Cabe aqui neste espaço, hoje, uma conversa que tive, na Redação da Gazeta, há cerca de quatro meses, com o também jornalista Rafael Sereno num plantão de sábado, sobre as possibilidades eleitorais. Ao discutir as locais, avançamos à região e capital paulista, quando o petista Fernando Haddad caminhava lento, em seus poucos mais de 3% nas pesquisas. Haddad foi "indicado" por Lula em São Paulo, em lugar da senadora Marta Suplicy, também do PT, que aparecia nas primeiras pesquisas, ainda sem as oficializações dos nomes, bem à frente do próprio tucano José Serra, Celso Russomano, do PRB, entre outros nomes.
Não fiz previsão nenhuma, mas sugeri, ao Sereno, que estava vislumbrando um novo efeito Dilma, agora no município mais importante do País. E comentei, também, que se Lula conseguisse eleger o ex-ministro da Educação, seria preciso reconhecer sua liderança e tirar o chapéu a ele. Embora não tenha discordado, ele me alertou sobre a diferença de tempo entre os dois momentos. O nome de Dilma já figurava nas disputas políticas havia cerca de um ano antes, naquele período. E Haddad estava a pouco mais de 100 dias da eleição, enquanto Celso Russonamo e Serra cresciam, o candidato petista patinava nos porcentuais, figurando entre os últimos. Em quarto ou quinto lugar, se não me engano. O candidato da Igreja Universal, que aparecia como o novo, roubava votos justamente de Haddad.
Assim que a campanha eleitoral teve início, mesmo que tímidas, eram perceptíveis as mudanças de comportamento do eleitorado. O escolhido de Lula começava a crescer, embora não ameaçasse os líderes, já inspirava atenção dos concorrentes. Até as vésperas do primeiro turno, ele figurava em terceiro e nem iria ao segundo. Aí veio a mudança, findo o pleito do dia 7 de outubro, lá vão Fernando Haddad e José Serra ao segundo turno. Brilhou, então, a estratégia e a estrela - sem trocadilhos - do ex-presidente. As primeiras pesquisas já assustaram os tucanos, mostrando o petista mais de 16 pontos à frente do peessedebista. E assim foi até o último domingo, com a vitória de Haddad, por pouco mais de 11 pontos porcentuais à frente de seu oponente. Mérito de Lula? Sim. Vitória de Lula? Sim. E uma derrota da própria gestão Gilberto Kassab (PSD) umbilicalmente ligada ao tucano.
Como na maioria dos municípios, gestões reprovadas não conseguiram reeleger - ou eleger - seus sucessores. É uma análise lógica, desse tipo de eleição. Muito particular, mesmo sob a influência de lideranças nacionais. Em Campinas, Lula não conseguiu eleger Pochmann: o PT estava vinculado à administração dr. Hélio e teve gestões desastrosas, como a de Izalene Tiene. Em Recife e Belo Horizonte, o partido de Lula cometeu erros estratégicos e saiu derrotado, assim como em outras capitais, nas quais desprezou aliados no PSB, o partido que mais cresceu nessas eleições. Salvador é um alerta claro. É preciso pensar nisso. Como é preciso tirar o chapéu para Lula. Ele é amado e odiado, porém não pode - e não deve - ser subestimado, pois arrogância não ganha eleição. Penso que ele aprendeu isso também.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
Eles estão voltando. E já mostram uma nova face
Embora acredite, pessoalmente, que nunca saíram de cena, só estavam armando suas próprias estratégias para tornar públicas suas ideias. A direita política começa uma nova fase. Agora via redes sociais. E sempre elas. Estão trazendo à tona muita coisa que estava oculta e sem rosto. Em especial os adeptos do pensamento ultraconservador, e que professam suas convicções, utilizando-se da liberdade de expressão (um direito garantido constitucionalmente a todos os cidadãos livres), para expor suas ideias. Nada mais justo. Mesmo que tenham no passado tirado essas liberdades de seus opositores, nas ditaduras ou regimes políticos de exceção, hoje campeiam livremente pelo virtual e mostram a face escondida. E assim deve ser. Afinal temos que conhecer suas propostas e propósitos para poder confrontá-los. É essencial para a própria democracia, entretanto, que lutem apenas nesse campo, o dos ideais, e não do ódio, que hoje muitos ainda tentam e fazem questão de disseminar. Para que não haja contágio e nem uma nova epidemia de violência, já conhecida através da história. Aventuras políticas, nunca mais.
Um DNA próprio
Abafada pelos ideais democráticos - que às vezes não sabem respeitar - e amparada em conceitos de dominação, a direita política há tempos tem estado no limo, porque digladia-se na disseminação de um projeto distante do espírito cidadão. Do respeito às liberdades individuais. E, principalmente, fundamentado na exclusão daqueles que são contrários às suas teorias e práticas. Assim como o é a própria esquerda.
Agindo às claras
É preciso que saiam das sombras e se apresentem definitivamente. E que tentem convencer, que o pensamento que seguem é a melhor opção. E que a dualidade entre o bem (que afirmam defender) e o mal (as forças progressistas) não povoa mais seus subconscientes, enchendo-os de inimigos imaginários e estrangeiros, que estão por toda parte a espreitar cada passo dado. Já passamos dessa fase. Há muito tempo.
E vale para todos
Ditaduras, sejam elas de direita ou esquerda, são nocivas ao convívio social, pois cada ideário tenta fazer uma simbiose às avessas, ou seja, não compartilham benefícios, mas tentam anular-se, muitas vezes pela odiosa retórica do preconceito e da não aceitação do contraponto. E nesse embate tentam se impor pela força bruta, como se uma fosse melhor que a outra. Ambas, entretanto, são perniciosas. O momento histórico pelo qual passamos pede o fortalecimento da democracia, na qual todos têm o direito de se expor e expor suas ideias. Quem não está preparado para isso, que volte para as sombras. Para a escuridão.
Vereador é eleito
Há, também, nas redes sociais e em discussão na agenda política, um "movimento popular" que pede a permanência de todos os vereadores eleitos em seus cargos, na Câmara Municipal. O slogan diz o seguinte: "Sr. Vereador respeite o cargo que é seu e não Traia quem te Elegeu". E o selo, que está correndo pela internet traz um complemento interessante: "Votamos para vereador e não secretário". Achei justo. E interessante do ponto de vista da consciência do cidadão.
Cadeira eventual
E o eleitor tem toda razão. Quando elegemos prefeitos, governadores, vereadores, deputados e senadores, é para que cumpram seus mandatos integralmente. Deputado e senador não devem ser secretários de Estado ou ministros. Como prefeitos ou governadores não devem renunciar seus mandatos, para concorrer a um cargo maior. Assim como vereador não deve ser secretário municipal. Os prefeitos devem pensar na fidelidade do eleitor e não na acomodação de cargos. Neste caso específico, o suplente existe para uma susbstituição eventual ou emergencial. Não para se tornar vereador, por pressão de grupos políticos. E os eleitos devem pensar da mesma forma. A confiança tem que ser mútua. Ninguém confia unilateralmente.
A sujeira eleitoral
Pelo centro da cidade, ruas e avenidas. Até mesmo nos próprios bairros. Muitos candidatos ainda não retiraram (conforme exige a lei e embora ainda estejam dentro dos prazos oficiais) seus cartazes promocionais. Alguns eleitos, outros não, que não mostram, infelizmente, o devido respeito ao cidadão e à própria cidade, que ainda se ressente dessa poluição visual.
A data limite é o...
...dia 6 de novembro. Trata-se de o "último dia para os candidatos, os partidos políticos e as coligações, nos estados (e municípios) onde não houve segundo turno, removerem as propagandas relativas às eleições, com a restauração do bem, se for o caso. Trata-se de prazos descritos na legislação eleitoral vigente, através da Resolução nº 22.718/2008, em seu artigo 78; e também da Resolução nº 23.191/2009, em seu artigo 89.
Pergunta rápida
E o mensalão do PSDB mineiro, do senador Eduardo Azeredo, também será julgado pelo Supremo Tribunal Federal?
Para comemorar
A comemoração do baixo índice de mortalidade infantil, na Santa Casa de Limeira, tem um significado prático importante, não só para o hospital, mas para o Município também. Ter como referência um porcentual abaixo da média nacional (2,4% contra 3,0%), conforme mostrou esta Gazeta, na última sexta-feira, consolida todo um trabalho, que começa na direção do hospital, passando por seu quadro clínicio e funcional. Não dá para não elogiar.
Exemplos raros
São exemplos dessa natureza que precisam ser seguidos e nos dão parâmetros para enaltecer o trabalho administrativo que vem sendo feito por lá. E mostra que é possível, sim, obter resultados positivos, sempre que se pensa em serviços essenciais. E a saúde é um deles. Assim como segurança, educação... esses nem tanto elogiáveis assim. O poder público precisa mirar-se em casos de sucesso. Então poderá obter, também, o sucesso.
Frase da semana
"Não sou mais protagonista". Do prefeito cassado Sílvio Félix da Silva (PDT), em entrevista à imprensa após depoimento na CPI do Messias. Quinta-feira, 25, na Gazeta.
Um DNA próprio
Abafada pelos ideais democráticos - que às vezes não sabem respeitar - e amparada em conceitos de dominação, a direita política há tempos tem estado no limo, porque digladia-se na disseminação de um projeto distante do espírito cidadão. Do respeito às liberdades individuais. E, principalmente, fundamentado na exclusão daqueles que são contrários às suas teorias e práticas. Assim como o é a própria esquerda.
Agindo às claras
É preciso que saiam das sombras e se apresentem definitivamente. E que tentem convencer, que o pensamento que seguem é a melhor opção. E que a dualidade entre o bem (que afirmam defender) e o mal (as forças progressistas) não povoa mais seus subconscientes, enchendo-os de inimigos imaginários e estrangeiros, que estão por toda parte a espreitar cada passo dado. Já passamos dessa fase. Há muito tempo.
E vale para todos
Ditaduras, sejam elas de direita ou esquerda, são nocivas ao convívio social, pois cada ideário tenta fazer uma simbiose às avessas, ou seja, não compartilham benefícios, mas tentam anular-se, muitas vezes pela odiosa retórica do preconceito e da não aceitação do contraponto. E nesse embate tentam se impor pela força bruta, como se uma fosse melhor que a outra. Ambas, entretanto, são perniciosas. O momento histórico pelo qual passamos pede o fortalecimento da democracia, na qual todos têm o direito de se expor e expor suas ideias. Quem não está preparado para isso, que volte para as sombras. Para a escuridão.
Vereador é eleito
Há, também, nas redes sociais e em discussão na agenda política, um "movimento popular" que pede a permanência de todos os vereadores eleitos em seus cargos, na Câmara Municipal. O slogan diz o seguinte: "Sr. Vereador respeite o cargo que é seu e não Traia quem te Elegeu". E o selo, que está correndo pela internet traz um complemento interessante: "Votamos para vereador e não secretário". Achei justo. E interessante do ponto de vista da consciência do cidadão.
Cadeira eventual
E o eleitor tem toda razão. Quando elegemos prefeitos, governadores, vereadores, deputados e senadores, é para que cumpram seus mandatos integralmente. Deputado e senador não devem ser secretários de Estado ou ministros. Como prefeitos ou governadores não devem renunciar seus mandatos, para concorrer a um cargo maior. Assim como vereador não deve ser secretário municipal. Os prefeitos devem pensar na fidelidade do eleitor e não na acomodação de cargos. Neste caso específico, o suplente existe para uma susbstituição eventual ou emergencial. Não para se tornar vereador, por pressão de grupos políticos. E os eleitos devem pensar da mesma forma. A confiança tem que ser mútua. Ninguém confia unilateralmente.
A sujeira eleitoral
Pelo centro da cidade, ruas e avenidas. Até mesmo nos próprios bairros. Muitos candidatos ainda não retiraram (conforme exige a lei e embora ainda estejam dentro dos prazos oficiais) seus cartazes promocionais. Alguns eleitos, outros não, que não mostram, infelizmente, o devido respeito ao cidadão e à própria cidade, que ainda se ressente dessa poluição visual.
A data limite é o...
...dia 6 de novembro. Trata-se de o "último dia para os candidatos, os partidos políticos e as coligações, nos estados (e municípios) onde não houve segundo turno, removerem as propagandas relativas às eleições, com a restauração do bem, se for o caso. Trata-se de prazos descritos na legislação eleitoral vigente, através da Resolução nº 22.718/2008, em seu artigo 78; e também da Resolução nº 23.191/2009, em seu artigo 89.
Pergunta rápida
E o mensalão do PSDB mineiro, do senador Eduardo Azeredo, também será julgado pelo Supremo Tribunal Federal?
Para comemorar
A comemoração do baixo índice de mortalidade infantil, na Santa Casa de Limeira, tem um significado prático importante, não só para o hospital, mas para o Município também. Ter como referência um porcentual abaixo da média nacional (2,4% contra 3,0%), conforme mostrou esta Gazeta, na última sexta-feira, consolida todo um trabalho, que começa na direção do hospital, passando por seu quadro clínicio e funcional. Não dá para não elogiar.
Exemplos raros
São exemplos dessa natureza que precisam ser seguidos e nos dão parâmetros para enaltecer o trabalho administrativo que vem sendo feito por lá. E mostra que é possível, sim, obter resultados positivos, sempre que se pensa em serviços essenciais. E a saúde é um deles. Assim como segurança, educação... esses nem tanto elogiáveis assim. O poder público precisa mirar-se em casos de sucesso. Então poderá obter, também, o sucesso.
Frase da semana
"Não sou mais protagonista". Do prefeito cassado Sílvio Félix da Silva (PDT), em entrevista à imprensa após depoimento na CPI do Messias. Quinta-feira, 25, na Gazeta.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Uma nova ordem
O processo eleitoral deste ano está no limite de uma nova ordem política, que há muito não se via. Com o advento da Lei da Ficha Limpa e uma postura investigativa do Ministério Público e decisões firmes do Poder Judiciário, algumas brechas na depuração dos agentes públicos foram abertas. Que se transformem em comportas, para dar vazão à lama e jogar os mal-intencionados direto no esgoto.
Exemplos locais
As ações de cassação de registros de candidaturas, que estão em andamento em Limeira, nada mais é do que uma reação ao novo modelo que se avizinha. O dever em denunciar e o direito à ampla defesa, que são figuras constitucionais, garantem a lisura dos procedimentos. Que se condenem por abusos, tanto de poder econômico como político, quando forem provados. E que sirvam para nortear a vontade popular através do voto. Ainda há pendências jurídicas a beliscar os traseiros de vencedores e vencidos. E que os resultados finais sejam acatados com serenidade e reconhecimento.
Ao pé do ouvido
Sem maioria na nova Câmara - que também limpou de forma exemplar a poeira tóxica, sem jogá-la para debaixo do tapete - o prefeito eleito Paulo Hadich (PSB), assim que empossado, terá que negociar. E espera-se por negociações políticas e técnicas, sem o vício da troca de favores. Infelizmente, nos últimos 7 anos, essa troca despudorada acabou nos escândalos de vergonhosa lembrança para todos os limeirenses.
Falou, falou e...
...falou. Desmentiu tudo e explicou muito pouco do que a população deseja saber. Esse foi o depoimento do prefeito cassado Silvio Félix da Silva (PDT) à CPI do Messias. Na acareação com José Josué dos Santos, o Messias, Félix ficou nervoso, impaciente. E Messias também foi evasivo em algumas explicações e confirmações. Ainda falta muito para chegar à verdade. Com quem ela está, ninguém sabe. Pelo menos, por enquanto...
Livre-arbítrio
Pelo menos um ponto positivo nesse imbróglio todo. Félix compareceu sem a necessidade do mandado coercitivo para levá-lo. Ele preferiu evitar mais exposição desnecessária.
A última de hoje
A guerra de bastidores, informações, contrainformações e ações judiciais continua ferrenha e tem muita gente apostando em novas eleições no município. Opinião pessoal: não levo muita fé, mas se ficar alguma coisa provada, a Justiça tem que agir. Atinja a quem atingir.
O processo eleitoral deste ano está no limite de uma nova ordem política, que há muito não se via. Com o advento da Lei da Ficha Limpa e uma postura investigativa do Ministério Público e decisões firmes do Poder Judiciário, algumas brechas na depuração dos agentes públicos foram abertas. Que se transformem em comportas, para dar vazão à lama e jogar os mal-intencionados direto no esgoto.
Exemplos locais
As ações de cassação de registros de candidaturas, que estão em andamento em Limeira, nada mais é do que uma reação ao novo modelo que se avizinha. O dever em denunciar e o direito à ampla defesa, que são figuras constitucionais, garantem a lisura dos procedimentos. Que se condenem por abusos, tanto de poder econômico como político, quando forem provados. E que sirvam para nortear a vontade popular através do voto. Ainda há pendências jurídicas a beliscar os traseiros de vencedores e vencidos. E que os resultados finais sejam acatados com serenidade e reconhecimento.
Ao pé do ouvido
Sem maioria na nova Câmara - que também limpou de forma exemplar a poeira tóxica, sem jogá-la para debaixo do tapete - o prefeito eleito Paulo Hadich (PSB), assim que empossado, terá que negociar. E espera-se por negociações políticas e técnicas, sem o vício da troca de favores. Infelizmente, nos últimos 7 anos, essa troca despudorada acabou nos escândalos de vergonhosa lembrança para todos os limeirenses.
Falou, falou e...
...falou. Desmentiu tudo e explicou muito pouco do que a população deseja saber. Esse foi o depoimento do prefeito cassado Silvio Félix da Silva (PDT) à CPI do Messias. Na acareação com José Josué dos Santos, o Messias, Félix ficou nervoso, impaciente. E Messias também foi evasivo em algumas explicações e confirmações. Ainda falta muito para chegar à verdade. Com quem ela está, ninguém sabe. Pelo menos, por enquanto...
Livre-arbítrio
Pelo menos um ponto positivo nesse imbróglio todo. Félix compareceu sem a necessidade do mandado coercitivo para levá-lo. Ele preferiu evitar mais exposição desnecessária.
A última de hoje
A guerra de bastidores, informações, contrainformações e ações judiciais continua ferrenha e tem muita gente apostando em novas eleições no município. Opinião pessoal: não levo muita fé, mas se ficar alguma coisa provada, a Justiça tem que agir. Atinja a quem atingir.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
O politicamente correto da insensatez
Dos temas sensíveis, que levam a discussões acaloradas entre expertises das mais diversas cepas, os que tratam do racismo - aqui posto como diferenças entre as etnias, que compõem a espécie humana - são aquelas de maior embate entre as ideias, no qual dificilmente se chega a um denominador comum. São provocativas e não raro se estendem a questões pessoais e acabam virando motivo para verdadeiras guerras judiciais e, invariavelmente, se transformam em ações criminais, pelo simples uso de um termo qualquer, que longe de ter endereço do conflito e ser apenas figura de linguagem, são a cereja do bolo de grupos autodenominados minorias.
Não vejo dessa forma. E posso expressar com a liberdade que me é garantida pela Constituição Federal, discordando das polêmicas que sustentam ONGs, que antes de defenderem essas chamadas minorias - que por si só é uma expressão, essa sim, racista - só aumentam os estereótipos, que no Século XXI nem deveriam mais existir. Quando se fala sobre raça, gosto de me ater apenas à humana, que é composta de muitas etnias, nas suas mais variadas cores: branco, preto, pardo, amarelo, vermelho. Portanto, se fazemos parte de uma só raça, jamais deveria haver preconceito algum de cor, ideologia, opção sexual ou credo religioso. Uma opinião que pode ser polêmica e, com certeza, será tratada como racista, que se for lida nas entrelinhas vai provar justamente o contrário. O respeito não tem coloração, fé, preferência política e divisão entre sexos. Ele cabe em qualquer lugar ou espaço geográfico.
Posto isso, vamos ao que interessa e faz parte deste debate: a crítica a obras literárias escritas num contexto e época, que não podem ser confundidas ou analisadas, transferindo-as para hoje. Fazem parte de um momento da própria história e que perpetuaram personagens, que até hoje nos acompanham. E agora são tratados como racistas. Descrevo, aqui, sobre duas obras de Monteiro Lobato, "A Negrinha", de 1920 e "Caçadas de Pedrinho", publicada em 1933, que estão sendo contestadas na Justiça, por possíveis expressões racistas. Esqueceram-se de avaliar o período de sua publicação e a contextualização histórica daquele período. E se partirmos dessa analogia, então Macunaíma, de Mário de Andrade, escrito em 1928 e o clássico da literatura americana, Negras Raízes, de Alex Haley (que era negro), de 1976, também o são. Não. São obras literárias que abordam espaço temporal e cultural determinados, que deveriam ser estudadas sobre tais aspectos.
Agora um novo surto. "Garranchos - Achados Inéditos de Graciliano Ramos", que vai chegar às livrarias, corre o mesmo risco de assédio desse culto absurdo do ("politicamente correto") combate a um racismo que ninguém sabe de fato o que significa. O livro ainda não chegou às bancas, mas já há grupos, de lupa em punhos, procurando pelo em ovo. A revista IstoÉ desta semana traz matéria interessante sobre o tema. Já não posso usar a expressão "nuvens negras" em textos sobre tempos difíceis e menos ainda "eminência parda", para definir estrategistas ocultos, que dominam nossa política, sob pena de sofrer alguma represália. Quem é mesmo racista?
Não vejo dessa forma. E posso expressar com a liberdade que me é garantida pela Constituição Federal, discordando das polêmicas que sustentam ONGs, que antes de defenderem essas chamadas minorias - que por si só é uma expressão, essa sim, racista - só aumentam os estereótipos, que no Século XXI nem deveriam mais existir. Quando se fala sobre raça, gosto de me ater apenas à humana, que é composta de muitas etnias, nas suas mais variadas cores: branco, preto, pardo, amarelo, vermelho. Portanto, se fazemos parte de uma só raça, jamais deveria haver preconceito algum de cor, ideologia, opção sexual ou credo religioso. Uma opinião que pode ser polêmica e, com certeza, será tratada como racista, que se for lida nas entrelinhas vai provar justamente o contrário. O respeito não tem coloração, fé, preferência política e divisão entre sexos. Ele cabe em qualquer lugar ou espaço geográfico.
Posto isso, vamos ao que interessa e faz parte deste debate: a crítica a obras literárias escritas num contexto e época, que não podem ser confundidas ou analisadas, transferindo-as para hoje. Fazem parte de um momento da própria história e que perpetuaram personagens, que até hoje nos acompanham. E agora são tratados como racistas. Descrevo, aqui, sobre duas obras de Monteiro Lobato, "A Negrinha", de 1920 e "Caçadas de Pedrinho", publicada em 1933, que estão sendo contestadas na Justiça, por possíveis expressões racistas. Esqueceram-se de avaliar o período de sua publicação e a contextualização histórica daquele período. E se partirmos dessa analogia, então Macunaíma, de Mário de Andrade, escrito em 1928 e o clássico da literatura americana, Negras Raízes, de Alex Haley (que era negro), de 1976, também o são. Não. São obras literárias que abordam espaço temporal e cultural determinados, que deveriam ser estudadas sobre tais aspectos.
Agora um novo surto. "Garranchos - Achados Inéditos de Graciliano Ramos", que vai chegar às livrarias, corre o mesmo risco de assédio desse culto absurdo do ("politicamente correto") combate a um racismo que ninguém sabe de fato o que significa. O livro ainda não chegou às bancas, mas já há grupos, de lupa em punhos, procurando pelo em ovo. A revista IstoÉ desta semana traz matéria interessante sobre o tema. Já não posso usar a expressão "nuvens negras" em textos sobre tempos difíceis e menos ainda "eminência parda", para definir estrategistas ocultos, que dominam nossa política, sob pena de sofrer alguma represália. Quem é mesmo racista?
domingo, 21 de outubro de 2012
Não tem refresco. Primeiro, eleição. Agora a CPI
Passados os primeiros 15 dias das eleições municipais, a política limeirense não dá refresco a colunistas mesmo. Como este que vos escreve agora. No pós-eleições e as várias tentativas de desacreditar a resposta das urnas, tanto por aqui, como na região, a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a compra e venda de dossiês, que ficou conhecida como CPI do Messias - o chamado delator do esquema - entra numa fase aguda. Depois de desarranjos intestinais e dores peitorais, os principais implicados começam a ser ouvidos. Na última quarta-feira, o ex-secretário de Governo e Desenvolvimento do então prefeito (hoje cassado) Silvio Félix (PDT), finalmente apareceu para depor. E na acareação com José Josué dos Santos, aquele a quem tratam por Messias, fez uma série de afirmativas, dignas de um conto de fadas. Ou seria de uma verdadeira história de terror? Alegou, entre outras coisas, que pagou pelo silêncio de Santos do próprio bolso, que tinha em casa, reavivando a velha prática do dinheiro no colchão. E, pasmem, que não tinha intimidade nem relacionamento com o ex-prefeito. Só tratava da administração...
Os fatos e os risos
Além do depoimento de Sterzo, o que mais chamou a atenção de todos que estavam na Câmara, especialmento no auditório, foram os momentos hilários da sessão da CPI. Em algumas fotos postadas no Facebook, via-se a expressão dos jornalistas que cobriam a evento. Mãos na cabeça, tapando a boca para evitar o sorriso aberto. Tudo num belo espetáculo, mais para burlesco, do que momento de seriedade.
Ou vai, ou será....
levado "à força". Essa é a situação, hoje, de Félix, que ainda não depôs na CPI do Messias, mas já foi intimado e, agora, será conduzido. Na mesma sessão em que Sterzo fez acareação, ficou aprovado, finalmente, o pedido de condução coercitiva do prefeito cassado. Já está no Poder Judiciário para as devidas providências. Ou seja, para que a Justiça autorize a utilização, inclusive de força policial, caso necessário.
Escolha pessoal
Cada um faz e age conforme suas convicções. Ou vontades. Em minha opinião, não precisava chegar a tanto. Seria o bastante que Silvio Félix respeitasse os poderes da CPI e a autoridade dos vereadores e se dispusesse a ser notificado sem a necessidade de notificação judicial e pública. E, como testemunha, entrasse pela porta da frente do Palácio Tatuibi, pronto para falar. Para esclarecer e se defender e, principalmente, provar que, como vem alegando desde o início de todo o processo contra ele e que culminou em sua cassação, é de fato inocente. Ninguém prova nada se esquivando de tudo.
Encontro marcado
Não. Não é sobre a obra literária de Fernando Sabino, que estou me referindo. Mas sim, sobre a data e hora agendadas para a oitiva de Félix. Quarta-feira, dia 24, às 15h. E seria interessante que a população limeirense também comparecesse. Afinal de contas é a essa população a quem ele deve todas as explicações do mundo. E espera-se, também, que ele vá de livre e espontânea vontade. Que não precise ser conduzido.
Marco regulatório
Esse termo dá frio na espinha. E não é para menos, vem aí o Marco Regulatório da Internet, que as gigantes das telecomunicações estão fazendo lobby para que seja aprovado no Congresso e sancionado por Dilma. Apesar de dizer em contrário, esse marco vai simplesmente (através de uma armadilha muito conhecida) garantir que dados pessoais de internautas sejam utilizados pelo segmento, que poderão ter suas contas de e-mails liberadas para receber propaganda à vontade.
É uma pegadinha
Se hoje é proibido comercializar dados privados, como endereços de e-mail, mas que é feito tranquilamente, com a aprovação do Marco Regulatório, o próprio usuário da internet vai estar dando aval para isso. É que quando abrimos uma conta de e-mail, assinamos um termo de responsabilidade, um contrato, que poucos leem, que dá poderes aos provedores para se utilizarem disso. Caso contrário não conseguimos concluir a operação e ter a conta liberada.
Sem privacidade
Ao que parece e está implício na legislação, é que haverá uma verdadeira invasão à privacidade dos mais de 80 milhões de brasileiros, que navegam pela internet hoje. O verdadeiro big brother chega regulamentado por lei.
Um complicador
Já se falou muito em marcos regulatórios. Há o da imprensa, da própria mídia eletrônica (Rádio e TV), o que afronta diretamente a liberdade de imprensa e de expressão. Se há muito lixo em programas radiofônicos e televisivos, o próprio ouvinte e telespectador têm seus meios de controlar, desligando-se os aparelhos. Na mídia impressa, selecionar o que vai ler. Mas que ainda é um fantasma a rondar nossas liberdades individuais, disso ninguém tem dúvida.
Pergunta rápida
E a transição de governo, por que parou... parou por quê?
A eleição em SP
Apesar das pesquisas favoráveis ao petista Fernando Haddad, o tucano José Serra continua tentando ligá-lo a José Dirceu e Delúbio Soares. A exemplo da campanha presidencial em 2010, o que dava a entender (como dá agora também) é que não é Haddad o adversário de Serra, mas Dirceu e Delúbio. Só o tucano não percebeu, que isso não cola mais. Fernando Henrique Cardoso, "exilado" da campanha serrista, também já repreendeu seu partidário, afirmando que ele está se aliando a forças conservadoras para tentar vencer a eleição paulistana. Alguns peessedebistas já estão pulando do próprio barco.
Frase da semana
"Paguei com minhas próprias economias. Tinha guardado isso". Do ex-secretário de Governo e Desenvolvimento, Sérgio Sterzo, durante depoimento à CPI do Messias, sobre a compra de dossiê envolvendo o governo Félix. Na quinta-feira, 18, na Gazeta.
Os fatos e os risos
Além do depoimento de Sterzo, o que mais chamou a atenção de todos que estavam na Câmara, especialmento no auditório, foram os momentos hilários da sessão da CPI. Em algumas fotos postadas no Facebook, via-se a expressão dos jornalistas que cobriam a evento. Mãos na cabeça, tapando a boca para evitar o sorriso aberto. Tudo num belo espetáculo, mais para burlesco, do que momento de seriedade.
Ou vai, ou será....
levado "à força". Essa é a situação, hoje, de Félix, que ainda não depôs na CPI do Messias, mas já foi intimado e, agora, será conduzido. Na mesma sessão em que Sterzo fez acareação, ficou aprovado, finalmente, o pedido de condução coercitiva do prefeito cassado. Já está no Poder Judiciário para as devidas providências. Ou seja, para que a Justiça autorize a utilização, inclusive de força policial, caso necessário.
Escolha pessoal
Cada um faz e age conforme suas convicções. Ou vontades. Em minha opinião, não precisava chegar a tanto. Seria o bastante que Silvio Félix respeitasse os poderes da CPI e a autoridade dos vereadores e se dispusesse a ser notificado sem a necessidade de notificação judicial e pública. E, como testemunha, entrasse pela porta da frente do Palácio Tatuibi, pronto para falar. Para esclarecer e se defender e, principalmente, provar que, como vem alegando desde o início de todo o processo contra ele e que culminou em sua cassação, é de fato inocente. Ninguém prova nada se esquivando de tudo.
Encontro marcado
Não. Não é sobre a obra literária de Fernando Sabino, que estou me referindo. Mas sim, sobre a data e hora agendadas para a oitiva de Félix. Quarta-feira, dia 24, às 15h. E seria interessante que a população limeirense também comparecesse. Afinal de contas é a essa população a quem ele deve todas as explicações do mundo. E espera-se, também, que ele vá de livre e espontânea vontade. Que não precise ser conduzido.
Marco regulatório
Esse termo dá frio na espinha. E não é para menos, vem aí o Marco Regulatório da Internet, que as gigantes das telecomunicações estão fazendo lobby para que seja aprovado no Congresso e sancionado por Dilma. Apesar de dizer em contrário, esse marco vai simplesmente (através de uma armadilha muito conhecida) garantir que dados pessoais de internautas sejam utilizados pelo segmento, que poderão ter suas contas de e-mails liberadas para receber propaganda à vontade.
É uma pegadinha
Se hoje é proibido comercializar dados privados, como endereços de e-mail, mas que é feito tranquilamente, com a aprovação do Marco Regulatório, o próprio usuário da internet vai estar dando aval para isso. É que quando abrimos uma conta de e-mail, assinamos um termo de responsabilidade, um contrato, que poucos leem, que dá poderes aos provedores para se utilizarem disso. Caso contrário não conseguimos concluir a operação e ter a conta liberada.
Sem privacidade
Ao que parece e está implício na legislação, é que haverá uma verdadeira invasão à privacidade dos mais de 80 milhões de brasileiros, que navegam pela internet hoje. O verdadeiro big brother chega regulamentado por lei.
Um complicador
Já se falou muito em marcos regulatórios. Há o da imprensa, da própria mídia eletrônica (Rádio e TV), o que afronta diretamente a liberdade de imprensa e de expressão. Se há muito lixo em programas radiofônicos e televisivos, o próprio ouvinte e telespectador têm seus meios de controlar, desligando-se os aparelhos. Na mídia impressa, selecionar o que vai ler. Mas que ainda é um fantasma a rondar nossas liberdades individuais, disso ninguém tem dúvida.
Pergunta rápida
E a transição de governo, por que parou... parou por quê?
A eleição em SP
Apesar das pesquisas favoráveis ao petista Fernando Haddad, o tucano José Serra continua tentando ligá-lo a José Dirceu e Delúbio Soares. A exemplo da campanha presidencial em 2010, o que dava a entender (como dá agora também) é que não é Haddad o adversário de Serra, mas Dirceu e Delúbio. Só o tucano não percebeu, que isso não cola mais. Fernando Henrique Cardoso, "exilado" da campanha serrista, também já repreendeu seu partidário, afirmando que ele está se aliando a forças conservadoras para tentar vencer a eleição paulistana. Alguns peessedebistas já estão pulando do próprio barco.
Frase da semana
"Paguei com minhas próprias economias. Tinha guardado isso". Do ex-secretário de Governo e Desenvolvimento, Sérgio Sterzo, durante depoimento à CPI do Messias, sobre a compra de dossiê envolvendo o governo Félix. Na quinta-feira, 18, na Gazeta.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
A CPI do vácuo
Esse deveria ser o nome da Comissão Parlamentar de Inquérito (ou seria "para lamentar o inquérito"?) do Messias. Será que agora os vereadores tomam a rédea da CPI e conseguem ouvir Félix? Com oficial de justiça e polícia ele será obrigado a comparecer. Sérgio Sterzo desta vez compareceu. Caiu em várias contradições, disse que o dinheiro saiu do próprio bolso e que conhecia o pessoal só de vista. Só faltou dizer que não conhecia Sílvio Félix.
Nas entrelinhas
As messalinas continuam gemendo nos meandros da política local. Não perdem a oportunidade para demonstrar a vida rasteira que levam no cumprimento de seus destinos. Buscam, a todo momento, se fazer presentes na tentativa de não perder sequer uma migalha no festim dos derrotados. Sentem prazer em se prestar a isso.
Um osso macio
Impressionante como funcionam e são agitados os basditores da política. Da arte de bem governar os povos, em sua definição clássica, ela se transforma num labirinto, no qual vassalos e soberanos se rendem aos jogos mais sórdidos entre seres humanos. Se alguém pensa que Limeira é diferente, é porque desconhece até onde vai a ambição de alguns personagens de nossa história recente. Não é preciso identificar ninguém, pois suas ações são mais claras do que parecem.
Sossega leão...
Alguns políticos locais - e da região - estão precisando de uma boa dose de ansiolítico. Ou talvez de um tratamento à base de Prozac... Estão cheios de transtornos de perseguição e amparados por teorias conspiratórias. Mas só com receita em duas vias.
Tudo na mesma
Usuários do SIT (Sistema Integrado de Transportes) continuam reclamando do problemas com linhas de ônibus, ou que não cumprem itinerário ou que se atrasam. Principalmente à noite. Autoridades e técnicos do setor - hoje, provavelmente, o pior gerido na administração pública - gostam de aparecer em fotos, anunciar melhorias, porém fazem ouvidos de mercador às reclamações.
A última de hoje
Semáforos, nesta semana, enlouqueceram de vez na região central. Completamente fora de tempo e irregulares de um para outro, em várias esquinas, quando um abria para o verde, na próxima, acaba de fechar no vermelho. Depois alguns ainda reclamam que são criticados sem razão. Não é preciso razão, mas eficiência no trabalho.
Esse deveria ser o nome da Comissão Parlamentar de Inquérito (ou seria "para lamentar o inquérito"?) do Messias. Será que agora os vereadores tomam a rédea da CPI e conseguem ouvir Félix? Com oficial de justiça e polícia ele será obrigado a comparecer. Sérgio Sterzo desta vez compareceu. Caiu em várias contradições, disse que o dinheiro saiu do próprio bolso e que conhecia o pessoal só de vista. Só faltou dizer que não conhecia Sílvio Félix.
Nas entrelinhas
As messalinas continuam gemendo nos meandros da política local. Não perdem a oportunidade para demonstrar a vida rasteira que levam no cumprimento de seus destinos. Buscam, a todo momento, se fazer presentes na tentativa de não perder sequer uma migalha no festim dos derrotados. Sentem prazer em se prestar a isso.
Um osso macio
Impressionante como funcionam e são agitados os basditores da política. Da arte de bem governar os povos, em sua definição clássica, ela se transforma num labirinto, no qual vassalos e soberanos se rendem aos jogos mais sórdidos entre seres humanos. Se alguém pensa que Limeira é diferente, é porque desconhece até onde vai a ambição de alguns personagens de nossa história recente. Não é preciso identificar ninguém, pois suas ações são mais claras do que parecem.
Sossega leão...
Alguns políticos locais - e da região - estão precisando de uma boa dose de ansiolítico. Ou talvez de um tratamento à base de Prozac... Estão cheios de transtornos de perseguição e amparados por teorias conspiratórias. Mas só com receita em duas vias.
Tudo na mesma
Usuários do SIT (Sistema Integrado de Transportes) continuam reclamando do problemas com linhas de ônibus, ou que não cumprem itinerário ou que se atrasam. Principalmente à noite. Autoridades e técnicos do setor - hoje, provavelmente, o pior gerido na administração pública - gostam de aparecer em fotos, anunciar melhorias, porém fazem ouvidos de mercador às reclamações.
A última de hoje
Semáforos, nesta semana, enlouqueceram de vez na região central. Completamente fora de tempo e irregulares de um para outro, em várias esquinas, quando um abria para o verde, na próxima, acaba de fechar no vermelho. Depois alguns ainda reclamam que são criticados sem razão. Não é preciso razão, mas eficiência no trabalho.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Cotas e a utopia do ensino de qualidade
Agora é para valer. O governo federal publicou ontem o decreto que regulamenta a Lei de Cotas, assinado pela presidente Dilma Rousseff (PT), que destina metade das vagas das instituições federais e ensino a estudantes da escola pública, seja por critério étnico ou socioeconômico. Antes que me venham com pedras, vou logo afirmando que não sou contra essa reserva. Como ela está sendo projetada é que me assusta um pouco, principalmente em se conhecendo o baixíssimo nível das escolas públicas, do ensino fundamental ao médio, característica marcante em muitos Estados e, em especial, no Estado de São Paulo.
Se é verdade que alunos com maiores possibilidades sociais e econômicas ocupam hoje a maioria das vagas nas universidades públicas, sejam elas estaduais ou federais, é por que estudaram em escolas particulares com melhor nível do que aquele oferecido por municípios e Estados. E é mais verdade ainda que isso acontece, não em decorrência de questões étnicas - que todos insistem em chamar de raciais - ou propriamente financeiras dos estudantes. Acontece, sim, por que o ensino público pré-universitário foi jogado no lixo, por sucessivos erros de planejamento e programas mal aplicados e, acima de tudo, pela desvalorização do professor, que vê suas condições de trabalho cada vez mais banalizadas e um salário muito abaixo das responsabilidades que definitivamente tem.
