terça-feira, 28 de setembro de 2010
Está em nossas mãos!
Antonio Claudio Bontorim
Agora não tem mais retorno à vista e a placa indicativa é de mão única. A reta final surgiu à frente dos competidores e a bandeirada está nas mãos de todos nós eleitores. Como protagonistas desse grande espetáculo da democracia, cumpre-nos - e aqui utilizo o tempo verbal na terceira pessoa para escrever este artigo, porque também me incluo entre aqueles que vão decidir - a tarefa mais espinhosa e, ao mesmo tempo, gratificante desse processo, que está prestes a ter seu desfecho no próximo domingo, dia 3. E mesmo sem o voto distrital em curso, lembrar que é importante valorizar sempre o que é nosso.
A cinco dias das eleições e depois de um intenso tiroteio entre partidos e candidatos, e da inevitável polarização entre o oposicionista José Serra (PSDB) e a situacionista Dilma Rousseff (PT), escolhida a dedo por Lula - com espaço em alguns estados da Federação para a candidata Marina Silva, do PV, também entrar no jogo - o som da urna eletrônica começa a tilintar em nossos ouvidos. E o momento mais efetivo da cidadania está cada vez mais próximo. Está na tecla confirma, a cada número escolhido. E ninguém deve - ou pode - se furtar disso. Todos têm obrigação a esse direito democrático fundamental, que é o voto!
Não compete a nós jornalistas - e neste caso a este colunista - indicar esse ou aquele candidato a ninguém. Se temos opinião como cidadãos, nossas escolhas têm o mesmo valor daqueles que estão ao nosso redor. E o que escrevemos pode servir como parâmetro ou guia para a formação da opinião pública. Mostrar quais características buscar nos futuros ocupantes dos cargos eletivos, suas histórias de vida e, sobretudo, sua capacidade e competência para gerir o bem público. Nunca como indicação política. Mesmo que tenhamos afinidade ideológica com ele. Não seria justo assumir, como profissional, uma postura de garoto propaganda desse ou daquele candidato. A nossa percepção ética nos impede de apoio ostensivo e falastrão. Declarações formais de apoio não são função da mídia.
Por isso o que vale muito, de hoje até as 8h do próximo dia 3, quando terá início à votação, é fazer uma auto-exame de consciência, e ponderar sobre o que queremos e o que não queremos para nós e nossos semelhantes. Lembrando sempre que vamos escolher aqueles que vão dirigir o País, os estados e casas legislativas pelos próximos 4 anos. Eis aí nossa responsabilidade, que é muito maior que a que imaginamos.
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