Mais uma vez Limeira bate à porta do atraso e deixa escapar uma ótima oportunidade para ampliar os horizontes nas relações e negociações trabalhistas e fazer sua economia crescer, como convém ao momento atual. A briga entre Sicomércio (Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Limeira) e Sinecol (Sindicato dos Empregados do Comércio em Limeira e Região) parece não ter fim. Virou uma disputa política para ver quem tem mais força. Um tabuleiro de xadrez do atraso.
Já abordei este tema neste espaço em outra oportunidade, e volto a fazê-lo. Não é possível que essa birra - coisa de criança mimada - prive o consumidor de ter mais tempo para ir às compras. Ao barrar o funcionamento do comércio aos sábados até as 16h, o representante dos trabalhadores dá um exemplo claro de condução política na negociação, que esbarra na intransigência de uma diretoria vitalícia, preocupada apenas em se ater a questões pontuais, esquecendo-se de que é a população quem mais perde com isso. É inadmissível que não haja um acordo coerente nesse sentido. O bom senso está sendo jogado no lixo da irresponsabilidade.
Não tenho dúvidas, também, de que há comerciantes que burlam a legislação trabalhista, não cumprem com os deveres para com seus empregados, exploram a categoria de forma aviltante e que devem, sim, ser punidos. Para isso, entretanto, há a Justiça do Trabalho e o próprio Sinecol, que faz essa ponte entre trabalhador-patrão-justiça, deve saber disso mais do que ninguém. Motivos, entretanto, que não podem interromper uma negociação importante. E mais uma vez dar “não” como resposta, numa batalha que vem de anos sem uma solução lógica e prática, enquanto outros municípios da região vão enchendo seus cofres com o dinheiro dos limeirenses, privados de consumir no seu próprio comércio. Isso é fato. É realidade que já constatei, em algumas andanças a passeio e até mesmo às compras.
Se os comerciantes, como diz o Sicomércio, estão fechados na questão da abertura em horário maior aos sábados, eles devem arcar com as responsabilidades e encargos advindos dessa situação. Não dá mais para aceitar esse ativismo utltrapassado, beirando os primórdios do sindicalismo, para manter privilégios de poucos em prejuízo a muitos, que vem privando o município dos avanços necessários nessa área. As estruturas sindicais cresceram para além dos interesses de seus representados. O que não se pode é admitir falta de sensibilidade às práticas concretas, que devem prevalescer sobre as teorias relativistas dos sindicalistas!
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
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