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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Tempos de liberdade... ou mordaça?

Logo mais a Câmara Municipal estará às voltas com as sessões ordinárias do ano legislativo. Sob novo comando na Mesa Diretora, tendo mais uma vez a vereadora Elza Tank (PTB) na Presidência e uma “diretoria” 100% governista - entre fiéis e cooptados - não será muito diferente da anterior. A única diferença, talvez, seja com relação ao trato com a imprensa. Eliseu Daniel dos Santos (PDT), o presidente que saiu e agora vai ocupar uma das cadeiras no Plenário, era bastante receptivo aos jornalistas e apesar das divergências, nunca impôs nenhum empecilho à imprensa. A vereadora petebista, por sua vez, não gosta de ser contestada ou criticada. Muito menos confrontada. É preciso, entretanto, esperar para ver se teremos tempos de mordaça na Câmara. Estamos no Século XXI, Terceiro Milênio da Era Cristã e as liberdades democráticas estão consumadas, assim como a liberdade de expressão do pensamento, de imprensa. Este é um caminho sem volta. A imprensa livre fará, com certeza, muito barulho. Afinal não dá mais para aceitar o silêncio das ditaduras! Não estamos mais na década de 80.

Muita animação
Depois de um Natal considerado o melhor dos últimos 10 anos, os empresários do segmento comercial estão exultantes e fazendo planos interessantes para este ano. E o mais significativo é a efetivação de um contingente de 25% dos temporários contratados para o horário especial de vendas de fim de ano, conforme esta Gazeta publicou na última quarta-feira. Contribuição importante à economia local.

É preciso elogiar
A importância desta ação dos empresários limeirenses é um reflexo, também, do bom momento pelo qual o País está passando. E, apesar de alguns ainda não reconhecerem - e até mesmo fazer pouco caso - um legado do governo Lula. Mais uma vez volto a repetir, que é preciso nos livrar, de uma vez por todas, desse infindável “complexo de vira-latas”, que ainda nos assola. Viva Nelson Rodrigues!

É segurança zero
As agências bancárias são, hoje, em Limeira, os lugares menos seguros para buscar serviços. Os bandidos estão agindo com a maior desenvoltura e ninguém percebe nada. Medidas de segurança propostas por vereadores e que se tornaram lei foram revogadas pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo em liminares concedidas à Febraban (entidade que congrega os bancos). E os correntistas ficam à mercê da própria sorte e são abordados ainda no interior dessas agências e lesados em seu patrimônio. E o que mais impressiona é que ninguém se incomoda com isso. A não ser a própria vítima, que fica sem saber o que fazer!

Quem vai pagar?
Em sua edição da sexta-feira, 7, a Gazeta mostrou mais um caso de golpe, aplicado dentro de uma agência bancária no centro da cidade, por um “cidadão” que se passava por supervisor do banco. Mais uma vez prejuízo ficou com o usuário. Um aposentado, que perdeu cerca de R$ 2,4 mil.

Se você quer ler
Vamos relembrar hoje, um clássico da literatura mundial. Trata-se de O Lobo da Estepe (no original em alemão, Der Steppenwolf), do escritor, também alemão naturalizado suíço, Hermann Hesse, publicado em 1927. Até hoje é considerado o melhor dos livros de Hesse e, ainda, um dos romances mais representativos do século passado. É a história contada de Harry Haller, um cinquentão alcoólotra e intelectualizado, angustiado e que não vê saída para sua tormentosa condição, autodenominando-se “lobo da estepe”. Muito interessante o desenvolvimento do enredo, desse escritor, que em 1946 ganhou o Prêmio Goethe e meses depois Prêmio Nobel de Literatura. O Lobo da Estepe é, também, uma crítica ao militarismo e ao revanchismo vigente em sua terra natal pós Primeira Guerra Mundial.

Ele aderiu à rede
O prefeito Silvio Félix é mais um twitteiro nessa concorrida rede social com o @silviofelix_, o “Twitter oficial do prefeito municipal de Limeira. Aderiu ontem!

Eu Recomendo!
Vou começar o ano com o filme O Preço de um Homem (The Naked Spur – EUA, 1953). Um clássico do faroeste da década de 50. Anthony Mann dirigiu neste filme astros e estrelas do porte de Janet Leigh, Robert Ryan, Ralph Meeker, James Stewart, Millard Mitchell entre outros. E conta a história de Howard Kemp (James Stewart), um colonizador taciturno, que perdeu suas terras enquanto lutava na Guerra Civil e para recomeçar se torna um caçador de recompensas no Colorado. Howard tenta capturar o assassino Ben Vandergroat (Robert Ryan) por uma recompensa de US$ 5 mil. Seus esforços são comprometidos pela presença da devotada namorada de Ben, Lina Patch (Janet Leigh). Howard arrumou dois “sócios”que acham que têm o direito de receber parte da recompensa, pois ajudaram a prender Ben, mas se dividir a recompensa não terá dinheiro para comprar as terras que almeja. 91 minutos.

Agora uma pausa
Nos próximos dez dias, a contar de amanhã, dou um tempo por aqui para recarregar minha bateria. E também para dar um descanso aos meus leitores. Após meu artigo da terça-feira, dia 11, esta coluna voltará normalmente às páginas da Gazeta no próximo dia 22 de janeiro, um domingo. Até lá!

Frase da semana
"Sonhar e perseguir os sonhos é exatamente romper o limite do possível". Da presidente empossada, Dilma Rousseff, em discurso no Parlatório, após receber a faixa presidencial das mãos do ex-presidente Lula. Sábado, 1.º de janeiro de 2011.

Antonio Claudio Bontorim

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