Então, como garantir essas cotas nas universidades públicas a estudantes do ensino público, que mal conseguem terminar as fases anteriores ao ingresso na vida acadêmica, por uma monstruosidade praticada no âmbido dos governos estaduais, quando obriga os professores a empurrarem de série muitos alunos, que nem foram alfabetizados direito, pela deturpação e mau uso, no caso específico de São Paulo, da chamada progressão continuada, que aqui no Estado de São Paulo vem servindo como propaganda apenas para que sucessivos governos, desde que foi implantada, se gabarem do índice de aprovação escolar. Aprovação, sim. Aproveitamento, não.
Penso que a Lei de Cotas servirá, daqui para frente, para que Estados e municípios abandonem ainda mais seus investimentos na educação de qualidade. Afinal, metades das vagas - por enquanto apenas nas universidades e institutos federais - estarão garantidas aos alunos oriundos do ensino público, que não têm culpa da incompetência de seus governantes e são suas maiores vítimas. É preciso, sim, garantir inclusão e não exclusão, seja por cor de pele ou condição financeira. É preciso que um aluno que estude numa escola estadual tenha o mesmo preparo e nível de ensino de um da escola particular. E no momento em que isso acontecer, essa indústria da educação, viabilizada por essa incompetência governamental, também não terá mais razão de existir. E, provavelmente, nem se precisará dessa Lei de Cotas, que é excludente também. Utopia? Talvez. Ou não, se poder público resolver encarar o processo educacional com a devida atenção e importância que ele merece.
Se é verdade que alunos com maiores possibilidades sociais e econômicas ocupam hoje a maioria das vagas nas universidades públicas, sejam elas estaduais ou federais, é por que estudaram em escolas particulares com melhor nível do que aquele oferecido por municípios e Estados. E é mais verdade ainda que isso acontece, não em decorrência de questões étnicas - que todos insistem em chamar de raciais - ou propriamente financeiras dos estudantes. Acontece, sim, por que o ensino público pré-universitário foi jogado no lixo, por sucessivos erros de planejamento e programas mal aplicados e, acima de tudo, pela desvalorização do professor, que vê suas condições de trabalho cada vez mais banalizadas e um salário muito abaixo das responsabilidades que definitivamente tem.
Então, como garantir essas cotas nas universidades públicas a estudantes do ensino público, que mal conseguem terminar as fases anteriores ao ingresso na vida acadêmica, por uma monstruosidade praticada no âmbido dos governos estaduais, quando obriga os professores a empurrarem de série muitos alunos, que nem foram alfabetizados direito, pela deturpação e mau uso, no caso específico de São Paulo, da chamada progressão continuada, que aqui no Estado de São Paulo vem servindo como propaganda apenas para que sucessivos governos, desde que foi implantada, se gabarem do índice de aprovação escolar. Aprovação, sim. Aproveitamento, não.
Penso que a Lei de Cotas servirá, daqui para frente, para que Estados e municípios abandonem ainda mais seus investimentos na educação de qualidade. Afinal, metades das vagas - por enquanto apenas nas universidades e institutos federais - estarão garantidas aos alunos oriundos do ensino público, que não têm culpa da incompetência de seus governantes e são suas maiores vítimas. É preciso, sim, garantir inclusão e não exclusão, seja por cor de pele ou condição financeira. É preciso que um aluno que estude numa escola estadual tenha o mesmo preparo e nível de ensino de um da escola particular. E no momento em que isso acontecer, essa indústria da educação, viabilizada por essa incompetência governamental, também não terá mais razão de existir. E, provavelmente, nem se precisará dessa Lei de Cotas, que é excludente também. Utopia? Talvez. Ou não, se poder público resolver encarar o processo educacional com a devida atenção e importância que ele merece.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Mais na gestão do que no próprio mensalão
Após desempenho fraco em algumas das grandes cidades administradas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) - e Recife é o melhor exemplo - cientistas políticos e analistas se arvoraram em imputar essas derrotas, ou algumas meias derrotas, pois há municípios onde haverá segundo turno, aos resultados do julgamento da Ação Penal 470, o conhecido mensalão. Discordo. E explico. Melhor ainda, quem explica é o vitorioso candidato do PSB à capital pernambucana, Geraldo Júlio, cujo partido pertence à base aliada do governo (embora o candidato petista tenha sido outro), quando na primeira entrevista concedida lembrou que eleição municipal é um evento local, regionalizado, quando conta muito a gestão do antecessor. Se a gestão é eficiente a ponto de agradar ao eleitor, ele não vai trocar de candidato. E vale para qualquer partido. Nem mesmo o PSDB, hoje o maior crítico do petismo, conseguiu lá se eleger. E perdeu em algumas cidades importantes, também, como São José dos Campos, justamente para o PT. Exemplos regionais também apontam para o "evento local", como tratou de definir sua própria eleição, Geraldo Júlio.
Exemplos locais
Na região de Limeira, por exemplo, gestões municipais não aprovadas, tirou a eleição de Rose do Zelão, do PSDB, em Engenheiro Coelho, que perdeu para o candidato do PMDB, Pedro Franco de Oliveira. Em Iracemápolis, foi o próprio PT quem desbancou o PSDB e, em Cordeirópolis, a gestão de Carlos César Tamiazo (PSB) foi aprovada na eleição de seu vice, Amarildo Zorzo, também do PSB.
Outas situações
Também não se pode esquecer de Campinas, que de um primeiro turno garantido, foi levada ao segundo, por um candidato petista, Márcio Pochmann, contra o favorito Jonas Donizete (PSB). E a capital paulista entrou para a história política, ao desbancar um favoritíssimo, Celso Russomano (PRB), levando a segundo turno José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT). Qual o efeito do mensalão? Nenhum...
Para corroborar
Concluindo: na quarta-feira, 10, o DataFolha trouxe a primeira rodada de pesquisa eleitoral em São Paulo, mostrando Haddad dez pontos porcentuais à frente de Serra (47% a 37%), que foi a manchete do jornal Folha de S. Paulo da quinta, 11. A definição nesse sentido - em se mantendo - tem lógica. A gestão de Gilberto Kassab (PSD) é uma das mais mal avaliadas na história da cidade. E Serra representa, justamente, a continuidade de Kassab. É o candidato do atual prefeito, que no início, antes do lançamento da candidatura tucana, flertou com o próprio PT, de Lula. Alie-se a tudo isso o enorme índice de rejeição de José Serra, que tem sido definitivo para muitas derrotas até mesmo de grandes favoritos à vitória. Pincei exemplos mais próximos, mas que devem existir aos montes pelo Brasil.
Mudanças reais
O julgamento do mensalão e condenação da cúpula petista à época, bem como algumas derrotas devem acender a luz amarela, tanto no PT quanto no PSDB. Pois vem aí um PSB, comandado por Eduardo Campos, renovado e talvez renovador. Aqui em Limeira não é diferente, com o acesso ao poder do próprio PSB, alavancado pelo PT, que elegeu o vice-prefeito, mostra que é hora de uma reavaliação. Tanto para vecedores como vencidos. Talvez o maior estrago nem foi no próprio PSD ou em Luserinque Quintal, mas no PSDB, de Pedrinho Kuhl, que o apoiou. O PSDB jovem tem quadros importantes em Limeira, que precisam se movimentar na direção do partido. Como o PT não pode mais permitir os extremos de tomarem conta do partido. Não há mais lugar para isso na política.
Mais segurança
E trocando a política por um tema mais afeto a nós, mortais - e cada vez mais mortais - passou da hora de bancos e empresas de transporte de valores repensarem a forma de recolher e entregar dinheiro. Além de às vezes causar transtornos ao trânsito - os carros-fortes param em qualquer lugar e têm autorização para isso - os seguranças trafegam normalmente pela entrada principal das agências bancárias, de armas em punho, em meio aos clientes e usuários. Sem a mínima preocupação se pode haver ou não algum contratempo. Do jeito que chegam e do jeito que saem são um risco, tanto a eles próprios como às pessoas que lá estão.
São alvos fáceis
Na última quinta-feira, por volta das 11h, estive na agência central do Bradesco, na Dr. Trajano, realizando alguns serviços bancários no autoatendimento, quando a operação estava sendo realizada. Confesso que fiquei assustado e pensei muito no assunto. As instituições bancárias precisam ter uma área própria para que os carros-fortes cheguem, estacionem (de preferência em local reservado, interno e fora do alcance fácil de todos) e façam a descarga ou coleta dos valores. Quando se assiste a essas operações não é difícil imaginar o pior. Está na hora de agir.
Pergunta rápida
Você acredita em pesquisas eleitorais?
Ainda a sujeira...
... eleitoral. O leitor Dimas Maluf discorda da ideia proposta por mim, nesta coluna, que obriga candidatos e partidos a limparem o lixo acumulado com os chamados "santinhos". Ele acredita que o ideal seria proibir essa prática. "Que é antiquada e retrógrada, mas está presente desde que me conheço como gente", diz. E mais, com severas punições aos candidatos e partidos. O leitor diz que há, também, a possibilidade de o próprio Tribunal Superior Eleitora (TSE) proibir essa prática. Dimas Maluf cobra, ainda, o cumprimento da lei municipal sobre panfletagem. "A prefeitura não pode interferir na legislação eleitoral, mas pode exigir o cumprimento da legislação vigente sobre panfletagem", afirma.
Justa homenagem
Dar o nome de Prefeito Paulo D'Andréa ao viaduto que liga a Avenida Comendador Agostinho Prada à Via Guilherme Dibernn, sobre o anel viário, faz justiça a um dos grande políticos e administrador público de um passado não tão distante. Um reconhecimento à sua história e família.
Frase da semana
"Para que minha alma possa ser lavada plenamente do ponto de vista pessoal, neste momento, é garantir os segundos turnos". Do ex-deputado federal Professor Luizinho (PT), absolvido na semana passda pelo STF no processo da Ação Penal 470 (mensalão). Ontem, na Folha de São Paulo-Poder.
