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domingo, 20 de abril de 2014

Oficializado, não oficial. Campos e Marina juntos

A semana que passou já provocou uma mudança no cenário eleitoral deste ano, com a oficialização – a primeira, apresentada publicamente – de uma possível chapa para os cargos de presidente e vice. O ex-governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB confirmou sua candidatura à Presidência, tendo a ex-PT, ex-verde e agora socialista, Marina Silva, que ainda sonha ver o partido que fundou, a Rede Sustentabilidade, regularizado. Qual é a leitura desse anúncio? Por não ser oficial, devido às regras da legislação eleitoral brasileira, a dupla começa um teste decisivo para alavancar o sonho de Campos. Ainda faltam as convenções e indicações, mas o enredo está sendo calculadamente escrito. Marina é – ou foi – boa de voto. Já provou isso na eleição de 2010; Eduardo Campos é uma jovem liderança e, se emplacar sua vice como “puxadora” de votos e houver a transferência, quem deve se preocupar mais, além da própria Dilma (PT), é o senador Aécio Neves (PSDB), outro potencial candidato ao cargo. Os próximos movimentos prometem.

Calculadora em ação
Primeiro vamos aos últimos números do Datafolha: Dilma, 38%, Aécio, 16% e Campos, 10%. Marina não estava na pesquisa, mas emplacava 27%, sendo a única candidata a se aproximar da presidente, que concorre à reeleição. Apesar de um possível desgaste por ela ter desistido da Rede (por enquanto) e abraçado o PSB, para um projeto eleitoral, se Marina conseguir transferir votos a Campos, sei não...

Panorama é incerto

Com isso, a próxima rodada de pesquisas eleitorais deverá ser um divisor de águas. Se vai apontar mudança efetiva nesse quadro atual, difícil prever pois, como no futebol, em política também não existe jogo ganho antes do apito final do árbitro. Porém, se ela conseguir transferir pelo menos 30% de seu eleitorado para a chapa da qual será vice, pode causar estragos na candidatura tucana. Isso pode.

Na mira dos tucanos
Este é apenas um exercício de futurologia. Está se trabalhando com previsões e possibilidades. Não com certezas, porque elas não existem no jogo político. Mas já se percebe, nas hostes tucanas, um início de bombardeio às pretensões do socialista. Ora ligando-o à Lula, ora questionando suas competências. Pelas redes sociais, a militância tucana continua atacando Dilma e o PT, mas o nome de Campos já é bem visível.

Lideranças apagadas
Já que se discute eleições, não custa fazer um prognóstico do quadro local, no que diz respeito aos cargos nos Legislativos estadual e federal. Não sei se é tão cedo assim, que alguns nomes já possam ser citados ou, então, as lideranças limeirenses estão atrasadas nos seus propósitos. Lideranças, diga-se, que estão brincando de esconde-esconde faz tempo. Principalmente as da oposição, que parecem diluídas e não conseguem se aglutinar em torno de um projeto político próprio.

Deveriam se mexer
Com essa indefinição e sem qualquer projeção de nomes, pelo menos que possam estar aptos a candidatar-se à Assembleia Legislativa ou Câmara Federal, Limeira corre riscos de ficar sem representantes. Mais uma vez.

Leitura interessante
Minha sugestão, aqui, fica por conta de o artigo “Apresentação Necessária”, de Roberto Lucato, na coluna Ponto UM de quinta-feira, 17. Que também está no site http://www.gazetainfo.com.br/site/index.php?r=noticias&id=25466.

É prato requentado
A notícia da semana que passou, e que deve ainda continuar por mais algumas, é a questão da compra, pela Petrobras, da refinaria de Pasadena, na Califórnia, EUA. O embate entre governo e oposição ganha ares de confronto bélico, tudo em nome das eleições de outubro. É um caso antigo. De 2006. Agora requentado, mas que não deixa de ser importante para muitos esclarecimentos. Uma investigação sobre o assunto é urgente, assim como urge também investigar o cartel dos trilhos em SP. Mas essa é uma outra história, que vai estar nas campanhas políticas, cada uma delas tentando atingir o adversário mais próximo. Cada um usando argumento próprio para desconstruir o outro.

O vale-tudo eleitoral
O curioso é que isso vem à tona em ano eleitoral. E tem foco definido: desconstruir uma candidatura para alavancar outra, que no fundo são a mesma coisa e trazem um objetivo comum: o Palácio do Planalto. A primeira, Dilma Rousseff (PT), querendo ficar e o segundo, Aécio Neves (PSDB), querendo entrar. Em 2002, muitos tiveram medo. Em 2006, o mensalão e, em 2010, os aloprados e Erenice Guerra. E agora a Petrobras. A ideia é de semelhança, e não de coincidência. Será o trem contra o óleo.

Sem avançar o sinal
Estão faltando experiência e jogo político, e sobrando interesse partidário. Principalmente depois das duas primeiras oitivas na Corregedoria da Câmara Municipal de Limeira, no caso do assessor do vereador José Roberto Bernardo, o Zé da Mix (PSD), Valmir Caetano, na última semana. Qualquer investigação no serviço público é importante. Até mesmo o superfaturamento de uma agulha. Mas é preciso que haja isenção por parte de seus investigadores. No caso da suspeita da “fantasmagoria” de Caetano, o corregedor está vestindo sua camisa partidária em demasia. Isso é tribunal de exceção.

Pergunta rápida
O Mais Médicos vai alavancar a candidatura de Eliseu Padilha (PT) ao governo de SP?

A seara não é minha
Vou me meter um pouco num assunto que não é minha área, mas que gosto muito, como torcedor. O futebol. O Leão iniciou ontem sua caminhada ao acesso à Série A-2 do Paulista, e o Galo começa hoje. O que pretendo aqui é cobrar uma postura de apoio e participação da iniciativa privada na vida dos dois times. Com raríssimas exceções, as empresas locais não enxergam – ou não querem – o futebol como marketing. E muitas, que poderiam estar estampando suas marcas nas camisas dos dois times, simplesmente ignoram o custo/benefício dessa participação. É preciso um pouco mais de participação das empresas na vida desses dois clubes. Não apenas os abnegados de sempre.

Nota curtíssima
A propagação das “teorias conspiratórias” começou. Mera desculpa da incompetência.

História que não bate
Outro assunto de destaque nos meios de comunicação, na última semana, foi a história do jornalista dinamarquês Mikkel Keldorf, que veio para a cobertura da Copa no Brasil e foi embora, criticando o País e, principalmente, Fortaleza, onde esteve. Suas alegações ficaram vagas. Tanto que os jornalistas Carlos Heitor Cony e Artur Xexéo, do Liberdade de Expressão, da Rádio CBN, chamaram a atenção, na quarta-feira, para o assunto. Para os dois veteranos da imprensa brasileira, se havia algo grave a denunciar, o jornalista tinha mais é que ficar e correr atrás da reportagem de sua vida. Só para a curiosidade dos leitores, a Dinamarca não se classificou para a competição.

Frase da semana
"A sabedoria nos chega quando já não serve para nada". Frase do escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez, morto no México, aos 87 anos, na quinta-feira, 17.

1 comentários:

Unknown disse...

O Mais Médicos vai alavancar a candidatura de Eliseu Padilha (PT) ao governo de SP?

Apenas para corrigir, o candidato em questão, acredito que seja o Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde.