresários do setor, se não estão otimistas ao extremo, ainda esperam por um desempenho igual ao do ano passado, o poder público tem a obrigação de contribuir com sua fatia nos serviços que lhe cabem. E o trânsito é um deles. É do próprio interesse desse poder público o aumento no consumo e na circulação – essa palavrinha persegue mesmo – de dinheiro, pois incidirá na arrecadação e, portanto, nas contas públicas, alvo de constantes reclamações da administração municipal, quando anuncia a paralisação de alguns de seus serviços, por conta da escassez de dinheiro.
E é apenas eficiência que se cobra. E eficiência, cá entre nós, não é gasto. É investimento. E tem retorno garantido. Não custa, portanto, um pouquinho mais de atenção da Secretaria de Mobilidade Urbana para com esse problema crônico do Município. Como costumo cobrar, também, uma experiência prática das autoridades do trânsito, em se utilizar das ruas centrais nos horários de pico e, agora, no período noturno. Penso que a secretária Andrea Júlia Soares deveria ir às compras para uma experiência prática.
Há décadas que soluções são prometidas, mas entra governo e sai (des)governo e nada muda. O vício de origem nunca foi curado. Difícil saber se a manutenção é que é ruim ou a gestão pública que é incompetente.
Este é um tema recorrente, mas que não sai da pauta há muito tempo. Ouvem-se explicações e anúncios periódicos de que o sistema está passando por atualização e os problemas serão resolvidos, para que haja maior fluidez no tráfego. A prática, porém, tem se revelado diametralmente oposta às medidas divulgadas. E o tempo vai passando e o sinal continua com a luz vermelha acesa. Os exemplos são claros e comprovam essa falta de coerência entre discurso e atitude. De sincronismo mesmo, para não perder o trocadilho.
Se em dias normais esses problemas noturnos – porque os diurnos nem contam mais – já existem, agora com a concentração de veículos circulando pelas principais ruas do centro, também à noite, eles ficam mais evidentes ainda. E essa confusão toda compromete, também, a circulação dos próprios pedestres, que desde o último dia 8, já compõem a paisagem noturna das principais ruas comerciais do quadrilátero central e do Centro Acima, para as compras de Natal e fim de ano. A mobilidade urbana fica, dessa forma, extremamente comprometida e pode até desestimular o consumo, dado ao caos e à falta de opções para uma locomoção mais rápida. E é sabido que os empresários do setor, se não estão otimistas ao extremo, ainda esperam por um desempenho igual ao do ano passado, o poder público tem a obrigação de contribuir com sua fatia nos serviços que lhe cabem. E o trânsito é um deles. É do próprio interesse desse poder público o aumento no consumo e na circulação – essa palavrinha persegue mesmo – de dinheiro, pois incidirá na arrecadação e, portanto, nas contas públicas, alvo de constantes reclamações da administração municipal, quando anuncia a paralisação de alguns de seus serviços, por conta da escassez de dinheiro.
E é apenas eficiência que se cobra. E eficiência, cá entre nós, não é gasto. É investimento. E tem retorno garantido. Não custa, portanto, um pouquinho mais de atenção da Secretaria de Mobilidade Urbana para com esse problema crônico do Município. Como costumo cobrar, também, uma experiência prática das autoridades do trânsito, em se utilizar das ruas centrais nos horários de pico e, agora, no período noturno. Penso que a secretária Andrea Júlia Soares deveria ir às compras para uma experiência prática.
Há décadas que soluções são prometidas, mas entra governo e sai (des)governo e nada muda. O vício de origem nunca foi curado. Difícil saber se a manutenção é que é ruim ou a gestão pública que é incompetente.
domingo, 14 de dezembro de 2014
Nem revanche ou vingança. Pede-se apenas justiça
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) concluiu, depois de dois anos, seus trabalhos de busca a documentos e provas sobre o período mais obscuro da história do Brasil. Para não dizer mais hediondo também. E foi o assunto da semana que passou. Esteve nas páginas da mídia impressa e com ampla cobertura também da mídia eletrônica. E se não foram surpreendentes, suas conclusões – em relatório entregue de forma solene à presidente Dilma Rousseff (PT) – revelaram o que e como foram os 21 anos do País sob o comando dos militares. Com direito a depoimentos estarrecedores e à covardia de muitos que não aceitaram depor, talvez com medo de uma verdade ainda mais cruel. Tudo o que estava escondido sob o manto da anistia “ampla, geral e irrestrita” (ou quase tudo) veio à tona para confirmar o que já era de conhecimento da maioria dos brasileiros. Desta vez com direito a ouvir da própria boca de alguns de seus personagens, a sequência de crimes cometidos por agentes do Estado. Ao contrário do que imaginam alguns, não há clima revanchista e nem de espírito vingativo nos propósitos da CNV. Busca-se, daqui para frente, justiça.
Nada a esconder
Os achados durante esse período de pesquisas, debates e depoimentos, com certeza não são a terça parte (talvez menos ainda) de tudo o que aconteceu entre abril de 1964 a março de 1985. Mas deve passar a limpo parte de uma história que ainda estava escondida. Ou camuflada sob a égide do esquecimento. Muito cômodo a alguns de seus protagonistas, cujo interesse passou longe da verdade.
Realidade à vista
A perseverança e o interesse histórico de todos os membros da Comissão da Verdade foram essenciais para que um resultado mais próximo daquela realidade fosse alcançado e viesse à tona. Mesmo que a contragosto de pessoas e instituições, que ainda defendem que se jogue tudo isso para debaixo do tapete, acobertando um momento nada exemplar da vida da nação. A temeridade implica culpa.
É para a história
O que foi apresentado não poderia ter melhor data escolhida, o 10 de dezembro, data em que a ONU proclamou a Declaração Universal dos Direitos do Homem. E três dias antes de a redação do ato institucional número cinco, popularmente conhecido como AI-5, completar 46 anos e que foi um dos mais fortes instrumentos da ditadura. É forte, portanto, o simbolismo embutido nesta data.
Anos de chumbo
Não pretendo me ater e enumerar ou descrever aos dados registrados no relatório, que já foram esmiuçados pela imprensa e analisados sob os mais diferentes ângulos. Inclusive ideológicos. O importante, agora, é entender a relevância desses fatos e levar esse entendimento à maior parte da opinião pública possível. É ela quem tem o direito de saber tudo o que de fato aconteceu durante a ditadura.
O mundo girou
Não é necessário levar à execração pública executores e mandantes das atrocidades cometidas em nome da liberdade. Isso não existe. Mesmo porque muitos já morreram. Como também essa verdade não trará os mortos e desaparecidos de volta. Mas dará conforto àqueles que foram torturados e ainda estão vivos em saber que seus sacrifícios não foram em vão. Não há retaliação quando se trata de história.
É desnecessário
A principal conclusão da Comissão da Verdade, vale salientar, é que foram crimes cometidos contra a humanidade. E esses não prescrevem jamais e só, por isso, seus autores devem ser punidos. Embora alguns defendam alterações legais, não vejo a necessidade de rever a Lei da Anistia, pois ela não contempla essas peculiaridades. Agora é com o Poder Judiciário, de quem será a palavra final.
Espírito aberto
A própria presidente Dilma Rousseff, uma das vítimas de tortura do regime militar também deixou claro que o Planalto não vai incentivar essa revisão. E ela está certa, embora desagrade a setores que apoiam tal mudança. Só o fato de recontar e repassar à memória esses 21 anos de horror institucionalizado por parte das forças militares já significa um alívio histórico. Punir criminosos, porém, é preciso.
Para nunca mais
Que todas as conclusões e recomendações da CNV sejam seguidas à risca. E que sirva, também, como exemplo a não mais ser repetido. E abra mentes e corações daqueles que, inadvertidamente ou por desconhecimento histórico, pedem a volta dos militares.
Que semana dura!
O reeleito governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), tiveram uma semana nada agradável. Ambos tiveram suas contas de campanha reprovadas pelos respectivos tribunais eleitorais – TRE-SP e TRE-MG – e agora terão que rebolar. Bem provável que as partes cheguem a um acordo e tudo morra com a posse de ambos. Já a presidente Dilma Rousseff (PT) teve suas contas da campanha presidencial aprovadas (com ressalvas) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E com o voto do relator, ministro Gilmar Mendes, considerado por muitos um “tucano” de carteirinha. São os paradoxos da política. Desde a semana passada havia muita gente apostando na reprovação dessas contas. E fazendo todo tipo de lucubração imaginável e possível. Fez água. A eleição, porém, ainda não acabou.
Ainda as eleições
Na próxima quinta-feira, 19, Limeira volta a ter, oficialmente, um deputado federal. O eleito Miguel Lombardi (PR) será diplomado depois de duas décadas sem um representante na Câmara Federal. A posse será no dia primeiro de fevereiro de 2015. Como vereador, entretanto, ele ainda participa da sessão de amanhã.
Para fechar o ano
Amanhã é a última sessão ordinária do ano de 2014 na Câmara de Limeira. Votações complicadas e eleição da nova mesa diretora. IPTU para chácaras e sítios; a taxa de luz, talvez e, conforme levantou a jornalista Érica Samara da Silva, na coluna Ângulos, na última sexta-feira, uma possível CP contra o vereador Raul Nilsen Filho (PMDB), ainda por causa do contrato de nebulização, quando ele ainda era secretário da Saúde. Promete. Como prometia a da semana passada, que terminou morna. Grandes emoções.
Cefaleia à vista...
Com todos os projetos polêmicos apresentados e o desgaste que eles podem causar aos vereadores, a manutenção da maioria na base governista ainda é uma incógnita. Ninguém deve acreditar, porém, que Hadich vá perder o conforto e ter sua bancada reduzida a números perigosos, mas poderá, sim, ter uma dorzinha de cabeça aqui ou ali. Mesmo porque ele ainda tem defensores ferrenhos no Legislativo, como é o caso do petista Wilson Cerqueira, líder do governo na Câmara e que pode ser um dos candidatos à Presidência da Casa. A não ser que haja uma debandada geral, o que até pode ser possível, pois como costumo dizer, em política nem sempre 2 + 2 é igual a 4. Como ainda restam dois anos de mandato, é preciso saber até onde vão as concessões.
Pergunta rápida
Com quantos vereadores se faz uma oposição forte na Câmara?
É para desconfiar
As amarrações que o vereador Nilton Santos (PRB) está fazendo para tentar ser o novo presidente da Câmara Municipal é de causar arrepios. Depois de dois anos como membro da mesa diretora e aproveitando-se do status de base governista, ele demonstra pouca habilidade ao fazer concessões à oposição, para tentar garantir sua eleição. O vereador não vai incluir nenhum nome do PT na nova mesa para satisfazer os caprichos dos oposicionistas. Vale lembrar que proporcionalmente os petistas são a maior bancada individual do Legislativo. E para voos mais altos, que é a intenção do peerrebista, ele pode estar dando um tiro no pé. Se mais à frente precisar de apoio mais amplo, parece-me que esse não é o caminho a ser seguido. Há até um pouco de deslealdade nisso.
Nota curtíssima
O pior defeito que um ser humano pode ter é o de cuspir no prato que come.
Frase da semana
"Essas pessoas, na verdade, roubaram o orgulho dos brasileiros”. Do procurador geral da República, Rodrigo Janot, sobre os envolvidos na Operação Lava Jato. No UOL Notícias-Política. Quinta-feira, 11.
Nada a esconder
Os achados durante esse período de pesquisas, debates e depoimentos, com certeza não são a terça parte (talvez menos ainda) de tudo o que aconteceu entre abril de 1964 a março de 1985. Mas deve passar a limpo parte de uma história que ainda estava escondida. Ou camuflada sob a égide do esquecimento. Muito cômodo a alguns de seus protagonistas, cujo interesse passou longe da verdade.
Realidade à vista
A perseverança e o interesse histórico de todos os membros da Comissão da Verdade foram essenciais para que um resultado mais próximo daquela realidade fosse alcançado e viesse à tona. Mesmo que a contragosto de pessoas e instituições, que ainda defendem que se jogue tudo isso para debaixo do tapete, acobertando um momento nada exemplar da vida da nação. A temeridade implica culpa.
É para a história
O que foi apresentado não poderia ter melhor data escolhida, o 10 de dezembro, data em que a ONU proclamou a Declaração Universal dos Direitos do Homem. E três dias antes de a redação do ato institucional número cinco, popularmente conhecido como AI-5, completar 46 anos e que foi um dos mais fortes instrumentos da ditadura. É forte, portanto, o simbolismo embutido nesta data.
Anos de chumbo
Não pretendo me ater e enumerar ou descrever aos dados registrados no relatório, que já foram esmiuçados pela imprensa e analisados sob os mais diferentes ângulos. Inclusive ideológicos. O importante, agora, é entender a relevância desses fatos e levar esse entendimento à maior parte da opinião pública possível. É ela quem tem o direito de saber tudo o que de fato aconteceu durante a ditadura.
O mundo girou
Não é necessário levar à execração pública executores e mandantes das atrocidades cometidas em nome da liberdade. Isso não existe. Mesmo porque muitos já morreram. Como também essa verdade não trará os mortos e desaparecidos de volta. Mas dará conforto àqueles que foram torturados e ainda estão vivos em saber que seus sacrifícios não foram em vão. Não há retaliação quando se trata de história.
É desnecessário
A principal conclusão da Comissão da Verdade, vale salientar, é que foram crimes cometidos contra a humanidade. E esses não prescrevem jamais e só, por isso, seus autores devem ser punidos. Embora alguns defendam alterações legais, não vejo a necessidade de rever a Lei da Anistia, pois ela não contempla essas peculiaridades. Agora é com o Poder Judiciário, de quem será a palavra final.
Espírito aberto
A própria presidente Dilma Rousseff, uma das vítimas de tortura do regime militar também deixou claro que o Planalto não vai incentivar essa revisão. E ela está certa, embora desagrade a setores que apoiam tal mudança. Só o fato de recontar e repassar à memória esses 21 anos de horror institucionalizado por parte das forças militares já significa um alívio histórico. Punir criminosos, porém, é preciso.
Para nunca mais
Que todas as conclusões e recomendações da CNV sejam seguidas à risca. E que sirva, também, como exemplo a não mais ser repetido. E abra mentes e corações daqueles que, inadvertidamente ou por desconhecimento histórico, pedem a volta dos militares.
Que semana dura!
O reeleito governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), tiveram uma semana nada agradável. Ambos tiveram suas contas de campanha reprovadas pelos respectivos tribunais eleitorais – TRE-SP e TRE-MG – e agora terão que rebolar. Bem provável que as partes cheguem a um acordo e tudo morra com a posse de ambos. Já a presidente Dilma Rousseff (PT) teve suas contas da campanha presidencial aprovadas (com ressalvas) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E com o voto do relator, ministro Gilmar Mendes, considerado por muitos um “tucano” de carteirinha. São os paradoxos da política. Desde a semana passada havia muita gente apostando na reprovação dessas contas. E fazendo todo tipo de lucubração imaginável e possível. Fez água. A eleição, porém, ainda não acabou.
Ainda as eleições
Na próxima quinta-feira, 19, Limeira volta a ter, oficialmente, um deputado federal. O eleito Miguel Lombardi (PR) será diplomado depois de duas décadas sem um representante na Câmara Federal. A posse será no dia primeiro de fevereiro de 2015. Como vereador, entretanto, ele ainda participa da sessão de amanhã.
Para fechar o ano
Amanhã é a última sessão ordinária do ano de 2014 na Câmara de Limeira. Votações complicadas e eleição da nova mesa diretora. IPTU para chácaras e sítios; a taxa de luz, talvez e, conforme levantou a jornalista Érica Samara da Silva, na coluna Ângulos, na última sexta-feira, uma possível CP contra o vereador Raul Nilsen Filho (PMDB), ainda por causa do contrato de nebulização, quando ele ainda era secretário da Saúde. Promete. Como prometia a da semana passada, que terminou morna. Grandes emoções.
Cefaleia à vista...
Com todos os projetos polêmicos apresentados e o desgaste que eles podem causar aos vereadores, a manutenção da maioria na base governista ainda é uma incógnita. Ninguém deve acreditar, porém, que Hadich vá perder o conforto e ter sua bancada reduzida a números perigosos, mas poderá, sim, ter uma dorzinha de cabeça aqui ou ali. Mesmo porque ele ainda tem defensores ferrenhos no Legislativo, como é o caso do petista Wilson Cerqueira, líder do governo na Câmara e que pode ser um dos candidatos à Presidência da Casa. A não ser que haja uma debandada geral, o que até pode ser possível, pois como costumo dizer, em política nem sempre 2 + 2 é igual a 4. Como ainda restam dois anos de mandato, é preciso saber até onde vão as concessões.
Pergunta rápida
Com quantos vereadores se faz uma oposição forte na Câmara?
É para desconfiar
As amarrações que o vereador Nilton Santos (PRB) está fazendo para tentar ser o novo presidente da Câmara Municipal é de causar arrepios. Depois de dois anos como membro da mesa diretora e aproveitando-se do status de base governista, ele demonstra pouca habilidade ao fazer concessões à oposição, para tentar garantir sua eleição. O vereador não vai incluir nenhum nome do PT na nova mesa para satisfazer os caprichos dos oposicionistas. Vale lembrar que proporcionalmente os petistas são a maior bancada individual do Legislativo. E para voos mais altos, que é a intenção do peerrebista, ele pode estar dando um tiro no pé. Se mais à frente precisar de apoio mais amplo, parece-me que esse não é o caminho a ser seguido. Há até um pouco de deslealdade nisso.
Nota curtíssima
O pior defeito que um ser humano pode ter é o de cuspir no prato que come.
Frase da semana
"Essas pessoas, na verdade, roubaram o orgulho dos brasileiros”. Do procurador geral da República, Rodrigo Janot, sobre os envolvidos na Operação Lava Jato. No UOL Notícias-Política. Quinta-feira, 11.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Queimou o filme
Não há uma ação positiva do governo Paulo Hadich (PSB), que não venha acompanhada de uma desastrada. Depois da aprovação do projeto que regulariza as chácaras de recreio, ele quer cobrar IPTU justamente de chácaras e sítios. Se, na zona rural, já pagam o ITR – Imposto Territorial Rural. E agora IPTU também?
Aqui não. Nem lá
A desculpa – ou argumento, como queiram – está na execução de serviços públicos embutidos no IPTU, que seriam executados pela prefeitura. Ora, se nem na área urbana esses serviços são de qualidade e deixam a desejar na sua execução, é fácil imaginar na zona rural como seriam. Exemplo: conservação das estradas rurais. Tenho dito.
Arrecadar mais
Penso que nem mesmo o argumento de que há chácaras em zona urbana que se beneficiam dessa situação é válido. É preciso cuidado com essa sanha arrecadatória.
Desta vez, acerto
E para completar o raciocínio, a decoração de Natal da Praça Toledo Barros, neste ano, ficou muito boa. À noite é um espetáculo de cores, que realça o perfil da gruta, como há muito não se via por aqui. Ficou perfeita. Os críticos antecipados têm obrigação de se retratar. Afinal, não há nada mais sublime que o reconhecimento do erro.
Dramin resolve...
Depois da fala desastrada, preconceituosa e criminosa do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), uma verdadeira apologia ao estupro, a Comissão de Ética da Câmara Municipal tem obrigação de inocentar o vereador André Henrique da Silva, o Tigrão (PMDB). Sinceramente fiquei com nojo da Câmara dos Deputados. Um desconforto estomacal, como teve Tigrão ao falar da Câmara Municipal é apenas um enjoo passageiro.
Culpado de quê?
Esse caso já foi longe demais. Afinal outros vereadores também tiveram suas escorregadelas e ficou por isso mesmo. Uma advertência é o suficiente. Ele aprendeu.
A última de hoje
Ontem, 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) apresentou, finalmente, seu relatório sobre os crimes cometidos pelo regime militar nos seus 21 anos em vigor. De 1964 a 1985. O que querem esconder os militares? E desculpas não trarão os torturados e mortos de volta à vida. Justiça tardia.
Não há uma ação positiva do governo Paulo Hadich (PSB), que não venha acompanhada de uma desastrada. Depois da aprovação do projeto que regulariza as chácaras de recreio, ele quer cobrar IPTU justamente de chácaras e sítios. Se, na zona rural, já pagam o ITR – Imposto Territorial Rural. E agora IPTU também?
Aqui não. Nem lá
A desculpa – ou argumento, como queiram – está na execução de serviços públicos embutidos no IPTU, que seriam executados pela prefeitura. Ora, se nem na área urbana esses serviços são de qualidade e deixam a desejar na sua execução, é fácil imaginar na zona rural como seriam. Exemplo: conservação das estradas rurais. Tenho dito.
Arrecadar mais
Penso que nem mesmo o argumento de que há chácaras em zona urbana que se beneficiam dessa situação é válido. É preciso cuidado com essa sanha arrecadatória.
Desta vez, acerto
E para completar o raciocínio, a decoração de Natal da Praça Toledo Barros, neste ano, ficou muito boa. À noite é um espetáculo de cores, que realça o perfil da gruta, como há muito não se via por aqui. Ficou perfeita. Os críticos antecipados têm obrigação de se retratar. Afinal, não há nada mais sublime que o reconhecimento do erro.
Dramin resolve...
Depois da fala desastrada, preconceituosa e criminosa do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), uma verdadeira apologia ao estupro, a Comissão de Ética da Câmara Municipal tem obrigação de inocentar o vereador André Henrique da Silva, o Tigrão (PMDB). Sinceramente fiquei com nojo da Câmara dos Deputados. Um desconforto estomacal, como teve Tigrão ao falar da Câmara Municipal é apenas um enjoo passageiro.
Culpado de quê?
Esse caso já foi longe demais. Afinal outros vereadores também tiveram suas escorregadelas e ficou por isso mesmo. Uma advertência é o suficiente. Ele aprendeu.
A última de hoje
Ontem, 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) apresentou, finalmente, seu relatório sobre os crimes cometidos pelo regime militar nos seus 21 anos em vigor. De 1964 a 1985. O que querem esconder os militares? E desculpas não trarão os torturados e mortos de volta à vida. Justiça tardia.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
A democracia basta aos espíritos insanos
“Todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão”. Artigo 19, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Não há nada que simbolize mais a democracia, como a conhecemos e aprendemos com sua prática, do que o trecho que está posto acima. Não há democracia, que funcione sem uma imprensa livre e que respeite a diversidade de ideias e sua difusão. Mesmo que sejam contrárias a esse regime de governo, profanando os ideais libertários nele implícitos. E, da mesma forma que seus defensores, aqueles que proclamam regimes ditatoriais sanguinários como solução política (e já fomos o próprio exemplo disso) também têm na democracia o principal meio legal para difundir suas preferências, sem que sejam tolhidos desse direito. Um movimento que seria impossível, invertendo-se esses valores.
Nada mais justo, portanto, que seja a democracia o regime preferido pela maioria dos brasileiros, conforme mostrou pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha entre os dias 2 e 3 de dezembro e publicada ontem, pelo jornal Folha de S. Paulo. E o resultado foi – e é – animador. Dos entrevistados, 66% acreditam que é o melhor regime de governo, contra 14% que dizem tanto fazer um como o outro e, apenas 12%, defendendo a ditadura. Uma resposta oportuna em momento mais oportuno ainda, quando grupos isolados e justamente se utilizando do direito à livre expressão de pensamento, conclamam a volta dos militares ao poder. De triste e trágica memória. E o que é mais interessante ainda, essa percepção quanto a regimes de governo, está implícita em todas as camadas sociais. Apenas com ligeira variação de porcentuais, o que indica onde aumenta ou diminui a incidência de simpatizantes ao autoritarismo do Estado contra o direito básico do cidadão.
Uma pesquisa que vem em boa hora, também, para mostrar que ainda deve prevalecer a vontade da maioria, medida entre o direito à escolha e a suas próprias opiniões, com peso na relevância de seus números. Há quem discorde disso, o que também faz parte da democracia, mas a balança se move onde o peso é maior. Não importa se em gramas, quilos ou toneladas, mas na sua representação. E que não se aconselha, também, em qualquer hipótese, menosprezar a força da minoria. Principalmente quando há um equilíbrio maior entre os dois lados. Como o resultado da última eleição presidencial no Brasil.
A principal lição que se pode tirar desses números apresentados na pesquisa do Datafolha, é que o país amadurece, apesar do ainda curto tempo de regime democrático experimentado desde o fim da ditadura militar. E que sirva de advertência real à insanidade que habita alguns espíritos desprovidos de respeito para com seus semelhantes. E com eles próprios.
Nada mais justo, portanto, que seja a democracia o regime preferido pela maioria dos brasileiros, conforme mostrou pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha entre os dias 2 e 3 de dezembro e publicada ontem, pelo jornal Folha de S. Paulo. E o resultado foi – e é – animador. Dos entrevistados, 66% acreditam que é o melhor regime de governo, contra 14% que dizem tanto fazer um como o outro e, apenas 12%, defendendo a ditadura. Uma resposta oportuna em momento mais oportuno ainda, quando grupos isolados e justamente se utilizando do direito à livre expressão de pensamento, conclamam a volta dos militares ao poder. De triste e trágica memória. E o que é mais interessante ainda, essa percepção quanto a regimes de governo, está implícita em todas as camadas sociais. Apenas com ligeira variação de porcentuais, o que indica onde aumenta ou diminui a incidência de simpatizantes ao autoritarismo do Estado contra o direito básico do cidadão.
Uma pesquisa que vem em boa hora, também, para mostrar que ainda deve prevalecer a vontade da maioria, medida entre o direito à escolha e a suas próprias opiniões, com peso na relevância de seus números. Há quem discorde disso, o que também faz parte da democracia, mas a balança se move onde o peso é maior. Não importa se em gramas, quilos ou toneladas, mas na sua representação. E que não se aconselha, também, em qualquer hipótese, menosprezar a força da minoria. Principalmente quando há um equilíbrio maior entre os dois lados. Como o resultado da última eleição presidencial no Brasil.
A principal lição que se pode tirar desses números apresentados na pesquisa do Datafolha, é que o país amadurece, apesar do ainda curto tempo de regime democrático experimentado desde o fim da ditadura militar. E que sirva de advertência real à insanidade que habita alguns espíritos desprovidos de respeito para com seus semelhantes. E com eles próprios.
domingo, 7 de dezembro de 2014
Quando o abandono vira mau exemplo geral
Os exemplos se sucedem e permeiam o seio da sociedade. E o mais triste deles é o do abandono. E, não raro, é através da imprensa que essas situações se tornam mais visíveis. Se o poder público deixa ao leu seu próprio patrimônio, quem é ele para exigir da população, que não abandone o seu. É evidente que isso não é regra, mas as exceções ultrapassam qualquer limite do aceitável. Recentemente esta Gazeta mostrou o abandono total de dois imóveis da Prefeitura, que há anos estão se deteriorando sem qualquer solução aparente. As antigas dependências da Câmara, que foi residência da família Trajano Camargo, e a quase desintegrada Machina São Paulo, com seus projetos de recuperação que nunca saem do papel. Em contrapartida, muitos limeirenses simplesmente abandonam seus imóveis – e em áreas até nobres – em meio ao mato e a usuários de drogas. Outros se esquecem da importância histórica de uma construção, deixando-a ser corroída pelo tempo, para que possa se transformar em fruto da especulação imobiliária. Como os casarões da baixada da Estação. E, nos dois casos, os prejudicados são os próprios cidadãos, vítimas dessa situações.
Vizinhos reclamam
Ainda na edição da última quinta-feira, a Gazeta mostrou a triste situação de vários imóveis situados na Avenida Campinas, que estão fechados ou já foram tomados pelo mato, que cresce sem piedade. E, se não bastasse o desleixo aparente, viram abrigos ou pontos de consumo de drogas. E quem mais sofre com isso? Os vizinhos dessas casas, que acabam apelando à imprensa por alguma solução.
E não são isolados
Como esse caso, outros tantos aparecem e são noticiados, invariavelmente após denúncias de vizinhos, cansados de procurar soluções a quem cabe tomá-las, o que dificilmente acontece. Sempre com as tradicionais respostas de “vamos averiguar”, e por aí afora. E com prazos a perder de vista, levando em conta outros compromissos listados como prioridades, que vão sendo empurrados...
Não têm respostas
E, sempre que provocados pelos questionamentos de jornalistas, secretários e diretores dos órgãos competentes para solucionar o problema, vêm, na maioria da vezes, com respostas também evasivas. Uma verdadeira música de uma nota só, cuja tecla é que o problema deve ser denunciado justamente aos “órgãos competentes”. É simples, quando a denúncia chegou à mídia, é porque outros caminhos foram esgotados.
Daqui a 30 dias...
Vamos aos fatos. A Secretaria de Obras e Urbanismo, segundo o titular da pasta, Alex Marques Rosa, emitiu notificações para cada uma das residências para limpeza e fechamento da área. E deu 30 dias aos proprietários para executarem os serviços. Então é só esperar o prazo se esgotar e voltar ao local, para ver se as medidas foram tomadas. É bem provável que nada será feito. E daí, como é que fica?
Burocraciômetro
O maior – e mais grave – problema é a burocracia que isso demanda. Abrem-se processos, que vão passando de mão em mão, em trâmites demorados, enquanto as situações se agravam. Se a máquina pública não tem eficiência interna, o que está fora fica à mercê de algumas vontades. Quando não, de entraves legais, que não permitem a imediata resolução desses conflitos. Falta modernidade.
Causas... e efeitos
O Brasil já teve até um Ministério da Desburocratização. Lembram-se dele? Que durou de 1976 a 1989, cujo primeiro titular, e que ficou mais famoso, foi Hélio Beltrão? Houve avanços, porém, diminutos, devido ao tamanho da máquina pública e o que ela representa na vida do cidadão. E não é diferente por aqui também. E o que é ruim fica pior, pois o administrador acaba refém dessa condição.
Será que é difícil?
O excesso de burocracia, entretanto, não justifica a falta de ação. E é isso que todo nós cobramos. É isso que a população cobra, quando ocorre uma situação dessa natureza. Mais uma vez ficamos com a aquela sensação de “muita teoria e pouca prática”.
É proibido fumar...
...diz o aviso que eu li. Esse trecho inicia uma velha canção da Jovem Guarda, de autoria de Roberto Carlos e deve, novamente, virar hit em todo o País. Desde a última quarta-feira, 3, está em vigor a Lei Antifumo válida em todo território nacional. Trata-se da lei 12.546, que existe desde 2011, mas só agora foi regulamentada. No caso de o Estado de São Paulo, nada modifica, pois já há uma estadual (entrou em vigor em 7 de agosto de 2009) que, aparentemente, vem sendo cumprida à risca. Não serão permitidos, também, os chamados “fumódromos”, que são áreas separadas para fumantes. Como é uma questão de saúde pública, ela só reforça o combate os males do fumo. E deve servir de incentivo àqueles fumantes que estão tentando deixar o vício. E os maços deverão, também, reservar 30% da área frontal para avisos sobre os riscos a partir de 2016.
Sem discriminação
Vale lembrar, entretanto, que não é proibido fumar, desde que respeitadas as determinações legais e autorizados. E não dá, também, ao não fumante, o direito de discriminar aqueles que são adeptos ao cigarro, charuto, cachimbo, cigarrilhas e etc. É preciso respeitar o livre arbítrio de cada cidadão. O respeito deve, aliás, ser mútuo.
Números assustam
A importância da lei nacional só é revelada pelos números do tabagismo no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) diz que são 200 mil mortes no ano, 552 por dia. E o câncer que mais mata no País é o de pulmão e, cerca de 90% dos casos são ligados ao fumo. Para 2014 as estimativas são de 27.330 novos casos de câncer de pulmão sejam registrados no país, e, anualmente, o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta R$ 19,15 milhões com diagnóstico e tratamento de doenças causadas pelo tabagismo passivo. E a Previdência Social gasta mais de R$ 18 milhões por ano em pensões e benefícios relacionados ao problema.
Só para completar
São Paulo tem, desde 2009 uma legislação antifumo até mais rigorosa que a nova lei federal. Mas só agora, com a regulamentação dessa lei é que as pessoas se preocuparam em seguir as regras. Como a estadual nada valesse. Questão de fiscalização.
Ainda não acabou
Vem aí o terceiro turno eleitoral. A oposição brigando contra o governo e o governo tentando sufocar a oposição a qualquer custo. E a base governista chafurdando por espaços na administração federal, tendo como ferramenta a chantagem política. E, no meio desse tiroteio, o país vai ficando à mercê de uma bala perdida qualquer. A maior frustração é cair naquela velha máxima de um ex-presidente, quando disse “esqueçam tudo o que eu escrevi”. Hoje a diferença é apenas de contextualização dessa prática.
Pergunta rápida
A quem interessa a judicialização de atos da administração pública?
Um fio desencapado
A sessão ordinária da Câmara promete ser eletrizante amanhã. Com a possível votação da Contribuição dos Serviços de Iluminação pública em plenário, a pressão do auditório promete ser forte para a rejeição da proposta do prefeito Paulo Hadich (PSB). Trabalhadores ligados à União Sindical, que congrega 13 entidades, estão sendo convocados para participar da platéia, que deverá aplaudir e vaiar cada discurso, contrário e em defesa da nova taxa. Pelo levantamento desta Gazeta, se se mantiver o posicionamento de cada vereador contrário, ela não passa. Porém, e sempre tem um porém, nada é definitivo em se tratando de política. É um chavão velho, mas não ultrapassado. Especula-se muito e em todas as direções. Aplausos ou vaias só amanhã.
Nota curtíssima
A partir de agora, os vereadores poderão viajar sem medo. Inclusive de avião.
Frase da semana
“Em matéria de corrupção, os tucanos sofrem da mesma moléstia que acomete os petistas: cegueira”. Do jornalista Josias de Souza, sobre o cartel dos trilhos e o “petrolão”. No Blog do Josias. Uol. Sexta-feira, 5
Vizinhos reclamam
Ainda na edição da última quinta-feira, a Gazeta mostrou a triste situação de vários imóveis situados na Avenida Campinas, que estão fechados ou já foram tomados pelo mato, que cresce sem piedade. E, se não bastasse o desleixo aparente, viram abrigos ou pontos de consumo de drogas. E quem mais sofre com isso? Os vizinhos dessas casas, que acabam apelando à imprensa por alguma solução.
E não são isolados
Como esse caso, outros tantos aparecem e são noticiados, invariavelmente após denúncias de vizinhos, cansados de procurar soluções a quem cabe tomá-las, o que dificilmente acontece. Sempre com as tradicionais respostas de “vamos averiguar”, e por aí afora. E com prazos a perder de vista, levando em conta outros compromissos listados como prioridades, que vão sendo empurrados...
Não têm respostas
E, sempre que provocados pelos questionamentos de jornalistas, secretários e diretores dos órgãos competentes para solucionar o problema, vêm, na maioria da vezes, com respostas também evasivas. Uma verdadeira música de uma nota só, cuja tecla é que o problema deve ser denunciado justamente aos “órgãos competentes”. É simples, quando a denúncia chegou à mídia, é porque outros caminhos foram esgotados.
Daqui a 30 dias...
Vamos aos fatos. A Secretaria de Obras e Urbanismo, segundo o titular da pasta, Alex Marques Rosa, emitiu notificações para cada uma das residências para limpeza e fechamento da área. E deu 30 dias aos proprietários para executarem os serviços. Então é só esperar o prazo se esgotar e voltar ao local, para ver se as medidas foram tomadas. É bem provável que nada será feito. E daí, como é que fica?
Burocraciômetro
O maior – e mais grave – problema é a burocracia que isso demanda. Abrem-se processos, que vão passando de mão em mão, em trâmites demorados, enquanto as situações se agravam. Se a máquina pública não tem eficiência interna, o que está fora fica à mercê de algumas vontades. Quando não, de entraves legais, que não permitem a imediata resolução desses conflitos. Falta modernidade.
Causas... e efeitos
O Brasil já teve até um Ministério da Desburocratização. Lembram-se dele? Que durou de 1976 a 1989, cujo primeiro titular, e que ficou mais famoso, foi Hélio Beltrão? Houve avanços, porém, diminutos, devido ao tamanho da máquina pública e o que ela representa na vida do cidadão. E não é diferente por aqui também. E o que é ruim fica pior, pois o administrador acaba refém dessa condição.
Será que é difícil?
O excesso de burocracia, entretanto, não justifica a falta de ação. E é isso que todo nós cobramos. É isso que a população cobra, quando ocorre uma situação dessa natureza. Mais uma vez ficamos com a aquela sensação de “muita teoria e pouca prática”.
É proibido fumar...
...diz o aviso que eu li. Esse trecho inicia uma velha canção da Jovem Guarda, de autoria de Roberto Carlos e deve, novamente, virar hit em todo o País. Desde a última quarta-feira, 3, está em vigor a Lei Antifumo válida em todo território nacional. Trata-se da lei 12.546, que existe desde 2011, mas só agora foi regulamentada. No caso de o Estado de São Paulo, nada modifica, pois já há uma estadual (entrou em vigor em 7 de agosto de 2009) que, aparentemente, vem sendo cumprida à risca. Não serão permitidos, também, os chamados “fumódromos”, que são áreas separadas para fumantes. Como é uma questão de saúde pública, ela só reforça o combate os males do fumo. E deve servir de incentivo àqueles fumantes que estão tentando deixar o vício. E os maços deverão, também, reservar 30% da área frontal para avisos sobre os riscos a partir de 2016.
Sem discriminação
Vale lembrar, entretanto, que não é proibido fumar, desde que respeitadas as determinações legais e autorizados. E não dá, também, ao não fumante, o direito de discriminar aqueles que são adeptos ao cigarro, charuto, cachimbo, cigarrilhas e etc. É preciso respeitar o livre arbítrio de cada cidadão. O respeito deve, aliás, ser mútuo.
Números assustam
A importância da lei nacional só é revelada pelos números do tabagismo no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) diz que são 200 mil mortes no ano, 552 por dia. E o câncer que mais mata no País é o de pulmão e, cerca de 90% dos casos são ligados ao fumo. Para 2014 as estimativas são de 27.330 novos casos de câncer de pulmão sejam registrados no país, e, anualmente, o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta R$ 19,15 milhões com diagnóstico e tratamento de doenças causadas pelo tabagismo passivo. E a Previdência Social gasta mais de R$ 18 milhões por ano em pensões e benefícios relacionados ao problema.
Só para completar
São Paulo tem, desde 2009 uma legislação antifumo até mais rigorosa que a nova lei federal. Mas só agora, com a regulamentação dessa lei é que as pessoas se preocuparam em seguir as regras. Como a estadual nada valesse. Questão de fiscalização.
Ainda não acabou
Vem aí o terceiro turno eleitoral. A oposição brigando contra o governo e o governo tentando sufocar a oposição a qualquer custo. E a base governista chafurdando por espaços na administração federal, tendo como ferramenta a chantagem política. E, no meio desse tiroteio, o país vai ficando à mercê de uma bala perdida qualquer. A maior frustração é cair naquela velha máxima de um ex-presidente, quando disse “esqueçam tudo o que eu escrevi”. Hoje a diferença é apenas de contextualização dessa prática.
Pergunta rápida
A quem interessa a judicialização de atos da administração pública?
Um fio desencapado
A sessão ordinária da Câmara promete ser eletrizante amanhã. Com a possível votação da Contribuição dos Serviços de Iluminação pública em plenário, a pressão do auditório promete ser forte para a rejeição da proposta do prefeito Paulo Hadich (PSB). Trabalhadores ligados à União Sindical, que congrega 13 entidades, estão sendo convocados para participar da platéia, que deverá aplaudir e vaiar cada discurso, contrário e em defesa da nova taxa. Pelo levantamento desta Gazeta, se se mantiver o posicionamento de cada vereador contrário, ela não passa. Porém, e sempre tem um porém, nada é definitivo em se tratando de política. É um chavão velho, mas não ultrapassado. Especula-se muito e em todas as direções. Aplausos ou vaias só amanhã.
Nota curtíssima
A partir de agora, os vereadores poderão viajar sem medo. Inclusive de avião.
Frase da semana
“Em matéria de corrupção, os tucanos sofrem da mesma moléstia que acomete os petistas: cegueira”. Do jornalista Josias de Souza, sobre o cartel dos trilhos e o “petrolão”. No Blog do Josias. Uol. Sexta-feira, 5
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Nem tanto o céu...
...muito menos o inferno. Se a mudança de Estatuto dos funcionários Públicos Municipais vai dar mais eficiência à máquina pública, nota dez para a proposta. Porém, se pretende restringir direitos dos trabalhadores, nota zero. É preciso equilíbrio.
É de se concordar
Quando o Sindsel diz que não se pode votar mudanças no estatuto de forma parcelada, é preciso ouvir o que os servidores têm a dizer. Não se pode ficar com aquela história de “o gato subiu no telhado...”.
Cortina de fumaça
A impressão que se tem, opinião minha, é evidente, é que esses polêmicos projetos estão sendo enviados à Câmara para dissimular o verdadeiro interesse do Poder Executivo. Fazer passar, na calada da noite, o infeliz projeto da taxa de luz. A chamada Cosip. Percebe-se, de repente, que o assunto saiu das conversas...
É muito apertada
Muitos vereadores terão que se ajustar à saia que o prefeito Paulo Hadich (PSB) está costurando para eles. Ou, então, ela será rasgada em público, colocando Hadich na berlinda. Resta saber se alguém se dispõe a segurar essa onda. E de que forma.
...está $em grana
Devo, não nego. Pagarei quando puder. O pagamento de uma dívida por danos ao erário é, sem dúvida, confissão de crime. E ninguém quer ser réu confesso. Em se tratando de político, então...
Debaixo do tapete
Querer imputar toda corrupção (agora aparente e comprovada) da Petrobras somente aos governos petistas é, no mínimo, desconhecer a história. E para não ser mais deselegante, trata-se da mais pura hipocrisia. O falecido jornalista e escritor Paulo Francis que o diga.
A última de hoje
Diploma. Renúncia e posse. Essas serão as três etapas que o atual vereador Miguel Lombardi (PR), eleito deputado federal, terá que passar. Diploma, no dia 19 de dezembro, renúncia à Câmara Municipal, dia 26 de janeiro e posse, primeiro de fevereiro. Aí sim, “haberemus deputadus”.
...muito menos o inferno. Se a mudança de Estatuto dos funcionários Públicos Municipais vai dar mais eficiência à máquina pública, nota dez para a proposta. Porém, se pretende restringir direitos dos trabalhadores, nota zero. É preciso equilíbrio.
É de se concordar
Quando o Sindsel diz que não se pode votar mudanças no estatuto de forma parcelada, é preciso ouvir o que os servidores têm a dizer. Não se pode ficar com aquela história de “o gato subiu no telhado...”.
Cortina de fumaça
A impressão que se tem, opinião minha, é evidente, é que esses polêmicos projetos estão sendo enviados à Câmara para dissimular o verdadeiro interesse do Poder Executivo. Fazer passar, na calada da noite, o infeliz projeto da taxa de luz. A chamada Cosip. Percebe-se, de repente, que o assunto saiu das conversas...
É muito apertada
Muitos vereadores terão que se ajustar à saia que o prefeito Paulo Hadich (PSB) está costurando para eles. Ou, então, ela será rasgada em público, colocando Hadich na berlinda. Resta saber se alguém se dispõe a segurar essa onda. E de que forma.
...está $em grana
Devo, não nego. Pagarei quando puder. O pagamento de uma dívida por danos ao erário é, sem dúvida, confissão de crime. E ninguém quer ser réu confesso. Em se tratando de político, então...
Debaixo do tapete
Querer imputar toda corrupção (agora aparente e comprovada) da Petrobras somente aos governos petistas é, no mínimo, desconhecer a história. E para não ser mais deselegante, trata-se da mais pura hipocrisia. O falecido jornalista e escritor Paulo Francis que o diga.
A última de hoje
Diploma. Renúncia e posse. Essas serão as três etapas que o atual vereador Miguel Lombardi (PR), eleito deputado federal, terá que passar. Diploma, no dia 19 de dezembro, renúncia à Câmara Municipal, dia 26 de janeiro e posse, primeiro de fevereiro. Aí sim, “haberemus deputadus”.
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Bom senso, fogo amigo e interferências
O Partido dos Trabalhadores (PT) precisa escolher de que lado vai ficar daqui para frente. Em janeiro o partido encara mais quatro anos de Palácio do Planalto, mas ainda vacila em suas posições, por cargos na administração direta e indireta. É preciso definir se, definitivamente, compõe com a presidente Dilma Rousseff, reeleita pela sigla, e lhe dá todo o apoio necessário; ou se assume a artilharia do chamado fogo amigo, na tentativa de chantagear o governo para continuar ocupando ministérios de maior visibilidade e poder decisório. O fato é que há um descontentamento por parte das tendências petistas mais à esquerda, que não aceitam indicações técnicas (e que devem ser ocupadas por técnicos), em prejuízo das políticas, que rendem dividendos partidários, mas podem comprometer a governabilidade.
E esse fogo amigo tem seu maior arsenal dentro das próprias dependências palacianas, que é comandado por vários dos ministros atuais, que vêm a público para desautorizar os discursos dos recém-escolhidos, como forma de demarcar território, para que tudo possa ficar como está. Foi o caso de Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, que saiu com uma pérola política de fazer inveja, ao afirmar, no dia seguinte da escolha da equipe econômica para o novo mandato, que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não teria total autonomia para decidir suas ações, pois quem manda é a presidente. Isso é evidente, ele não precisa lembrar o óbvio. A escolha de Dilma, por si só, já é uma garantida de autonomia e liberdade de trabalho. Pelo menos deve ser assim. Às vezes é preciso se render às evidências e retomar rumos, do que ficar correndo sobre espinhos, se há outros caminhos que levem o País de volta aos eixos. Se serão caminhos menos espinhosos, isso só o tempo dirá.
Que há uma interferência desnecessária e antiquada da máquina partidária nos rumos do governo federal, ninguém pode negar. É um direito que está na legislação eleitoral, quando dá ao partido a posse do mandato dos eleitos. Mas até que ponto essa interferência é saudável? Ou se é mais prejudicial e pode levar ao erro? São respostas que o próprio PT, neste caso, precisa responder. E que sejam respostas coerentes com o momento e não com foco meramente político.
Passado o calor das disputas eleitorais, é chegada a hora de retomar o governo e dar-lhe uma nova roupagem a partir de 2015. Se for o caso. O discurso político garantiu a reeleição. É preciso que a prática garanta o novo mandato de Dilma. Mesmo que para isso seja preciso confrontar as lideranças mais resistentes e retrógradas dentro do petismo. Os modelos se esgotam e novos devem ser propostos. E é preciso assumir a necessidade de mudanças para o futuro, que já está bem próximo, sem se esquecer das conquistas do passado até o presente. Se mudar significa melhorar, então está na hora de melhorar.
E esse fogo amigo tem seu maior arsenal dentro das próprias dependências palacianas, que é comandado por vários dos ministros atuais, que vêm a público para desautorizar os discursos dos recém-escolhidos, como forma de demarcar território, para que tudo possa ficar como está. Foi o caso de Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, que saiu com uma pérola política de fazer inveja, ao afirmar, no dia seguinte da escolha da equipe econômica para o novo mandato, que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não teria total autonomia para decidir suas ações, pois quem manda é a presidente. Isso é evidente, ele não precisa lembrar o óbvio. A escolha de Dilma, por si só, já é uma garantida de autonomia e liberdade de trabalho. Pelo menos deve ser assim. Às vezes é preciso se render às evidências e retomar rumos, do que ficar correndo sobre espinhos, se há outros caminhos que levem o País de volta aos eixos. Se serão caminhos menos espinhosos, isso só o tempo dirá.
Que há uma interferência desnecessária e antiquada da máquina partidária nos rumos do governo federal, ninguém pode negar. É um direito que está na legislação eleitoral, quando dá ao partido a posse do mandato dos eleitos. Mas até que ponto essa interferência é saudável? Ou se é mais prejudicial e pode levar ao erro? São respostas que o próprio PT, neste caso, precisa responder. E que sejam respostas coerentes com o momento e não com foco meramente político.
Passado o calor das disputas eleitorais, é chegada a hora de retomar o governo e dar-lhe uma nova roupagem a partir de 2015. Se for o caso. O discurso político garantiu a reeleição. É preciso que a prática garanta o novo mandato de Dilma. Mesmo que para isso seja preciso confrontar as lideranças mais resistentes e retrógradas dentro do petismo. Os modelos se esgotam e novos devem ser propostos. E é preciso assumir a necessidade de mudanças para o futuro, que já está bem próximo, sem se esquecer das conquistas do passado até o presente. Se mudar significa melhorar, então está na hora de melhorar.
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