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segunda-feira, 6 de junho de 2011

A gentileza como obrigação? Não!

Às vezes, nos acostumamos com tanta falta de educação e de cidadania, que nos surpreende a gentileza e o espírito coletivo. O respeito ao direito do outro. E, sobretudo, o servir voluntário daquele que sabe que está fazendo o bem e sente prazer nisso. O simples ato de parar antes de uma faixa de pedestre, numa rua qualquer, para esperar alguém atravessá-la, virou artigo de luxo. E quando alguém para, o que vem do lado passa com tudo, pouco se importando quem está atravessando. Se é uma mulher, uma pessoa idosa ou uma criança. O fato é que essa postura gentil, educada, de espírito público e voluntária, deveria ser uma regra do bom comportamento humano. Deveria ser prática cotidiana e passar imperceptível perante nossos olhos e aos olhos de todos. E não nos causar espanto. Pela falta de espaço na agenda de uma maioria de apressados sem causa, entretanto, o que deveria ser um ato nobre passa a ser uma atitude pobre. Daí a causar admiração e até provocar comentários elogiosos. Estamos, cada vez mais, nos acostumando com os mal-educados e procurando aqueles de bom comportamento!

Simples, mas...
Na semana passada, ao sair pela manhã da garagem do meu prédio - que fica em um cruzamento perigoso e onde não se respeita o semáforo de pedestre - um caminhão estava deixando uma caçamba tira-entulho no local. O motorista do caminhão parou o que estava fazendo e se postou na rua e, na hora em que o movimento diminuiu, deu o sinal para eu sair da garagem e atravessar a rua. Sem perigo.

...bem educado
E um comportamento que deveria estar na consciência de cada um, acabou por se tornar um ato que me chamou a atenção, inclusive a ponto de comentar com meu filho. “Às vezes encontramos pessoas gentis e que estão dispostas a ajudar e promover as boas ações cotidianas”. Comentei. É evidente que ele concordou. Triste mesmo é ter que descrever esse tipo de situação. Mas é preciso reinventar a gentileza!

Ação ambiental
É preciso que a iniciativa de acabar com as sacolinhas plásticas em supermercado seja cada vez mais difundida. Que o cidadão atente para sua importante contribuição em defesa do meio ambiente. Que tenha uma sacola retornável e que se utilizem, também, as caixas de papelão que os próprios supermercados disponibilizam a seus clientes. A natureza, o Planeta e as futuras gerações agradecem!

Estado unilateral
O governo de SP sempre tem uma resposta pronta para tudo. Na questão das 500 consultas canceladas do AME de Limeira - cujas instalações a prefeitura entregou ao Estado - não é diferente. Fico ainda, com a primeira versão da história, publicada nesta Gazeta na quinta-feira, dia 2, em matéria da jornalista Renata Reis. A versão do Estado, publicada na sexta 3, não explicou. É mais uma faceta do descaso do governo Alckmin para com Limeira.

Pergunta rápida
Quando Limeira terá um líder político de fato, que faça com que o município seja respeitado e atendido em suas necessidades?

Pare! Ou... siga...
Parece que os semáforos da região central começam a dar sinal de vida inteligente. Alguns corredores já estão com os fluxos racionalizados. Estou de olho!

Repercutiu bem
Minha receita de quiabo com creme de leite, publicada aqui nesta coluna, fez sucesso. Recebi e-mails, telefonemas e tive até mesmo conversas pessoais, com amigos e leitores - alguns dos quais não conheço pessoalmente - mas me garantiram que vão tentar fazer o prato. Pessoas, evidente, que gostam de quiabo. Interessante como, às vezes, algo despretensioso provoca tantas discussões. Culinária é, de fato, um assunto fascinante. Para quem gosta, então...

Assim que tiver
A próxima receita que criar, prometo, será publicada também. Não vou publicar receita pronta. Essa arte depende de inspiração.

Se você quer ler
Um relato doloroso de um dos períodos mais negros vividos pelo Brasil e pelos Brasileiros: a ditadura militar ocasionada pelo golpe de 1964, que matou opositores ao regime, calou a imprensa e torturou sem dó nem piedade. O período contemplado é de 1964 a 1979. São mais de 700 processos em pesquisa de um grupo de especialistas, que durou oito anos até sua conclusão. Estou falando do livro Brasil - Nunca Mais, do arcebispo de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, lançado pela Editora Vozes em 1996, com 312 páginas. Um dos trabalhos mais contundentes sobre a repressão e tortura que se abateram sobre o Brasil no período pesquisado. Vale a pena uma leitura atenta. É um grito contra todas as formas de cerceamento às liberdades individuais.

Eu Recomendo!
Filme da semana tem em Glenn Ford seu grande astro. Mais um da década de 50, entre os que já recomendei por aqui. Hoje é a vez de Os Corruptos (The Big Heat – EUA, 1953) com direção de Fritz Lang. Traz no elenco, também, além de Ford, Gloria Grahame, Jocelyn Brando, Alexander Scourby, Lee Marvin, Jeanette Nolan, entre outros. Glenn Ford é um detetive da polícia extremamente honesto, que fica sabendo que outro detetive cometeu suicídio. Ao conversar com a viúva, ele fica sabendo que ele ficou muito deprimido após saber que era um doente terminal. Porém, a amante do morto tinha outra história para contar, envolvendo uma complexa trama de corrupção no departamento de polícia e até mesmo o próprio chefe. Aí começa uma trama policial de desfecho imprevisível. Um filme até de certa forma inocente, pois mostra que os corruptos sempre se dão mal. Boa diversão!

Frase da semana
“Só somos livres de verdade quando temos informação”. Do promotor público Alexandre Rocha de Moraes, assessor da Procuradoria de Justiça do Estado, durante palestra na audiência da Promotoria Comunitária de Limeira. Na quarta-feira, dia 1º, na Gazeta.

Antonio Claudio Bontorim

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