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segunda-feira, 16 de maio de 2011

O patrimônio histórico agradece!

Aos poucos o Palacete Levy, patrimônio histórico, arquitetônico e cultural de Limeira, vai ganhando cor e sua restauração começa a aparecer. Mais que uma injeção de beleza e renovação à Praça da Boa Morte, o trabalho que vem sendo feito merece elogios. Adquirido pelo Município no início dos anos 90, pelo então prefeito Paulo D’Andréa, comentava-se, à época, que ele estava prestes a ser demolido pelos proprietários. Área nobre a valorizada, estaria sendo preparada para receber um edifício. Com coragem e enfrentando críticas, D’Andréa desapropriou o imóvel que, de lá para cá, vinha sendo utilizado para o desenvolvimento da cultura em Limeira. Uma reforma aqui, outra pintura ali era tudo o que se fazia pelo conhecido “casarão”. Desgastado pelo tempo - sua construção data de 1876 - o Palacete Levy faz parte da história de Limeira e agora, mais que nunca, poderá contar um pouco desse passado, que faz parte da vida dos limeirenses. A ideia e que, ao final da restauração, ele chegue o mais próximo possível de sua originalidade. Inclusive na cor. Limeira precisa, de fato, preservar mais o seu passado!

A especulação...
...imobiliária já degradou muito o patrimônio arquitetônico de Limeira. Dos antigos casarões e sobrados no centro da cidade resta muito pouco o que fazer. A maioria foi reformada. Janelas e telhados trocados para virar loja ou outro tipo de empreendimento qualquer. Algumas fachadas importantes da “baixada da estação” merecem mais atenção do que vêm recebendo atualmente. Promessas? Há muitas!

Preservar é vida
A preservação da memória histórica é, sem dúvida, crucial à própria evolução humana, à medida em que a informação é carregada cada vez mais rápida aos quatro cantos do Planeta sem esforços. Daqui a pouco, caso não se documentem essas mudanças, mantendo-se vivo esse passado em cada mente, pode-se comprometer o futuro de toda uma geração, que precisa se identificar mais com sua própria história e origem.

Jornalismo fiel
Um primor de trabalho jornalístico, a investigação desenvolvida por Rafael Sereno sobre as obras atrasadas em Limeira, seus aditamentos e custos, publicada na edição da Gazeta da última quinta-feira, dia 12. O número apresentando, quase 60%, é alto demais e merece uma atenção especial do Ministério Público. Mostra que prometer demais está sempre a um passo do não fazer. E revela a fragilidade do sistema político, quando permite que agentes públicos transformem seus delírios em alavanca de sustentação para suas ambições. Vale a pena uma leitura atenta e crítica à matéria do jornalista. E com tanto atraso, a ideia da torre panorâmica do Morro Azul acabou virando motivo de chacota à administração pública municipal. Piada de mau gosto mesmo. Por ora, pelos menos, acabou!

Direito a opinar
A democracia permite que ideias e opiniões sejam debatidas aberta e livremente entre cidadãos de todos os níveis e camadas sociais. E cada opinião deve ser respeitada, mesmo que contrarie o bom senso e a racionalidade. Está ai o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e sua cruzada preconceituosa contra a diversidade cultural e sexual. Afinal opinião é opinião e pertence a quem emitiu. E quem não está preparado para isso, que abandone esse barco chamado democracia e enterre a liberdade de expressão nas trevas profundas. E por falar em Bolsonaro, um amigo seguidor do Twitter, o @Andre_Vinco definiu bem o deputado, que segundo ele, deveria mudar o nome para “Boçalnaro”. Está registrado!

Um novo enredo
Estou mudando um pouco a história dos Três Porquinhos, aquela conhecida fábula infantil. Em minha humilde opinião, os três - Cícero, Heitor e Prático - eram capachos do Lobo Mau, que utilizava seus serviços para alcançar seus objetivos mais espúrios. A subserviência dos três era tamanha, que ao final ganharam uma casa de tijolos resistente a vendavais. Tudo o que o Lobo Mau queria e mandava, os três faziam sem questionar. Se os três esperavam viver felizes para sempre, esqueceram de avisar o Lobo, que na primeira oportunidade devorou-os num banquete especial.

Se você quer ler
Não sou fã de livro de autoajuda. Aliás nunca li nenhum. Apenas comecei - que ganhei-, mas parei antes dos dois terços do livro lido. E vou indicar para quem gosta e é fã desse tipo de literatura. Em especial àqueles que foram tolhidos em suas vontades e que tiveram seus sonhos desfeitos. Estou falando, é óbvio, do sucesso editorial do início dos anos 2000 (mais precisamente de 2002) Quem Mexeu no Meu Queijo? (Who Moved My Cheese?, no original), de Spencer Johnson, que tem mais de 11 milhões de exemplares vendidos de seus livros publicados em 26 idiomas (não sei se é porfólio, mas...). Trata-se, segundo uma das abas do livro, de “uma parábola simples que revela verdades sobre mudanças”. O queijo é uma metáfora e os personagens são dois ratos e dois humanos (do tamanho dos roedores), que vivem num labirinto e felizes com o queijo que os alimenta. Até que alguém resolve mudar esse queijo. Fica a indicação.

Pergunta rápida
A torre panorâmica do Morro Azul era o queijo do prefeito Silvio Félix (PDT)?

Eu Recomendo!
Filmes de catástrofes sempre atraíram a atenção dos cinéfilos.Considerados da linha trash por muitos, têm seu filão de admiradores. Terremoto, Inferno na Torre (já recomendado aqui), Impacto profundo, Tubarão e mais recentemente 2012, são alguns exemplares dessa categoria de aventura. Hoje vou indicar um que fez muito sucesso no final da década de 70. Trata-se de Orca, a baleia assassina (Orca, EUA - 1977). Traz no elenco, dirigido por Michael Anderson, Richard Harris (o Dumbledore, dos dois primeiros filmes da saga Harry Potter), Keenan Wynn, Will Sampson, a loiríssima Bo Derek (Mulher nota 10), Robert Carradine, Charlote Rampling. O filme narra a história de um homem ganancioso e cruel, que mata uma baleia grávida e atraindo a vingança de seu gigantesco parceiro. O filme é ambientado num pequeno porto. Duração: 92 minutos.

Frase da semana
“O preconceito, de qualquer espécie, é que precisa ser abolido para um mundo melhor. É preciso que um veja o outro como tão digno quanto nós”. Ireunice de Siqueira, coordenadora da Pastoral afro-brasileira da Paróquia Santa Luzia. Na sexta-feira, 13, na Gazeta.

Antonio Claudio Bontorim

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