Fazer fumaça é especialidade de políticos. E, nesse quesito, não escapa ninguém. De nenhuma cor partidária ou ideológica. A farinha se junta num mesmo saco e fica quase impossível separá-la. Ensaboados e como se tivessem azeite pelo corpo todo, tornam-se escorregadios e costumam justificar o injustificável. Tangenciam suas respostas, quando não conseguem escapar do óbvio: a verdade sobre suas ações, principalmente aquelas que não têm uma explicação lógica. E fumaça política, diga-se, nem sempre é sinal de fogo iminente. A maioria das vezes se trata apenas de palha verde queimando, na tentativa de ver se o fogo realmente acende. Invariavelmente serve apenas para poluir e esconder interesses. Às vezes, aquecer vaidades. Transforma-se em cinzas mesmo antes de se tornar brasa.
Logo mais, cerca de dois meses e meio à frente, os prazos eleitorais começam a valer para os interessados em disputar cargos políticos em 2012. No caso, todos eles municipais, quando se estará escolhendo e elegendo -ou reelegendo - prefeitos e vereadores nos mais de 5,5 mil municípios brasileiros. É por onde começa a se estruturar a cadeia política e, por isso, deveria ser a mais cuidadosa e criteriosa escolha de todas. Entretanto não é assim! E apesar de todas as campanhas educativas, principalmente aquelas patrocinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda se incorre em erros, que comprometem as causas e as necessidades coletivas e fazem emergir figuras de personalidades distorcidas e especialmente ambiciosas, sem nenhum pudor ou espírito verdadeiramente público.
A fumaceira, infelizmente, já começou. E pela sua própria característica se espalha rapidamente, carregando alguns personagens que lá na frente vão simplesmente se dissipar junto com ela ou se transformar em chama real. E Limeira já apresenta os primeiros interessados que, com os fósforos nas mãos, vão procurando um espaço para tentar acender a fogueira. Podem aparecer outros, porém não haverá fósforo ou lenha para todos. O combustível eleitoral pela sua característica é seletivo. E é nesse ponto que entra a responsabilidade do cidadão, que tem o dever de participar. Do eleitor. É ele quem vai justamente distribuir esse combustível aos seus escolhidos e garantir o calor das disputas, que devem ser bastante acirradas.
Apesar de as pitonisas de plantão declinarem suas preferências, a definição ainda está a uma distância segura de muitos incendiários, que procuram pelo rastilho da pólvora. Outra obrigação do cidadão-eleitor, nesse sentido, é estar atento a esses piromaníacos, evitando que encontrem esse caminho. Ou, então, manter sempre próximo muita água ou extintores, que abafem os princípios de incêndio indesejáveis. Aqueles que podem queimar em outras direções.
terça-feira, 19 de julho de 2011
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