Exemplos locais
Na região de Limeira, por exemplo, gestões municipais não aprovadas, tirou a eleição de Rose do Zelão, do PSDB, em Engenheiro Coelho, que perdeu para o candidato do PMDB, Pedro Franco de Oliveira. Em Iracemápolis, foi o próprio PT quem desbancou o PSDB e, em Cordeirópolis, a gestão de Carlos César Tamiazo (PSB) foi aprovada na eleição de seu vice, Amarildo Zorzo, também do PSB.
Outas situações
Também não se pode esquecer de Campinas, que de um primeiro turno garantido, foi levada ao segundo, por um candidato petista, Márcio Pochmann, contra o favorito Jonas Donizete (PSB). E a capital paulista entrou para a história política, ao desbancar um favoritíssimo, Celso Russomano (PRB), levando a segundo turno José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT). Qual o efeito do mensalão? Nenhum...
Para corroborar
Concluindo: na quarta-feira, 10, o DataFolha trouxe a primeira rodada de pesquisa eleitoral em São Paulo, mostrando Haddad dez pontos porcentuais à frente de Serra (47% a 37%), que foi a manchete do jornal Folha de S. Paulo da quinta, 11. A definição nesse sentido - em se mantendo - tem lógica. A gestão de Gilberto Kassab (PSD) é uma das mais mal avaliadas na história da cidade. E Serra representa, justamente, a continuidade de Kassab. É o candidato do atual prefeito, que no início, antes do lançamento da candidatura tucana, flertou com o próprio PT, de Lula. Alie-se a tudo isso o enorme índice de rejeição de José Serra, que tem sido definitivo para muitas derrotas até mesmo de grandes favoritos à vitória. Pincei exemplos mais próximos, mas que devem existir aos montes pelo Brasil.
Mudanças reais
O julgamento do mensalão e condenação da cúpula petista à época, bem como algumas derrotas devem acender a luz amarela, tanto no PT quanto no PSDB. Pois vem aí um PSB, comandado por Eduardo Campos, renovado e talvez renovador. Aqui em Limeira não é diferente, com o acesso ao poder do próprio PSB, alavancado pelo PT, que elegeu o vice-prefeito, mostra que é hora de uma reavaliação. Tanto para vecedores como vencidos. Talvez o maior estrago nem foi no próprio PSD ou em Luserinque Quintal, mas no PSDB, de Pedrinho Kuhl, que o apoiou. O PSDB jovem tem quadros importantes em Limeira, que precisam se movimentar na direção do partido. Como o PT não pode mais permitir os extremos de tomarem conta do partido. Não há mais lugar para isso na política.
Mais segurança
E trocando a política por um tema mais afeto a nós, mortais - e cada vez mais mortais - passou da hora de bancos e empresas de transporte de valores repensarem a forma de recolher e entregar dinheiro. Além de às vezes causar transtornos ao trânsito - os carros-fortes param em qualquer lugar e têm autorização para isso - os seguranças trafegam normalmente pela entrada principal das agências bancárias, de armas em punho, em meio aos clientes e usuários. Sem a mínima preocupação se pode haver ou não algum contratempo. Do jeito que chegam e do jeito que saem são um risco, tanto a eles próprios como às pessoas que lá estão.
São alvos fáceis
Na última quinta-feira, por volta das 11h, estive na agência central do Bradesco, na Dr. Trajano, realizando alguns serviços bancários no autoatendimento, quando a operação estava sendo realizada. Confesso que fiquei assustado e pensei muito no assunto. As instituições bancárias precisam ter uma área própria para que os carros-fortes cheguem, estacionem (de preferência em local reservado, interno e fora do alcance fácil de todos) e façam a descarga ou coleta dos valores. Quando se assiste a essas operações não é difícil imaginar o pior. Está na hora de agir.
Pergunta rápida
Você acredita em pesquisas eleitorais?
Ainda a sujeira...
... eleitoral. O leitor Dimas Maluf discorda da ideia proposta por mim, nesta coluna, que obriga candidatos e partidos a limparem o lixo acumulado com os chamados "santinhos". Ele acredita que o ideal seria proibir essa prática. "Que é antiquada e retrógrada, mas está presente desde que me conheço como gente", diz. E mais, com severas punições aos candidatos e partidos. O leitor diz que há, também, a possibilidade de o próprio Tribunal Superior Eleitora (TSE) proibir essa prática. Dimas Maluf cobra, ainda, o cumprimento da lei municipal sobre panfletagem. "A prefeitura não pode interferir na legislação eleitoral, mas pode exigir o cumprimento da legislação vigente sobre panfletagem", afirma.
Justa homenagem
Dar o nome de Prefeito Paulo D'Andréa ao viaduto que liga a Avenida Comendador Agostinho Prada à Via Guilherme Dibernn, sobre o anel viário, faz justiça a um dos grande políticos e administrador público de um passado não tão distante. Um reconhecimento à sua história e família.
Frase da semana
"Para que minha alma possa ser lavada plenamente do ponto de vista pessoal, neste momento, é garantir os segundos turnos". Do ex-deputado federal Professor Luizinho (PT), absolvido na semana passda pelo STF no processo da Ação Penal 470 (mensalão). Ontem, na Folha de São Paulo-Poder.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Sujeira eleitoral
Não. Não é baixaria de campanha política, não. É lixo mesmo. Aquele deixado pelos candidatos nas portas das seções eleitorais. A Justiça Eleitoral deveria obrigar cada candidato a disponibilizar um correligionário para, nos pós-eleições, sair em mutirão limpando as ruas da cidade. É sempre vergonhoso. E não escapa ninguém.
Quem vai pagar?
Morreu ontem pela manhã, em Bauru, uma idosa de 64 anos, que escorregou em panfletos e santinhos de propaganda eleitoral em frente de uma escola daquele município. A morte foi anunciada pelo Hospital Estadual Bauru, devido a lesões (fraturas no quadril e fêmur), que agravaram seu estado de saúde, já debilitado. Pois é, quem vai ser responsabilizado por essa tragédia? Fatalidade com certeza não foi. Quantas eleições mais teremos que aguentar esse lixo eleitoral?
Agradecidos e...
....mal-agradecidos. Muitos dos vereadores, mesmo não eleitos, vieram a público, via redes sociais, para agradecer ao eleitorado pelos votos recebidos. Um reconhecimento devido e correto. Outros, amparados pela soberba de maus perdedores, nem sequer reconheceram a própria derrota. Quanto mais aos vencedores. Não estavam preparados para vencer. Definitivamente.
Que venha 2013
Os passos do prefeito eleito, Paulo Hadich (PSB) em direção a uma transição de governo junto ao atual, Orlando José Zovico (sem partido), mostra maturidade. É mais que necessária. Torna-se obrigatória para o bem da população e do município. E que seja transparente, pois todos estão atentos a tudo o que acontecer...
A volta ao covil
Perfis fakes e até mesmo detratores bem remunerados, pagos para emporcalhar as redes sociais com muita baixaria, simplesmente sumiram do convívio on-line diário. Como não podem mais usar as máscaras, agora se escondem em covas abertas por eles mesmos, junto à lama que produziram. É sempre assim.
A última de hoje
Por falar em vencedores e vencidos nas eleições municipais do último dia 7 de outubro, como tem mau perdedor por aqui e na região! Em vez de reconhecer que foram derrotados nas urnas, preferem a desconstrução dos vitoriosos.
Não. Não é baixaria de campanha política, não. É lixo mesmo. Aquele deixado pelos candidatos nas portas das seções eleitorais. A Justiça Eleitoral deveria obrigar cada candidato a disponibilizar um correligionário para, nos pós-eleições, sair em mutirão limpando as ruas da cidade. É sempre vergonhoso. E não escapa ninguém.
Quem vai pagar?
Morreu ontem pela manhã, em Bauru, uma idosa de 64 anos, que escorregou em panfletos e santinhos de propaganda eleitoral em frente de uma escola daquele município. A morte foi anunciada pelo Hospital Estadual Bauru, devido a lesões (fraturas no quadril e fêmur), que agravaram seu estado de saúde, já debilitado. Pois é, quem vai ser responsabilizado por essa tragédia? Fatalidade com certeza não foi. Quantas eleições mais teremos que aguentar esse lixo eleitoral?
Agradecidos e...
....mal-agradecidos. Muitos dos vereadores, mesmo não eleitos, vieram a público, via redes sociais, para agradecer ao eleitorado pelos votos recebidos. Um reconhecimento devido e correto. Outros, amparados pela soberba de maus perdedores, nem sequer reconheceram a própria derrota. Quanto mais aos vencedores. Não estavam preparados para vencer. Definitivamente.
Que venha 2013
Os passos do prefeito eleito, Paulo Hadich (PSB) em direção a uma transição de governo junto ao atual, Orlando José Zovico (sem partido), mostra maturidade. É mais que necessária. Torna-se obrigatória para o bem da população e do município. E que seja transparente, pois todos estão atentos a tudo o que acontecer...
A volta ao covil
Perfis fakes e até mesmo detratores bem remunerados, pagos para emporcalhar as redes sociais com muita baixaria, simplesmente sumiram do convívio on-line diário. Como não podem mais usar as máscaras, agora se escondem em covas abertas por eles mesmos, junto à lama que produziram. É sempre assim.
A última de hoje
Por falar em vencedores e vencidos nas eleições municipais do último dia 7 de outubro, como tem mau perdedor por aqui e na região! Em vez de reconhecer que foram derrotados nas urnas, preferem a desconstrução dos vitoriosos.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
O caminho da dor... e o caminho do amor
Quando se é criança, passando pela pré-adolescência e adolescência, costuma-se ouvir dos pais, a história dos dois caminhos do aprendizado: o da dor e o do amor. E nós mesmos, como pais, às vezes temos essa atitude para com nossos filhos. Embora acredite que se aprende com ambos, o da dor é aquele em que nos enche de soberba, quando nos esquecemos de ouvir os mais experientes e suas vivências. Não é conselho, é ensinamento. E o caminho do amor é aquele em que a característica marcante é a da humildade, o que nos torna mais humanos e sensíveis. É quando entendemos que há muito, sim, a aprender com os mais rodados na vida. E não é seguir-lhes os passos, não, mas aprender a remover alguns espinhos e pedras dos nossos próprios caminhos.
Isso posto, vamos aos fatos deste final de semana. As eleições, marco fundamental da democracia e, principalmente, do exercício dos preceitos republicanos, que nos torna diferentes de sistemas ditatoriais e das tiranias institucionalizadas. Como foram eleições municipais, nada melhor do que alguns palpites, que são importantes para entender o que ocorreu em Limeira. Com ênfase à grande renovação no Poder Legislativo, a Câmara Municipal, onde apenas 4, dos até então 14 vereadores conseguiram a reeleição. Dos que disputaram, e não se reelegeram, os exemplos que ficam são os de Iraciara Bassetto, do PV - que já estava vetada pela Lei da Ficha Limpa -; Silvio Brito (PDT) e Nilce Segalla (PTB).
Não foram devidamente reconduzidos às suas cadeiras, justamente porque escolheram o caminho da dor. Enquanto a população lhes indicava o caminho do amor, os três preferiram manter-se a uma fidelidade ao prefeito Silvio Félix (PDT), que destoava daquele momento histórico pelo qual passava o Município. Sustentar essa lealdade (em princípio até louvável), a uma situação que exigia coragem e determinação inclusive para uma mudança de postura, custou-lhes essa não recondução ao cargo ao qual disputavam. E não foi por falta de aviso e nem por tudo o que presenciavam diariamente, com denúncias cada vez mais contundentes, acontecendo às suas vistas. Viraram as costas ao povo e agora o povo retira aquilo que lhes era mais caro: o poder. Um custo muito alto por fechar os olhos ao que era escancaradamente visível.
Nunca é tarde para lembrar ou cedo demais para aprender, que a resposta popular foi importante ao processo político desencadeado em Limeira, mostrando atenção e cuidados do eleitor, que está esquecendo de se esquecer, no confronto com atuais e futuros representantes. Excluindo-se os votos de protesto, que resultaram em duas ou três eleições no mínimo pitorescas, as urnas reagiram duras às ações inconsequentes. É uma lei da Física, a toda ação cabe uma reação proporcionalmente igual ou mais forte que a primeira. Que assim seja. Amém.
Isso posto, vamos aos fatos deste final de semana. As eleições, marco fundamental da democracia e, principalmente, do exercício dos preceitos republicanos, que nos torna diferentes de sistemas ditatoriais e das tiranias institucionalizadas. Como foram eleições municipais, nada melhor do que alguns palpites, que são importantes para entender o que ocorreu em Limeira. Com ênfase à grande renovação no Poder Legislativo, a Câmara Municipal, onde apenas 4, dos até então 14 vereadores conseguiram a reeleição. Dos que disputaram, e não se reelegeram, os exemplos que ficam são os de Iraciara Bassetto, do PV - que já estava vetada pela Lei da Ficha Limpa -; Silvio Brito (PDT) e Nilce Segalla (PTB).
Não foram devidamente reconduzidos às suas cadeiras, justamente porque escolheram o caminho da dor. Enquanto a população lhes indicava o caminho do amor, os três preferiram manter-se a uma fidelidade ao prefeito Silvio Félix (PDT), que destoava daquele momento histórico pelo qual passava o Município. Sustentar essa lealdade (em princípio até louvável), a uma situação que exigia coragem e determinação inclusive para uma mudança de postura, custou-lhes essa não recondução ao cargo ao qual disputavam. E não foi por falta de aviso e nem por tudo o que presenciavam diariamente, com denúncias cada vez mais contundentes, acontecendo às suas vistas. Viraram as costas ao povo e agora o povo retira aquilo que lhes era mais caro: o poder. Um custo muito alto por fechar os olhos ao que era escancaradamente visível.
Nunca é tarde para lembrar ou cedo demais para aprender, que a resposta popular foi importante ao processo político desencadeado em Limeira, mostrando atenção e cuidados do eleitor, que está esquecendo de se esquecer, no confronto com atuais e futuros representantes. Excluindo-se os votos de protesto, que resultaram em duas ou três eleições no mínimo pitorescas, as urnas reagiram duras às ações inconsequentes. É uma lei da Física, a toda ação cabe uma reação proporcionalmente igual ou mais forte que a primeira. Que assim seja. Amém.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
A festa da cidadania foi ofuscada em 2012
Nós somos aquilo que escolhemos ser. Não há meio termo. O "parece, mas
não é" não tem lugar neste momento. Porém, nem tudo nos faz comemorar
essa verdadeira festa da cidadania. Longe de qualquer pessimismo e
pisando a realidade que se nos apresenta, é preciso lembrar que o brilho
dos embates nas urnas está definitivamente ofuscado. Foi ofuscado a
partir de novembro de 2011, quando o eleitor percebeu a ruptura entre
ética e moral confrontadas com a corrupção, que por aqui começava a ser
punida. Os longos seis meses que se seguiram, até o expurgo dos maus
exemplos, Limeira viveu sob tensão extrema entre a necessidade de
limpeza e renovação e o perigo da continuidade. Um estopim aceso bem
próximo ao paiol de pólvora. Basta tomar como exemplos cidades vizinhas,
para perceber o estrago promovido por aventureiros do voto, que não
conseguiram honrar seus compromissos. O limeirense vai às urnas hoje com
seu pensamento voltado ao passado, confuso com o presente e futuro
incerto. Vai com imensa vontade, ao menos desta vez, de não ter seu
sonho frustrado novamente.
As lições tiradas
É importante, sim, relembrar esse passado recente e, a partir dele,
agir no presente, pensando no futuro. Apesar da dificuldade em se fazer
um prognóstico - ou projeção - sobre os destinos do município, pelo
menos já se sabe e com diploma e tudo, o que não se quer mais. Difícil
imaginar que se vá acertar em tudo e, principalmente, sem medo de errar.
A transição já foi desencadeada. Agora...
Nossas Decisões
Em qualquer lição que seja ensinada (e aprendida), há pontos positivos e
os negativos, uma obviedade que nem sempre se consegue enxergar. A
proporção desses pontos é que faz a diferença no resultado final. Por
isso, aumentam ainda mais as responsabilidades ao transformar em
benefícios as escolhas que fazemos. Ninguém deve ter medo de tomar
decisões. O momento de tomá-las, que está chegando.
Um ensinamento
De toda essa campanha, o que deve ser levado em conta são as respostas
dadas durante todo o processo de cassação de Silvio Félix da Silva
(PDT). A população percebeu que tinha força de pressão; o município, a
exemplo de outros, trilhou pelo caminho da ética e dá, agora, um recado
claro ao futuro prefeito, seja ele quem for: tolerância zero à
corrupção, aos desmandos e, principalmente, ao autoritarismo. Respeitar a
autoridade, sim. Ter medo, jamais.
Chegou. É hora
Não importa o teor do seu voto. Ele é secreto. Inviolável. De extrema
importância à democracia. É nossa própria consciência nos lembrando
desse compromisso. Então, às urnas.
Espaço garantido
Neste processo todo, esta Gazeta foi e está sendo um espaço de debates
importantes. Uma garantia de participação a todas as corrente políticas.
Reuniu todos os candidatos de Limeira, de Iracemápolis, Cordeirópolis e
dois de Engenheiro Coelho (pois um terceiro não se dignou a enviar
representante para o sorteio), que puderam apresentar suas propostas,
sempre observando formato e espaço idênticos nas publicações. Até mesmo
nas dimensões de imagens. Uma contribuição transparente ao debate
democrático. Ao mais puro sentimento republicano. Hoje, logo às 17h, a
Gazeta dá início à cobertura das apurações - ou seria processamento? -
dos votos, que vão apontar os futuros prefeito e vice e os 21
vereadores, que comporão a Câmara Municipal entre 2013 e 2016.
Justiça seja feita
Por espaço na mídia, nenhum candidato pode reclamar ou cobrar. Teve de
sobra em todo o período pré-eleitoral. Se não soube ou quis participar,
não tem o direito em reclamar ou criticar agora.
Antes. E depois?
Outra análise interessante do processo eleitoral em Limeira, neste
2012, deve ser feita pensando já no pós-eleitoral. Dependendo do
resultado final do pleito, alguns políticos - e de peso - deverão
repensar suas atuações e interesses. E partidos de ponta, hoje acéfalos,
correm o risco de, além da falta de comando, cair em um vácuo
irreversível. Como em política nada é exato, é preciso esperar mais um
pouco. A leitura, entretanto, segue nesse traçado.
Irrepreensível...
Outro saldo positivo e importante, também, e que merece ser destacado
até agora: o papel da Justiça Eleitoral. Atentos apenas aos caminhos da
lei e refratários aos meros interesses políticos e tentativas de
transformar o espetáculo da democraia em lama, juízes e promotores
eleitorais foram firmes em suas decisões e representações. Trigo
saudável de um lado e joio do outro. E ponto final.
Um bom começo
Se a Lei da Ficha Limpa ainda não é a ideal - seria melhor que não
precisasse desse tipo de legislação - e com a qual todos sonhavam e
sonham, pelo menos está dando um destino merecido àqueles que se
julgavam impunes a ela.
Pergunta rápida
Você votaria em candidato com a ficha suja?
É preciso pensar
A ocorrência envolvendo um cachorro da raça pitbull, que atacou uma
criança de três anos e sua mãe, acende uma luz vermelha nos cuidados com
esse tipo de animal. O que se vê pelas ruas são pessoas levando seus
"bichinos" sem focinheira - (que é de uso obrigatório) em coleiras e
correntes frágeis. São poucos os que cumprem a lei. E aqueles que os
mantêm dentro do quintal, cuidados mais eficientes ainda. Desta vez não
houve mortes. Mas esteve perto de acontecer.
Frase da semana
"A instalação da vara federal em Limeira repara uma injustiça histórica
com o Município". Newton de Lucca, presidente do Tribunal Federal da 3ª
Região, ao anunciar na sexta-feira, na Prefeitura, o funcionamento do
órgão federal ainda neste ano. Ontem, 6, na Gazeta.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Decidiu-se ou...
...não? Quem assistiu ao último debate pela TV Jornal, na terça-feira, 2, acredito que tenha percebido nos discursos dos candidatos, sem contar com algumas propostas (poucas) nas áreas essenciais do Município, um ranço do século passado. Do retrocesso político do "eu mando". Velho e calcado no coronelismo de um passado ainda fresco na memória de todos. Espera-se - e louve-se a iniciativa da emissora - que tenha contribuído para a definição dos indecisos. Ou maior indecisão ainda...
Que assim seja
Hoje é o último dia legal para a propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio. Por isso, os candidatos precisam tomar cuidado, porque a Justiça pode, sim, autorizar direitos de resposta fora do período. Então, que se comportem, ajam dentro da ética (???) e mostrem que têm propostas reais. E não promessas eleitorais.
Apenas o oficial
Outro cuidado - agora de nossa parte, como formadores de opinião que somos - é atentar para aqueles que querem holofotes de última hora. Inventam ou criam fatos novos, muitas vezes não corroborados pelo próprio Ministério Público (MP). Se partir do MP e com o seu aval, publica-se. Do contrário indica-se outro meio.
Um fim de festa?
Já se nota, em alguns "QGs" de campanha, um certo desânimo. O que era pura alegria semanas atrás, transformou-se em clima de velório. Passo diariamente por alguns deles pela manhã e dá tristeza. Enfim, coisas da política. Agora é esperar pelo domingo e escolher com convicção. Do contrário é preferível não escolher.
Dito... malfeito
Entregar o viaduto que liga a Avenida Comendador Agostinho Prada à Via Guilherme Dibbern, sem as alças de acesso concluídas, parece obra eleitoral de quem quer se eleger. Como não haverá candidato à reeleição e o atual prefeito não vai concorrer no próximo domingo, fica difícil entender o porquê da pressa. Se já esperou um ano e meio, espera um pouco mais e o entrega 100% pronto.
A última de hoje
Até ontem recebi em mãos correspondências personalizadas ou envelopes fechados, endereçados a mim e a minha família, tanto "santinho" de candidato, que fico imaginando como estarão as ruas próximas das seções eleitorais a partir da madrugada do domingo, dia 7. Lembre-se, quem suja não merece o seu voto.
...não? Quem assistiu ao último debate pela TV Jornal, na terça-feira, 2, acredito que tenha percebido nos discursos dos candidatos, sem contar com algumas propostas (poucas) nas áreas essenciais do Município, um ranço do século passado. Do retrocesso político do "eu mando". Velho e calcado no coronelismo de um passado ainda fresco na memória de todos. Espera-se - e louve-se a iniciativa da emissora - que tenha contribuído para a definição dos indecisos. Ou maior indecisão ainda...
Que assim seja
Hoje é o último dia legal para a propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio. Por isso, os candidatos precisam tomar cuidado, porque a Justiça pode, sim, autorizar direitos de resposta fora do período. Então, que se comportem, ajam dentro da ética (???) e mostrem que têm propostas reais. E não promessas eleitorais.
Apenas o oficial
Outro cuidado - agora de nossa parte, como formadores de opinião que somos - é atentar para aqueles que querem holofotes de última hora. Inventam ou criam fatos novos, muitas vezes não corroborados pelo próprio Ministério Público (MP). Se partir do MP e com o seu aval, publica-se. Do contrário indica-se outro meio.
Um fim de festa?
Já se nota, em alguns "QGs" de campanha, um certo desânimo. O que era pura alegria semanas atrás, transformou-se em clima de velório. Passo diariamente por alguns deles pela manhã e dá tristeza. Enfim, coisas da política. Agora é esperar pelo domingo e escolher com convicção. Do contrário é preferível não escolher.
Dito... malfeito
Entregar o viaduto que liga a Avenida Comendador Agostinho Prada à Via Guilherme Dibbern, sem as alças de acesso concluídas, parece obra eleitoral de quem quer se eleger. Como não haverá candidato à reeleição e o atual prefeito não vai concorrer no próximo domingo, fica difícil entender o porquê da pressa. Se já esperou um ano e meio, espera um pouco mais e o entrega 100% pronto.
A última de hoje
Até ontem recebi em mãos correspondências personalizadas ou envelopes fechados, endereçados a mim e a minha família, tanto "santinho" de candidato, que fico imaginando como estarão as ruas próximas das seções eleitorais a partir da madrugada do domingo, dia 7. Lembre-se, quem suja não merece o seu voto.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Lições que os políticos não aprendem. Nunca
Quando Fernando Collor de Mello foi eleito em 1989 e, quase perdendo a eleição apelou para uma ex-namorada de seu opositor, Luís Ignácio Lula da Silva, que veio em cadeia nacional, via propaganda eleitoral gratuita, afirmar sobre o abandono que sofreu pelo candidato petista - verdade não corroborada depois, pela própria filha do casal - e dois anos e nove meses depois sofria um impeachment, por conta de suas próprias mentiras, o País evoluiu muitos degraus nas relações políticas internas. E o principal deles, foi, daquela eleição em diante, não mais haver paciência do eleitor com ataques fortuitos, sobre a vida pessoal ou não, entre candidatos.
Só para fortalecer esse ponto de vista - e não ser acusado depois de tendencioso, como sei que alguns o farão - nas duas eleições seguintes, 1989 e 1992, Fernando Henrique saiu-se vencedor, justamente por conta da campanha virulenta de seu oponente, o próprio Lula, que tentava emplacar sua candidatura e uma vitória histórica do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2002 houve uma inversão nas posturas, e o petista foi eleito, também por conta de uma campanha eleitoral de baixo nível, de seu adversário de então, José Serra, que exibiu a atriz global Regina Duarte, sob um fundo negro, afirmando o famoso "eu tenho medo", numa alusão aos perigos de uma provável vitória de um metalúrgico à presidência da República.
Na disputa pela reeleição, em 2006, foi a vez de Geraldo Alckmin atacar Lula, o que mais uma vez mostrou-se inócuo perante o eleitorado. José Serra repetiu a dose em 2010 e foi derrotado por Dilma Rousseff. Como aconteceram repetidas vezes, no Estado de São Paulo, com o PT tentando ganhar uma eleição a governador, com ataques ao PSDB. Sem sucesso. Momentos de nossa história política recente, que nos obrigam a uma reflexão sobre as campanhas políticas e seus momentos cruciais, quando começam a se definir vencedores e vencidos. E apesar do avanço em todos os setores da sociedade, a política fica, muitas vezes, estagnada na cabeça de políticos, que apenas almejam satisfazer suas próprias vaidades, antes de pensar no coletivo e na responsabilidade que terão sobre a sociedade que irão representar.
Sutilezas ou ataques abertos, com remetente e destinatário, em nada contribuem com o processo eleitoral limpo, almejado por todos os cidadãos. Espera-se, nesta última semana, que não se repitam por aqui cenários já conhecidos e totalmente repudiados ao longo desses anos. A sutileza ficou por conta do candidato Paulo Hadich (PSB), que fez alusão ao "patrimônio da família" (com endereço certo) em sua propaganda eleitoral. E o ataque aberto por conta de um candidato a vereador da base de Lusenrique Quintal (PSD), que seccionou trechos de matérias jornalísticas e discursos, numa montagem primária e amadora. Ambos escorregaram na ética. E remédios fortes dessa natureza, como mostrei no início deste texto, podem causar efeitos colaterais irreversíveis àqueles que deles fazem uso. Não seria pedir muito, que apenas se atenham a propostas e compromissos. É disso que o povo precisa. E quer. Principalmente agora, que estamos às vésperas do pleito.
Só para fortalecer esse ponto de vista - e não ser acusado depois de tendencioso, como sei que alguns o farão - nas duas eleições seguintes, 1989 e 1992, Fernando Henrique saiu-se vencedor, justamente por conta da campanha virulenta de seu oponente, o próprio Lula, que tentava emplacar sua candidatura e uma vitória histórica do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2002 houve uma inversão nas posturas, e o petista foi eleito, também por conta de uma campanha eleitoral de baixo nível, de seu adversário de então, José Serra, que exibiu a atriz global Regina Duarte, sob um fundo negro, afirmando o famoso "eu tenho medo", numa alusão aos perigos de uma provável vitória de um metalúrgico à presidência da República.
Na disputa pela reeleição, em 2006, foi a vez de Geraldo Alckmin atacar Lula, o que mais uma vez mostrou-se inócuo perante o eleitorado. José Serra repetiu a dose em 2010 e foi derrotado por Dilma Rousseff. Como aconteceram repetidas vezes, no Estado de São Paulo, com o PT tentando ganhar uma eleição a governador, com ataques ao PSDB. Sem sucesso. Momentos de nossa história política recente, que nos obrigam a uma reflexão sobre as campanhas políticas e seus momentos cruciais, quando começam a se definir vencedores e vencidos. E apesar do avanço em todos os setores da sociedade, a política fica, muitas vezes, estagnada na cabeça de políticos, que apenas almejam satisfazer suas próprias vaidades, antes de pensar no coletivo e na responsabilidade que terão sobre a sociedade que irão representar.
Sutilezas ou ataques abertos, com remetente e destinatário, em nada contribuem com o processo eleitoral limpo, almejado por todos os cidadãos. Espera-se, nesta última semana, que não se repitam por aqui cenários já conhecidos e totalmente repudiados ao longo desses anos. A sutileza ficou por conta do candidato Paulo Hadich (PSB), que fez alusão ao "patrimônio da família" (com endereço certo) em sua propaganda eleitoral. E o ataque aberto por conta de um candidato a vereador da base de Lusenrique Quintal (PSD), que seccionou trechos de matérias jornalísticas e discursos, numa montagem primária e amadora. Ambos escorregaram na ética. E remédios fortes dessa natureza, como mostrei no início deste texto, podem causar efeitos colaterais irreversíveis àqueles que deles fazem uso. Não seria pedir muito, que apenas se atenham a propostas e compromissos. É disso que o povo precisa. E quer. Principalmente agora, que estamos às vésperas do pleito.
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