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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Prestação de serviços e estímulo à economia

Não estava errado o prefeito cassado, Silvio Félix da Silva (PDT), quando apresentou e ofereceu espaço no Pátio Limeira Shopping - à época apenas Shopping Pátio - a diretores do Poupatempo, serviço desburocratizado do Governo de SP para emissão rápida de documentos, que vieram para vistoriar um local para a instalação de uma unidade local. Não sei se ele pensava na atração de visitantes e, consequentemente, no aquecimento da economia local e do consumo, ou qualquer outra possibilidade, que acabou não acontecendo porque, mais uma vez, o governo tucano paulista negou tal pedido, embora não tenha negado para Rio Claro e mais recentemente Americana. Complementando meu raciocínio iniciado na coluna da última quinta-feira, além de ser um serviço de altíssimo nível (inegável), é uma fonte de captação de recursos ao município. Pude comprovar isso, com minha ida ao Poupatempo de Rio Claro refazer alguns documentos, meus e de minha mulher. A circulação de pessoas por aquela unidade é impressionante. E grande parte - a maioria talvez - de cidades da região. Inclusive Limeira.

Balanço positivo
Essa grande - e põe grande nisso - circulação de pessoas nos Poupatempos fomenta o consumo nos municípios, onde estão instalados. Seja em unidades de shopping centers ou mesmo em imóveis próprios. Como em Rio Claro está em shopping, muito dinheiro de visitantes é deixado por lá. Quer seja na área de alimetação, a meu ver a mais beneficiada, como também em outros comércios.

Fato comprovado

Isso é perceptível pelo movimento dentro na unidade e também no estacionamento do centro de vendas, observando-se as placas dos veículos que lá estão. Une-se, assim, o útil ao agradável. Facilita a própria população local e de cidades vizinhas, algém de ser fonte de divisas, pois a movimentação diária nesses postos de atendimento é intensa. E um dia pelo outro, torna-se uma grande fatia do bolo.

Fora de shopping
Em Piracicaba, por exemplo, o Poupatempo fica na praça central da cidade e a circulação de pessoas é maior ainda. O comércio central, bares e restaurantes também agradecem.

Há algo errado

Se há geração de recursos e circulação de dinheiro, o próprio governo do Estado também tem seu ganho com a arrecadação de impostos. Por isso, fica a crítica e um questionamento pela não existência de uma unidade do Poupatempo estadual também em Limeira: o que não há por aqui, que está sobrando em outros municípios? E que não me venham falar em questões ideológicas e de afinidades de governo, porque essa perrengagem é de muitos anos. Mesmo porque, se assim fosse, seria uma estupidez muito grande, porque o desenvolvimento de cada cidade representa também o crescimento do Estado, como unidade da Federação.

Desinteresse total
Isso dá a entender que deve haver algo muito maior - um ruído, uma sombra e etc - entre a necessidade local e o interesse do governo estadual em mandar uma unidade desse serviço para cá. Talvez esteja faltando aquele importante elo, que é a representatividade política. Algo ou alguém que dê visibilidade ao município pelo lado positivo. Limeira não pode, entretanto, desistir de lutar por seus interesses, que são os de todos. Principalmente da população, que teria sua vida facilitada em muitas questões burocráticas. Se o governo do Estado é refratário a Limeira, está na hora de Limeira ser refratária ao governo do Estado.

Um dever de ofício

Transparência, no poder público, não é qualidade. É dever. É prioridade. E levar essa transparência - até hoje ainda não existente - ao extremo é fundamental para um bom desempenho político e administrativo. A iniciativa dos três poderes locais, em promover um seminário sobre o tema, como o da última quarta-feira é louvável. Mais que isso, coloca Limeira na rota da moralidade, que ainda tem um longo percurso a percorrer, até seu ponto final.

Eles estavam lá?
Acompanhei, pelas redes sociais, críticas e críticos da iniciativa do seminário da transparência. Espera-se que tenham participado - e contribuído - com o evento.

Para não esquecer
Hoje, 24 de fevereiro, é uma data marcante para Limeira. Completa-se um ano da cassação do prefeito Silvio Félix da Silva (PDT), numa das maiores viradas políticas da história recente do município. Talvez o início da caminhada para a transparência, da qual estamos falando agora. Um momento único que  não precisa de muita análise, simplesmente pelo fato de ter acontecido e da forma como aconteceu. E o mais importante: da força que a população tem, quando há interesse em aplicá-la.

Pergunta rápida
Por onde anda e como está Silvio Félix da Silva?

Nota curtíssima
É preciso acreditar, sempre, nos 100% de transparência do setor público.

Falta de educação
Esta não é uma coluna de esportes. Porém, mais que análise esportiva é preciso entender a situação de confronto - ou violência - de torcidas de futebol pelo viés educacional. Quando há morte, como o caso do garoto boliviando atingido por um foguete corintiano, a situação gera comoção e debates muitas vezes longe do racional. Nesse caso, a Conmebol foi racional e tomou a decisão correta. Mesmo que a punição chegue também aos bons torcedores. Ou começa a punir sem dar chances de recorrência ou as tragédias continuarão. Não se pode banalizar o esporte a esse ponto.

A frase da semana
"Oposição pode juntar quem quiser que não derrotará Dilma em 2014". Do ex-presidente Lula, em discurso na comemoração dos dez anos do PT no governo federal. Quarta-feira, 20, no UOL Notícias - Política.

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