Pages

domingo, 1 de maio de 2011

Sou contra, mas estava precisando!

Qualquer intervenção do Estado, sempre acreditei, é uma violência contra a economia de mercado. Que tem que se autorregular conforme a chamada lei da oferta e da procura. Assim como também repudio, quando esse mercado força a barra para poder aumentar o valor de um produto que está em baixa devido à grande oferta. O pior de todos os exemplos, porém, vem dos produtores de açúcar e álcool, os usineiros, que não só desvirtuam por completo o mercado ao seu bel prazer, como brincam com a seriedade, apenas para poder ganhar mais. E ganham. A variação para cima do preço do etanol é uma dessas desvirtuações. Tudo pelo aumento da produção do açúcar, que está com um preço imbatível no mercado externo. Produz-se mais açúcar e menos álcool. O preço sobe e os estoques baixam. Há tempos esse segmento do mercado está pedindo uma intervenção governamental, para que a própria economia nacional não se desmoralize. Agora parece que a presidente Dilma Rousseff resolveu agir e assinou medida provisória para tentar reverter essa situação. É intervenção. Mas é preciso!

Reclassificação
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Dilma assinou na quinta-feira uma medida provisória, reclassificando o etanol, que passaria de “produto agrícola” para “combustível”. Essa nova classificação abre espaço para que a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) regule a comercialização, a estocagem, a exportação e a importação do produto. Quem sabe assim os produtores do setor deixam a ganância de lado.

E azedou de vez
Na questão do açúcar, está se ganhando muito dinheiro com sua exportação. E além do aumento nos preços do etanol, alguns grandes produtores começam a descumprir contratos com clientes empresariais - indústria alimentícia e farmacêutica - que utilizam o açúcar em seus processos produtivos. Limeira já tem empresa afetada por essa relação fornecedor-cliente desigual. É preciso impor limite a essa voracidade!

Está no comando
A Santa Casa de Limeira tem novo provedor para o triênio 2011-2014. Trata-se de Antonio Eduardo Francisco, que conheço de longa data e que tem competência para o cargo. Que faça, como ele próprio disse, uma administração voltada para o social e, principalmente, consiga entender e aceitar críticas, quando acontecerem, sem ter que ameaçar e processar jornalistas. A crítica faz parte da vida de qualquer um. E vem sempre no sentido de construir. Só não entende quem não quer!

Se você quiser...
...ser bem atendido, ouça o que o telemarketing e vendas da Net têm a oferecer. “O melhor serviço, melhores planos, etc, etc”. Se você quiser ser mal atendido, tente você mesmo entrar em contato com o serviço de atendimento ao consumidor (SAC) da Net. Na terça-feira fiquei das 11h às 12h ao telefone (19-3119-3404) para esclarecer um dúvida. Tive que apelar ao 10261 para saber que o que tinham prometido para mim eram palavras ao vento. Ou melhor, ao telefone!

O consumidor?
Que se lixe! Conforme disse um deputado certa vez sobre a opinião pública. A lei do SAC não está mais servindo para nada. Operadoras de telefonia, serviços de vendas, reclamações, etc., não chegam nunca ao seu destino final. Mesmo com as chamadas “ouvidorias”. O serviço e a satisfação dos clientes são meros detalhes.

Exemplos reais
Como profissionais da mídia é importante que mostremos também exemplos de mau atendimento dos quais já fomos - ou somos - vítimas, para incentivar ainda mais os leitores a tomar posição de defesa e ataque ao mesmo tempo, para que os problemas que são empurrados com a barriga sejam resolvidos. Nem sempre conseguimos, mas o registro é uma prova da incompetência e falta de estrutura dessas empresas. Em especial no setor de telecomunicações.

Pergunta rápida
O que ficará pronto primeiro? O necessário aeroporto ou a torre de R$ 18 milhões?

Se você quer ler
Um dos livros que li durante minha vida escolar e o que mais me emocionou até hoje. Confesso que não me lembro da data, mas foi no início dos anos 70. Leitura escolar obrigatória, mas que para mim era um prazer. Estou falando de Barro Blanco, segundo livro de José Mauro de Vasconcelos (de Meu Pé de Laranja Lima, Coração de Vidro, Rua Descalça, Arraia de Fogo, etc). Nele o autor trata sobre as salinas de Macau, no Rio Grande do Norte. É um relato sobre a vida nordestina e narra os dramas e as alegrias de uma região assolada pela seca. A principal figura do livro é Chicão, homem rude e afeito àquela vida e de seus amores com Joaninha Maresia, seus tormentos e alegrias, e sua tragédia. Segundo livro de José Mauro de Vasconcelos e seu primeiro grande sucesso de crítica.

Eu Recomendo!
Assisti a este filme recentemente num dos canais pagos da TV. E vale a recomendação. Trata-se de O Quarto Poder (Mad City, EUA - 1997), sob a direção de Costa-Gravas. Com elenco de primeira: Dustin Hoffman, John Travolta, Alan Alda, Mia Kirschner, entre outros, além de Jay Leno e Larry King, interpretando a si próprios. Um repórter de televisão em baixa, mas que já foi famoso e respeitado, faz cobertura sem importância em museu de história natural, quando testemunha um segurança demitido pedir seu emprego de volta e, ao não ser atendido, ameaça a diretora da instituição com uma espingarda. Acidentalmente fere com um tiro acidental um antigo colega de trabalho. É a chance de o repórter voltar a se projetar e voltar a Nova York. Os fatos, entretanto, são manipulados pela imprensa e tudo sai do controle, pois apenas altos salários e índices de audiência contam. A verdade não é tão importante assim. Drama. 114 minutos de duração.

Frase da semana
“É preciso dividir responsabilidades quando o assunto é segurança pública”. Do delegado seccional, José Henrique Ventura, durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), ocorrida no dia 29, em crítica velada à omissão da Prefeitura em executar serviços básicos municipais. Ontem, na Gazeta.

Antonio Claudio Bontorim

0 comentários: