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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Educação, a mãe do desenvolvimento

Um dos pilares que sustentam o desenvolvimento de um país, estado ou município, a Educação - com E maiúsculo, sim! - é um dos calcanhares de aquiles dos administradores públicos, desde o governo federal até os municípios, passando por todos os estados da Federação. Nem presidente da República, governadores de estado ou prefeitos têm se dado ao luxo de fazer da Educação a chamada prioridade de grau “zero”. Ou seja, a primeira de todas elas. As confusões que vêm permeando o Enem, livros didáticos mal escritos e com erros, atordoam o Ministério da Educação; a maldita progressão continuada no Estado de São Paulo, que empurra o aluno de série, para garantir bons índices de avaliação, é um câncer que cresce a cada dia, aliada à pouca valorização do professor, é uma dívida impagável, que o governo paulista tem com sua população há quase 20 anos. E no município, a base de tudo, a Educação Infantil, vive o dilema da falta de vagas em creches. Aqui em Limeira o governo municipal compra casas e mais casas para essa finalidade, mas o déficit continua. E com o Ministério Público cobrando muito.

Triste capítulo
E o descaso é tanto, que o secretário da Educação, Antonio Montesano Neto, diz e se contradiz com facilidade, conforme mostrou reportagem desta Gazeta na semana passada. Em matéria do dia 8, a promotora Regina Helena Furtado contestou, mais uma vez, o secretário. Entre 30 e 40 mães, que o MP atende mensalmente, vão em busca de vagas em creches. São os números. Frios e comprovados.

Desconheço...
...mas conheço. Numa semana Montesano disse desconhecer os números apresentados pelo MP. Confrontado, na seguinte, afirmou que “tornou público esse déficit aos meios de comunicação”. São, hoje, 1,5 mil vagas a menos para atender à demanda. Quer zerar esse décifit até 2012. Se vai conseguir, penso que nem ele sabe, embora tenha capacidade para isso. E a Educação continua na berlinda. Já na base!

De novo, não!!
Escrevi, recentemente e por ocasião do tsunami no Japão entre outros temas mundiais, que às vezes temos uma mídia de foco único. Quase regra. Foi assim também - em menor intensidade, porém - com a possível morte de Bin Laden. E, agora, aqui no nosso Brasil, com o caso envolvendo a história do enriquecimento do agora ex-ministro, o petista Antonio Palocci. Foram mais de 20 dias de martelação, até sua saída. E, de repente, a notícia sai dessa mesma mídia, como se nunca tivesse existido. O assunto morre, assim como morre o interesse da própria oposição sobre o assunto!

Foco oportuno
Isso leva a um outro ponto interessante e não menos curioso. A existência da oposição calcada apenas nos imbróglios da situação. Ou seja, PSDB, DEM e PPS amarram-se apenas nesses episódios, envolvendo figuras do governo federal petista. Foi assim no mensalão e no governo Lula e agora, da mesma forma no governo de Dilma Rousseff. Dá a impressão de que a oposição não tem projeto e nem conteúdo e sobrevive apenas desses escândalos midiáticos. Talvez esteja aí a resposta à dificuldade em chegar forte às urnas. O País em segundo plano. A política, sempre em primeiro.

Acertou o alvo
A previsão do secretário da Saúde, Gerson Hansen Martins, sobre uma nova epidemia de dengue em Limeira, agora em 2011, foi um tiro certeiro. Já passam dos dois mil casos e só estamos no primeiro semestre. Ainda não se tem notícia, pelo menos oficialmente, de nenhum caso de morte por dengue hemorrágica na cidade.

Como? Por quê?
Se havia previsão dessa explosão da dengue em Limeira, e da própria Secretaria da Saúde, é preciso tentar entender por que essa nova epidemia não foi contida.

Pergunta rápida
Quantos políticos locais irão ao lançamento do Limeira Ficha Limpa, da OAB, no próximo dia 21?

Se você quer ler
Já que tratei de poesia na coluna de quinta-feira, ao citar versos da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, vou sugerir agora uma nova leitura. Desta vez, do sempre citado Pablo Neruda. Um dos maiores da literatura latino-americana. Um dos meus preferidos em minha biblioteca: Canto Geral (Canto General, no original em espanhol), que teve sua primeira edição publicada no México, em 1950. São mais de 450 páginas de um “grande poema épico de louvor à América Latina em quinze cantos”. Neruda, mais que ninguém, soube cantar a América e as necessidades de liberdade, amor, sonho, luz e noite que cada homem carrega dentro de si. Sem dúvida uma obra-prima, que merece ser lida. Sempre.

Eu Recomendo!
Um grande clássico do mestre do suspense Alfred Hitchcock é minha indicação de hoje para quem gosta de um bom filme. Trata-se do filme Ladrão de Casaca (To Catch a Thief, EUA - 1955), que traz no elenco a belíssima Grace Kelly e mais Cary Grant, Jessie Royce Landis, John Williams, Charles Vanel Bertani, Brigitte Auber, Jean Martinelli e Georgette Anys. Narra a trajetória do ex-ladrão de joias, John Robie, conhecido como ‘Gato’, principal suspeito de uma onda de roubos de joias na Riviera Francesa. Com medo de voltar para a cadeia, já que alguém deseja culpá-lo pelos crimes, Robie parte atrás do verdadeiro culpado. Quando conhece a bela Frances Stevens, decide utilizar as joias de sua mãe como isca para prender o verdadeiro ladrão. 106 minutos.

Frase da Semana
"Se o PT virou dor de cabeça, tomaremos Novalgina". De Ideli Salvatti, nova ministra das Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff., para quem ninguém pode colocar interesses pessoais acima dos interesses do governo. Ontem, 11, na Folha.com - Poder

Antonio Claudio Bontorim

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