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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vai ou não....
...vai? Há muita gente estranhando a lentidão das obras do terminal de ônibus urbano, entre o Viaduto Antonio Feres e a Estação Rodoviária, em frente do Senac. De importância para o desafogo da Praça Coronel Flamínio e para o sistema de transporte público municipal, ela não pode se tornar panfleto eleitoral.

E vem 2012 aí!
Há quem garanta que o novo terminal vai ser levado em banho-maria até o ano que vem. Só para lembrar: 2012 é ano de eleições municipais...

Meio ambiente
Com a intensificação das temperaturas mais baixas, o clima fica cada vez mais seco - o que é natural no inverno brasileiro - e os riscos das tradicionais queimadas aumentam bastante, provocando desconforto respiratório nas pessoas alérgicas e não alérgicas também. É preciso consciência da população contra esse tipo de atitude, que muitos confundem com limpeza.

O perigo é real
A ação dos piratas virtuais, chamados crackers - não são hackers, não! - está assustando muita gente. O espectro dos crimes cibernéticos está cada vez mais visível!

Já foi atacado?
No site da Gazeta, tanto no atual como no novo, há uma enquete sobre o tema para saber quantos já foram vítimas de invasão em seus computadores. Para votar, basta acessar www.gazetadelimeira.com.br e no novo site é só se cadastrar, gratuitamente, para receber o conteúdo do jornal.

Português claro
A palavra é um pouco feia. De sonoridade duvidosa, mas atual. Estou falando do verbo transitivo direto defenestrar. Segundo do dicionário Houaiss da língua portuguesa, defenestrar significa atirar (alguém ou algo) janela afora, violentamente; dar cabo de (alguém), se livrar de alguém (politicamente); demitir expressamente, marginalizar, alijar.

A última de hoje
A Câmara Municipal de Limeira está parecendo departamento médico de clube de futebol em fim de temporada.

Antonio Claudio Bontorim

terça-feira, 28 de junho de 2011

Quando o vandalismo é puro ato de burrice

Pichar. Danificar. Ou simplesmente destruir um bem público, é muito mais que vandalismo. É puro ato de burrice daqueles que o praticam, cujas consequências vão além da simples mostra de poder ou da vontade oculta de cada um, que vê nesse tipo de ação uma forma de protestar, às vezes, contra o mau funcionamento de algum serviço. Os exemplos mais comuns são bancos em praças, assentos em abrigos de ônibus, placas de sinalização de trânsito, coletores de lixo em vias públicas e, o pior de todos eles, os telefones públicos. Os conhecidos orelhões, que foram alvo de matéria na edição do último domingo da Gazeta.
Muito bem conduzida pela jornalista Kelly Camargo, a reportagem mostra bairros inteiros à mercê de uma horda de inconsequentes, que não consegue vislumbrar, que lá na frente eles próprios podem ser as vítimas de seus próprios atos e, a partir da necessidade ou emergência qualquer, privar-se de um socorro porque o telefone público não funciona. Quem sabe aí sintam os reflexos, e na própria pele, dessas ações. A maioria delas por maldade ou em disputas, para ver quem tem mais coragem. Nesse caso, que prima mais pela covardia.
O usuário comum, aquele que às vezes depende desse serviço - ou por falta de sinal de telefones celulares - reclama e se irrita. E com razão. Não compreende a razão de quem descarrega sua raiva, trazendo prejuízos à população. Às vezes, num impulso impensado, temos necessidade de descarregar nossa carga emocional em algo ou alguém que nos incomoda. É do ser humano a reação inesperada, que pode machucar ou até mesmo destruir, mas injustificada e criminosa, quando chega ao nível mostrado na manchete de domingo desta Gazeta. A ninguém é dado o direito de usurpar do bem comum, expondo sua ira de forma a prejudicar seu semelhante.
Uma situação, que reflete bem a falta de opção para ocupar crianças, adolescentes e jovens - até mesmo adultos -, que não têm oportunidades ao lazer de boa qualidade e até mesmo educação, que garantam o bem-estar, dando um fim à ociosidade, que é uma grande oficina do malfazer. É nesse ponto que entra a obrigação do poder público em assegurar alternativas positivas, para preencher com atividades sadias um maior número de pessoas, para que não se deixem levar por caminhos tortuosos, cujos resultados são imprevisíveis. Muito já se falou sobre a incapacidade desse poder público em gerir tais necessidades, que pode muito bem ser traduzida (a incapacidade) em falta de vontade política para agir. Uma coisa é consequência da outra.
Aquela faxina
Agora é para valer. Desde quarta-feira já está ocorrendo a coleta de assinaturas para o projeto de iniciativa popular em relação ao Ficha Limpa. A população precisa se mobilizar, assim como os idealizadores do projeto, para dar um basta à farra política. O projeto do Executivo já tem vício na origem. O vício político.

Não sei de nada
A história das fraudes nos plantões em hospitais estaduais é muito mais antiga que se pode imaginar. Vêm de 2005 e devidamente anotadas em relatórios e diários médicos. Comprovadas e levadas a instâncias superiores. Ou seja, ao primeiro escalão do governo. Parece que imitaram Lula. Poucos Sabiam Dessa Bandalheira.

Voando penas!!
Lembram-se da célebre frase do então presidente Lula no auge do mensalão? “Eu não sabia de nada”... Pois é, os tucanos do goveno paulista “lularam”. E, durante seis anos, plantões milionários foram pagos em hospitais a médicos que deveriam cumprir horário, mas nem apareciam para trabalhar. Um dia é da caça, o outro...

Mais uma vez....
...o pedestre vai acabar no prejuízo. O estreitamento da calçada, na Rua Tiradentes, para um pretenso corredor de ônibus é inócuo. Os 50 centímetros não farão diferença se outras medidas não forem tomadas. A primeira delas, há muito tempo, diga-se, seria a proibição de estacionamento em ambos os lados.

Ação e reação
Nunca vi atitude de vilania ficar impune. A mesma ação que faz calar a crítica é um tiro pela culatra e o algoz acaba virando a vítima. Tenho dito!

Português claro
A palavra de hoje é plágio. Segundo do dicionário Houaiss da língua portuguesa, plágio é um substantivo masculino que significa ato ou efeito de plagiar; apresentação feita por alguém, como de sua própria autoria, de trabalho, obra intelectual, etc., produzido por outrem. No popular, roubo de ideia mesmo!

A última de hoje
As concessionárias de serviços públicos estão abusando dos clientes. A livre concorrência fez aumentar a gama de operadoras na telefonia, na eletricidade, entre outros serviços. Ponto positivo. A fiscalização das agências reguladoras é que ainda é precária. E em alguns casos, política. O consumidor ainda é o elo mais fraco.

O povo tem força; basta saber usar!

Apesar de todos os desmandos de administradores públicos e agentes políticos, quando seus interesses se baseiam na promoção pessoal, o povo tem parcela preponderante de força para provocar mudanças, mostrando insatisfação e agindo por intermédio da imprensa, quando esta está, definitivamente, disposta e a serviço do bem coletivo. A notícia da revogação, por parte da Prefeitura, da licitação para a construção daquela torre panorâmica, de R$ 15 milhões, que antes de sair do papel já havia chegado aos R$ 18 milhões, publicada por esta Gazeta, é uma prova concreta e irrefutável da pressão popular. Pressão que resultou até num inquérito aberto pelo Ministério Público (MP), para apurar tais custos, que vinham sendo muito criticados, uma vez que o município tem prioridades outras, que vão muito além de um mirante com características de obra faraônica e desnecessária. As críticas iam se sucedendo e a imprensa dando vazão a essas cobranças, questionando o poder público de forma tão veemente, que o prefeito Silvio Félix (PDT) anunciou, oficialmente, a revogação da licitação. O MP foi peça-chave nessa decisão.

Informar tudo
Cumpre, nesse processo, o fundamental papel da mídia - eletrônica e impressa - no bem informar da população. É quando a cidadania vem à tona, com a participação, cada vez maior, de homens, mulheres e jovens, que procuram a sustentação necessária nos meios de comunicação para expor suas necessidades e as da comunidade onde vivem; onde criam raízes. Uma interação salutar para o chamado bem comum.

Formar opinião
Outra função, cada vez mais em evidência, é a mídia formadora de opinião. Se já tinha esse papel a desempenhar desde sua criação, agora mais do que nunca, a imprensa tem obrigação nesse sentido. É cada vez mais patente a necessidade de os jornalistas de opinião intensificarem seus escritos em tal linha. Com a força investigativa que o MP vem demonstrando, é preciso divulgar os resultados desse trabalho. Sim!

Novos rumos...
Se em 2010 o Twitter foi ferramenta importante nas campanhas políticas dos candidatos, a conhecida rede social pode ganhar novos contornos (já está ganhando, diga-se) para o ano eleitoral de 2012. Os debates e discussões dos “tuiteiros” vêm ganhando força e só fazem a rede crescer, no tamanho e na qualidade das trocas de ideias e temas discutidos. Forma-se um verdadeiro círculo, cuja interação está nas conversas e nos “RTs” (retweeted, na sigla em inglês), que alcançam mais e mais pessoas. Interessante e, com certeza, bastante democrático. Vai servir para varrer definitivamente muitos “fichas sujas” das disputas eleitorais.

Trocando o barco
Indícios de troca-troca na política local podem agitar os próximos dias de partidos políticos em Limeira. Há quem garanta que pesos-pesados podem estar de mudança. Tudo em nome da oposição. Não sou dado a futurologia, mas são justamente fontes não ligadas à política que fazem tais confidências. E confiáveis!

Data importante
A Apae Limeira completa, amanhã, 45 anos de existência, como referência em prevenir as deficiências e promover a inclusão e bem-estar do deficiente intelectual. Foram 5.500 atendimentos neste período e uma revolução à época, naquele 1966, quando médicos diagnosticavam aos pais para não esperarem muito de seus filhos nessas condições. Hoje a inclusão na sociedade e no mercado de trabalho é uma das mais visíveis características das Apaes. E a de Limeira também se enquadra nessas características. Por isso, a data merece ser lembrada e comemorada. Na terça, dia 28, haverá comemoração na sede da entidade em Limeira.

Pergunta rápida
Você já assinou o projeto de iniciativa popular “Limeira Ficha Limpa” para banir da política os políticos e agentes públicos condenados pela Justiça?

Se você quer ler
Um livro repleto de odores e sabores. Tudo ao gosto de nossa origem, lá no país da bota. Pelo menos da minha origem. E para ler com calma, deliciando-se com paisagens imaginárias descritas pela autora e com alguma receitas de “la cucina italiana”. Estou falando de Mil Dias na Toscana (Editora Sextante, 2010), da chef de cozinha e crítica gastronômica Marlena de Blasi. Casada com um bancário veneziano, o casal deixa a tranquilidade e estabilidade em Veneza e rumam para um pequeno vilarejo na Toscana, onde recebem as boas-vindas dos vizinhos, que se oferecem para ajudar na mudança. O livro é, literalmente, apetitoso. A autora, além de dois livros sobre culinária italiana, Marlena desfila sua paixão pela Itália em dois outros livros: Mil dias em Veneza e Um certo verão na Sicília.

Eu Recomendo!
Um dos episódios mais sombrios da história recente do terror, o filme que recomendo hoje mostra um Estados Unidos abalado. Estou falando de As Torres Gêmeas (World Trade Center – EUA, 2006), dirigido por Oliver Stone. Um drama que conta com Nicolas Cage, Michael Pena, Maggie Gyllenhaal, Maria Bellom, entre outros, e relata o 11 de setembro de 2001 e a vida de um integrante do Departamento da Polícia Portuária, de um sargento, veterano do Departamento e alguns colegas de trabalho, durante o ataque terrorista ao World Trade Center. Toda a equipe do Departamento é convocada com urgência ao local do ataque. Enquanto a primeira equipe a entrar na torre não atingida é composta por 5 homens, tentando ajudar os sobreviventes da torre em chamas, um segundo ataque terrorista atinge exatamente esse prédio. Duração 129 min.

Frase da semana
“Ficha limpa me parece tão óbvio, que não haveria necessidade de lei”. Luiz Augusto Barrichello Neto, juiz da Segunda Vara Criminal de Limeira, ao comentar sobre os projetos que obrigam o postulante a cargo público e político a não ter condenação na Justiça. Quarta-feira, 22, na Gazeta.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Trocando os votos por algemas

Atende pelo nome de Jorge Roberto Pagura o mais recente escândalo, envolvendo primeiros escalões de governos recém-empossados. Atinge em cheio a administração Geraldo Alckmin (PSDB). Explico: Pagura, médico de profissão - e conceituado, diga-se - secretário de Esportes do governo tucano paulista, foi denunciando pelo Ministério Público, num gigantesco esquema de fraudes, envolvendo o Hospital Regional de Sorocaba. Médicos, dentistas e outros profissionais estavam recebendo verdadeiras fortunas por plantões e atendimento à população, que nunca chegaram a dar. Os plantões extrapolavam, em horas, a matemática e a lógica da possibilidade, dentro de um dia, semana e mês. E vinham no contracheque de cada um dos envolvidos - 12 foram presos - que assinavam seus pontos a distância. Ou então não assinavam, mas tinham quem assinasse. Segundo o esquema, todos trabalhavam, atendiam no hospital, porém as filas de pacientes cresciam. Gente com problemas de toda sorte à espera de socorro, enquanto a maioria atendia em luxuosos escritórios da capital paulista. Nem a Sorocaba iam.
Essa situação nos remete ao recente escândalo envolvendo o governo federal e o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que acabou pedindo demissão após forte pressão política e da mídia. Pagura resistiu menos. Apenas à exposição em horário nobre, no Fantástico, mas segundo nota do governo estadual, Alckmin já havia aceitado sua demissão na tarde do mesmo domingo, antes de a matéria ir ao ar. Tristes histórias de um enredo só. Como de um enredo só também são os escândalos envolvendo a prefeitura de Campinas e o staff do prefeito Hélio da Costa Santos (PDT). Improbidade na gestão de seus governos, dando vazão à ganância de alguns gestores públicos, que têm nos cargos que ocupam total facilidade em agenciar propinas e garantir lucros e dividendos além daquilo que recebem legalmente.
Limeira tem estado às portas de situações parecidas, envolvendo contratos milionários de prestadores de serviços ou fornecimento de material. Todos eles também investigadas pelo MP, que não tem medido esforços para abertura de inquéritos - a maioria transformados em ações civis públicas - contra o Poder Executivo, para apuração de possíveis desvios ou propinagem. Além de nomeação, em cargos do alto escalão, de pessoas com condenações na Justiça e até ficha corrida criminal. Não há detergente suficiente que consiga limpar tais fichas. Mas a persistência no erro em dar espaço a apadrinhados ou apoiadores de última hora fala mais alto que qualquer interesse público. Aí fica a iminência de o espetáculo de operações policiais aportar por aqui. A qualquer momento. A política está virando caso de polícia!

Antonio Claudio Bontorim

Atenção redobrada no trânsito amanhã

A concessionária Foz do Brasil começa, amanhã, uma nova etapa da coleta e tratamento de esgotos em Limeira, com o primeiro trecho da obra de implantação de coletores próximos ao Mercadão. O motorista que costuma trafegar por aquela região terá que encontrar rotas alternativas pelos próximos 15 dias, uma vez que o trânsito será interditado em dois quarteirões da Rua Capitão Bernardes e Silva, entre as ruas Presidente Roosevelt e Senador Vergueiro. O alerta é importante à medida que se sabe que, quando há esse tipo de interdição de ruas na região central o trânsito fica lento e complicado. Procurar rotas alternativas e evitar a baixada do mercado é uma recomendação que se faz nesse sentido. Esta Gazeta já vem alertando para o início das obras há várias semanas, justamente para prevenir e deixar a população atenta às necessidades de se evitar aquele trecho. A atenção é necessária, pois evitará transtornos a todos. E quanto mais o motorista estiver consciente dessa necessidade, menos complicado será para todos. Mesmo porque se trata de um corredor de tráfego intenso. Então, vamos colaborar!

Já que o tema...
...é o trânsito, as motos continuam a ocupar espaço reservado para veículos no centro da cidade, complicando a vida de quem precisa estacionar. Na véspera do dia dos namorados, por exemplo, em que o comércio ficou aberto até ás 18h, só no quarteirão da Senador Vergueiro entre a Barão de Cascalho e Barão de Campinas, quatro vagas de veículos estavam ocupadas por motos. Fiscalização? Nenhuma!

Educação zero!
Dias destes estava circulando no Centro da cidade, pela manhã, buscando uma vaga para estacionar. Ia fazer serviços bancários. Quando finalmente encontrei a vaga, justo na Barão de Campinas - e era apenas uma - adiantei o veículo para dar ré e estacionar, quando simplesmente um motoqueiro sem se importar com a manobra que fazia, jogou sua moto no meio dela. E saiu sorrindo, sem a mínima compreensão.

Abandono real
Que a cidade vive uma onda de abandono é notório. Basta circular um pouco mais pelos bairros para se perceber que a ausência do poder público, que conta com serviços terceirizados para limpeza e varrição. E de sinalização das ruas, ete., etc., etc.,...É, por exemplo, o caso de uma das pracinhas que considero mais charmosa de Limeira. De dar pena. E de fazer o velho Adão Duarte virar em sua tumba. Bancos sujos, canteiros de mato em vez de grama ou flores além do lixo espalhado pelo chão. E olha que ela é pequena e não deveria ser difícil sua manutenção em condições normais. É triste. E lamentável!

Saco de farinha
Campinas teve, neste semana, um “dia de Limeira”. Foi na terça-feira, 14, durante votação na Câmara de lá, pelo afastamento do prefeito Dr. Hélio (PDT) do cargo para investigações de envolvimento de seu primeiro escalão em escândalos de corrupção. Apesar a mobilização popular, o pedetista venceu o round político e manteve-se no comando da Prefeitura. Apesar de todos os indícios encontrados nas investigações do Ministério Público. Lá, como cá, o que vai resolver, mesmo, é justamente a ação dos promotores e da Justiça. Como aliás já está acontecendo. O caminho é mais demorado, porém o resultado é efetivo e não há tráfico de influência e nem de interferências nas esferas de poder. E o MP não vai parar por ai não. As máscaras vão cair, mais cedo do que imaginamos!

É de mão única
O processo de informatização da Justiça caminha no sentido do progresso. Em que pese o atraso corporativo de entidades que deveriam estar engajadas nesse processo, como a OAB, por exemplo. Estou falando das audiências entre réus, advogados, vítimas, testemunhas e o Poder Judiciário por videoconferências. Não dá mais para reverter e nem frear esse avanço. Uma boa iniciativa, que chega a Limeira. Já aprovada pelo TJ-SP só resta a confirmação da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Em três meses o Fórum deverá ser seu ponto instalado. Àqueles que torcem o nariz para esse tipo de progresso é bom que se conscientizem que não há mais lugar para o atraso em tempos de comunicação on-line e em tempo real. O trem já está nos trilhos, não há como pará-lo!

Pergunta rápida
De quem estão querendo limpar a ficha?

Se você quer ler
Como já sugeri neste espaço o livro “Brasil: Nunca Mais”, sobre a história da repressão política e tortura no Brasil, hoje vou recomendar um outro. Desta vez é Tortura: a história da repressão política no Brasil, do jornalista Antonio Calos Fon, de 1979, publicado pela editora Global, de São Paulo. Trata-se de um trabalho jornalístico de cerca de cinco meses realizado por Fon para a revista Veja, na qual trabalhava, sendo publicadas duas matérias em 1979 na revista, em nove páginas. Alguns meses depois Aton Fon Filho, como era conhecido, transformou o material em livro, com a íntegra do material colhido por ele durante a produção da reportagem e que não foi possível publicar à época. Li o livro nos anos 80. É um retrato fiel dos chamados porões da ditadura e das sequelas por ela deixadas.

Eu Recomendo!
Hoje é dia de cinema nacional por aqui. E daqueles que ninguém se esquece. Pelo menos quem já assistiu. Trata-se de Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), do incomparável Glauber Rocha, que traz no elenco Geraldo Del Rey, Yoná Magalhães, Maurício do Valle, Othon Bastos, entre outros. Conta a trajetória de um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta por um coronel e acaba matando-o. Perseguido por jagunços e foge com sua esposa e se junta aos seguidores de um beato, que promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo místico e ritual. Ao presenciar a morte de uma criança a mulher do vaqueiro mata o beato, quando um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários, que extermina os seguidores do beato. 125 min. P&B.

Frase da semana
"O povo foge da ignorância. Apesar de viver tão perto dela". Trecho da letra da música Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho.

Antonio Claudio Bontorim
De volta ao lar
Documentos inéditos sobre a ditadura militar, que estavam no exterior, voltam ao Brasil. Chegaram na terça-feira, 14, vindos do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), entidade ecumênica com sede em Genebra e do Center for Research Libraries, de Chicago. Fazem parte do projeto Brasil: Nunca Mais e reportam a ação de igrejas evangélicas como as Batista, Presbiteriana, Metodista e Adventista, que apoiaram a ditadura militar nos chamados anos de chumbo.

Nome aos bois
Nos documentos está registrado o apoio explícito dessas igrejas à tortura, delações e até existência de pastores torturadores. Com nomes, funções e à qual confissão religiosa pertenciam. Vai arrepiar templos e fé. De todas elas, apenas a Metodista reconheceu os crimes e pediu perdão pelos seus atos. As demais silenciaram!

Ainda é cedo...
...mas parece que a promessa do secretário Rodrigo Oliveira, dos Transportes, quanto aos semáforos, está sendo cumprida. O tráfego melhorou no centro e em algumas ruas a sincronização é quase perfeita. Melhor esperar mais resultados para não queimar a língua. O motorista, agora, é que precisa ser mais ágil na luz verde e não segurar filas distraído, falando ao celular e conversando com o passageiro do seu lado. Não adianta nada funcionr bem se o condutor não fizer a sua parte!

Esquecidos!!!
Por melhor que seja o marketing político do administrador público, ele não consegue esconder a realidade. A melhor prova disso são as reclamações que chegam à redação da Gazeta diariamente, dando conta do abandono em bairros, travessias, áreas de lazer, postos de saúde... Nesse caso não existe propaganda enganosa!

Português claro
A palavra de hoje é esquisita. Estranha aos ouvidos, mas tem um significado muito forte. Trata-se de peculato, um substantivo masculino, segundo Houaiss. Peculato é um termo jurídico e significa crime que consiste na subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda; abuso de confiança pública. Estamos entendidos, então?

A última de hoje
Pelo que entendi, o projeto da Ficha Limpa, enviado pelo prefeito Silvio Félix (PDT) à Câmara, será inócuo.Vai apenas varrer a sujeira para debaixo do tapete!

Antonio Claudio Bontorim

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Da quebra relacional ao assédio moral

Lendo o artigo “Bullying no ambiente de trabalho”, de Luis Marins, ontem, remeteu-me a uma notícia curiosa, bizarra e até mesmo preocupante. Uma pequena - porém incisiva - nota policial publicada no último dia 6, por esta Gazeta e que mostra, claramente, algumas predisposições nas relações de trabalho, nas quais um empregador, ao se julgar dono de seu empregado e de suas vontades, extrapola da racionalidade que sua posição exige e banca simplesmente um feitor de chicote nas mãos. A analogia é pesada demais, mas faz sentido! O caso aqui não é de bullying, como prevê Marins, mas poderia ser enquadrado como tal.
“Patrão ameaça funcionária por pedir demissão”. Este era o título da notícia, que em pouco mais de sete linhas, contava a história de uma vendedora ameaçada por pedir demissão do emprego. Pelo relato do boletim de ocorrência, lavrado pela mulher, o fato - grave - tem um significado simbólico, de quanto as relações trabalhistas ainda são complicadas, quando na realidade deveriam ser uma troca de serviços a uma recompensa por remuneração regulamentada, com livre arbítrio para ambos os lados. Em muitos casos, infelizmente, não o é! E esse é um exemplo típico, como muitos outros que viraram informação jornalística, em especial sobre trabalho escravo, envolvendo empreiteiros de mão de obra e migrantes. Ou até mesmo crianças. Não só nos rincões brasileiros, mas também em estados desenvolvidos, como São Paulo, que ainda registra esse tipo de ocorrência. Muitas em nossa região, envolvendo a colheita de laranja. E em Limeira, no setor de folheados, como mostrou a Gazeta no último dia 5, um dia antes da curiosa história da demissionária vendedora.
No caso da vendedora que pediu demissão, sobre a qual estamos tratando aqui, tem a função de ilustrar como esse tipo de enfrentamento é de difícil solução, quando não há uma aceitação, pura e simples, da necessidade de uns contra a vontade de outros. Mais que uma tentativa de ameaçar fisicamente, há uma clara e objetiva intimidação psicológica, o que é muito mais grave. Nas relações envolvendo patrões e empregados, há direitos e deveres para os dois lados. E é sobre esse foco, que tudo deve ser resolvido. Não há o porquê de o empregador subjugar o empregado ou o empregado fazer valer direitos com ameaças ou chantagens. Está na falta de inter-relação entre as partes a melhor definição desse processo delicado, pois envolve seres humanos e, por isso, conflitos às vezes inevitáveis. Confiança mútua é a melhor forma para se contornar tais crises. Eliminá-las é impossível. Tudo o que sair dessa esfera é quebra relacional. Um atalho para o assédio moral!

Antonio Claudio Bontorim

Educação, a mãe do desenvolvimento

Um dos pilares que sustentam o desenvolvimento de um país, estado ou município, a Educação - com E maiúsculo, sim! - é um dos calcanhares de aquiles dos administradores públicos, desde o governo federal até os municípios, passando por todos os estados da Federação. Nem presidente da República, governadores de estado ou prefeitos têm se dado ao luxo de fazer da Educação a chamada prioridade de grau “zero”. Ou seja, a primeira de todas elas. As confusões que vêm permeando o Enem, livros didáticos mal escritos e com erros, atordoam o Ministério da Educação; a maldita progressão continuada no Estado de São Paulo, que empurra o aluno de série, para garantir bons índices de avaliação, é um câncer que cresce a cada dia, aliada à pouca valorização do professor, é uma dívida impagável, que o governo paulista tem com sua população há quase 20 anos. E no município, a base de tudo, a Educação Infantil, vive o dilema da falta de vagas em creches. Aqui em Limeira o governo municipal compra casas e mais casas para essa finalidade, mas o déficit continua. E com o Ministério Público cobrando muito.

Triste capítulo
E o descaso é tanto, que o secretário da Educação, Antonio Montesano Neto, diz e se contradiz com facilidade, conforme mostrou reportagem desta Gazeta na semana passada. Em matéria do dia 8, a promotora Regina Helena Furtado contestou, mais uma vez, o secretário. Entre 30 e 40 mães, que o MP atende mensalmente, vão em busca de vagas em creches. São os números. Frios e comprovados.

Desconheço...
...mas conheço. Numa semana Montesano disse desconhecer os números apresentados pelo MP. Confrontado, na seguinte, afirmou que “tornou público esse déficit aos meios de comunicação”. São, hoje, 1,5 mil vagas a menos para atender à demanda. Quer zerar esse décifit até 2012. Se vai conseguir, penso que nem ele sabe, embora tenha capacidade para isso. E a Educação continua na berlinda. Já na base!

De novo, não!!
Escrevi, recentemente e por ocasião do tsunami no Japão entre outros temas mundiais, que às vezes temos uma mídia de foco único. Quase regra. Foi assim também - em menor intensidade, porém - com a possível morte de Bin Laden. E, agora, aqui no nosso Brasil, com o caso envolvendo a história do enriquecimento do agora ex-ministro, o petista Antonio Palocci. Foram mais de 20 dias de martelação, até sua saída. E, de repente, a notícia sai dessa mesma mídia, como se nunca tivesse existido. O assunto morre, assim como morre o interesse da própria oposição sobre o assunto!

Foco oportuno
Isso leva a um outro ponto interessante e não menos curioso. A existência da oposição calcada apenas nos imbróglios da situação. Ou seja, PSDB, DEM e PPS amarram-se apenas nesses episódios, envolvendo figuras do governo federal petista. Foi assim no mensalão e no governo Lula e agora, da mesma forma no governo de Dilma Rousseff. Dá a impressão de que a oposição não tem projeto e nem conteúdo e sobrevive apenas desses escândalos midiáticos. Talvez esteja aí a resposta à dificuldade em chegar forte às urnas. O País em segundo plano. A política, sempre em primeiro.

Acertou o alvo
A previsão do secretário da Saúde, Gerson Hansen Martins, sobre uma nova epidemia de dengue em Limeira, agora em 2011, foi um tiro certeiro. Já passam dos dois mil casos e só estamos no primeiro semestre. Ainda não se tem notícia, pelo menos oficialmente, de nenhum caso de morte por dengue hemorrágica na cidade.

Como? Por quê?
Se havia previsão dessa explosão da dengue em Limeira, e da própria Secretaria da Saúde, é preciso tentar entender por que essa nova epidemia não foi contida.

Pergunta rápida
Quantos políticos locais irão ao lançamento do Limeira Ficha Limpa, da OAB, no próximo dia 21?

Se você quer ler
Já que tratei de poesia na coluna de quinta-feira, ao citar versos da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, vou sugerir agora uma nova leitura. Desta vez, do sempre citado Pablo Neruda. Um dos maiores da literatura latino-americana. Um dos meus preferidos em minha biblioteca: Canto Geral (Canto General, no original em espanhol), que teve sua primeira edição publicada no México, em 1950. São mais de 450 páginas de um “grande poema épico de louvor à América Latina em quinze cantos”. Neruda, mais que ninguém, soube cantar a América e as necessidades de liberdade, amor, sonho, luz e noite que cada homem carrega dentro de si. Sem dúvida uma obra-prima, que merece ser lida. Sempre.

Eu Recomendo!
Um grande clássico do mestre do suspense Alfred Hitchcock é minha indicação de hoje para quem gosta de um bom filme. Trata-se do filme Ladrão de Casaca (To Catch a Thief, EUA - 1955), que traz no elenco a belíssima Grace Kelly e mais Cary Grant, Jessie Royce Landis, John Williams, Charles Vanel Bertani, Brigitte Auber, Jean Martinelli e Georgette Anys. Narra a trajetória do ex-ladrão de joias, John Robie, conhecido como ‘Gato’, principal suspeito de uma onda de roubos de joias na Riviera Francesa. Com medo de voltar para a cadeia, já que alguém deseja culpá-lo pelos crimes, Robie parte atrás do verdadeiro culpado. Quando conhece a bela Frances Stevens, decide utilizar as joias de sua mãe como isca para prender o verdadeiro ladrão. 106 minutos.

Frase da Semana
"Se o PT virou dor de cabeça, tomaremos Novalgina". De Ideli Salvatti, nova ministra das Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff., para quem ninguém pode colocar interesses pessoais acima dos interesses do governo. Ontem, 11, na Folha.com - Poder

Antonio Claudio Bontorim

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sugestão direta
Desvio em estrada de terra poeirenta. Aumento no percurso e maior consumo de combustível. A Prefeitura deveria isentar, nesse período de três meses, veículos com placas de Limeira e Cordeirópolis do pedágio. Uma forma de compensação pelo desgaste e aumento nos gastos veiculares. Não é uma boa ideia?

Canto da sereia
O Estado pediu o prédio do quase Hospital da Mulher para ser transformado em Ambulatório Médico de Especialidades (AME). Coisa do José Serra (PSDB) em época de campanha eleitoral à presidência. Ele alardeou durante horário eleitoral os mais de 40 AMEs implantados. O prefeito Silvio Félix (PDT) caiu no canto da sereia e pronto. Agora o Estado encerra convênio e AME é do Município. Está explicado por que ele não consegue ser eleito presidente. Bolinha de papel nele!

Sem eira, nem beira
Limeira perdeu a farmácia popular, do governo federal e vai assumir o serviço. O Estado deixou o município e a população a ver navios com o AME. Quem tem poder para agir e pressionar, brinca de ser político e vê apenas seus próprios interesses. Líderes de verdade, não temos. Deputados, nenhum. Então...

Português claro
Curta e grossa, com definição rápida. Estou falando da palavra otário, um adjetivo e substantivo masculino, segundo o novo dicionário Houaiss da língua portuguesa. Por otário diz-se de ou indivíduo ingênuo, tolo, inexperiente. Basta isso!

Da série poesia...
...brasileira: “Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida...”. Trecho da sublime Canção do Exílio, de Antonio Gonçalves Dias, que morreu em 1864 no naufrágio do navio Ville de Boulogne, na costa brasileira, quando ele retornava ao Brasil.

A última de hoje
A jornalista Gabriela Praxedes deixou a assessoria de imprensa da Santa Casa no último dia 7. Desde ontem, quem responde pelo contato com jornalistas é Margarete Pisani. Gabriela agradeceu aos jornalistas pela atenção dispensada à instituição no período em que esteve à frente do trabalho.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Palocci já está condenado. Sem julgamento!

Tenho acompanhado atentamente todas as opiniões sobre o caso envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, Antonio Palocci, e as suspeitas de enriquecimento ilícito, que pairam sobre sua cabeça. O caso, como começou, através de uma denúncia do jornal Folha de S.Paulo, por si só tem motivações que vão além da política partidária, chegando à institucional. Sem desmerecer a fonte - ou fontes - e a possibilidade de ter havido vazamento de informações sigilosas ou não, o tema requer cuidado no seu tratamento. Requer, além do próprio interesse da oposição em criar fatos bombásticos para minar o governo federal e o próprio PT (faz parte do jogo político; da própria democracia), uma investigação aberta. Com direitos iguais para acusação e defesa.
O que tenho percebido, e vou ser voz discordante da maioria das análises, é que há um julgamento prévio, no qual já instalaram um tribunal, acusaram, julgaram e condenaram sumariamente todas as ações do ministro, sem o direito da defesa, que o caso exige. Se o próprio ministro e o governo estão pecando no atraso às explicações e provocando ainda mais especulações, é uma outra história. Talvez até mesmo uma estratégia do próprio poder central para ganhar tempo e, com isso, esfriar o caldo. O que não acredito, uma vez que os principais órgãos de comunicação do País acenderam o fogo. E vão continuar soprando a brasa.
A entrevista de Palocci à Globo na semana passada - gravada - não foi uma boa estratégia. Até que ponto a própria emissora dos Marinho está bancando a defesa do ministro é uma incógnita. A verdade é que depois da exclusiva, foi tirado o pé do acelerador das denúncias e da própria cobertura desse envolvimento. O jogo político continua. É um círculo vicioso que não cessa nunca. E o único interesse em jogo, neste momento, é o político-partidário. Se alguém falar que há um interesse nacional, está mentindo. O que leva o caso ao patamar e semelhança do mensalão, em 2005. Inclusive envolvendo o titular do mesmo cargo.
As diferenças existem, mas a principal delas, talvez, seja o período das denúncias. No mensalão, foi às vésperas do período eleitoral. Agora, em início de mandato da presidente. Da mesma forma, o governo está relutante em afastar a autoridade denunciada. E também há resistência do próprio ministro em se afastar do cargo.
O curioso disso tudo é que a lição que se pode tirar do caso do enriquecimento ilícito de Palocci, entretanto, é incrivelmente a mesma - sem tirar e nem pôr uma vírgula - do caso envolvendo o então ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu, no mensalão: a execração pública pelo meio político. Palocci já está condenado!

Antonio Claudio Bontorim

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A gentileza como obrigação? Não!

Às vezes, nos acostumamos com tanta falta de educação e de cidadania, que nos surpreende a gentileza e o espírito coletivo. O respeito ao direito do outro. E, sobretudo, o servir voluntário daquele que sabe que está fazendo o bem e sente prazer nisso. O simples ato de parar antes de uma faixa de pedestre, numa rua qualquer, para esperar alguém atravessá-la, virou artigo de luxo. E quando alguém para, o que vem do lado passa com tudo, pouco se importando quem está atravessando. Se é uma mulher, uma pessoa idosa ou uma criança. O fato é que essa postura gentil, educada, de espírito público e voluntária, deveria ser uma regra do bom comportamento humano. Deveria ser prática cotidiana e passar imperceptível perante nossos olhos e aos olhos de todos. E não nos causar espanto. Pela falta de espaço na agenda de uma maioria de apressados sem causa, entretanto, o que deveria ser um ato nobre passa a ser uma atitude pobre. Daí a causar admiração e até provocar comentários elogiosos. Estamos, cada vez mais, nos acostumando com os mal-educados e procurando aqueles de bom comportamento!

Simples, mas...
Na semana passada, ao sair pela manhã da garagem do meu prédio - que fica em um cruzamento perigoso e onde não se respeita o semáforo de pedestre - um caminhão estava deixando uma caçamba tira-entulho no local. O motorista do caminhão parou o que estava fazendo e se postou na rua e, na hora em que o movimento diminuiu, deu o sinal para eu sair da garagem e atravessar a rua. Sem perigo.

...bem educado
E um comportamento que deveria estar na consciência de cada um, acabou por se tornar um ato que me chamou a atenção, inclusive a ponto de comentar com meu filho. “Às vezes encontramos pessoas gentis e que estão dispostas a ajudar e promover as boas ações cotidianas”. Comentei. É evidente que ele concordou. Triste mesmo é ter que descrever esse tipo de situação. Mas é preciso reinventar a gentileza!

Ação ambiental
É preciso que a iniciativa de acabar com as sacolinhas plásticas em supermercado seja cada vez mais difundida. Que o cidadão atente para sua importante contribuição em defesa do meio ambiente. Que tenha uma sacola retornável e que se utilizem, também, as caixas de papelão que os próprios supermercados disponibilizam a seus clientes. A natureza, o Planeta e as futuras gerações agradecem!

