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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pradão, Limeirão... e agora o Vô Lucato

Ao chegar o final de 2012 , e findo os oito anos de seus dois mandatos, o prefeito Silvio Félix (PDT) entrará para a história política limeirense, com dois recordes negativos. E consideráveis. O primeiro, o excessivo número de ações na Justiça, que sua administração sofreu e vem sofrendo. E duas investigações na Polícia Federal: uma na área de segurança e agora na merenda também. O outro ponto é na gestão do esporte, que a despeito de todas iniciativas da área, não encontra respaldo no mandatário. Exemplo mais gritante é a falta de manutenção das praças esportivas. E todos os anos é a mesma coisa. para citar dois setores de maior visibilidade hoje em Limeira. O futebol e o basquete. Experiências anteriores não impedem que os estádios Major Levy, o Limeirão, e o Comendador Agostinho Prada, o Pradão, ano após ano esbarrem nas vistorias e sejam reprovados. Obras mínimas e de manutenção corriqueiras, que deixam de ser feitas. Apenas isso. E a eterna reforma do Ginásio Lucato, que nunca acaba. Virou novela! O basquete limeirense, da Winner, manda seus jogos fora daqui. Pode?

Um setor nobre
Investir no esporte é, antes de tudo, solidificar as bases de uma juventude sadia e sem vícios. Não se deve esperar dividendos políticos. Aparecer em poses, entregando troféus de competições populares e de grande público é muito cômodo, para quem o ano inteiro " de ombros". E apenas enxerga nesse tipo de investimento gasto supérfluo e desnecessário. E obras caras e inacadas, o que são?

Fim da história
O prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), o dr. Hélio, de Campinas, foi cassado na madrugada de ontem pelamara por 32 votos a 1. Apenas um vereador, Sérgio Benassi (PC do B) votou contra. Até a base forte de Hélio (PDT e PT) votou pelo seu impeachment. Essa cassação abre um precedente histórico para municípios da Região, cujos prefeitos enfrentam problemas em suas administrações, em especial com ações na Justiça.

A transparência
O Conselho Superior do Ministério Público decidiu que não motivos para que o presidente do SAAE - aspirante a prefeito e presidente do PR local - Rene Soares deixe de ser investigado. A tentativa de Rene em barrar as investigações do MP de Limeira sofreu um duro revez com a decisão, que liberou os promotores limeirenses para que prossigam apurando as denúncias. Afinal precisamos conhecer bem aqueles que pretendem nos governar. É saudável!

Pensar faz parte!
Antes de qualquer ação o ser humano precisa aprender a pensar. Precisa ter paciência para ouvir e aceitar sugestões. E todo político, como ser humano, tem essa mesma obrigação. "Penso, logo existo", propôs o filósofo e matemático René Descartes. E pensar, senhores, não custa nada e não ocupa espaço algum. Apenas nos aprimora como seres humanos, diferenciando-nos dos demais seres vivos. Ou.... não! Então, antes de qualquer atitude ou projeto que envolva toda uma camada social, é preciso ouvir o que essa parcela da população tem a dizer. A contribuir. E não tentar enfiar goela abaixo leis, que sabemos, não serão cumpridas ou fiscalizadas. Exemplos temos aos montes e os mais variados.

Hora de trabalho
Está na hora de deixarmos o comodismo de lado. Ou para ser mais crítico, deixarmos de caminhar apenas pela estrada de mão única da hipocrisia. Esse negócio de proibir isso, proibir aquilo ou aquilo adiante é um recurso de quem não quer fazer a coisa certa. Ou prefere o sofá da sala com noites de Jornal Nacional ou novela das oito, como escreveu um grande amigo recentemente no Facebook. Está na hora de o poder público - em todos seus níveis - pensar em trabalhar com a coragem e agir de forma madura e inequívoca para o bem da comunidade. Afinal das contas, nossos agentes públicos com cargos eletivos foram colocados no lugar onde estão por nós, eleitores. E a nós é que devem satisfação.

Percepção minha
Pelo que tenho acompanhado na vida política de Limeira - não a oficial ou oficialesca - mas a que está correndo solta pelos quatro cantos da cidade, o engajamento de jovens e os debates nas redes sociais via web, uma luz brilhante e viva no fim desse túnel escuro. E obscuro. Precisamos, mais que nunca, lutar para que essa luz ganhe cada vez mais intensidade. E que as novas ideais contemplem os ideais, visando o bem comum dos cidadãos. Está na hora de dar um giro completo nesse círculo vicioso da vergonha e do medo. Quem sabe o "start" não seja 2012?

Pergunta rápida
O que envelhece um homem? Sua idade ou suas ideias?

Se você quer ler
Hoje vou recomendar Gil Vicente, filósofo e dramaturgo português, que viveu entre os anos de 1465 e 1537, cuja criação dramática remetia sempre aos costumes da época e personagens engraçados e trágicos. A obra que vou indicar, além de hilária e bastante atual, remete-nos às nossas virtudes e aos mais profundos vícios do ser humano. Trata-se de um auto (designação dada a uma pequena representação teatral e por ele introduzida em Portugal), cujo título é "Auto da Barca do Inferno" e representa a ida dos mortos aos seus respectivos lugares. Permeada dos mais característicos personagens da época, não é de se espantar, pela incrível capacidade e Gil Vicente, se não reconhecermos, em alguns deles, personalidades atuais. Leitura obrigatória para quem quer conhecer a alma humana.

Eu Recomendo!
Recentemente indiquei o livro, que deu origem ao filme. Agora recomendo, para assistir e refletir, Nação Fast Food (Fast Food Nation, EUA – 2006), do diretor Richard Linklater, com Erinn Allison, Patricia Arquette, Mitch Baker, Bobby Cannavale, Michael D. Conway, Paul Dano, Frank Ertl, Luis Guzmán e Ethan Hawke. Trabalhador de uma das maiores redes de fast food dos EUA tem em recente criação o sanduíche The Big One, sucesso de vendas, que elevou seu prestígio na empresa. Certo dia seu chefe o chama para uma conversa, pois um amigo da universidade, ligado ao laboratório de testes com alimentos, contou que um escândalo está prestes a estourar: a carne de hambúrguer da casa está contaminada. Caberá a ao criador do lanche investigar o problema. 114 minutos.

Frase da semana
"É proibido proibir". Frase da música de mesmo nome, de Caetano Veloso, de meados da década de 60, considerada o lema do Tropicalismo. Era, também, a frase de protestos dos jovens franceses, que lutavam por mais liberdade naquele 1968, que foi um ano emblemático. E mundialmente lembrado até hoje!

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