A semana que encerrou ontem não foi de grandes sobressaltos para a população, de uma maneira geral. Curta, pelo feriado da segunda-feira, e enfraquecida economicamente pela prolongação dos dias parados que começou logo na chamada Sexta-Feira Santa, nada de novo que pudesse ganhar destaque em análises mais contundentes. Mesmo na política, os dias transcorreram normais da terça-feira em diante, com os assuntos de sempre: a CPI da Petrobras, novamente a ingerência de poderes, do Supremo Tribunal Federal sobre o Legislativo (pela própria deficiência do segundo e inépcia de seus representantes), o Marco Civil da Internet, aprovado pelo Senado e sancionado pela presidente Dilma Rousseff (PT); uma possível ligação do ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com homens do doleiro Alberto Youssef; na sexta-feira uma denúncia de nepotismo e fraude em secretaria do governo Alckmin (PSDB), entre outras denúncias e debates. E assim caminha a humanidade por aqui nesta Terra de Santa Cruz, que avança para a Copa do Mundo.
Uma operação abafa
De novidade mesmo, se é que pode ser tratada dessa forma, só a absolvição do ex-presidente Fernando Collor de Mello pelo STF, por desvio de dinheiro, segundo os magistrados, por falta de provas concretas. Uma decisão que deve ter garantido uma boa festa na “Casa da Dinda”, apesar do tempo decorrido desde a denúncia e seu julgamento, de mais de 20 anos. Está decidido.
E tem areia no óleo
Na questão da CPI da Petrobras, a novidade foi o STF – sempre ele – ter decidido, pelos parlamentares, que ela deve ser exclusiva para investigar a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. E que só está indo adiante por inoperância e incompetência do próprio governo petista. E, cá entre nós, há muito mais conteúdo político do que técnico nessa história. Enfim, assim é a política.
Quem procura, acha
Quando falo em inoperância de governo é porque o próprio staff da presidente Dilma – e até ela mesma – dão a oportunidade para que tudo aconteça. E como costuma se dizer na gíria, dão mole para uma oposição que fica na espreita de qualquer vacilo. E olha que há muito “vacilão” pelas bandas do Planalto e dos ministérios. Os partidos oposicionistas apenas cumprem sua função: se opor ao governo. E a fazem bem.
O título e o conteúdo
Outro assunto que veio à tona, na última quinta-feira, foi uma possível ligação, feita pela Polícia Federal, do ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que deve concorrer ao governo de SP pelo PT, com homens do doleiro Alberto Youssef. A manchete “PF liga ex-ministro Alexandre Padilha a laboratório de doleiro preso” é pouco condizente com a matéria em si, que traz em seu conteúdo um “possivelmente” no seu texto.
Liberdade garantida
Tudo isso é um prato cheio para a militância, tanto da situação quanto da oposição, que adora as redes sociais para trocar farpas. Felizmente, dentro dos princípios que a democracia exige. Insultos acontecem...
O interesse midiático
Além da militância partidária, a mídia também tem um rico filão com essas denúncias, que serão, mais à frente, transformadas em propaganda eleitoral. Se o PSDB vai insistir na Petrobras, o PT vai bater no cartel dos trilhos tucanos. Também danoso.
E de volta a Limeira
O assunto da semana que inicia, aqui na terra dos laranjais, que se transformaram em canaviais, sem dúvida será o início da atuação mais de 50 médicos cubanos, que chegaram pelo programa Mais Médicos, do governo federal. Deixando o interesse político de lado, o que conta mesmo é o atendimento à população, com esse reforço considerável à área da saúde pública. Se funcionar dentro de suas finalidades será um grande avanço e um reforço considerável nesse setor, tão carente de profissionais. Antes de qualquer crítica ou elogio, é preciso deixar que esses médicos iniciem o atendimento nos locais já determinados nos bairros da cidade. A data desse início é 1º de Maio.
Um apoio importante
Até agora, todas as disposições legais quanto à atuação dos médicos cubanos estão sendo cumpridas, também com o aval dos vereadores – todos eles, inclusive os da oposição – que aprovaram as medidas necessárias, através do projetos enviados pelo Poder Executivo, para que as exigências do programa sejam atendidas na sua íntegra para garantir, assim, a estrutura necessária ao atendimento, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos Programas de Saúde da Família (PSFs).
É irresponsabilidade...
Já que o assunto é o bem-estar da população, leiam com atenção. Vans escolares, principalmente aquelas que transportam crianças em idade de jardim de infância ou pré-escolar, têm a obrigação de zelar pela segurança desses menores. Na última quarta-feira, ao trafegar pela Avenida Araras, altura da Machina Zaccarias, onde há uma escola infantil, uma van deixava alunos pela contramão. E as monitoras faziam malabarismos em meio ao movimento de veículos, em vez de descarregar as crianças pela calçada.
...e o convite ao perigo
Se uma criança se desgarrasse dessas monitoras, estaria no meio da rua, que tem intenso e constante movimento de automóveis, motocicletas e caminhões. Responsabilidade zero.
Pergunta rápida
Por onde anda a fiscalização ao transporte escolar em Limeira?
Os primeiros carros
E começaram a chegar a Iracemápolis os primeiros carros importados da Mercedes-Benz, que serão distribuídos às concessionárias de todo o País. É, sem dúvida, a concretização de uma importante etapa para o crescimento econômico da cidade vizinha, que terá uma unidade fabril da marca alemã, gerando emprego e renda não só aos iracemapolenses, mas a toda a região, além de um acréscimo na arrecadação do município. Será, sem dúvida, uma marca importante da administração do petista Valmir Almeida, como fator de desenvolvimento e melhora na qualidade de vida da população. E não dá para esquecer, também, os dividendos políticos que isso irá garantir.
Nota curtíssima
Apetite. Fome e vontade de comer. Definição rápida das eleições presidenciais de 2014.
Confessou, morreu?
Gabriel García Márquez, o escritor e Prêmio Nobel de Literatura, morreu no dia 17 de abril, no México. O coronel reformado Paulo Malhães, torturador confesso durante o regime militar, foi morto em seu sítio, na última sexta-feira. O que os dois têm em comum? Nada. Ou tudo. Gabo, como era conhecido, tem entre suas obras o livro "Crônica de uma morte anunciada" e Malhães, o militar brasileiro, confessou recentemente à Comissão Nacional da Verdade todos os atos de horror que cometeu contra opositores do regime de exceção, nos porões da ditadura, a mando de seus superiores. García Márquez foi vítima de um câncer. Paulo Malhães, de homens que invadiram seu sítio, supostamente para roubar armas.
Frase da semana
"Não é uma pauta de pré-condenação". Do senador e candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, sobre a CPI da Petrobras. Sexta-feira, 25. Em entrevista à Rádio Jovem Pan.
domingo, 27 de abril de 2014
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