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terça-feira, 9 de outubro de 2012

O caminho da dor... e o caminho do amor

Quando se é criança, passando pela pré-adolescência e adolescência, costuma-se ouvir dos pais, a história dos dois caminhos do aprendizado: o da dor e o do amor. E nós mesmos, como pais, às vezes temos essa atitude para com nossos filhos. Embora acredite que se aprende com ambos, o da dor é aquele em que nos enche de soberba, quando nos esquecemos de ouvir os mais experientes e suas vivências. Não é conselho, é ensinamento. E o caminho do amor é aquele em que a característica marcante é a da humildade, o que nos torna mais humanos e sensíveis. É quando entendemos que há muito, sim, a aprender com os mais rodados na vida. E não é seguir-lhes os passos, não, mas aprender a remover alguns espinhos e pedras dos nossos próprios caminhos.
Isso posto, vamos aos fatos deste final de semana. As eleições, marco fundamental da democracia e, principalmente, do exercício dos preceitos republicanos, que nos torna diferentes de sistemas ditatoriais e das tiranias institucionalizadas. Como foram eleições municipais, nada melhor do que alguns palpites, que são importantes para entender o que ocorreu em Limeira. Com ênfase à grande renovação no Poder Legislativo, a Câmara Municipal, onde apenas 4, dos até então 14 vereadores conseguiram a reeleição. Dos que disputaram, e não se reelegeram, os exemplos que ficam são os de Iraciara Bassetto, do PV - que já estava vetada pela Lei da Ficha Limpa -; Silvio Brito (PDT) e Nilce Segalla (PTB).
Não foram devidamente reconduzidos às suas cadeiras, justamente porque escolheram o caminho da dor. Enquanto a população lhes indicava o caminho do amor, os três preferiram manter-se a uma fidelidade ao prefeito Silvio Félix (PDT), que destoava daquele momento histórico pelo qual passava o Município. Sustentar essa lealdade (em princípio até louvável), a uma situação que exigia coragem e determinação inclusive para uma mudança de postura, custou-lhes essa não recondução ao cargo ao qual disputavam. E não foi por falta de aviso e nem por tudo o que presenciavam diariamente, com denúncias cada vez mais contundentes, acontecendo às suas vistas. Viraram as costas ao povo e agora o povo retira aquilo que lhes era mais caro: o poder. Um custo muito alto por fechar os olhos ao que era escancaradamente visível.
Nunca é tarde para lembrar ou cedo demais para aprender, que a resposta popular foi importante ao processo político desencadeado em Limeira, mostrando atenção e cuidados do eleitor, que está esquecendo de se esquecer, no confronto com atuais e futuros representantes. Excluindo-se os votos de protesto, que resultaram em duas ou três eleições no mínimo pitorescas, as urnas reagiram duras às ações inconsequentes. É uma lei da Física, a toda ação cabe uma reação proporcionalmente igual ou mais forte que a primeira. Que assim seja. Amém.

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