Xenofobia? Ódio étnico e religioso? Loucura? Fanatismo? O que leva um jovem, num país desenvolvido e pacífico a tirar a vida de compatriotas, que promoviam encontro político - também pacífico - e chamar para si a condição de arauto do nacionalismo de uma pátria, contra o acolhimento à diversidade cultural? A irracionalidade do ato do norueguês Anders Behring Breivik, de 32 anos, foi tamanha e injustificável, que não cabe em nenhuma das descrições do início deste texto.
Ninguém, em nome de qualquer ideal que seja - ou na defesa de suas posições políticas - pode se autoproclamar justiceiro. Muito menos chegar ao extremo de uma chacina por questões filosóficas, centradas nos ideais nazistas da supremacia branca. Não gosto do termo terrorismo, pela pecha política e ideológica que ele carrega e pela deturpação do seu uso na linguagem corrente, por isso não pretendo descrever Breivik como terrorista. Muito menos como ativista de qualquer ideário, o que ele também não é! Não há causa que sustente tamanha fúria, a não ser por uma mente desajustada e muito bem trabalhada por pregoeiros da discórdia. Por aqueles que não aceitam - e também não há hipóteses para esse tipo de posicionamento - as diferenças existentes, que caracterizam cada povo; na crença ou na política, de cada cidadão terreno, o que torna cada um de nós uma personalidade de propósitos exclusivos, pela simples opção que escolhemos.
As teorias sobre a natureza do ato do jovem norueguês, que não queria repartir - no sentido da interação e da troca de experiências sociais, culturais, etc. - sua nação com outros povos, surgirão aos montes, porém não há juízo de valor a ser estabelecido. E tergiversar sobre os motivos do crime cometido é como discutir e aceitar as razões das Cruzadas, do Santo Ofício, do fanatismo religioso dos Talebans, tornando seus protagonistas heróis de uma causa vazia, cujos propósitos eram - e foram - o domínio da capacidade humana da autodecisão e destino de suas próprias vidas. Não encontrando respaldo justamente devido à multiplicidade das opiniões, oprimiam, torturavam - psicológica e fisicamente - e eliminavam todos aqueles que ousavam pensar por suas cabeças. E ainda o fazem. Tudo igual a um passado de triste lembrança. Como fez o extremista norueguês. E como fazem - e vão continuar fazendo - todos aqueles que, mirando-se fixamente num espelho, sentem-se ungidos pela providência divina sobre os destinos de seus iguais. Esse tipo de obsessão está longe de ter um fim. E nunca se está preparado para o enfrentamento, pois a surpresa age como cúmplice de mentes dessa natureza, cuja finalidade é apenas causar dor ao seu semelhante, como se isso fosse suficiente para reparar as supostas injustiças que acreditam enfrentar e querem combater. O sangue não pode nunca manchar a capacidade do homem de se relacionar com seu semelhante.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
segunda-feira, 25 de julho de 2011
A razão de cada um! E o poder público?
Moradores vizinhos ao Shoppin Pátio, pela Rua Tiradentes, começam novamente a reclamar da movimentação de jovens no local, em especial pela Rua Vereador João Kuntz Busch, às quartas-feiras à noite. A Gazeta flagrou a situação. Fica praticamente impossível se movimentar - entrar e sair de garagens com veículos - naquelas condições. Apesar de todas as reclamações não há nenhuma denúncia de vandalismo ou barulho. Apenas jovens sem ter opção alguma de lazer, tentando se divertir um pouco. Férias escolares, cinema mais barato às quartas-feiras... e uma total ausência do poder público, que não tem política nenhuma para juventude limeirense. Apenas marketing e muita conversa. Resta essas reuniões. E que vão provocar desconforto para alguém. Os moradores têm suas razões. Os jovens também têm às suas e precisam ter um ambiente para o lazer, diversão, cultura, que os atraiam de fato. Vê-se pelas fotos publicadas, que estão apenas procurando pela interação social. E isso ninguém pode proibir. Desde que continuem nos limites da civilidade, estão apenas fazendo uso de uma área pública. É o que lhes resta!
Estão onde todos...
...podem estar. E apesar do incômodo relatado por uma moradora, que solicitou a reportagem da Gazeta no local, existe o direito constitucional do “ir e vir”, que garante essa movimentação. É preciso que se cobre das autoridades públicas soluções práticas e ações efetivas de atendimento ao jovem. Políticas públicas que possam garantir mais espaços e atração de investimentos no setor de lazer ao município.
É hora de acordar
É preciso se desencastelar para sentir as reais necessidades dessa população. A clausura em gabinetes com ar condicionado e ações de marketing reforçam apenas um “blá-blá-blá” já conhecido. Revela uma falta de sensibilidade absurda e inaceitável, diante de uma situação real. É preciso saber ouvir e querer conversar; atentar aos desejos da comunidade. Mesmo por que o castelo está ali, muito próximo do local.
Outra! E agora?
A Prefeitura está anunciando mais uma campanha de educação no trânsito. Das muitas que já tentou implementar, porém sem resultado efetivo. A idéia de harmonizar o convívio dentre pedestres, motoristas e motociclistas é interessante. Só precisa que o público alvo entenda esse propósito.
Minha sugestão
Na prática, mesmo, essa educação no trânsito deveria começar por motoristas que ocupam vagas de motociclistas; motociclistas que insistem em tirar o espaço de motoristas; pedestres que atravessam fora da faixa e com os sinais vermelhos abertos e, principalmente, que vaga para estacionar indicativa de idoso é apenas para idoso e as de portadores de necessidades especiais apenas para esses portadores. Simples, não? Infelizmente não é assim que funciona!
No lugar certo
É de autoria do vereador Valmir Gonçalves de Almeira, do PT de Iracemápolis, uma lei, que já está gerando discussões no vizinho município. “Dispõe sobre a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas”. Interessante. A partir do momento em que municípios são gestores do ensino público (assim como estados e Federação), e se os prefeitos, governadores e presidente da República confiam mesmo na educação oficial, nada mais justo que provarem essa confiança, matriculando os seus em escolas públicas sob suas responsabilidades.
Erro semântico!
É comum ver publicado na imprensa e até mesmo na mídia eletrônica, que “fulano de tal está afastado por questões de saúde”. Apesar de a maioria entender o significado da expressão, ela está errada. O correto é escrever - ou dizer - que “fulano de tal está afastado por doença”.
Pergunta rápida
Quantos candidatos a prefeito Limeira terá em 2012?
Se você quer ler
Mais uma sugestão de leitura para os colegas da mídia. Em especial da mídia institucional e de assessoria de imprensa. Trata-se de Tratado de Comunicação Organizacional e Política, de Gaudêncio Torquato, o pioneiro em comunicação organizacional no País e um dos maiores especialistas brasileiros em marketing político e eleitoral. Jornalista, Torquato desvenda neste livro, de 2002, lançado pela Editora Pioneira Thomsom Learning, os mistérios da comunicação interna e externa das organizações, enumerando os problemas e apresentando as soluções. Interessante leitura para os profissionais da área. E para aqueles que desejam saber também sobre o verdadeiro papel de uma assessoria de imprensa.
Eu Recomendo!
Hoje minha indicação de filme é bem light. Trata-se da engraçadíssima comédia O Animal (The Animal – EUA, 2001), dirigida por Luke Greenfield. Tem no elenco o sempre talentoso Rob Schneider, além de Colleen Haskell, John C. McGinley, Edward Asner, o impagável Adam Sandler, Michael Caton, Louis Lombardi, Pilar Schneider entre outros. Conta a história de Marvin Mage (Rob Schneider), um fracote que sempre sonhou em ser um policial mas nunca teve físico para isso. Ele sofre um acidente que quase o mata e, para salvar sua vida, um cientista decidiu por fazer uma inovadora cirurgia, que reconstruía seu corpo com órgãos de animais. A experiência dá certo e a partir de então Marvin fica famoso e se torna um superpolicial. Porém, logo os novos órgãos fazem com que Marvin passe a ter instintos animais, que se manifestam nas piores horas e das maneiras mais bizarras possíveis. Gargalhadas garantidas. 90 minutos.
Frase da Semana
"A ética na boca de muitos é mel. Na prática, porém, é fel". Da coluna Texto&Contexto da última quinta-feira, 21. Na Gazeta. E bastante comentada na rede social Twitter, durante esta semana.
Estão onde todos...
...podem estar. E apesar do incômodo relatado por uma moradora, que solicitou a reportagem da Gazeta no local, existe o direito constitucional do “ir e vir”, que garante essa movimentação. É preciso que se cobre das autoridades públicas soluções práticas e ações efetivas de atendimento ao jovem. Políticas públicas que possam garantir mais espaços e atração de investimentos no setor de lazer ao município.
É hora de acordar
É preciso se desencastelar para sentir as reais necessidades dessa população. A clausura em gabinetes com ar condicionado e ações de marketing reforçam apenas um “blá-blá-blá” já conhecido. Revela uma falta de sensibilidade absurda e inaceitável, diante de uma situação real. É preciso saber ouvir e querer conversar; atentar aos desejos da comunidade. Mesmo por que o castelo está ali, muito próximo do local.
Outra! E agora?
A Prefeitura está anunciando mais uma campanha de educação no trânsito. Das muitas que já tentou implementar, porém sem resultado efetivo. A idéia de harmonizar o convívio dentre pedestres, motoristas e motociclistas é interessante. Só precisa que o público alvo entenda esse propósito.
Minha sugestão
Na prática, mesmo, essa educação no trânsito deveria começar por motoristas que ocupam vagas de motociclistas; motociclistas que insistem em tirar o espaço de motoristas; pedestres que atravessam fora da faixa e com os sinais vermelhos abertos e, principalmente, que vaga para estacionar indicativa de idoso é apenas para idoso e as de portadores de necessidades especiais apenas para esses portadores. Simples, não? Infelizmente não é assim que funciona!
No lugar certo
É de autoria do vereador Valmir Gonçalves de Almeira, do PT de Iracemápolis, uma lei, que já está gerando discussões no vizinho município. “Dispõe sobre a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas”. Interessante. A partir do momento em que municípios são gestores do ensino público (assim como estados e Federação), e se os prefeitos, governadores e presidente da República confiam mesmo na educação oficial, nada mais justo que provarem essa confiança, matriculando os seus em escolas públicas sob suas responsabilidades.
Erro semântico!
É comum ver publicado na imprensa e até mesmo na mídia eletrônica, que “fulano de tal está afastado por questões de saúde”. Apesar de a maioria entender o significado da expressão, ela está errada. O correto é escrever - ou dizer - que “fulano de tal está afastado por doença”.
Pergunta rápida
Quantos candidatos a prefeito Limeira terá em 2012?
Se você quer ler
Mais uma sugestão de leitura para os colegas da mídia. Em especial da mídia institucional e de assessoria de imprensa. Trata-se de Tratado de Comunicação Organizacional e Política, de Gaudêncio Torquato, o pioneiro em comunicação organizacional no País e um dos maiores especialistas brasileiros em marketing político e eleitoral. Jornalista, Torquato desvenda neste livro, de 2002, lançado pela Editora Pioneira Thomsom Learning, os mistérios da comunicação interna e externa das organizações, enumerando os problemas e apresentando as soluções. Interessante leitura para os profissionais da área. E para aqueles que desejam saber também sobre o verdadeiro papel de uma assessoria de imprensa.
Eu Recomendo!
Hoje minha indicação de filme é bem light. Trata-se da engraçadíssima comédia O Animal (The Animal – EUA, 2001), dirigida por Luke Greenfield. Tem no elenco o sempre talentoso Rob Schneider, além de Colleen Haskell, John C. McGinley, Edward Asner, o impagável Adam Sandler, Michael Caton, Louis Lombardi, Pilar Schneider entre outros. Conta a história de Marvin Mage (Rob Schneider), um fracote que sempre sonhou em ser um policial mas nunca teve físico para isso. Ele sofre um acidente que quase o mata e, para salvar sua vida, um cientista decidiu por fazer uma inovadora cirurgia, que reconstruía seu corpo com órgãos de animais. A experiência dá certo e a partir de então Marvin fica famoso e se torna um superpolicial. Porém, logo os novos órgãos fazem com que Marvin passe a ter instintos animais, que se manifestam nas piores horas e das maneiras mais bizarras possíveis. Gargalhadas garantidas. 90 minutos.
Frase da Semana
"A ética na boca de muitos é mel. Na prática, porém, é fel". Da coluna Texto&Contexto da última quinta-feira, 21. Na Gazeta. E bastante comentada na rede social Twitter, durante esta semana.
Caminho certo
Apesar de oficialmente o calendário eleitoral só começar a valer a partir de outubro, sente-se que há uma politização maior em torno do debate. E o que é mais importante: com a participação de uma juventude consciente e com muita vontade de mudar. E é preciso mudar. Tudo. Trazer de volta a política à ética !
Desconstrução
É preciso que haja uma descontinuidade do processo atual, do modo arcaico de fazer política. Principalmente a partidária. E, nesse caso, nada melhor que arejar esse processo, mudando os personagens. Mas é necessária uma - lembrando Jânio Quadros - vassourada no que está aí. Varrer para longe, não para debaixo do tapete!
Obras, obras...
...e obras. A Prefeitura começa a anunciar algumas retomadas em obras essenciais, como a duplicação do anel viário, por exemplo. Estamos em julho, quase agosto e 2012 está mais próximo. E que ninguém duvide: ano que vem teremos muitas, mas muitas inaugurações. E não será mera coincidência de cronograma. Certeza!
Confusão óbvia
Quem confunde “Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão”, como costumava dizer Jurandyr Paixão em seus discursos políticos, está apenas querendo confundir opiniões, e não esclarecer. A ética na boca de muitos é mel. Na prática, porém, é fel.
Português claro
A palavra de hoje é moral. Segundo o dicionário Houaiss, moral é um adjetivo e substantivo de dois gêneros. Vou ficar nos substantivos apenas: “disposição de espírito para agir com maior ou menor vigor diante de circunstâncias difíceis; conjunto de valores, individuais ou coletivos, considerados universalmente como norteadores das relações sociais e da conduta dos homens”. Tenho dito!
Credibilidade!
Entre a informação e a deformação há uma linha bem traçada, que se chama competência. E competência não se compra com 30 moedas. Nem com nada!
A última de hoje
Hoje, às 19h30, será inaugurada a sede assistencial do Lanisa - Lar de Nutrição Infantil Souza Andrade - ONG que dá suporte a pessoas (crianças e adultos) portadores de doenças crônicas e câncer. O endereço é Rua Bahia, 965, na Vila Cláudia. Para conhecer a entidade, acesse www.brasconsites.com.br/lanisalimeira
Apesar de oficialmente o calendário eleitoral só começar a valer a partir de outubro, sente-se que há uma politização maior em torno do debate. E o que é mais importante: com a participação de uma juventude consciente e com muita vontade de mudar. E é preciso mudar. Tudo. Trazer de volta a política à ética !
Desconstrução
É preciso que haja uma descontinuidade do processo atual, do modo arcaico de fazer política. Principalmente a partidária. E, nesse caso, nada melhor que arejar esse processo, mudando os personagens. Mas é necessária uma - lembrando Jânio Quadros - vassourada no que está aí. Varrer para longe, não para debaixo do tapete!
Obras, obras...
...e obras. A Prefeitura começa a anunciar algumas retomadas em obras essenciais, como a duplicação do anel viário, por exemplo. Estamos em julho, quase agosto e 2012 está mais próximo. E que ninguém duvide: ano que vem teremos muitas, mas muitas inaugurações. E não será mera coincidência de cronograma. Certeza!
Confusão óbvia
Quem confunde “Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão”, como costumava dizer Jurandyr Paixão em seus discursos políticos, está apenas querendo confundir opiniões, e não esclarecer. A ética na boca de muitos é mel. Na prática, porém, é fel.
Português claro
A palavra de hoje é moral. Segundo o dicionário Houaiss, moral é um adjetivo e substantivo de dois gêneros. Vou ficar nos substantivos apenas: “disposição de espírito para agir com maior ou menor vigor diante de circunstâncias difíceis; conjunto de valores, individuais ou coletivos, considerados universalmente como norteadores das relações sociais e da conduta dos homens”. Tenho dito!
Credibilidade!
Entre a informação e a deformação há uma linha bem traçada, que se chama competência. E competência não se compra com 30 moedas. Nem com nada!
A última de hoje
Hoje, às 19h30, será inaugurada a sede assistencial do Lanisa - Lar de Nutrição Infantil Souza Andrade - ONG que dá suporte a pessoas (crianças e adultos) portadores de doenças crônicas e câncer. O endereço é Rua Bahia, 965, na Vila Cláudia. Para conhecer a entidade, acesse www.brasconsites.com.br/lanisalimeira
terça-feira, 19 de julho de 2011
Eleição. Fósforo, pólvora e água"
Fazer fumaça é especialidade de políticos. E, nesse quesito, não escapa ninguém. De nenhuma cor partidária ou ideológica. A farinha se junta num mesmo saco e fica quase impossível separá-la. Ensaboados e como se tivessem azeite pelo corpo todo, tornam-se escorregadios e costumam justificar o injustificável. Tangenciam suas respostas, quando não conseguem escapar do óbvio: a verdade sobre suas ações, principalmente aquelas que não têm uma explicação lógica. E fumaça política, diga-se, nem sempre é sinal de fogo iminente. A maioria das vezes se trata apenas de palha verde queimando, na tentativa de ver se o fogo realmente acende. Invariavelmente serve apenas para poluir e esconder interesses. Às vezes, aquecer vaidades. Transforma-se em cinzas mesmo antes de se tornar brasa.
Logo mais, cerca de dois meses e meio à frente, os prazos eleitorais começam a valer para os interessados em disputar cargos políticos em 2012. No caso, todos eles municipais, quando se estará escolhendo e elegendo -ou reelegendo - prefeitos e vereadores nos mais de 5,5 mil municípios brasileiros. É por onde começa a se estruturar a cadeia política e, por isso, deveria ser a mais cuidadosa e criteriosa escolha de todas. Entretanto não é assim! E apesar de todas as campanhas educativas, principalmente aquelas patrocinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda se incorre em erros, que comprometem as causas e as necessidades coletivas e fazem emergir figuras de personalidades distorcidas e especialmente ambiciosas, sem nenhum pudor ou espírito verdadeiramente público.
A fumaceira, infelizmente, já começou. E pela sua própria característica se espalha rapidamente, carregando alguns personagens que lá na frente vão simplesmente se dissipar junto com ela ou se transformar em chama real. E Limeira já apresenta os primeiros interessados que, com os fósforos nas mãos, vão procurando um espaço para tentar acender a fogueira. Podem aparecer outros, porém não haverá fósforo ou lenha para todos. O combustível eleitoral pela sua característica é seletivo. E é nesse ponto que entra a responsabilidade do cidadão, que tem o dever de participar. Do eleitor. É ele quem vai justamente distribuir esse combustível aos seus escolhidos e garantir o calor das disputas, que devem ser bastante acirradas.
Apesar de as pitonisas de plantão declinarem suas preferências, a definição ainda está a uma distância segura de muitos incendiários, que procuram pelo rastilho da pólvora. Outra obrigação do cidadão-eleitor, nesse sentido, é estar atento a esses piromaníacos, evitando que encontrem esse caminho. Ou, então, manter sempre próximo muita água ou extintores, que abafem os princípios de incêndio indesejáveis. Aqueles que podem queimar em outras direções.
Logo mais, cerca de dois meses e meio à frente, os prazos eleitorais começam a valer para os interessados em disputar cargos políticos em 2012. No caso, todos eles municipais, quando se estará escolhendo e elegendo -ou reelegendo - prefeitos e vereadores nos mais de 5,5 mil municípios brasileiros. É por onde começa a se estruturar a cadeia política e, por isso, deveria ser a mais cuidadosa e criteriosa escolha de todas. Entretanto não é assim! E apesar de todas as campanhas educativas, principalmente aquelas patrocinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda se incorre em erros, que comprometem as causas e as necessidades coletivas e fazem emergir figuras de personalidades distorcidas e especialmente ambiciosas, sem nenhum pudor ou espírito verdadeiramente público.
A fumaceira, infelizmente, já começou. E pela sua própria característica se espalha rapidamente, carregando alguns personagens que lá na frente vão simplesmente se dissipar junto com ela ou se transformar em chama real. E Limeira já apresenta os primeiros interessados que, com os fósforos nas mãos, vão procurando um espaço para tentar acender a fogueira. Podem aparecer outros, porém não haverá fósforo ou lenha para todos. O combustível eleitoral pela sua característica é seletivo. E é nesse ponto que entra a responsabilidade do cidadão, que tem o dever de participar. Do eleitor. É ele quem vai justamente distribuir esse combustível aos seus escolhidos e garantir o calor das disputas, que devem ser bastante acirradas.
Apesar de as pitonisas de plantão declinarem suas preferências, a definição ainda está a uma distância segura de muitos incendiários, que procuram pelo rastilho da pólvora. Outra obrigação do cidadão-eleitor, nesse sentido, é estar atento a esses piromaníacos, evitando que encontrem esse caminho. Ou, então, manter sempre próximo muita água ou extintores, que abafem os princípios de incêndio indesejáveis. Aqueles que podem queimar em outras direções.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Se é preciso poupar o tempo, então...
...o convite fica para todos se dirigirem a Piracicaba ou Campinas. Por quê? Resposta simples: porque em Limeira não temos unidade do Poupatempo, para nossas necessidades de documento por via rápida. Experiência própria deste colunista, na última sexta-feira. Precisei autenticar meu documento de identidade e o da minha esposa, que são os chamados “RG” baixo, ou seja, um pouco mais antigos, que já estão replastificados. Surpresa: o cartório não autentica mais documento replastificado, segundo os próprios cartorários, para evitar fraudes - como se fraudador ou bandido fossem atrás disso, né? A sugestão foi para que eu procurasse o Poupatempo das cidades acima citadas. Em Piracicaba, por exemplo, uma segunda-via da identidade fica pronta em dois dias e, em Campinas, em apenas um dia. Em Limeira, tenho que procurar o setor de Identificação da Polícia Civil, com uma gama de documentos e esperar a vontade do eficiente e ágil sistema do governo estadual, que vai demorar poucos 30, 40, 50 dias. Se está rápido agora, não sei, mas quando precisei foi um sufoco. Com direito à perda do documento inclusive.
Só na conversa!
Ainda recentemente - e esta Gazeta mostrou, com fotos até - o prefeito Silvio Félix (PDT) trouxe técnicos do Poupatempo para cá, prometeu mundos e fundos, mas a prática ficou apenas na promessa. O papo esfriou, Rio Claro já está ganhando a sua unidade e Limeira a ver navios. E quem precisar de um serviço dessa natureza, vai até poupar seu tempo, mas vai gastar com combustível ou passagem de ônibus.
Cadê os líderes?
O grande problema de Limeira, mais uma vez - e pela enésima, que aqui escrevo - é a falta de lideranças capazes de promover o município. Chegar junto às autoridades estaduais ou federais e impor-se por essa liderança representativa e presente. Conversa mole, marketing político e promoção política e pessoal servem apenas à vaidade de poucos, porém não atende às necessidades da maioria. Triste situação!
Via pública difícil
A Avenida Laranjeiras está, de fato, sufocada. O movimento intensificou-se nos últimos anos e ela já está entre os gargalos do trânsito limeirense. Em horário de pico, em especial nas rotatórias do Limeira Clube e do anel viário, o problema é mais sério ainda. A solução do alargamento, apresentada na última semana pela Prefeitura, parece-me uma ação inteligente. Lá as calçadas são largas e podem, sim, ser estreitadas. Ao contrário das existentes na Rua Tiradentes.
Polêmica é certa
Não vai passar em branco com moradores e comerciantes da Laranjeiras, essa decisão da Prefeitura. As constestações já começaram. O que era de se esperar.
