Pages

domingo, 21 de novembro de 2010

“Vida de gado, povo marcado...

...ê povo feliz!” Este pequeno verso, o estribilho da música Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho, representa bem um cena que presenciei na sexta-feira à noite, no entorno do Shopping Pátio. Entre as ruas Carlos Gomes, Tiradentes e Alberto Ferreira, em frente do Edifício Prada. Centenas de jovens aglomerados e andando de um lado para o outro nas calçadas dessas três ruas, espremidos por uma corda (segurança?... ou confinamento?). Apesar de evitar que tomem as ruas, é triste ver aquela juventude daquele jeito, caminhando sem destino e sem opções reais de lazer. Aquela triste situação representa a realidade de uma falta gritante de políticas públicas para a juventude de Limeira. E nos remete à música de Ramalho - “vocês que fazem parte dessa massa que passa nos projetos do futuro”. Então pergunto: que futuro? Nenhum, com certeza. Principalmente por promessas não cumpridas e amplamente divulgadas e alardeadas pelo Poder Executivo. No papel pode estar escrito, mas na prática está longe de acontecer. “É duro tanto ter que caminhar e dar muito mais do que receber”. Zé Ramalho tem razão!

Castigo Político
Obras paradas. Falta de fiscalização e ausência dos agentes de trânsito nas ruas da cidade. Esses são alguns problemas que Limeira vem enfrentando no pós-eleição. Quando da não eleição de candidatos apoiados pelo prefeito, aventei neste espaço a possibilidade de uma paralisia no serviço público. A letargia tem sido uma marca de lá para cá. Veio bem mais cedo que eu esperava.

Carona. Ou a pé
Na sexta-feira uma equipe de reportagem da Gazeta deu carona a dois GMs que atenderam à ocorrência e fizeram registro de Boletim de Ocorrência em Distrito Policial de Limeira. Como não havia viatura disponível para levá-los à base, o jeito foi a carona do repórter. Há várias semanas esta Gazeta vem noticiando os problemas operacionais com a Segurança Municipal. Foi mais um!

Como que pode?
Estive no estádio do Morumbi na quinta-feira pela manhã, buscando um ingresso para o show de Paul MacCartney. Ao dar a volta pela avenida que circunda o estádio e no retorno a Limeira vim me perguntando: como CBF e FIFA têm a coragem de negar a abertura da Copa 2014 para aquele verdadeiro monumento ao esporte. Sou palmeirense, porém reconheço, não há arena nenhuma a ser construída - nem a Palestra e nem o Itaquerão, ou Fielzão - capaz de substituí-lo à altura. E também à sua história. Uma pena essa teimosia rasteira de megalômanos e insipientes dirigentes do esporte paulista. Egoístas na essência do termo!

Desconectados
Após as eleições, os três principais candidatos à Presidência da República, deram um tempo no Twitter. A @silva_marina continuou e agora parou. O @joseserra_ bem que tentou, ontem deu alguns RT, mas está bem ausente ainda. Deve voltar logo. E a eleita, @dilmabr, prometeu que voltará logo à rede social em breve.

Pergunta rápida
De quem é a incompetência no serviço público? Daquele que é nomeado para um cargo sem o devido preparo ou de quem o nomeia?

Leitor responde
Para responder à Pergunta rápida de hoje vou pedir a ajuda dos leitores. E aqueles que tiverem interesse em participar dessa pequena “enquete” podem enviar as respostas para o meu e-mail: claudio.bontorim@gazetadelimeira.com.br , que serão publicadas no próximo domingo. Evidente que estarei preservando o nome daqueles leitores que assim o desejar, desde que se identifiquem no e-mail. Vamos participar!

Se você quer ler
Um gênero literário produzido essencialmente para ser veiculado na imprensa. Assim pode ser definida uma crônica, seja nas páginas de uma revista ou de um jornal. Muitos jornalistas se notabilizaram por esse tipo de produção. Um em especial, tornou-se um dos maiores e melhores cronistas do País: Rubem Braga. Por isso minha sugestão de hoje é a coletânea 200 Crônicas Escolhidas, que reúne os melhores textos produzidos por Rubem Braga entre 1935 e 1977. O próprio autor escolheu as crônicas, a partir da seleção original do amigo Fernando Sabino. Com uma linguagem sensível e poética, Rubem Braga capta flagrantes da vida cotidiana que ele próprio viveu ou testemunhou, abordando assuntos de seu cotidiano, de sua infância e mocidade. A antologia é de 1978. Braga morreu em 1990 aos 77 anos de idade.

Eu Recomendo!
Independentemente de profissão ou função todo mundo tem seu dia de chilique. Aqui, nesta comédia dirigida e estrelada por Woody Allen, acontece a mesma coisa. Por isso eu recomendo, hoje, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall – EUA, 1977). No elenco, além do próprio Allen, Diane Keaton, Shelley Duvall, Jeff Goldblum, Sigourney Weaver, Truman Capote entre outros. O filme conta a história de Alvy Singer (Woody Allen), um humorista judeu e divorciado que faz análise há quinze anos e acaba se apaixonando por Annie Hall (Diane Keaton), uma cantora em início de carreira com uma cabeça um pouco complicada. Em um curto espaço de tempo eles estão morando juntos, mas depois de certo período crises conjugais começam a se fazer sentir entre os dois. 94 minutos.

Frase da semana
“Os ‘três porquinhos’ foram muito bem-sucedidos na coordenação da campanha. Encontrei neles companheiros de todas as horas”. Da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), em reunião festiva no Diretório do partido, ao falar sobre o trabalho dos coordenadores de sua campanha, José Eduardo Dutra, José Eduardo Cardozo e Antonio Palocci. Na Folha.com. Sexta-feira, 19.

Antonio Claudio Bontorim

0 comentários: