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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Como unir forças por um objetivo

Fechamos o primeiro semestre de 2011. Mais alguns meses o ano se acaba e chega 2012 e, com ele, as eleições municipais. Muito se escreve, se analisa, vira conversa de botequim, mas a verdade é que não há coerência nos discursos políticos. Não há um caminho seguro, ainda, para que tenhamos uma opção clara e garantida de que alguma luz possa iluminar nossos destinos. A profusão de aparições políticas começa. E embora sem demonstrar - ou procurando disfarçar - que os interesses miram o 3 de outubro do ano que vem, é evidente esse objetivo. Está estampado nas figurinhas carimbadas da política local, que se apresentam como opção a uma renovação política. Os “suprapartidários” se apresentam aos montes e com discurso afinado de união em torno de um ideal. A vaidade, porém, fala mais alto que o interesse coletivo e, quando um começa a aparecer mais do que o outro, está desfeita qualquer possibilidade de entendimento. “Nosso interesse é suprapartidário, desde que meu nome prevaleça no grupo”. Tal afirmativa, comum nesses tempos, é o tipo de incoerência política que mata a cria no ninho. Então...

O uso e o abuso
É nesse ponto que o papel da imprensa é crucial. Jornalistas viram alvo fácil de candidatos a candidato, que fazem qualquer coisa para ganhar espacinhos e espações na mídia. E cabe justamente a nós, enquanto formadores de opinião, o papel de árbitros nessa escalada de vaidades. Cumpre-nos a quase impossível missão de separar o joio do trigo. Ou melhor, saber distinguir essa tênue divisa entre interesse coletivo e o pessoal.

Teoria e prática
Se ainda estamos a 14 meses da eleição e o cerco já se fecha nas redações em busca da notoriedade política, daqui a pouco começa a vigorar o calendário eleitoral e o assédio será maior ainda. É nesse ponto que vale o dissernimento político e o senso prático de cada profissional para não se deixar levar pelos discursos, que em príncipio parecem vigorosos, dos muitos candidatos. O canto da sereia é doce. Algodão nos ouvidos!

Planejar, jamais!
Toda essa confusão, que o estreitamento da calçada na Rua Tiradentes vem provocando é fruto da falta de planejamento técnico, estudos de viabilidades e mau costume que o prefeito Silvio Félix (PDT) tem de anunciar obras de sopetão. Para causar efeito na mídia e criar possibilidades de marketing político. Isso fere todas as regras básicas da administração pública - como é hábito na maioria dos agentes políticos guindados a cargos públicos neste País - que requer principalmente senbibilidade. A torre do Morro Azul foi um exemplo mal sucedido dessa fábrica de factóides políticos, que atingiu Limeira nos últimos anos.

Abre para a rua
Aquele portão de garagem abrindo para a Rua Tiradentes e que vai ficar maior que a calçada, conforme mostrou o morador da casa à Gazeta, em matéria publicada na última quinta-feira é o maior exemplo da insensibilidade pública com os cidadãos. Ninguém previu isso? Ninguém pensou nessa possibilidade, já que aquela rua é de fato estreita? Que venham respostas práticas e não políticas. Todos estão se cansando dessa situação!

A gente elogia...
...mas.... nem sempre funciona. Depois de muitas e até pesadas críticas aqui mesmo neste espaço à falta de sincronismo dos semáforos na região central de Limeira, escrevi alguns elogios, pois houve uma melhora em várias ruas, que contempla o quadrilátero de maior fluxo de trânsito na cidade. Eis que a situação está voltando ao normal, ou seja, não houve sequência no sistema de melhorias e os semáforos começam a emperrar o trânsito novamente.

Parece que não
Alegou-se fiação velha. Foi o que disse a o secretário dos Transportes, Rodrigo Oliveira. Foi trocada e, em princípio, parecia que o problema estava sendo resolvido. Eis que - e aos poucos - a situação está voltando como era antes. Então, há algo ainda não resolvido nessa questão toda. Vamos aguardar!

Pergunta rápida
Você se lembra em quem votou para vereador e prefeito na última eleição?

Se você quer ler
Outra sugestão de leitura para os colegas jornalistas. Sempre é bom ler um pouco mais daquilo que temos ou que queremos. Para reforçar o que pensamos. Por isso, estou indicando o livro Jornalismo, Ética e Liberdade, de Francisco José Karam, que é professor universitário e especialista na área da ética. No livro, da Summus Editorial, Karan debate o sentindo que essas palavras - que compõem o título da publicação - podem ter em diferentes contextos. O autor analisa, ainda, “temas éticos mais frequentes nos dias de hoje, desde o direito da vida privada contraposto à liberdade de informação”. Apesar de ser específico, é uma leitura recomendada para todos os segmentos profissionais.

Eu Recomendo!
Sempre é bom assistir a filmes que retratem um certo perfil antiético de jornalistas. Bastante comum nos dias de hoje. E até mesmo da imprensa como um todo. A Montanha dos Sete Abutres (Ace in the Hole, EUA-1951) é um desses filmes. Dirigido por Billy Wilder, traz no elenco Kirk Douglas, Porter Hall, Jan Sterling, Robert Arthur, Frank Cady, Richard Benedict e Ray Teal. Conta a história de um reporter que, depois de 11 demissões, aceita emprego num pequeno jornal do Novo México. O trabalho é bastante monótono, até que ele encontra um homem preso numa mina. Ele vislumbra a possibilidade de, ao prolongar a permanência do mineiro dentro dos escombros, uma chance de se tornar famoso, pouco se importando com as consequências de seus atos. Bastante atual, diga-se. 111 minutos.

Frase da semana
“Viagem de São Paulo a Santos custa o mesmo que trajeto para Curitiba ou Belo Horizonte”. Manchete da última sexta-feira, dia primeiro, sobre o aumento de pedágios no Estado de São Paulo. No UOL Notícias-Cotidiano.

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