Embora acredite, pessoalmente, que nunca saíram de cena, só estavam armando suas próprias estratégias para tornar públicas suas ideias. A direita política começa uma nova fase. Agora via redes sociais. E sempre elas. Estão trazendo à tona muita coisa que estava oculta e sem rosto. Em especial os adeptos do pensamento ultraconservador, e que professam suas convicções, utilizando-se da liberdade de expressão (um direito garantido constitucionalmente a todos os cidadãos livres), para expor suas ideias. Nada mais justo. Mesmo que tenham no passado tirado essas liberdades de seus opositores, nas ditaduras ou regimes políticos de exceção, hoje campeiam livremente pelo virtual e mostram a face escondida. E assim deve ser. Afinal temos que conhecer suas propostas e propósitos para poder confrontá-los. É essencial para a própria democracia, entretanto, que lutem apenas nesse campo, o dos ideais, e não do ódio, que hoje muitos ainda tentam e fazem questão de disseminar. Para que não haja contágio e nem uma nova epidemia de violência, já conhecida através da história. Aventuras políticas, nunca mais.
Um DNA próprio
Abafada pelos ideais democráticos - que às vezes não sabem respeitar - e amparada em conceitos de dominação, a direita política há tempos tem estado no limo, porque digladia-se na disseminação de um projeto distante do espírito cidadão. Do respeito às liberdades individuais. E, principalmente, fundamentado na exclusão daqueles que são contrários às suas teorias e práticas. Assim como o é a própria esquerda.
Agindo às claras
É preciso que saiam das sombras e se apresentem definitivamente. E que tentem convencer, que o pensamento que seguem é a melhor opção. E que a dualidade entre o bem (que afirmam defender) e o mal (as forças progressistas) não povoa mais seus subconscientes, enchendo-os de inimigos imaginários e estrangeiros, que estão por toda parte a espreitar cada passo dado. Já passamos dessa fase. Há muito tempo.
E vale para todos
Ditaduras, sejam elas de direita ou esquerda, são nocivas ao convívio social, pois cada ideário tenta fazer uma simbiose às avessas, ou seja, não compartilham benefícios, mas tentam anular-se, muitas vezes pela odiosa retórica do preconceito e da não aceitação do contraponto. E nesse embate tentam se impor pela força bruta, como se uma fosse melhor que a outra. Ambas, entretanto, são perniciosas. O momento histórico pelo qual passamos pede o fortalecimento da democracia, na qual todos têm o direito de se expor e expor suas ideias. Quem não está preparado para isso, que volte para as sombras. Para a escuridão.
Vereador é eleito
Há, também, nas redes sociais e em discussão na agenda política, um "movimento popular" que pede a permanência de todos os vereadores eleitos em seus cargos, na Câmara Municipal. O slogan diz o seguinte: "Sr. Vereador respeite o cargo que é seu e não Traia quem te Elegeu". E o selo, que está correndo pela internet traz um complemento interessante: "Votamos para vereador e não secretário". Achei justo. E interessante do ponto de vista da consciência do cidadão.
Cadeira eventual
E o eleitor tem toda razão. Quando elegemos prefeitos, governadores, vereadores, deputados e senadores, é para que cumpram seus mandatos integralmente. Deputado e senador não devem ser secretários de Estado ou ministros. Como prefeitos ou governadores não devem renunciar seus mandatos, para concorrer a um cargo maior. Assim como vereador não deve ser secretário municipal. Os prefeitos devem pensar na fidelidade do eleitor e não na acomodação de cargos. Neste caso específico, o suplente existe para uma susbstituição eventual ou emergencial. Não para se tornar vereador, por pressão de grupos políticos. E os eleitos devem pensar da mesma forma. A confiança tem que ser mútua. Ninguém confia unilateralmente.
A sujeira eleitoral
Pelo centro da cidade, ruas e avenidas. Até mesmo nos próprios bairros. Muitos candidatos ainda não retiraram (conforme exige a lei e embora ainda estejam dentro dos prazos oficiais) seus cartazes promocionais. Alguns eleitos, outros não, que não mostram, infelizmente, o devido respeito ao cidadão e à própria cidade, que ainda se ressente dessa poluição visual.
A data limite é o...
...dia 6 de novembro. Trata-se de o "último dia para os candidatos, os partidos políticos e as coligações, nos estados (e municípios) onde não houve segundo turno, removerem as propagandas relativas às eleições, com a restauração do bem, se for o caso. Trata-se de prazos descritos na legislação eleitoral vigente, através da Resolução nº 22.718/2008, em seu artigo 78; e também da Resolução nº 23.191/2009, em seu artigo 89.
Pergunta rápida
E o mensalão do PSDB mineiro, do senador Eduardo Azeredo, também será julgado pelo Supremo Tribunal Federal?
Para comemorar
A comemoração do baixo índice de mortalidade infantil, na Santa Casa de Limeira, tem um significado prático importante, não só para o hospital, mas para o Município também. Ter como referência um porcentual abaixo da média nacional (2,4% contra 3,0%), conforme mostrou esta Gazeta, na última sexta-feira, consolida todo um trabalho, que começa na direção do hospital, passando por seu quadro clínicio e funcional. Não dá para não elogiar.
Exemplos raros
São exemplos dessa natureza que precisam ser seguidos e nos dão parâmetros para enaltecer o trabalho administrativo que vem sendo feito por lá. E mostra que é possível, sim, obter resultados positivos, sempre que se pensa em serviços essenciais. E a saúde é um deles. Assim como segurança, educação... esses nem tanto elogiáveis assim. O poder público precisa mirar-se em casos de sucesso. Então poderá obter, também, o sucesso.
Frase da semana
"Não sou mais protagonista". Do prefeito cassado Sílvio Félix da Silva (PDT), em entrevista à imprensa após depoimento na CPI do Messias. Quinta-feira, 25, na Gazeta.
domingo, 28 de outubro de 2012
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