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terça-feira, 31 de março de 2015

Uma história para contar; um dia para esquecer



O 31 de março representou, durante toda minha infância e adolescência e, na universidade também (me formei em 1978, ainda durante o então regime militar), um ritual anual de homenagens e comemorações, com direito a Hino Nacional e bandeira sendo hasteada. Uma prova de civismo às avessas, que a ditadura nos impunha, pouco se importando com os gritos e gemidos que saiam das bocas de opositores, nos porões dos órgãos oficiais de repressão. E, diuturnamente, eram torturados para que entregassem outros mais.  Escrevo ‘órgãos oficiais de repressão’, porque eram aparelhos do Estado, que agiam conforme as ordens que recebiam de seus superiores hierárquicos. Não eram clandestinos. Nunca foram e sempre tiveram no comando um oficial fardado ou, então, um representante de órgãos de seguranças civis, que também agiam no mesmo sentido.
Não estou aqui para lembrar dessa triste data, quando o poder constitucional foi usurpado em nome da segurança nacional e do perigo comunista que rondava a nação, conforme queriam fazer crer os protagonistas da guerra fria, travada entre o Ocidente capitalista, leia-se Estados Unidos , e a antiga União Soviética. A propaganda que chegava até nós, diga-se, tinha um só lado. O dos nossos vizinhos do Norte. Então não dava para fazer uma analogia precisa entre o que era bom ou ruim (ou bem e o mal) se apenas tínhamos acesso a um desses lados. Aquele que se autoproclamava do bem. Essa é apenas uma lembrança histórica, que é preciso reavivar sempre que algum aventureiro se expõe, publicamente, pedindo a volta dos militares ao poder. Com certeza herdeiros da “marcha da família com Deus pela liberdade” tentando tirar o pó de suas bandeiras da hipocrisia, que de liberdade não entendiam nada.  
O momento é propício a esse tipo de reflexão, uma vez que as manifestações se arriscam às ruas, em protestos que fazem parte da democracia e, portanto, independentemente dos gritos de ordem e dos cartazes que carregam, são legítimos. Pode-se discordar deles, não, entretanto, dessa legitimidade. É essa convivência democrática entre opiniões opostas que vai reforçar ainda mais a nossa jovem democracia. Mesmo a despeito daqueles que sonham em trazer de volta um passado sombrio e de triste memória. Esquecem-se, esses “marcheiros”, que ao sair às ruas pedindo que os anos voltem ao chumbo, o fazem porque o regime democrático assim o permite. Garante a livre expressão do pensamento, mesmo daqueles que se oponham diametralmente à própria liberdade. Esquecem-se que os manifestos contrários ao governo militar, a partir do 31 de março de 1964, invariavelmente tiravam os tanques dos quartéis, trazendo-os às ruas. E levavam manifestantes à prisão. Ninguém foi preso no último dia 15 de março e os tanques não saíram às ruas. Muito pelo contrário, soldados brincavam de fazer selfies com crianças e adultos.
A história não vai apagar – e nem deve – os registros dos 21 anos da ditadura vivida entre 1964 e 1985. Já está sendo recontada com novos registros, daqueles que foram castigados e nunca ouvidos.
A não ser por gemidos e gritos de dor. Ela só não deve ser repetida. Hoje é 31 de março. E amanhã, primeiro de abril. Apenas uma sequência lógica do ano.

domingo, 29 de março de 2015



Maus-tratos ou negligência? A verdade é que as duas notícias que esta Gazeta trouxe na semana passada, uma publicada na quarta, 25, e outra na quinta-feira, 26, sobre denúncias – inclusive com registros de boletins de ocorrência na polícia – de crianças que saíram feridas em creches municipais, merecem uma reflexão séria. Apesar de as providências tomadas pela Secretaria Municipal da Educação e direção das duas instituições, que não se negaram a comentar o caso, quando procurados pelo jornal, é uma situação que assusta. Em especial pelas idades dessas crianças, entre um e quatro anos. Se haverá sindicâncias e busca pelas causas de hematomas e ferimentos apresentados, é uma obrigação das duas unidades escolares, mas é preciso entender, principalmente, o lado desses pais e mães, que confiaram no sistema e, de repente, viram seus filhos com marcas que não apresentavam, quando saíram de casa. E se uma denúncia desencadeou a outra, o mínimo que se espera é que não seja algo recorrente. Ou que novas sejam apresentadas, expondo ainda mais a rede municipal de ensino. São casos que devem ser tratados publicamente.

Explicações claras
Ao que tudo indica, e as razões apresentadas nas explicações da Secretaria da Educação apontam para isso, parece-nos dois casos de negligência. Ou desatenção. Para não ser tão explícito numa primeira análise. Não deixa, entretanto, de ser preocupante já que essas creches são o primeiro contato da criança com o sistema educacional e, também, o complemento da educação recebida em casa. 

Ações necessárias
Na primeira ocorrência, divulgada na quarta-feira, a informação é de  mordidas de outra criança assistida na unidade. Negligência nos cuidados com os pequenos. No segundo, a criança escorregou e bateu a cabeça contra um obstáculo, na creche em reforma. Outra negligência, com certeza. Fatos que devem ser encarados pela direção das creches para que isso sejam corrigidos.

E foi transparente
Nesse processo todo, o mais importante é que os responsáveis pela gestão do sistema – a direção de cada unidade e a Secretaria da Educação – não se omitiram. Muito pelo contrário. Foram em busca das razões e trataram o assunto com transparência. É o que se espera, sempre, do poder público, através dos serviços que presta à comunidade. E nesse caso um serviço de fundamental importância: a educação.

Assumir e corrigir
Revisar procedimentos, em casos dessa natureza, é a melhor forma de prevenção contra novas ocorrências. Principalmente para restabelecer a confiança daqueles que precisam e utilizam esses serviços, os pais. Não é preciso, também, fazer alarde e nem ficar procurando culpados. Assumir o problema é o primeiro passo rumo às melhorias esperadas. Essa correção vai evitar novos erros.       

Recorrente, mas...
...necessária. A discussão em torno da dengue não vai se esgotar tão cedo. E com novos óbitos confirmados, o quadro se agrava e está longe de uma solução, uma vez que o Aedes aegypti está voando livre por todas as regiões de Limeira. E volto a repetir. Se o problema existe hoje é porque não foi tratado eficazmente lá atrás. Não houve, como e quando deveria, o controle larvário. Agora os ovos eclodiram e...

Fumacê é parcial
Qualquer especialista sabe que um pequeno ovo pode ficar até dois anos inerte, antes de se tornar um mosquito transmissor. E foi nesse ninho que as ações deixaram de ser tomadas. A nebulização, como apontou a infectologista pela Unicamp, Maria Beatriz Bonin Caráccio, não tem efeito sobre ovos e larvas apenas mata esse mosquito. O que não é suficiente, uma vez que o processo já está instalado.

Mais fundo ainda
E a infectologista foi bastante clara em sua explanação. A nebulização, além de ser tóxica e passível de causar reações alérgicas, vai provocar aumento na resistência do mosquito ao veneno. Às vezes é bom ouvir a voz da razão. E de quem entende.

Só eu posso falar!
Essa história de o secretário interino da Saúde, Marco Aurélio Magalhães Faria Jr. proibir técnicos e especialistas da Pasta falarem sobre a dengue à imprensa, é um ranço autoritário que eu pensava já ter se esgotado em nossa história política. Engano meu.

A quem interessa?
A Artesp contestou nota desta coluna da última quinta-feira, quando chamei de burocráticas as decisões em torno do acesso ao Shopping Nações. Enumerou várias providências ainda não tomadas, que esta Gazeta publicou na edição de ontem, mas se esquece do bom senso. Tecnicidade demais, às vezes, só atrapalha. É o caso.

Erguendo o tapete
Olha que notícia interessante. Mensalão tucano está há um ano parado na Justiça mineira e crimes podem prescrever. Se há um discurso exacerbado pela ética, a regra, no entanto é a hipocrisia.

Pergunta rápida
Qual é a mais perigosa ameaça à liberdade de expressão?

Entrando na linha
Do propinoduto tucano dos trens, o trensalão, ao propinoduto da Petrobras, chamado de petrolão, passando pela emenda da reeleição à privataria, desde a iniciativa privada aos governos e tantos outros casos de corrupção, ninguém está imune à culpa, embora deva prevalecer a presunção da inocência, como norma jurídica. Ao prender grandes empresários e presidentes de empreiteiras e renomadas construtoras, pode-se vislumbrar o início de um combate efetivo a essa distorção do sistema político, com origem no privado. Sem o corruptor, o corrupto acaba por perder a função. Que assim seja.

Nota curtíssima
Quem atira a primeira pedra não pode ter teto de vidro. E nem pecado.

Frase da semana
“Operação abriu janela de oportunidade no combate à corrupção”. Do procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa do Ministério Público na Lava Jato, em entrevista ao canal Globonews. No UOL Notícias. Sexta-feira, 27.

quinta-feira, 26 de março de 2015



Dengue e votos
A epidemia de dengue em Limeira é séria e preocupante. E a doença está pior no Estado mais desenvolvido da Federação, São Paulo. E não pode ser tratada com politicagem rasteira. Mais ação e menos política partidária seriam muito bons para o Município.

Já para o forno
Quanto a CPI da Dengue, a preocupação é apenas pela obtenção de dividendos políticos futuros. Uns, atacando o Poder Executivo e outros, defendendo. Não vai sair disso. Como a primeira, lá atrás, que investigou o então secretário da Saúde – também afastado – o hoje vereador Raul Nilsen Filho (PMDB).

Caminho da rua
E se a moda pegar, Limeira terá um secretário da Saúde afastado a cada dois anos.

Sou “otoridade”
Muito bonita a nova credencial dos vereadores limeirenses, dadas pelo presidente da Câmara, Nilton Santos (PRB). Com jeitão de distintivo de Polícia Federal e FBI, será, com certeza, muito utilizada para “carteiradas” indescritíveis. Alguém tem alguma dúvida disso?

Bom senso zero
Numa cidade que se consome em uma epidemia assustadora de dengue, preocupar-se com uma insígnia é no mínimo desrespeitoso com a população. Pode parecer coisa de menor importância, mas que somada às menores, que vão pela Câmara, vai se tornando grande.

De mão beijada
A burocracia da Artesp vai levar o Shopping Nações para o buraco. A falta de força política da Prefeitura de Limeira é uma enormidade. Enquanto isso, frequentadores e lojistas têm que se virar. A quem interessa essa demora???

A última de hoje
Desde seu descobrimento, passando pela Monarquia, depois República – não tão republicana assim – o Brasil passou por ditaduras violentas. A do Estado Novo, de Getúlio Vargas; a militar, com as Forças Armadas e, agora, caminha para uma terceira ditadura. Deixo a conclusão para quem se arriscar a procurar por uma.

terça-feira, 24 de março de 2015

Conversando com Cecília Meireles



“Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”. Escreveu Cecília Meireles. O debate é antigo, mas é sempre bom voltar a ele para que os preceitos de liberdade de expressão não morram pelas mãos de ditadores e tiranos. Ou mesmo pela atuação daqueles que defendem o conceito na teoria sem, de fato, praticá-los. Fica cada vez mais claro e óbvio, pela experiência que carrego pelos anos de profissão, que ainda não se aprendeu a verdadeira prática da discussão. De que opinião tem um significado bastante pessoal, que se torna coletivo a partir do momento em que mais gente converge para um determinado posicionamento e dessa forma se expressa. E que essa individualidade e coletividade são apenas divergências sobre ideias, cujo denominador comum deve ser o aprimoramento das relações humanas, independentemente de ser contra ou a favor. Não é um combate físico entre inimigos, no qual o que conta é um subjugar o outro, mas um embate no campo ideológico, que não pode ser transformado em troca de sopapos, apenas para exercer dominação. E essa divergência de opiniões é fundamental para que não se caia nas garras de uma unanimidade, que nem sempre é burra, mas traz grandes prejuízos quando exercida apenas para a manutenção do poder. Sem levar em conta a necessidade do contraponto ou sem os devidos questionamentos.
Além da liberdade, que é condição precípua, o expressar do pensamento exige também responsabilidade. Tanto de quem emite uma opinião como de quem dela diverge. Parece-me, e tenho percebido cada vez com mais frequência, que a intolerância com as opiniões contrárias está dividindo o ser humano em apenas dois grupos. Um do bem e outro do mal. Como se fosse possível conceituar o que um e o que é outro, sem cair na tentação da obviedade. Pensar contrário ao senso comum, hoje, é um pecado mortal e passível das mais duras reprimendas, como se aquele que assim o faz estivesse literalmente indo contra a humanidade. Defender uma opinião, que não esteja em concordância com o que a maioria pensa, hoje, é o mesmo que dizer que o verde é azul e o amarelo é vermelho. A situação está chegando a um certo ponto de irracionalidade, que o que deveria ser uma troca de ideias sadia, acaba virando briga de rua com consequências inimagináveis. Com a luz amarela acesa é preciso que retomemos os caminhos da razão.
Ninguém é melhor ou pior por simplesmente estar do lado oposto. Essa dualidade que rege o ser humano deveria, também, reger a conduta de cada um. Trata-se de se utilizar do bom senso em vez da hipocrisia. Tenho acompanhado com atenção as discussões em torno da epidemia de dengue em Limeira, anotando opiniões, através das quais percebo, em muitas delas, um debate desconexo da realidade. Um aproveitamento sórdido de uma desgraça anunciada para satisfazer egos e alavancar uma futura disputa política. Como escrevi no início, a expressão do pensamento é livre e individual, mas o respeito deve ser mútuo. Liberdade não se explica. Entende-se, como escreveu sabiamente Cecília Meireles. E é isso que está faltando nesse momento. 

domingo, 22 de março de 2015

E o mês ainda nem acabou, mas o saldo é triste



Até a última terça-feira, 17, conforme mostrou esta Gazeta, em matéria do jornalista Denis Martins, o trânsito limeirense – seja na área urbana ou em rodovias – já computava a morte de uma pessoa a cada dois dias. Um saldo assustador e ao mesmo tempo revelador. Mostra uma receita explosiva que passa pela embriaguez ao volante, desrespeito às regras básicas de civilidade e imperícia. Raramente por problemas mecânicos com o veículo, que também acontecem. É evidente que esses números deverão se diluir ao longo do mês e assim que ele for fechado, nem por isso deixa de ser preocupante. Como deve ser, como sempre foi e que deve continuar sendo ainda por muito tempo. A não ser nos casos da ingestão de bebidas alcoólicas antes de dirigir, que significa assumir o risco da culpa, quando se fala de imprudência, imperícia ou distração, são falhas que podem ser corrigidas facilmente e sem traumas. Começa pela formação do condutor e pela consciência do cidadão, na hora de atravessar uma rua movimentada – e principalmente uma rodovia – sem a devida atenção. As consequências disso já são conhecidas.

Saber não é poder
Alguém – e sempre tem esse alguém – vai dizer: “isso todos nós sabemos, não é novidade, mas solução que é bom ninguém apresenta”. Afirmativa é carregada de razão, mas não pode ser entendida como regra geral. É a reação de indiferença e de pouco espanto a cada novo caso, que causa maior preocupação. A banalização da perda dessas vidas está virando, apenas, estatísticas.

Uma ação urgente
É sempre interessante refrescar nossas memórias e perceber que essa discussão é recorrente, mas bater nessa tecla é preciso. Puxar pela consciência de cada um, do formador ao condutor, sem ter a preocupação de buscar os culpados, mas mostrar que algo precisa ser feito. Que em algum ponto desse processo está havendo uma ruptura e que precisa ser, definitivamente, sanada.

O princípio e o fim
É preciso rever o processo de formação do condutor, que é o princípio de tudo, pois há um forte lobby nesse segmento pela facilitação, cada vez maior, de abrandamento nas regras. Como é difícil prever o controle emocional daqueles que saem com a habilitação nas mãos. Empunhando-a como se fosse um troféu e se enchendo de poder e prontos para se armarem com um veículo nas mãos.

Respeito que falta
Volta-se então a uma palavrinha conhecida, que parece estar sendo riscada dos dicionários: educação. Talvez seja a liga que esteja faltando para boa parte dos cidadãos, que na correria do dia a dia e na pressa do fazer acontecer, acabam por invadir o espaço do seu semelhante sem o devido respeito. Sem se importar com as consequências de atos, que muitas vezes são irreversíveis.

Um risco assumido
Nesse conjunto de situações encontramos também um pedestre desatento que também, em alguns casos, não respeitam as regras básicas do trânsito. Atravessam a frente dos veículos, em pleno sinal fechado para eles, em esquinas que têm semáforos para pedestres. Uma situação que, além de colocar em risco sua própria integridade física, podem provocar colisão entre veículos, que são obrigados a frear bruscamente.

Mais perigo ainda
Nas rodovias essa situação é mais complicada ainda. Atropelamentos como o de um homem, no último domingo, na Rodovia Anhangüera são um exemplo dessa desatenção. Em especial porque as pessoas se arriscam, esquecendo-se das passarelas. Para não andar alguns metros a mais, atravessam as pistas inadvertidamente. Por isso, é importante essa reflexão. Mesmo que seja recorrente. 

E para complicar...
Já que é para falar de trânsito e encerrando por aqui o assunto, continua difícil circular pela região central da cidade, por conta da falta de sincronismo dos semáforos. Quando parece que tudo vai melhorar, a gente elogia e o que acontece? Piora. Haja paciência.

Quero meu R$ 0,01
Deixando o trânsito de lado, vamos para as “coisas” legislativas do Município. E são “coisas”. E a última delas é do vereador Edvaldo Soares Antunes, o Dinho (PSB). É dele um projeto em trâmite na Câmara, que  obriga o comerciante, seja de que setor for, a devolver o troco em moeda de R$ 0,01 (um centavo, faz tempo que não escrevo isso), quando a promoção terminar em R$ 0,09. Ou seja, R$ 1,99, R$ 59,99 e por aí vai. Esta Gazeta noticiou essa “pérola” na última sexta-feira. Mais uma e que, com certeza, entrará para o folclore da política limeirense. Como tantas outras, como: o “Dia do Alpinista” e o “Dia da Oração”, por exemplo.

Dinho corrige tudo
Ainda bem que o próprio vereador Dinho consertou tudo. É dele também o projeto encaminhado para análise jurídica na Câmara, que autoriza o prefeito a revogar todas as “leis sem sentido” e que são consideradas inservíveis. Foi uma reação rápida do nobre edil. Que tal começar por essa, do troco, caso seja aprovada e transformada em lei?

Pergunta rápida
Até que ponto o Ministério Público deve interferir em políticas públicas de governo?

Não é o momento
Essa questão acima vem no sentido de entender o pedido do Ministério Público, aqui em Limeira, pelo afastamento do secretário da Saúde, Luiz Antonio da Silva, devido à epidemia de dengue, que foi acatado pelo juiz Adilson Araki Ribeiro. Considero, entretanto, a ação precipitada tendo em vista que as medidas vêm sendo tomadas e o problema não é apenas local. E vem de antes de Luizinho. Já é nacional. Fica, assim, outra questão a ser respondida: quem cuidará dessa situação? Uma troca, agora, pode comprometer o combate à dengue. E agravar esse quadro epidêmico.

Nota curtíssima
Perder faz parte do jogo. Não saber perder revela falta de humildade.

Frase da semana
 “Sou de um outro partido, que às vezes faz oposição à senhora, mas eu não. Nunca ninguém ouviu aqui em Goiás uma palavra minha que não fosse de respeito e de reconhecimento ao trabalho de Vossa Excelência.'' Do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo à presidente Dilma Rousseff (PT), durante sua visita à Goiânia. Na Folha de S. Paulo. Quinta-feira, 19.