Reconhecer falhas ou dificuldades é o primeiro passo para acertar no que
se errou, e dar sequência ao que aconteceu de positivo. Se prevalecer
essa teoria, Limeira deverá ter um ano melhor agora, em 2014. A
entrevista concedida pelo prefeito Paulo Hadich (PSB), à jornalista
Renata Reis, desta Gazeta, publicada no primeiro dia deste ano
novo, pode ser uma referência importante na condução
político-administrativa do Município. E confirma muito do que escrevi ao
longo de 2013 sobre as ações – ou a falta delas – da nova administração
municipal, que entra em seu segundo ano e precisa dar, de maneira
definitiva, uma resposta à sociedade. Se Hadich de fato colocar em
prática tudo o que falou na entrevista, que foi um balanço do primeiro
ano de seu mandato, bom para ele e melhor ainda para a cidade. Suas
respostas tiveram dois focos distintos, o da gestão pública, em si, e o
político. Da gestão pública, ele deu algumas respostas interessantes
sobre os projetos a serem desenvolvidos. Quanto à questão política, não
foi muito diferente daquilo que todos costumam responder.
Sem lua de mel
Uma
das afirmações de Hadich me chamou a atenção: a de que, para ele, não
houve o ano de “lua de mel”, como costuma acontecer em início de novos
mandatos. E ele tem razão nisso. Desde o início ele foi bastante
castigado por seus adversários, que se mobilizaram de forma organizada,
via redes sociais. Se na Câmara ele não teve nenhuma dificuldade, fora
dela não escapou das críticas da oposição.
Foco ideológico
Na
realidade, e se for levada em conta a tradição conservadora do
limeirense, é possível identificar que houve a construção, mais de uma
crítica ideológica do que propriamente voltada às reais necessidades do
Município. A aliança com o PT, mesmo não impedindo sua eleição – com um
vice-prefeito petista – não foi digerida por uma parcela bastante sólida
do antipetismo. O resultado não poderia ter sido outro.
Tempo a favor
Tudo
isso, entretanto, não justifica a paralisia do governo frente aos
muitos problemas municipais, por conta e ordem da herança deixada pelo
governo anterior, que não deve ter sido das mais interessantes, mas
contornável. Mesmo que faça um governo exemplar, a oposição não vai
parar. Uma guerra que faz parte do jogo político e, como ele mesmo
disse, é preciso enfrentar. De preferência, com respostas práticas.
Muito positivo
O
mais importante de tudo isso, entretanto, foi a disposição de o
prefeito Hadich ter se aberto à imprensa para esse balanço. Se isso
significar transparência, então 2014 tem tudo para ser “o ano”.
E foi no ponto
Foi muito feliz – no sentido de dar ênfase à informação - a manchete da Gazeta de Limeira de
sexta-feira, 3; “Ano novo, velho problema: dano e prejuízo com chuva”. A
matéria, de uma página inteira, da jornalista Daíza Lacerda – com a
parceria de leitores, que enviaram fotos à Redação - mostrou uma
situação que se repete a cada ano, durante a temporada dos temporais.
Passa ano, entra ano, o cenário é sempre o mesmo. Ruas alagadas, pessoas
ilhadas, casas invadidas e muita destruição por toda a cidade. Sem uma
saída adequada ou infraestrutura que garanta o escoamento das águas, o
resultado é bastante conhecido dos limeirenses e, principalmente, dos
administradores públicos.
Não é de um só
E esse tipo
de problema não é de responsabilidade de um só. Desse ou daquele
prefeito e, por isso, a crítica precisa ser bem pensada. Creditar os
estragos sempre à administração em curso é de uma imbecilidade sem
tamanho. É preciso lembrar daqueles administradores que vieram lá atrás e
nada fizeram para melhorar, um pouco que seja, essa infraestrutura
contra as águas de janeiro. Ou de qualquer outro mês.
Vi tudo de perto
Minha
militância na imprensa limeirense vem desde 1980. Daquele período até
agora, muita promessa e pouquíssimas obras. De Memau a Zovico, passando
por Jurandyr Paixão, Paulo D’Andréa – de qual governo fiz parte –
Pedrinho Kühl, Pejon e Félix, os discursos foram se repetindo e a chuva,
evidentemente, não parou. E não adianta tentar se justificar. As provas
são visíveis. Todos têm sua parcela de culpa.
Pergunta rápida
O que será mais fácil, o Brasil ganhar a Copa ou Dilma se reeleger?
Ano de pouca ...
...
folga. Pois é, em 2014, apesar de o excesso de dias parados continuar,
não dará muito descanso a quem gosta de um bom feriado. Dos 14
existentes (sendo dois municipais), o único prolongado será o da Semana
Santa, que emendará a Sexta, 18, à segunda-feira, 21, dia de Tiradentes.
Outros, como dia 7 de setembro, 12 de outubro, 2 e 15 de novembro,
cairão no sábado ou domingo. Os demais quarta ou quinta-feira. O
carnaval, apesar de ser – mas não ser oficial – para alguns até é
possível emendar. Os jogos da Copa do Mundo não deverão proporcionar
períodos extras de folga, a não ser por vontade do próprio segmento
produtivo. E as eleições são sempre aos domingos.
Nota curtíssima
Que em 2014 os puxa-saquistas juramentados deixem o bonde andar...
Diferença? Não.
Para
quem gosta de criticar o fisiologismo dos outros, nada como um dia após
o outro. No desespero, o PSDB tenta de tudo para ganhar aliados e,
pasmem, alia-se até ao inimigo. Na sexta-feira, 3, o governador Eduardo
Campos (PSB), candidatíssimo à Presidência da República, anunciou a
troca de secretários, com alguns tucanos compondo o primeiro escalão. No
banco da frente, o deputado Sérgio Guerra, ex-presidente da sigla de
Aécio Neves, também candidatíssimo ao Planalto. Uma pergunta: quem vai
abrir mão e do quê?
Frase da semana
"Estragou tudo e ficou muita lama para lavar".
Da dona de casa Nilva Silva Chaves, que teve sua casa tomada pela água,
no primeiro dia do ano, após a forte chuva da tarde. Sexta-feira, 3. Na
Gazeta de Limeira.
domingo, 5 de janeiro de 2014
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