Tudo o que eu faço - ou não faço - é bom. É do bem. E o que os outros fazem - ou deixam de fazer - não tem valor. Se não se fala diretamente que é do mal, as entrelinhas deixam bem claro a expressão desse pensamento. Não preciso explicar que essas duas afirmações - dentro de um único contexto - se referem à política partidária e suas nuances. Hoje, de forma mais acentuada pela facilidade de acesso à informação e pelo desenvolvimento das redes sociais na internet. Estou discorrendo sobre a desconstrução de ações e até mesmo de pessoas, cujo propósito é levar dúvida à população, na tentativa de ofuscar o trabalho de agentes públicos, mesmo quando estes agem de boa fé e pelo interesse do bem comum. Um dever de ofício do administrador público. E direito do cidadão.
Busca-se determinada imagem, desfocando-a da contextualização geral da ação e, a partir daí, institucionalizar uma crítica mais aguda. Não gosto. Não acho justo quando se mistura instituição com aqueles que a representam e, apesar de um ser complemento do outro, observa-se uma tentativa de mostrar alguma vulnerabilidade ou provar inabilidade no trato com o público. Exageros, nestes casos, em vez de firmar uma imagem positiva, podem descambar para o ridículo. São muitos os políticos que ainda gostam de se utilizar da ferramenta do marketing de imagens fortes e contundentes, que podem até dar resultado em determinado momento, mas já se mostraram antiquadas e desgastantes. E um prato cheio para advsersários e desafetos. O problema é que essas situações saem do embate no campo das ideias, para se tornar simplesmente uma briga entre siglas. Deixa-se a sensatez de lado. A razão dá lugar à paixão, que ofusca a inteligência.
A imagem que está circulando nas redes sociais desde o final da semana passada, em que o prefeito Paulo Hadich (PSB) aparece de arma em punho, em ação conjunta entre a Prefeitura e as polícias Civl e Militar, no Odécio Degan, na última sexta-feira, 22 (mais que necessária e tardia, diga-se, pois deveria ter sido tomada já na administração passada) é um exemplo típico desse marketing de imagens, que, convenhamos, parece ter comprometido politicamente toda aquela operação, ao gerar uma ação esganiçada entre oposicionistas, que entenderam pôr no centro das atenções apenas aquela imagem e não o propósito pacificador daquele procedimento. Não sei se foi uma imagem vazada clandestinamente ou publicada deliberadamente, mas poderia ter sido evitada. Inclusive por quem fez o flagrante. De fato não pegou bem, mas também não deve ser considerado o objeto principal daquele momento. E Hadich tem que entender que agora ele não está mais delegado, mas é o prefeito de Limeira. E deve preservar sua imagem como tal. Para não dar munição a seus adversários, que estão se aproveitando - e dentro do direito que lhes cabe - para emplacar um julgamento político, neste momento desnecessário. Como é desnecessária também toda a hipocrisia "do bem".
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário