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domingo, 14 de setembro de 2014

Efeitos de uma administração mal resolvida

Hoje a Gazeta está publicando mais um tópico da pesquisa de opinião pública que encomendou à Limite Consultoria. De caráter eleitoral e devidamente registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob número SP-00019/2014, a consulta quis saber também sobre a aprovação da administração Paulo Hadich (PSB). E os números não são nada favoráveis ao socialista, que tem em sua base o Partido dos Trabalhadores, ao qual pertence o vice Antônio Carlos Lima. São de fato a expressão real do que pensa a maioria dos entrevistados em relação ao Poder Executivo. Basta um olhar mais atento ao Município e seus problemas estruturais e “imbróglios” judiciais, para perceber que esse resultado é o mais puro reflexo a atuação da atual administração pública municipal, cuja chapa saiu vitoriosa – e de forma convincente - das urnas e em primeiro turno. A disposição do eleitorado em aceitar uma mudança radical no panorama político local, fechado a pequenos grupos e extremamente conservador, não surtiu o efeito desejado. E o que se anunciava como renovação e uma nova forma de governar, acabou na mesmice de sempre.

E será contestada
Cada um, é evidente, defende o seu ponto de vista. E vai puxar, sempre, a sardinha para seu braseiro. Faz parte do jogo democrático. Os números apresentados com certeza serão contestados sob os mais variados argumentos. Inclusive políticos. O que não se pode, entretanto, é contestar a lisura do trabalho levado a efeito por profissionais de alto nível e técnicos-especialistas.

É o cenário atual
É preciso entender a dinâmica da opinião pública, que é fundamental. E basta dar uma folheada nas páginas dos jornais e noticiários de rádio e TV, para entender porque os números não são nada favoráveis ao momento. E que é a representação da pesquisa realizada, mas que pode mudar numa próxima rodada de consultas. Hoje o cenário é este. O chororô, entretanto, é livre a todos.  

O que se mostra
Diariamente esta Gazeta tem sido porta-voz da população, ao retratar problemas que o Município enfrenta. E que não são poucos. Reclamações e denúncias chegam diariamente à redação e poderiam encher várias edições impressas, sem qualquer esforço. Problemas comuns de limpeza urbana a questões estruturais graves, como trânsito e falta de medicamentos no postos de saúde.

A realidade crua
E não há, de momento, qualquer perspectivad de que essa situação vá melhorar. As oportunidades foram e continuam sendo dadas para a reversão desse quadro, mas as críticas e denúncias que diariamente envolvem a administração são de tal grandeza que não há luz possível no fim do túnel. Isso porque havia expectativas sobre uma nova forma de administração, que se mostrou irreal.

Nas entrelinhas...
É interessante que se faça uma leitura técnica dos números que esta Gazeta traz hoje, justamente às vésperas de mais um aniversário de Limeira, que completa amanhã 188 anos. Mesmo porque qualquer interpretação política leva a uma distorção dos resultados ora apresentados. Mesmo porque não é interesse criar clima favorável ou desfavorável ao governo municipal. Apenas alertá-lo.

Pelo sim... ou não
É verdade que não há apenas notícias ruins. O governo de Paulo Hadich (PSB) tem se mostrado sensível sob alguns aspectos da vida municipal, mas peca pelo excesso de discurso e pouca prática. Peca, principalmente, por teorizar e não fazer. E isso cansa o cidadão, que está cada vez mais exigente e, sobretudo, descrente com a classe política. É preciso resgatar essa confiança perdida, antes que seja tarde.

Há surpresas, sim
Na edição de amanhã, a pesquisa fecha o ciclo de avaliações sobre a administração atual. São números e dados que também surpreendem. E mostram que o cidadão está atento, também, ao que de positivo foi construído nesses quase dois anos.

E daqui para fora
E esquenta, a cada dia, a campanha política à corrida presidencial. Se nos Estados quase não há disputa possível, com ampla vantagem aos governos que estão no poder e buscam reeleição, a cadeira principal do Palácio do Planalto é alvo de uma cobiça nunca antes sentida neste país (acho que alguém já disse isso, algum dia...). Os ataques entre os principais concorrentes, a petista Dilma Rousseff, o tucano Aécio Neves e a socialista (?) Marina Silva, estão passando dos limites. Os três resolveram partir para o ataque de forma violenta e virulenta, o que não dá tempo para trazer à realidade – e ao conhecimento do eleitor – o que cada um pretende fazer para pela nação que têm a pretensão de governar.

Vidro muito fino
Busca-se, desesperadamente, o escândalo como forma de angariar dividendos políticos que se transformem em votos. E, nesse quesito, nenhum dos três pode atirar a primeira pedra, pois ela voltará contra a própria vidraça. Isso é fato.

Se desrespeitam...
...as regras fáceis de serem cumpridas, dá para imaginar quando elas se tornarem complicadas. Na última sexta-feira esta Gazeta trouxe matéria, em manchete, sobre o desrespeito à legislação eleitoral no que diz respeito à propaganda visual (cavaletes, cartazes e bandeirinhas). Regra básica e simples de ser seguida, mas  vem dando trabalho à Justiça Eleitoral, que tem endurecido na fiscalização e nas ações para coibir tais abusos. Se pretendem representar a população, na Assembleia Legislativa ou Câmara dos Deputados, esses candidatos devem também dar o exemplo na observância das leis. Precisam saber respeitar para serem respeitados.

Pergunta rápida
A militância de rua do PT pode fazer a diferença e definir a eleição presidencial?

É uma ideia fixa
Em meio a uma fala desconexa, o vereador Aloizio Andrade (PT), que não morre de amores pela imprensa – não é obrigado a isso, mas precisar saber respeitá-la – voltou à carga contra jornalistas e órgãos de comunicação novamente. Foi na sessão da Câmara da última segunda-feira, 8. Sem citar nomes, tanto de jornalistas quanto de empresas de comunicação, ele retomou suas tradicionais acusações a setores da mídia de terem recebido “favores” em administrações anteriores. Talvez o vereador desconheça, mas cabe ao acusador o ônus da prova. E falta-lhe coragem, também, para nominar os profissionais que tanto cita, generalizando as acusações.

Nota curtíssima
Vereador petista Aloizio Andrade está à beira de um ataque de nervos novamente.

Frase da semana
“Se soubesse de irregularidade na Petrobras, teria demitido”. Da presidente Dilma Rousseff (PT), em sabatina do jornal O Globo. No UOL Eleições 2014. Sexta-feira, dia 12.

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