Até a última terça-feira, 17, conforme mostrou esta
Gazeta, em matéria do jornalista Denis Martins, o trânsito limeirense – seja na
área urbana ou em rodovias – já computava a morte de uma pessoa a cada dois
dias. Um saldo assustador e ao mesmo tempo revelador. Mostra uma receita
explosiva que passa pela embriaguez ao volante, desrespeito às regras básicas
de civilidade e imperícia. Raramente por problemas mecânicos com o veículo, que
também acontecem. É evidente que esses números deverão se diluir ao longo do
mês e assim que ele for fechado, nem por isso deixa de ser preocupante. Como
deve ser, como sempre foi e que deve continuar sendo ainda por muito tempo. A
não ser nos casos da ingestão de bebidas alcoólicas antes de dirigir, que
significa assumir o risco da culpa, quando se fala de imprudência, imperícia ou
distração, são falhas que podem ser corrigidas facilmente e sem traumas. Começa
pela formação do condutor e pela consciência do cidadão, na hora de atravessar
uma rua movimentada – e principalmente uma rodovia – sem a devida atenção. As
consequências disso já são conhecidas.
Saber não é poder
Alguém – e sempre tem esse alguém – vai dizer: “isso todos nós sabemos, não é novidade, mas solução que é bom ninguém apresenta”. Afirmativa é carregada de razão, mas não pode ser entendida como regra geral. É a reação de indiferença e de pouco espanto a cada novo caso, que causa maior preocupação. A banalização da perda dessas vidas está virando, apenas, estatísticas.
Uma ação urgente
É sempre interessante refrescar nossas memórias e perceber que essa discussão é recorrente, mas bater nessa tecla é preciso. Puxar pela consciência de cada um, do formador ao condutor, sem ter a preocupação de buscar os culpados, mas mostrar que algo precisa ser feito. Que em algum ponto desse processo está havendo uma ruptura e que precisa ser, definitivamente, sanada.
O princípio e o fim
É preciso rever o processo de formação do condutor, que é o princípio de tudo, pois há um forte lobby nesse segmento pela facilitação, cada vez maior, de abrandamento nas regras. Como é difícil prever o controle emocional daqueles que saem com a habilitação nas mãos. Empunhando-a como se fosse um troféu e se enchendo de poder e prontos para se armarem com um veículo nas mãos.
Respeito que falta
Volta-se então a uma palavrinha conhecida, que parece estar sendo riscada dos dicionários: educação. Talvez seja a liga que esteja faltando para boa parte dos cidadãos, que na correria do dia a dia e na pressa do fazer acontecer, acabam por invadir o espaço do seu semelhante sem o devido respeito. Sem se importar com as consequências de atos, que muitas vezes são irreversíveis.
Um risco assumido
Nesse conjunto de situações encontramos também um pedestre desatento que também, em alguns casos, não respeitam as regras básicas do trânsito. Atravessam a frente dos veículos, em pleno sinal fechado para eles, em esquinas que têm semáforos para pedestres. Uma situação que, além de colocar em risco sua própria integridade física, podem provocar colisão entre veículos, que são obrigados a frear bruscamente.
Mais perigo ainda
Nas rodovias essa situação é mais complicada ainda. Atropelamentos como o de um homem, no último domingo, na Rodovia Anhangüera são um exemplo dessa desatenção. Em especial porque as pessoas se arriscam, esquecendo-se das passarelas. Para não andar alguns metros a mais, atravessam as pistas inadvertidamente. Por isso, é importante essa reflexão. Mesmo que seja recorrente.
E para complicar...
Já que é para falar de trânsito e encerrando por aqui o assunto, continua difícil circular pela região central da cidade, por conta da falta de sincronismo dos semáforos. Quando parece que tudo vai melhorar, a gente elogia e o que acontece? Piora. Haja paciência.
Quero meu R$ 0,01
Deixando o trânsito de lado, vamos para as “coisas” legislativas do Município. E são “coisas”. E a última delas é do vereador Edvaldo Soares Antunes, o Dinho (PSB). É dele um projeto em trâmite na Câmara, que obriga o comerciante, seja de que setor for, a devolver o troco em moeda de R$ 0,01 (um centavo, faz tempo que não escrevo isso), quando a promoção terminar em R$ 0,09. Ou seja, R$ 1,99, R$ 59,99 e por aí vai. Esta Gazeta noticiou essa “pérola” na última sexta-feira. Mais uma e que, com certeza, entrará para o folclore da política limeirense. Como tantas outras, como: o “Dia do Alpinista” e o “Dia da Oração”, por exemplo.
Dinho corrige tudo
Ainda bem que o próprio vereador Dinho consertou tudo. É dele também o projeto encaminhado para análise jurídica na Câmara, que autoriza o prefeito a revogar todas as “leis sem sentido” e que são consideradas inservíveis. Foi uma reação rápida do nobre edil. Que tal começar por essa, do troco, caso seja aprovada e transformada em lei?
Pergunta rápida
Até que ponto o Ministério Público deve interferir em políticas públicas de governo?
Não é o momento
Essa questão acima vem no sentido de entender o pedido do Ministério Público, aqui em Limeira, pelo afastamento do secretário da Saúde, Luiz Antonio da Silva, devido à epidemia de dengue, que foi acatado pelo juiz Adilson Araki Ribeiro. Considero, entretanto, a ação precipitada tendo em vista que as medidas vêm sendo tomadas e o problema não é apenas local. E vem de antes de Luizinho. Já é nacional. Fica, assim, outra questão a ser respondida: quem cuidará dessa situação? Uma troca, agora, pode comprometer o combate à dengue. E agravar esse quadro epidêmico.
Nota curtíssima
Perder faz parte do jogo. Não saber perder revela falta de humildade.
Frase da semana
“Sou de um outro partido, que às vezes faz oposição à senhora, mas eu não. Nunca ninguém ouviu aqui em Goiás uma palavra minha que não fosse de respeito e de reconhecimento ao trabalho de Vossa Excelência.'' Do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo à presidente Dilma Rousseff (PT), durante sua visita à Goiânia. Na Folha de S. Paulo. Quinta-feira, 19.
Saber não é poder
Alguém – e sempre tem esse alguém – vai dizer: “isso todos nós sabemos, não é novidade, mas solução que é bom ninguém apresenta”. Afirmativa é carregada de razão, mas não pode ser entendida como regra geral. É a reação de indiferença e de pouco espanto a cada novo caso, que causa maior preocupação. A banalização da perda dessas vidas está virando, apenas, estatísticas.
Uma ação urgente
É sempre interessante refrescar nossas memórias e perceber que essa discussão é recorrente, mas bater nessa tecla é preciso. Puxar pela consciência de cada um, do formador ao condutor, sem ter a preocupação de buscar os culpados, mas mostrar que algo precisa ser feito. Que em algum ponto desse processo está havendo uma ruptura e que precisa ser, definitivamente, sanada.
O princípio e o fim
É preciso rever o processo de formação do condutor, que é o princípio de tudo, pois há um forte lobby nesse segmento pela facilitação, cada vez maior, de abrandamento nas regras. Como é difícil prever o controle emocional daqueles que saem com a habilitação nas mãos. Empunhando-a como se fosse um troféu e se enchendo de poder e prontos para se armarem com um veículo nas mãos.
Respeito que falta
Volta-se então a uma palavrinha conhecida, que parece estar sendo riscada dos dicionários: educação. Talvez seja a liga que esteja faltando para boa parte dos cidadãos, que na correria do dia a dia e na pressa do fazer acontecer, acabam por invadir o espaço do seu semelhante sem o devido respeito. Sem se importar com as consequências de atos, que muitas vezes são irreversíveis.
Um risco assumido
Nesse conjunto de situações encontramos também um pedestre desatento que também, em alguns casos, não respeitam as regras básicas do trânsito. Atravessam a frente dos veículos, em pleno sinal fechado para eles, em esquinas que têm semáforos para pedestres. Uma situação que, além de colocar em risco sua própria integridade física, podem provocar colisão entre veículos, que são obrigados a frear bruscamente.
Mais perigo ainda
Nas rodovias essa situação é mais complicada ainda. Atropelamentos como o de um homem, no último domingo, na Rodovia Anhangüera são um exemplo dessa desatenção. Em especial porque as pessoas se arriscam, esquecendo-se das passarelas. Para não andar alguns metros a mais, atravessam as pistas inadvertidamente. Por isso, é importante essa reflexão. Mesmo que seja recorrente.
E para complicar...
Já que é para falar de trânsito e encerrando por aqui o assunto, continua difícil circular pela região central da cidade, por conta da falta de sincronismo dos semáforos. Quando parece que tudo vai melhorar, a gente elogia e o que acontece? Piora. Haja paciência.
Quero meu R$ 0,01
Deixando o trânsito de lado, vamos para as “coisas” legislativas do Município. E são “coisas”. E a última delas é do vereador Edvaldo Soares Antunes, o Dinho (PSB). É dele um projeto em trâmite na Câmara, que obriga o comerciante, seja de que setor for, a devolver o troco em moeda de R$ 0,01 (um centavo, faz tempo que não escrevo isso), quando a promoção terminar em R$ 0,09. Ou seja, R$ 1,99, R$ 59,99 e por aí vai. Esta Gazeta noticiou essa “pérola” na última sexta-feira. Mais uma e que, com certeza, entrará para o folclore da política limeirense. Como tantas outras, como: o “Dia do Alpinista” e o “Dia da Oração”, por exemplo.
Dinho corrige tudo
Ainda bem que o próprio vereador Dinho consertou tudo. É dele também o projeto encaminhado para análise jurídica na Câmara, que autoriza o prefeito a revogar todas as “leis sem sentido” e que são consideradas inservíveis. Foi uma reação rápida do nobre edil. Que tal começar por essa, do troco, caso seja aprovada e transformada em lei?
Pergunta rápida
Até que ponto o Ministério Público deve interferir em políticas públicas de governo?
Não é o momento
Essa questão acima vem no sentido de entender o pedido do Ministério Público, aqui em Limeira, pelo afastamento do secretário da Saúde, Luiz Antonio da Silva, devido à epidemia de dengue, que foi acatado pelo juiz Adilson Araki Ribeiro. Considero, entretanto, a ação precipitada tendo em vista que as medidas vêm sendo tomadas e o problema não é apenas local. E vem de antes de Luizinho. Já é nacional. Fica, assim, outra questão a ser respondida: quem cuidará dessa situação? Uma troca, agora, pode comprometer o combate à dengue. E agravar esse quadro epidêmico.
Nota curtíssima
Perder faz parte do jogo. Não saber perder revela falta de humildade.
Frase da semana
“Sou de um outro partido, que às vezes faz oposição à senhora, mas eu não. Nunca ninguém ouviu aqui em Goiás uma palavra minha que não fosse de respeito e de reconhecimento ao trabalho de Vossa Excelência.'' Do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo à presidente Dilma Rousseff (PT), durante sua visita à Goiânia. Na Folha de S. Paulo. Quinta-feira, 19.
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