Debate sério...
Desde os primeiros eventos até a ação na Justiça da Diocese de Limeira contra a imprensa, tenho adotado uma postura de discussão útil, quando trato do tema. E até mesmo pedagógica, para tentar mostrar o porquê de tanta discussão. Defendi com unhas e dentes - e em meus escritos - a liberdade dos meios de comunicação e também dos jornalistas em divulgar os fatos relacionados ao assunto, que teve início com o anúncio da transferência do padre Alquermes Valvasori. Como defendi, também, o direito hierárquico da Igreja Católica em assim proceder. Até aí, nada de mais. Nada de emoção. Apenas razão.
Polêmica burra
O bispo viajou, o noticiário esfriou e os ânimos se acalmaram. Por pouco tempo. Na última semana a discussão voltou a ocupar espaço das caixas de e-mail, quando começaram a circular, pela internet, muitas informações desencontradas, sem fontes confiáveis, sobre posicionamentos não oficializados ou oficiais. Os e-mails continuam se sucedendo, como “carta aos católicos”, “acorda Limeira”, “troca de bispo”, “carta aos verdadeiros católicos de Limeira”, entre outros. A imprensa, desta vez e com responsabilidade, pelo próprio vazio das informações, não deu espaço para tanta e grotesca boataria.
Postura isenta
Não sei onde isso vai parar e a quem interessa tanto boato infundado, que apenas começou com a informação da transferência de um padre. Como tantas já aconteceram e outras acontecerão, dentro do processo dinâmico da instituição Igreja. Ao jornalista compete checar fontes antes de informar. Ao colunista, analisar essas informações e repassá-las, com sua opinião, sem o interesse de agradar ou desagradar a qualquer um dos lados. Se é que há algum lado nessa celeuma toda.
Fim do assunto
Para mim, o interesse acabou quando a Justiça, sabiamente, negou o pedido de “censura” que a Igreja tentou impor aos órgãos de imprensa limeirense. As questões internas da Igreja são da Igreja. Não compete a ninguém mais dizer o que se deve ou não fazer e que ação tomar. Assim como qualquer instituição ou empresa, é hierarquizada e age conforme essa hierarquia. Não pode ser questionada por seus atos internos e seu processo não é participativo. O que fica no ar, entretanto, é uma atmosfera estranha, de tentativa de desestabilização da instituição Igreja Católica por parte de alguns poucos a serviço - ou desserviço - de pessoas ou grupos. Vejo, e reafirmo nisso tudo, apenas um certo interesse político. Nada mais! Já cansou, né?
Indagaçõe$$$
Por que a transparência com a coisa pública, que é obrigação dos homens públicos, assusta tanta gente? Por que impera a mediocridade, onde deveria existir inteligência? Entre o notório saber jurídico e a mediocridade institucional, ainda tenho consciência e discernimento de que a primeira opção é a correta.
Um roto que...
...fala do rasgado. Em artigo na Folha de S. Paulo, de ontem, o presidente o Senado, senador José Sarney (PMDB-AP) critica os casos recentes de corrupção e afirma que “é trágico, deprimente, inconcebível, sob todos os ângulos” o que acontece no Brasil. Espero, sinceramente, que a essência do artigo sirva para ele próprio, envolvido que está também em episódios de escândalos políticos. Para quem acreditava em ter visto e ouvido tudo, mais uma pérola política.
Frase da Semana
“É deplorável para a classe política. Eu não entendo por que não se aprova a reforma política”. Do presidente Lula sobre o esquema de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM-DF). Um dia antes o próprio Lula havia dito que as imagens da entrega do dinheiro não falavam por si só. Na quarta-feira, 2, na FolhaOnline.
Antonio Claudio Bontorim
sábado, 5 de dezembro de 2009
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2 comentários:
Olá você falou bem algumas pessoas aproveitaram a situação gerar instabilidade na Igreja Católica. Mas espero que resolva através do dialogo fraterno, e nada de ofensar e infámias...Fique na paz
Infelizmente, nem todos tem a noção de ética necessária para expor opiniões e acabam se tornando porta-vozes de pessoas ou grupos, apenas para que façam valer suas vontades políticas. Infelizmente temos também jornalistas que não merecem ser chamados ou tratados como jornalistas. Fazem o que lhe mandam, sem se importar se a fonte é confiável ou não. Nossos "colegas" chapas-brancas.
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