A busca de espaço na mídia tem levado a equívocos risíveis, muitas vezes simplórios e até mesmo contrariando qualquer lógica previsível, o que tem contribuído para, antes de ser positiva, enveredar pelo caminho da chacota. E esse tipo de atitude não isenta ninguém de, ao menos uma vez na vida, ter buscado a glória de uma página de jornal ou revista; ou os holofotes das TVs e microfones de rádios. Desde uma autoridade ao cidadão comum, que veem na possibilidade de figurar entre "estrelas", uma oportunidade de se tirar do próprio anonimato do dia a dia. Situação comum entre políticos e pseudonotórios, das mais variadas castas.
E mesmo com o surgimento da internet, que encurtou as distâncias aos centímetros que separam o usuário de seu monitor e os toques contínuos nos teclados, a mídia convencional é aquela que de fato marca. Que dá visibilidade a pessoas e ideias, e as perpetuam. O advento das redes sociais aproximou a todos (em todos os sentidos) de um estrelato momentâneo, que se perde logo nos minutos seguintes, caso não recebam comentários, visibilidade, compartilhamentos e retuítes. O que se escreveu e foi postado se perde na própria volatilidade dessas redes. Que são velozes e, na maioria das vezes, superficiais. E até instrumentos de agressões verbais e ameaças veladas, que acabam por manchar a relevância dessas ferramentas e dão uma falsa sensação de liberdade. Porém, longe de qualquer responsabilidade.
A mídia convencional - a comunicação de massa - às vezes também se presta a esse tipo de jogo, quando há interesses próprios encravados na mente de seus profissionais, como se fossem uma verdade única e indivisível. A imprensa, de uma maneira geral, quando mal explorada ou intencionada, cai também na mesma armadilha, que Twitter e Facebook armam para seus frequentadores mais assíduos. A palavra é tão ou mais afiada que uma lâmina de sabre.
Por que estou escrevendo isso? É simples. Tem-se notado - principalmente por quem está na mídia, no meio jornalístico - leituras fragmentadas de textos opinativos, que se não contextualizadas dentro de seu próprio conteúdo, as transformam em meia informação que, a partir desse ponto, é utilizada nas redes sociais para tentar desvirtuar toda uma ideia, que muitas vezes não tem nada a ver com esses fragmentos. E a impressão que se tem é que essas pessoas não sabem ler jornais e revistas, nem ver TV ou ouvir rádio, por inteiro. Não conseguem distinguir o que é opinião do que é informação (notícia), muito embora a opinião sempre vá conter uma informação, mas que é própria de quem as escreve. Ou as apresenta. E que pode, ou não, ter a concordância da direção desses meios. É a tal da liberdade de expressão, que flui de boca em boca, porém, sem o devido entendimento. E com a notícia acontece a mesma coisa. Ela é inteira, não seccionada por períodos. Por frases. Há um contexto que precisa ser observado, justamente para evitar equívocos. A troca de ideias e o debate são proveitosos. O simples querer aparecer, entrentanto, vira bate-boca inútil.
terça-feira, 26 de março de 2013
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