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segunda-feira, 21 de março de 2011

(In)Segurança pública! Como resolver?

As constantes invasões, roubos e furtos de chácaras, condomínios e residências em Limeira estão colocando em xeque a segurança pública. Venha ela do Estado - polícias militar ou civil - ou do Município - através da Guarda Municipal. O fato é que as ocorrências estão aí, diariamente na mídia (e esta Gazeta tem sido uma prova dessa situação), sem que se vislumbre uma redução nesses índices. Pelo menos em médio prazo. Senão não seriam notícia de jornais e emissoras de rádio e TV quase diariamente. Em enquete recente no site www.gazetadelimeira.com.br, foi perguntado qual seria a solução para resolver esse enorme problema. Os internautas, atentos, apontaram, entre as opções, que o melhor caminho seria uma “ação conjunta das forças de segurança”. Parece que a população tem na cabeça uma solução, que é óbvia, porém a prevenção, que seria o mais indicado, não vem, de lugar nenhum. E tudo continua virando matéria jornalística e, em alguns casos, até manchetes do dia. A questão é complexa, mas é preciso mais que decisões de gabinetes para compreendê-la e resolvê-la. É preciso prática. Ação!

Procura-se a lei
O tema vai e volta às colunas de opinião, mas é sempre oportuno retomar sua discussão. Após deixar a redação da Gazeta percorro muitas ruas até chegar à minha casa. Não vejo, em nenhum dos trajetos que costumo fazer, uma viatura policial (de qualquer uma das forças) em circulação. As bases móveis da PM, por exemplo, às 18h deixam seus pontos e vão embora. Exemplo maior: a Praça Toledo Barros. Ai...

O sistema é falho
A crítica não é pessoal. É sempre pela melhora do sistema, que é falho. Delegados de polícia, oficiais da PM, inspetores da GM são apenas as engrenagens dessa máquina, travada na sua origem. É preciso melhorar as condições de trabalho, remunerar melhor os policiais e aumentar efetivos em todas as forças. E, infelizmente, a solução é política. E, neste caso, falta vontade política para uma solução. Ao Município e Estado.

Omissão, jamais!
Enquanto isso, a imprensa não pode se omitir. A responsabilidade cabe a todos nós, enquato profissionais e cidadãos, pois também fazemos parte disso tudo.

Assim é fácil, né?
Agências bancárias continuam abusando da paciência de seus clientes e usuários. A Febraban, federação que congrega as instituições bancárias, vive recorrendo contra leis municipais, que beneficiam a segurança da população, porém não agem contra abusos de agências, que insistem em barrar pessoas, porque a porta giratória não permite que entrem. Acusam metais. Inclusive pessoas portadoras de marca-passo sofrem com essa discriminação. Na semana passada, uma cliente da Caixa Federal da esquina do McDonalds foi barrada, mesmo após ter se livrado de todos os possíveis objetos de metal. Só porque sua calça jeans tinha zíper de metal na perna e sua calcinha (como ela própria afirmou) tinha uma pequena argola de metal como detalhe. Segurança, sim! Bom senso, entretanto, é fundamental.

Será que agora...
...vai. O empresário Roberto Martins foi visto na sexta-feira no Vô Lucato, assistindo ao jogo e muito interessado pela Winner. Sinal que Martins pode, sim, ser um dos candidatos a prefeito em 2012. Afinal há várias eleições o nome do empresário vem sendo lembrado, porém sem nada de concreto. Desta vez...

Pedir não custa
Gostaria que a vereadora Nilce Segalla (PTB) fosse tão eficiente nas investigações da CPI da Merenda, quando ela tem sido como delegada frente à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que desde que assumiu como titular, tem realizado um trabalho que só merece elogios, solucionando alguns casos até então emperrados. Ela sabe, como ninguém, investigar um caso policial. Precisa, agora, fazer o mesmo com esse imbróglio político.

Estatística legal
Se ninguém percebeu ainda, vale o registro. Após a proibição de motocicletas estacionarem próximas às agências bancárias caiu consideravelmente o número de crimes conhecidos como “saidinha bancária”. Basta ver as matérias policiais publicadas na imprensa local. Parece-me que a medida está tendo bons resultados!

Se você quer ler
O livro é de 1993, mas continua atual. E foi um dos que influenciaram minha formação como jornalista opinativo, no sentido de não acreditar em tudo o que a própria imprensa mostra sobre personagens de vida pública. Trata-se de Jornalismo de In(ve)stigação O Caso Quércia, do jornalista Sérgio Buarque de Gusmão. Trata da cobertura que os órgãos de imprensa davam e deram a Orestes Quércia, presidente do PMDB paulista, que morreu no ano passado. A mesma cobertura que Folha, Estadão, Globo, Veja, entre outras, deram à candidatura Dilma Rousseff (PT), na campanha eleitoral de 2010. Não é para se acreditar tudo em que se lê, mas ele dá uma exata dimensão de como a chamada grande imprensa trata alguns iguais de formas diferentes. É um excelente aprendizado. E uma boa leitura.

Pergunta rápida
E agora, o PR vai pedir a vaga de Piuí na Câmara, após expulsá-lo do partido por infidelidade partidária?

Eu Recomendo!
Vou sugerir, hoje, como filme para o fim de semana, um longa de animação. Trata-se de A Fantástica História da Pizza (Toto Sapore e la Magica Storia Della Pizza – Itália, 2003). Ele conta a história de Toto Sapore, um jovem contador de histórias com o sonho de se tornar um grande cozinheiro. Ao fazer amizade com Pulcinella, ela lhe dá de presente quatro panelas velhas e mágicas, que transformam qualquer alimento em maravilhosas e apetitosas comidas. Enquanto isso, uma guerra entre os reinos da França e de Nápoles está prestes a estourar. Quando os exércitos de ambos os reinos estão prontos para a batalha, Toto Sapore junta alguns ingredientes, e com habilidade de um grande cozinheiro cria um novo prato, a pizza. A direção é de Maurizio Forestieri. Duração 78 minutos. Mais informações: http://www.totosapore.it

Frase da semana
“Estou no meu direito de cidadão e não estou inconveniente”. José Augusto Corrêa, o Gu Tigers, ao defender seu protesto silencioso no auditório do Plenário da Câmara, antes de deixar o local, onde compareceu vestido de imperador César e carregando uma pizza nas mãos. Quarta-feira, 16. Na Gazeta.

Antonio Claudio Bontorim

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