Antivandalismo!
No último dia primeiro, na segunda sessão do ano da Câmara Municipal, o presidente da Casa, Eliseu Daniel dos Santos (PDT), apresentou um requerimento à Prefeitura de Limeira, questionando sobre a possibilidade da criação de um “Disque-Denúncia” contra os atos de vandalismo e pichações. Limeira está precisando, de fato, de um serviço nesse sentido. As ocorrências, registradas diariamente - e principalmente aos finais de semana - deixam a cidade com um aspecto ruim, dando a impressão que não existe segurança pública (???). Os atos se repetem. E quando é feito o reparo ou a área pichada é pintada, os vândalos voltam e com mais força ainda. Só que esse tipo de serviço precisa funcionar. E bem. O vereador está certíssimo nesse requerimento.
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Na questão das pichações, por exemplo, já percebi que os pichadores querem apenas aparecer. E tão somente isso. Quando uma ação desses anticidadãos chega à mídia, percebe-se que naquele período o número de ocorrências aumenta consideravelmente. Por isso minha sugestão é que os órgãos de comunicação não divulguem mais (muito menos com fotos) as pichações, deixando as denúncias para quem presenciar o fato. E com as autoridades as providências a serem tomadas. Não divulgando essa sujeira os “sujadores” não terão como se vangloriar de seus garranchos.
Quem deve fazer?
As coisas simples, às vezes, são as mais complicadas e difíceis. Uma limpeza, uma poda de árvore, uma desobstrução de bueiro entupido, uma pintura de faixa de segurança no asfalto... são rotinas que deveriam ser obrigatórias na administração pública. Porém, nem sempre é assim. E na maioria das vezes vira matéria de jornal, porque cansado de insistir, o cidadão não tem o retorno esperado e vai aos jornais. E a denúncia quase sempre traz resultado positivo para o denunciante.
O outro caminho
E quando a denúncia e a matéria no jornal não são suficientes, busca-se outra alternativa: os vereadores, que independentemente do partido - se situação, oposição ou nem um nem outro - acabam “indicando ao prefeito” os serviços a serem feitos. E os mais solicitados são poda e retirada de árvores e limpeza e corte de mato. Daí a Câmara Municipal acaba por se tornar uma espécie de “subprefeitura”, como mostrou recente reportagem desta Gazeta. E os vereadores, para garantirem a confiança de seus eleitores, acabam por fazer essas indicações. Que deveriam, como escrevi anteriormente, “ser rotina obrigatória” na Prefeitura.
Os números falam
Só para exemplificar essa situação, acabei somando e discriminando as indicações dos vereadores feitas na última sessão da Câmara, que mostram essa ‘ausência’ de rotina. Vamos aos pedidos protocolados e seus números: limpeza em geral e corte de mato, 7 indicações; poda e retirada de árvores, outras 7 indicações; consertos de asfalto, 3; consertos de calçadas, 2; revitalização e pintura de solo (trânsito), 2; e colocação de corrimão em ponte, iluminação, campanha de divulgação em escolas, pedido de segurança em pronto atendimento médico, bueiro entupido, manutenção em centro comunitário, ampliação de linha de ônibus e pedido par enviar lei sobre nome de ruas às escolas municipais, uma indicação cada. Tudo isso apenas na sessão da última segunda-feira.
Hadich é do PSC
O vereador Paulo Hadich pertence ao Partido Socialista Brasileiro (PSC) e não ao Partido da República (PR), como escrevi na edição de quinta-feira, dia 4.
Frase da Semana“Uma lição que tento viver a cada dia. Toda a crise passa. A diferença é como cada um escolhe viver. Minha escolha está feita. Meu compromisso é com Brasília e os brasilienses. Em período de turbulência tudo fica mais difícil, os obstáculos se multiplicam, mas isso só faz crescer a determinação de cumprir minha missão”. Governador Luiz Roberto Arruda (DEM), pivô do mensalão dos Democratas de Brasília, em mensagem enviada ao Legislativo Brasiliense na abertura dos trabalhos em 2010. Dia 2, no UOL Notícias.
Antonio Claudio Bontorim
sábado, 6 de fevereiro de 2010
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