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domingo, 1 de julho de 2012

Polêmica mais do que inútil. Desnecessária mesmo

Distribui sacolinhas. Não distribui sacolinhas. Há uma lei estadual, que determina e regulamenta o fim dessa distribuição em supermercados do Estado de São Paulo, que  havia sido posta em prática. As redes anunciaram, foram gradativamente retirando essas embalagens (que muitas donas de casa gostavam e gostam tanto), que começaram a ser substituídas pelas sacolas retornáveis - as chamadas ecobags - e já estava se tornando hábito, quando a Justiça determinou a volta das sacolinhas. Aquelas com as logomarcas dos hipermercados e redes conhecidas. Aquelas consideradas prejudiciais ao meio ambiente e que, quando foram retiradas, não retornaram em benefícios ao consumidor, com o devido percentual de redução nos preços dos produtos nas gôndolas. Muitos desses consumidores compraram suas ecobags nos próprios estabelecimentos e as estavam usando. Particularmente sou pelo fim das sacolinhas plásticas. Porém, o que não pode acontecer é esse joguete de distribui-não-distribui, entre a associação dos supermercados, a lei e a Justiça, que só prejudica a ponta da linha: o consumidor final.

Custos e benefícios
É controversa a questão do benefício ao meio ambiente, ao se extinguir as famigeradas sacolinhas plásticas. Penso que é uma contribuição a mais e de importância na preservação da natureza, das muitas que deveriam ser experimentadas. É uma conscientização. Para que todos se engajem e entendam que há necessidade desse tipo de medida. E que seja abrangente e chegue, porém, à toda a cadeia de consumo.

Comprei. E agora?
A sensação que fica, entretanto, com essa decisão judicial, que começou a ser acatada rapidamente pelos hipermercados, é que só as próprias empresas lucraram. Lucraram quando extinguiram as sacolinhas e não repassaram o fim desse custo ao consumidor; lucraram quando começaram a vender as sacolas retornáveis. E o consumidor ficou com cara de bobo. Agora só falta o nariz vermelho para completar. 

E a conta é nossa
E com a experiência do meu mais de meio século de experiência, e mais de dois terços deles no jornalismo, ainda me surpreendo com a insensibilidade de quem decide apenas pelo próprio interesse. Isso em todos os segmentos da sociedade e poderes constituídos. Há deuses e demônios em todos. E, em minha humilíssima opinião, foi um erro essa decisão judicial. Estou no meu livre arbítrio em opiniar.

Presentinho bom
Por falar em consumidor - que em alguns casos se transforma em usuário, como é o do transporte público - ele foi surpreendido nesta semana que passou, pelo presente que a Prefeitura deu às viações Limeirense e Rápido Sudeste. Um novo aumento de tarifa, para as passagens, de ônibus que perdem suas rodas em pleno trajeto, que atrasam ou deixam de passar em pontos fixos, e tanto irritam a população, que precisa desse serviço. Alguma coisa está errada nesse processo.

Se melhorar, sobe
O próprio secretário dos Transportes, Rodrigo Oliveira, havia se comprometido com a população e publicamente, que só pensaria em aumento no valor da tarifa quando o sistema apresentasse melhoras sensívies e comprovadas aos usuários do transporte coletivo. Ou só ele viu essa melhora ou então esqueceu-se do que havia falado. Quem sabe algum dia ele possa explicar tudo isso.

Prática do acerto
Uma das facetas da prática jornalística, principalmente para quem parte para a área de análise, através do colunismo sério, são os momentos de reflexão, que muitas vezes temos de fazer. São momentos apaixonantes na profissão, com resultados que nos indicam o acerto ou o erro. Invariavelmente apertamos a ferida do ego de muita gente, cuja primeira reação é tentar nos calar. Das mais diversas formas. Influências, amizades... E são sempre esses que nos proporcionam as maiores vitórias, quando descobrimos que aquilo que escrevemos, a crítica que fizemos e o ponto dessa crítica, foram acertados em 100%. E muitas vezes acertamos naquilo que não gostaríamos de acertar. Mas faz parte do nosso dia a dia. 

Pergunta rápida

A incompetência dói?

Hora da política
Julho chegou. Com ele o calendário eleitoral oficial começa a apertar o cerco aos candidatos mais afoitos. E já a partir de hoje, dia primeiro, todos precisam ter muito cuidado com a exposição na mídia eletrônica. Privilegiar esse ou aquele candidato ou partido fica proibido, assim como entrevistas com candidatos, mesmo que em matérias jornalísticas. A farra vai acabar. E a Justiça Eleitoral vai ficar de olhos bem abertos. A lei é  nº 9.504/1997. Espera-se, no mínimo, que os partidos a disponibilizem a seus candidatos, tanto para o cargo majoritário como proporcional. Nós também estaremos de olho em toda a movimentação de cada um.

Sem novidades
Por aqui, a campanha política não trará novidades e nem novas lideranças estão no páreo. Apenas os já tradicionais e conhecidos caciques partidários, que mais uma vez fizeram valer suas vontades e vaidades. Basta olhar na composição das chapas e coligações. Nos nomes apresentados. Gato escaldado vai correr da água fria, da morna e da quente. E isso não é um trocadilho, não. É um conhecido ditado popular. E quem tiver barbas, que as coloque de molho.

Uma dor sentida
No PSDB, quem mais sentiu a decisão de Pedrinho Kühl em apoiar Lusenrique Quintal (PSD) foi a Juventude Tucana de Limeira. Depositavam, em Kühl, uma idealista esperança, como não se via há tempos na política. E esperança e juventude são dois substantivos concretos, e que deveriam pesar mais do que interesses.

Frase da semana
"Gosto de matar e isso me sacia". De G.L.N., 31 anos, conhecido como "Smayk", durante depoimento em julgamento por homicídio, no Fórum de Limeira. Quarta-feira, 27, na Gazeta.

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