A história pertence a quem sabe escrevê-la. Ela é cronológica, dinâmica e tem a velocidade de seu tempo. Deve ser valorizada e contada por personagens reais, que atravessam o curso de seu desenvolvimento. A verdadeira história é repleta de feitos, glórias e vitórias. E também de tropeços e derrotas. É na luta diária de quem a vivencia, porém, de onde saem os melhores e mais exemplares projetos de vida, quando destemor, empreendedorismo e sonhos se tornam realidade. E avançam rumo à posteridade, contando justamente histórias. Ninguém consegue fazer parte dela à força ou ganhar notoriedade, tentando entrar pelas portas dos fundos. É preciso sacrifícios e dedicação extremada - horas, dias, meses e anos a fio, trabalhados - para aquilo que se quer e se pretende construir, como objetivo de uma existência.
Para quem pesquisou a história da imprensa limeirense, como eu, e em cerca de dois anos (período de duração do trabalho) assistiu ao abrir e fechar de muitos jornais, não dá para afirmar que 80 anos é um longo período, mas o começo de um caminho permeado por acontecimentos, muitos dos quais são parte de um legado, que aos poucos se transforma. Em história. Por que começo, apesar das já bem contadas oito décadas? É simples. Um ciclo histórico só se encerra quando seu protagonista deixa de existir. Aí sim se pode contar o seu início, meio e fim. A sua marca, na vida de cada um.
Quem está, neste momento, lendo toda a narrativa desses presentes e marcantes 80 anos da Gazeta, está tomando conhecimento de fatos, observando e admirando fotos - muitas das quais carregadas de saudades - e se divertindo com os “causos” contados, talvez não faça a mínima ideia da complexa engrenagem que foi preciso mover para oferecer essa primorosa produção editorial. Repórteres, fotógrafos, diagramadores, editores e os personagens que dela fazem parte tiveram que trabalhar em perfeita harmonia e com interesses recíprocos para o seu sucesso.
Contar uma história não é difícil, mas deve ser prazeroso. Envolve, porém, muitos atores e cada um cumprindo o seu papel na vida real, que ao protagonizarem seus próprios personagens estarão participando desse momento de maneira indelével. O brilho dessa trajetória está justamente em ter valorizado cada momento, respeitando-se a dinâmica de seu tempo. Não é preciso exaltar conquistas. Nós as sentimos diariamente. Lá no início, como título deste artigo, apoderei-me em parte do novo slogan deste jornal. Pois sua condução representa o exato instante em que mais uma vez estamos fazendo história. Aos 80 anos, a Gazeta está novinha em folha!
Antonio Claudio Bontorim
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário