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domingo, 22 de maio de 2011

Lições que devemos aprender

Nem só de microfone é feita a política, que, diga-se sempre foi uma combinação bombástica. Principalmente se o político gostar de falar sobre si mesmo e sobre suas “realizações”, que dificilmente passam das promessas. Muitas delas mirabolantes e rocambolescas, como diria conhecido locutor de rádio. E se tiver um canal adequado, uma emissora de rádio ou TV que lhe dê espaço, ele se torna um verdadeiro âncora de seu ego. Interessante essa análise, quando ouvimos ou vemos alguns homens - e mulheres também - públicos falando. E quando esses engalanados estão próximos ao nosso meio a sensação é de que gostam de se expor ao ridículo. A função do jornalista, enquanto analista, vai além da crítica e do elogio. Busca analogias e pontos desse discurso, que sirvam de matéria-prima a cada comentário exposto na mídia. A mídia não avaliza essa ou aquela conduta. Daí a importância da liberdade de imprensa em todo esse contexto. O jornalista não julga ninguém. Ele apenas escancara a realidade do momento à opinião pública, que é quem vai traçar o caminho pelo qual a carruagem deve seguir. Ou parar!

Analogia séria
Interessantes os números apresentados pelo jornalista Carlos Gomide em matéria do último dia 19, que foi manchete desta Gazeta: “Limeira registrou média de um assassinato a cada 10 dias entre 2001 e 2010. Foram ao todo 352 mortes em 3.652 dias”. Números que diferem do site da Secretaria de Segurança Pública, que reduz esse número para 241. Ou seja, 111 mortes a menos segundo o governo de SP.

Números reais
O que difere é a metodologia aplicada. A estatística da Gazeta traz as mortes efetivas. O site da SSP computa apenas as mortes que ocorreram no local do crime. Os que foram socorridos e morreram depois não entram na estatística do governo paulista como homicídios. Taí a explicação da razão pela qual o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se gabou, recentemente, da redução da criminalidade no Estado. Maquiagem!

Ainda repercute
Impressionante a aceitação de leitores, anunciantes, assinantes e admiradores ao novo projeto gráfico da Gazeta, que estreou no último dia 17, quando o jornal completou 80 anos. Projeto foi desenvolvido pelo publicitário André Luiz Teté de Souza, professor na Anhanguera Educacional (Limeira, Campinas e Valinhos) e a FAAL-Limeira Mais novidade vem por aí. O novo site já está sendo desenvolvido e nos próximos dias estreia a página no Facebook.

Proibido proibir
Hoje é domingo. Para mim, normalmente, um dia na cozinha, um dos meus hobbies. Na cozinha nada é proibido. Tudo é permitido inventar - bom senso também é importante, como em tudo na vida . Experimentar sabores, temperos, aromas, misturas. E para quem gosta de se exercitar entre talheres, caçarolas, frigideiras, etc... é um excelente antiestresse. Alivia as tensões do dia e pode ser acompanhado por uma caipirinha, cervejinha ou vinho. Dependendo do prato.

É preciso criar!
Dia desses inovei. Preparei um prato rápido, fácil e gostoso. Meu filho aprovou. Quiabo ao creme de leite. Ingredientes: 400 gramas de quiabo picado em rodelas de 1cm, 3 dentes de alho e meia cebola média, picados; 2 colheres de sopa de azeite e 1 colher, das de chá, de vinagre ou limão, para eliminar a baba e sal a gosto. Refogue a cebola e o alho até dourar; acrescente o quiabo e quando estiver formando a baba acrescente o limão ou vinagre, mexa e deixe refogar ao ponto. Acrescente 200g (uma caixa pequena) de creme de leite, mexa novamente, mas não deixe borbulhar. Tem que ser servido quente e não pode ser requentado.

E a guarnição?
Para acompanhar o quiabo ao creme de leite, arroz branco e uma galinha ao molho. Mas é preciso ser galinha mesmo e de preferência caipira. E uma boa cerveja.

Pergunta rápida
A desratização pura e simples de um ambiente serve para eliminar todos os ratos e ratazanas existentes no local?

Se você quer ler
Os clássicos fazem parte de nossas vidas. De alguma forma. Esse, que indico hoje, fez parte de minha adolescência. Seu autor, o francês Alexandre Dumas, pai. Trata-se de O Conde de Monte-Cristo (Le Comte de Monte-Cristo, no original), concluído em 1844. Conta a história de Edmund Dante, um marinheiro preso injustamente. Na prisão ele conhece um padre, de quem fica amigo. Quando o clérigo morre, ele escapa da prisão e toma posse de um tesouro escondido na Ilha de Monte-Cristo, cujo mapa lhe foi dado pelo padre. Com a fortuna ele começa a se vingar daqueles que o levaram à prisão. Obra-prima de Dumas, junto com outra não menos conhecida, “Os Três Mosqueteiros”.

Eu Recomendo!
Um velho e bom faroeste dos anos 60. E sob a direção de um dos maiores entendidos do assunto: John Huston. Trata-se de Os Desajustados (The Misfits – EUA, 1960). Traz no elenco nada mais nada menos que Clark Gable, Marilyn Monroe, Montgomery Clift, Thelma Ritter, Eli Wallach, Kevin McCarthy, entre outros. O filme narra a história de Roslyn Taber (Marilyn Monroe), uma mulher sensível, que está se divorciando. Do outro lado está Gay Langland (Clark Gable), um cowboy frio, que passou a vida pegando cavalos e mulheres divorciadas. Ela não aceita a captura de cavalos selvagens para virarem comida de cachorro, enquanto ele não vê nada de mais. No meio de tudo isso nasce uma paixão entre os dois. Drama, 120 minutos. Mais detalhes em www.adorocinema.com

Frase da semana
“A crítica constrói e provoca reflexão. A bajulação acomoda, anula e corrompe”. Uma contribuição da coluna Texto&Contexto deste domingo àqueles que verdadeiramente exercem seu papel de cidadão.

Antonio Claudio Bontorim

2 comentários:

lovezutti disse...

Dúvido que alguém venha a ser político pelas próprias realizações, sem ter uma imagem divulgada na mídia.

Não conhecia o seu lado culinário. Muito legal. Eu não cozinho nada, mas mostrei à minha esposa que já copiou a receita.

Antonio Claudio disse...

Caro Lovezutti, essa é a provocação que quis fazer. E concordo plenamente com seu ponto de vista. O político não se faz sem a mídia. É a mídia que precisa dosar e pautar o político, como sempre fazemos.
Espero que gostem da receita. É um dos meus hobbies e aos domingos expulso - no bom sentido - as mulheres da cozinha e vou para o fogão. Um abraço.