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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Quadro político recebe as primeiras pinceladas

Uma nova - porém conhecida - paisagem começa a ser pintada na política limeirense. Apesar de certa abstração em relação a algumas figuras e composições de cores, o ano eleitoral que agora se esboça tem um fundo definido e que mudou os rumos da história política local. Pela primeira vez não haverá máquina administrativa a favor desse ou daquele candidado. Em tese - ou na teroria - não haverá candidato mais ou menos turbinado, a não ser pelas próprias forças e aglutinação que consiga amealhar em torno de propostas e projetos. Os escândalos que vêm abalando o Município desde 24 de novembro do ano passado e que culminou com a cassação de Silvio Félix da Silva (PDT), que poderia e faria, sim, a diferença, trouxeram de volta ao cenário a discussão sobre a ética e a transparência com a cosia pública. Isso sim deve nortear, daqui para frente, as intenções daqueles que quiserem ao menos um pouco de sucesso nesse processo todo. Na semana passada, alguns tons definitivos começaram a ser pintados nessa tela, com a união entre alguns desses "artistas", que estarão à prova em outubro.

Grupo peso-pesado
Apesar de a oficialização começar em junho, quando terão início as convenções partidárias, na quinta-feira dois anúncios começaram a delinear e dar corpo a esse desenho político. PSB, de Hadich; PT, de Lima e Ronei e PMDB, de Raul e Botion, formaram o primeiro bloco, com a chapa majoritária definida: o vereador Paulo Hadich encabeça a chapa, com Lima, do INSS, que vai ocupar o cargo de vice.

E Renê vai à igreja
Outro prefeiturável, que também na quinta-feira - coincidência ou não - anunciou os primeiros aliados, foi Renê Soares, do PR, que trouxe o PRB, do pastor Nilton Santos e do deputado Otoniel de Lima - leia-se Igreja Universal - para compor a chapa por ele encabeçada. Sem, no entanto, anunciar nomes e o possível vice da coligação. São os primeiros traços, mas que mostram uma eleição disputada.

Sinal amarelo ligado
Enquanto isso, outros quatro aspirantes à chefia do Executivo limeirense seguem em silêncio e carreira solo. Eliseu Daniel, do DEM; o tucano Pedrinho Kühl; Lusenrique Quintal, do PSD e o petebista Kléber Leite, ainda se mantêm à margem de anúncios ou composições possíveis. E com as anunciadas, parece que não vai sobrar muito para dividir entre os três. A não ser que façam uma aliança inesperada. Estranha, sim. Impossível, isso ninguém sabe. Ainda não cabe desespero.

Sem pai e nem mãe
No prejuízo, mesmo, ficaram os aliados de Félix, que apesar de contar com um partido forte, o PDT, estão órfãos de liderança. Difícil vai ser achar aliados ou quem os queiram como alidados. Estão a ver transatlânticos. O próprio Eliseu Daniel, hoje o líder nas pesquisas conforme mostrou esta Gazeta, corre riscos reais de ver seu nome ligado a Félix. Se terá fôlego para enfrentar o tiroteio, é outra história. Se terá lastro para se manter à frente na corrida eleitoral, é cedo para falar.

Pergunta rápida
Quais as chances de os órfãos de Félix para enfrentar as urnas em outubro?

Vai dar o que falar
A política será a tônica, daqui para frente, das discussões, debates, conversas em cafés e botequins. E também de todos nós, colunistas. Não tem como não ser.

Pega na mentira
O tucano José Serra parece não desisitr de suas mentiras, que ele trata como verdades. As mais recentes são a favela cenográfica e a bolinha de papel da campanha presidencial de 2010. Depois a negativa de conhecer Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, diretor do Dersa e arrecadador do PSDB, agora ele nega ter nomeado Hussain Aref Saab, pivô de um dos maiores escândalos da administração pública paulista. Tanto municipal como estadual.

$$$alariãããoooo
Para quem não sabe, Saab está no olho do furacão da gestão do prefeito Gilberto Kassab, por ter adquirido 106 imóveis nos últimos sete anos, depois que foi nomeado diretor do Departamento Técnico da Secretaria da Habitação (responsável pela aprovação - licenças - de empreendimentos imobiliários no município de São Paulo). Coincidência: desde que foi nomeado por Serra, conforme portaria publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo no dia 7 de janeiro de 2005. Tudo muito bem explicadinho, em extensa reportagem na revista IstoÉ da semana passada.

...Está quebrado
O PMDB ostenta, hoje, o título de maior partido do País, que conseguiu pela sua extensa cultura fisiológica. Está no centro do poder federal desde José Sarney, passando por Collor e Tancredo, FHC, Lula e agora Dilma. Para onde o vento sopra, está a vela da embarcação peemedebista direcionada. O pior de tudo é que sobrevive de trairagem em trairagem. Representatividade que é bom, mesmo, no tamanho, porque na política, até o vice-presidente Michel Temer está em baixa, tentando manter seu tentáculos com traição sobre traição ao governo petista, namara e no Senado. Acredito que Dilma Rousseff sabia disso. Conhecia o produto estragado que estava comprando. Quem sabe ela não consegue enquadrar essa turminha.

Frase da semana
"Viajo 15 anos para a Europa com a mesma documentação. Ali estavam detidos negros, mexicanos e brasileiros". Do artista plástico brasileiro de renome internacional, Menlaw Sete, que ficou detido no Aeroporto de Barajas, em Madrid, Espanha, e depois foi mandado de volta para o Brasil. No UOL - Notícias Internacionais. Sexta-feira, dia 25.

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