Estado unilateral
O governo de SP sempre tem uma resposta pronta para tudo. Na questão das 500 consultas canceladas do AME de Limeira - cujas instalações a prefeitura entregou ao Estado - não é diferente. Fico ainda, com a primeira versão da história, publicada nesta Gazeta na quinta-feira, dia 2, em matéria da jornalista Renata Reis. A versão do Estado, publicada na sexta 3, não explicou. É mais uma faceta do descaso do governo Alckmin para com Limeira.

Pergunta rápida
Quando Limeira terá um líder político de fato, que faça com que o município seja respeitado e atendido em suas necessidades?

Pare! Ou... siga...
Parece que os semáforos da região central começam a dar sinal de vida inteligente. Alguns corredores já estão com os fluxos racionalizados. Estou de olho!

Repercutiu bem
Minha receita de quiabo com creme de leite, publicada aqui nesta coluna, fez sucesso. Recebi e-mails, telefonemas e tive até mesmo conversas pessoais, com amigos e leitores - alguns dos quais não conheço pessoalmente - mas me garantiram que vão tentar fazer o prato. Pessoas, evidente, que gostam de quiabo. Interessante como, às vezes, algo despretensioso provoca tantas discussões. Culinária é, de fato, um assunto fascinante. Para quem gosta, então...

Assim que tiver
A próxima receita que criar, prometo, será publicada também. Não vou publicar receita pronta. Essa arte depende de inspiração.

Se você quer ler
Um relato doloroso de um dos períodos mais negros vividos pelo Brasil e pelos Brasileiros: a ditadura militar ocasionada pelo golpe de 1964, que matou opositores ao regime, calou a imprensa e torturou sem dó nem piedade. O período contemplado é de 1964 a 1979. São mais de 700 processos em pesquisa de um grupo de especialistas, que durou oito anos até sua conclusão. Estou falando do livro Brasil - Nunca Mais, do arcebispo de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, lançado pela Editora Vozes em 1996, com 312 páginas. Um dos trabalhos mais contundentes sobre a repressão e tortura que se abateram sobre o Brasil no período pesquisado. Vale a pena uma leitura atenta. É um grito contra todas as formas de cerceamento às liberdades individuais.

Eu Recomendo!
Filme da semana tem em Glenn Ford seu grande astro. Mais um da década de 50, entre os que já recomendei por aqui. Hoje é a vez de Os Corruptos (The Big Heat – EUA, 1953) com direção de Fritz Lang. Traz no elenco, também, além de Ford, Gloria Grahame, Jocelyn Brando, Alexander Scourby, Lee Marvin, Jeanette Nolan, entre outros. Glenn Ford é um detetive da polícia extremamente honesto, que fica sabendo que outro detetive cometeu suicídio. Ao conversar com a viúva, ele fica sabendo que ele ficou muito deprimido após saber que era um doente terminal. Porém, a amante do morto tinha outra história para contar, envolvendo uma complexa trama de corrupção no departamento de polícia e até mesmo o próprio chefe. Aí começa uma trama policial de desfecho imprevisível. Um filme até de certa forma inocente, pois mostra que os corruptos sempre se dão mal. Boa diversão!

Frase da semana
“Só somos livres de verdade quando temos informação”. Do promotor público Alexandre Rocha de Moraes, assessor da Procuradoria de Justiça do Estado, durante palestra na audiência da Promotoria Comunitária de Limeira. Na quarta-feira, dia 1º, na Gazeta.

Antonio Claudio Bontorim
Que saia justa
Manchete da Gazeta de ontem: "Limeira fica sem espaço para receber aeronaves". Ou seja, não há mais local para pousos e decolagens de aviões por aqui. O novo, decantado e prometido aeroporto "internacional", que o prefeito Silvio Félix (PDT) alardeou, ainda não saiu do chão. Está na terraplenagem.

É para irritar!!!
Limeira beira os 300 mil habitantes. São Carlos tem pouco mais de 200 mil e a Receita Federal aprovou estudos apresentados pela prefeitura daquele município para a internacionalização do aeroporto Mário Pereira Lopes e, agora, serão encaminhados os trâmites legais para a implantação da alfândega no local, o que significa um sinal verde para o início do fluxo de importação e exportação diretamente da cidade. Por aqui, só helicópteros. O Águia 2, da PM, por exemplo! É triste!

Quase 40 anos...
...depois, o ex-presidente do Chile, Salvador Allende, deposto e morto durante um golpe em setembro de 1973 naquele país, teve seu corpo exumado para saber se de fato se suicidou ou foi assassinado por militares golpistas. Aqui, os arquivos da ditadura ainda são tabu, que mesmo o governo petista teima em manter vivo.

Português claro
Palavra de uso equivocado, às vezes, mas sempre atual. E com muita valia nos dias de hoje. Estou falando de hipocrisia, um substantivo feminino segundo o novo dicionário Houaiss da língua portuguesa. Hipocrisia significa: característica do que é hipócrita; falsidade, dissimulação; ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções; fingimento, falsidade; caráter daquilo que carece de sinceridade.

A última de hoje
Em continuidade às comemorações dos 80 anos da Gazeta, vem aí o novo site. Com conteúdo exclusivo, que será disponibilizado a assinantes e não assinantes, mediante cadastro gratuito por 6 meses. Para ter acesso a esse conteúdo, o site atual, o Facebook e o Twitter da Gazeta estão disponibilizando o link http://www.gazetainfo.com.br/ para efetivação do cadastro.

Antonio Claudio Bontorim