Fica sem solução
Quanto aos gargalos do trânsito no centro da cidade, o problema é muito mais complexo. Vão requerer estudos a longo prazo e de técnicos altamente especializados em tráfego urbano. Basta um olhar mais atento para se perceber que as possibilidades de resolução vão se reduzindo ano a ano, com o aumento da frota. Qualquer mexida ou expectativa de se resolver tal caos no coração de Limeira, já provoca arrepios. Será sem dúvida um desafio para titãs da área.
Silêncio indecente
A informação vinda do poder público deve ser sempre transparente. Utopia? Sim! Porque a Constituição diz que essa clareza é uma obrigação do agente público e político, que infelizmente não acontece. Mesmo a despeito de toda burocracia - e eu conheço muito bem o que é isso, por experiência própria - é possível, sim, que essa informação atenda aos interesses da sociedade. A prática: atende sempre ao interesse do político. Às vezes, inconfessáveis. Ainda estamos a léguas disso!
Pergunta rápida
Anistia de dívida pública beneficia quem? O bom ou mau pagador?
Se você quer ler
Obra que atraiu a juventude da década de 50 e foi um marco na vida do grande escritor mineiro, Fernando Sabino. Estou falando de Encontro Marcado, publicado em 1956 e que surpreendeu todos. Um livro que nos faz passear pelas ruas de Belo Horizonte e se passa na década de quarenta e tem como protagonista Eduardo Marciano, um alter ego de Sabino. Seus amigos de adolescência, Mauro e Hugo, que correspondem nada mais que a Hélio Pellegrino e Otto Lara Resende, outros dois grandes escritores e intelectuais. E Antonieta, mulher de Eduardo, trata-se de Helena Valladares. Ainda tem o personagem Toledo, que é o mentor do jovem Eduardo (e do moço Eduardo, e do adulto Eduardo). Trata-se de Guilhermino César. O livro trata das idas e vindas de Eduardo e de um encontro marcado, que nunca aconteceu, mas serviu para mudar a vida do seu protagonista. Vale a pena uma leitura atenta dessa obra.
Eu Recomendo!
Hoje vou indicar um filme que marcou o grande ator Peter Seller, no papel de inspetor Clouseau. Trata-se de Um Tiro no Escuro (A Shot in the Dark, EUA - 1964). Traz, ainda no elenco, Elke Sommer, George Sanders, Herbert Lom, Tracy Reed, Graham Stark, Moira Redmond, Vanda Godsell e Maurice Kaufmann. A história se passa numa mansão francesa, após um assassinato. Clouseau foi mandado, por engano, para investigar. Com seus métodos pouco convencionais, o mais atrapalhado dos detetives franceses, tentará provar que a principal suspeita, uma arrumadeira, é inocente, após sucessivas mortes. Riso certo. 102 minutos e direção de Blake Edwards.
Frase da semana
“Tem família com cinco carros numa casa. É muita coisa. Um rodizío amenizaria o congestionamento sem precisar fazer qualquer obra”. Mara Bueno da Silva, moradora na Avenida Laranjeiras, dando sua sugestão para desafogar o fluxo de tráfego naquela via. Sexta-feira, na Gazeta.
Só na conversa!
Ainda recentemente - e esta Gazeta mostrou, com fotos até - o prefeito Silvio Félix (PDT) trouxe técnicos do Poupatempo para cá, prometeu mundos e fundos, mas a prática ficou apenas na promessa. O papo esfriou, Rio Claro já está ganhando a sua unidade e Limeira a ver navios. E quem precisar de um serviço dessa natureza, vai até poupar seu tempo, mas vai gastar com combustível ou passagem de ônibus.
Cadê os líderes?
O grande problema de Limeira, mais uma vez - e pela enésima, que aqui escrevo - é a falta de lideranças capazes de promover o município. Chegar junto às autoridades estaduais ou federais e impor-se por essa liderança representativa e presente. Conversa mole, marketing político e promoção política e pessoal servem apenas à vaidade de poucos, porém não atende às necessidades da maioria. Triste situação!
Via pública difícil
A Avenida Laranjeiras está, de fato, sufocada. O movimento intensificou-se nos últimos anos e ela já está entre os gargalos do trânsito limeirense. Em horário de pico, em especial nas rotatórias do Limeira Clube e do anel viário, o problema é mais sério ainda. A solução do alargamento, apresentada na última semana pela Prefeitura, parece-me uma ação inteligente. Lá as calçadas são largas e podem, sim, ser estreitadas. Ao contrário das existentes na Rua Tiradentes.
Polêmica é certa
Não vai passar em branco com moradores e comerciantes da Laranjeiras, essa decisão da Prefeitura. As constestações já começaram. O que era de se esperar.
Fica sem solução
Quanto aos gargalos do trânsito no centro da cidade, o problema é muito mais complexo. Vão requerer estudos a longo prazo e de técnicos altamente especializados em tráfego urbano. Basta um olhar mais atento para se perceber que as possibilidades de resolução vão se reduzindo ano a ano, com o aumento da frota. Qualquer mexida ou expectativa de se resolver tal caos no coração de Limeira, já provoca arrepios. Será sem dúvida um desafio para titãs da área.
Silêncio indecente
A informação vinda do poder público deve ser sempre transparente. Utopia? Sim! Porque a Constituição diz que essa clareza é uma obrigação do agente público e político, que infelizmente não acontece. Mesmo a despeito de toda burocracia - e eu conheço muito bem o que é isso, por experiência própria - é possível, sim, que essa informação atenda aos interesses da sociedade. A prática: atende sempre ao interesse do político. Às vezes, inconfessáveis. Ainda estamos a léguas disso!
Pergunta rápida
Anistia de dívida pública beneficia quem? O bom ou mau pagador?
Se você quer ler
Obra que atraiu a juventude da década de 50 e foi um marco na vida do grande escritor mineiro, Fernando Sabino. Estou falando de Encontro Marcado, publicado em 1956 e que surpreendeu todos. Um livro que nos faz passear pelas ruas de Belo Horizonte e se passa na década de quarenta e tem como protagonista Eduardo Marciano, um alter ego de Sabino. Seus amigos de adolescência, Mauro e Hugo, que correspondem nada mais que a Hélio Pellegrino e Otto Lara Resende, outros dois grandes escritores e intelectuais. E Antonieta, mulher de Eduardo, trata-se de Helena Valladares. Ainda tem o personagem Toledo, que é o mentor do jovem Eduardo (e do moço Eduardo, e do adulto Eduardo). Trata-se de Guilhermino César. O livro trata das idas e vindas de Eduardo e de um encontro marcado, que nunca aconteceu, mas serviu para mudar a vida do seu protagonista. Vale a pena uma leitura atenta dessa obra.
Eu Recomendo!
Hoje vou indicar um filme que marcou o grande ator Peter Seller, no papel de inspetor Clouseau. Trata-se de Um Tiro no Escuro (A Shot in the Dark, EUA - 1964). Traz, ainda no elenco, Elke Sommer, George Sanders, Herbert Lom, Tracy Reed, Graham Stark, Moira Redmond, Vanda Godsell e Maurice Kaufmann. A história se passa numa mansão francesa, após um assassinato. Clouseau foi mandado, por engano, para investigar. Com seus métodos pouco convencionais, o mais atrapalhado dos detetives franceses, tentará provar que a principal suspeita, uma arrumadeira, é inocente, após sucessivas mortes. Riso certo. 102 minutos e direção de Blake Edwards.
Frase da semana
“Tem família com cinco carros numa casa. É muita coisa. Um rodizío amenizaria o congestionamento sem precisar fazer qualquer obra”. Mara Bueno da Silva, moradora na Avenida Laranjeiras, dando sua sugestão para desafogar o fluxo de tráfego naquela via. Sexta-feira, na Gazeta.
Estoura e falha
No apogeu do absolutismo na França, o rei Luís XIV teria dito a expressão “L’État c’est moi” (O Estado sou eu), porque achava que o país deveria girar em torno dele. Por aqui, o município vê os balões do prefeito Sílvio Félix (PDT) murcharem. Ele solta o rojão e corre atrás da vareta. O último atende por Rua Tiradentes!
E a cronologia...
...é mais ou menos essa. Primeiro foi a CIP (Contribuição para Iluminação Pública), no início do primeiro mandato de Félix. Depois, de recente história, a torre do Morro Azul. E, agora, a quebradeira nas calçadas da Rua Tiradentes. Três casos em que a pressão popular mostrou-se eficaz. Muito eficaz mesmo! Então...
Quem entende?
Sei não, mas parece-me - e as fontes sopram forte nesse sentido - que os tucanos de Limeira podem aterrissar em outro ninho. Já amaciado e confortavelmente estabelecido no poder. Esse “aconchego” atende pelo nome de Félix. Para o bom e atento espectador, esses voos começaram com o silêncio de Valmir Caetano.
O Brasil surreal
Ontem a Fifa oficializou o Itaquerão, futuro - e sabe-se lá se sai! - estádio do Corinthians e rejeitou o pronto (precisando apenas de uma reforma) Morumbi, do São Paulo. Pura birra da CBF, para fortalecer o megalômano Andrés Sanchez. Então, SP tem uma maquete como estádio da Copa de 2014. Que pena!
Pés na realidade
Não sou são-paulino e sei que a Arena Palestra, do meu Verdão, não é páreo aos interesses e marketing da cartolagem, mas deixar o Morumbi de fora é um crime sem perdão. A história do futebol vai escrever este triste capítulo, comandado por Ricardo Teixeira e seus vassalos. Espera-se que o Estado não pague essa dívida!
Português claro
A palavra de hoje é egocentrismo. Segundo o dicionário Houaiss, egocentrismo é um substantivo masculino e significa qualidade, condição ou caráter de egocêntrico (voltado para si mesmo); egoísmo; conjunto de atitudes ou comportamentos indicando que um indivíduo se refere essencialmente a si mesmo.
A última de hoje
Celular em uma mão e volante na outra. O sinal fica verde e lá se vão quase dez segundos até o cidadão se tocar e fazer a fila andar. Se os semáforos estão problemáticos, o motorista limeirense também tem sua parcela de culpa. Dirige dormindo. Ou dorme dirigindo??? Situação caricata essa.
No apogeu do absolutismo na França, o rei Luís XIV teria dito a expressão “L’État c’est moi” (O Estado sou eu), porque achava que o país deveria girar em torno dele. Por aqui, o município vê os balões do prefeito Sílvio Félix (PDT) murcharem. Ele solta o rojão e corre atrás da vareta. O último atende por Rua Tiradentes!
E a cronologia...
...é mais ou menos essa. Primeiro foi a CIP (Contribuição para Iluminação Pública), no início do primeiro mandato de Félix. Depois, de recente história, a torre do Morro Azul. E, agora, a quebradeira nas calçadas da Rua Tiradentes. Três casos em que a pressão popular mostrou-se eficaz. Muito eficaz mesmo! Então...
Quem entende?
Sei não, mas parece-me - e as fontes sopram forte nesse sentido - que os tucanos de Limeira podem aterrissar em outro ninho. Já amaciado e confortavelmente estabelecido no poder. Esse “aconchego” atende pelo nome de Félix. Para o bom e atento espectador, esses voos começaram com o silêncio de Valmir Caetano.
O Brasil surreal
Ontem a Fifa oficializou o Itaquerão, futuro - e sabe-se lá se sai! - estádio do Corinthians e rejeitou o pronto (precisando apenas de uma reforma) Morumbi, do São Paulo. Pura birra da CBF, para fortalecer o megalômano Andrés Sanchez. Então, SP tem uma maquete como estádio da Copa de 2014. Que pena!
Pés na realidade
Não sou são-paulino e sei que a Arena Palestra, do meu Verdão, não é páreo aos interesses e marketing da cartolagem, mas deixar o Morumbi de fora é um crime sem perdão. A história do futebol vai escrever este triste capítulo, comandado por Ricardo Teixeira e seus vassalos. Espera-se que o Estado não pague essa dívida!
Português claro
A palavra de hoje é egocentrismo. Segundo o dicionário Houaiss, egocentrismo é um substantivo masculino e significa qualidade, condição ou caráter de egocêntrico (voltado para si mesmo); egoísmo; conjunto de atitudes ou comportamentos indicando que um indivíduo se refere essencialmente a si mesmo.
A última de hoje
Celular em uma mão e volante na outra. O sinal fica verde e lá se vão quase dez segundos até o cidadão se tocar e fazer a fila andar. Se os semáforos estão problemáticos, o motorista limeirense também tem sua parcela de culpa. Dirige dormindo. Ou dorme dirigindo??? Situação caricata essa.
terça-feira, 12 de julho de 2011
O voluntariado como opção
Lendo a matéria sobre os Anjos da Noite, da jornalista Daíza Lacerda (Pessoas de sucesso podem se tornar moradores de rua), publicada por esta Gazeta na edição do último domingo, é preciso, antes de tudo, atentar para a importância do trabalho voluntário. Compreender a dedicação do tempo livre ou até mesmo o sacrifício do descanso, para dar um pouco de conforto aos desvalidos da vida. Sair do aconchego de um lar, numa noite fria, para alimentar e dar esperanças - a melhor de todas as alimentações, porque aquece a alma - para o reencontro com o caminho perdido lá atrás, por algum motivo qualquer, ultrapassa todas as dimensões do voluntariado. Dá à pessoa que coloca na prática tais atos, um status de abnegação e despojamento da própria vida.
Dar à opinião pública o testemunho de missões dessa natureza, sejam elas de cunho religioso ou apenas social, como fez a jornalista, além de trazer à luz seus “ocultos” praticantes, desnuda a falta de políticas sociais do poder público, para dar o devido encaminhamento às pessoas que perderam tudo na vida. Até a dignidade de serem tratadas como seres humanos. É a parte triste desse trabalho. Se alimentar um faminto, aquecer aquele que passa frio ou levar uma palavra de alento a quem o desespero é a companhia de todos os dias, trazem paz e alegria desinteressadas a esses guerreiros do bem, perceber que a sarjeta é a casa de muita gente é a realidade que eles têm que enfrentar. Chegar a tal situação, escandalosamente degradante, é muito mais fácil que imaginamos. Sair dela é o grande desafio.
Superar as mazelas que a vida nos prepara, requer a mão estendida, que somente os voluntários - como Betinho e William Semprebom, os verdadeiros “anjos da noite” - sabem apresentar. Essa é a sensibilidade que falta às autoridades, quando precisam enfrentar situações dessa natureza. É o caniço que falta para o ensino da pesca. As ações públicas são apenas assistencialistas, longe das reais necessidades de quem chegou ao fundo do poço e até um pouco mais abaixo. É a diferença que separa as intenções voluntárias de intenções políticas, que vislumbram apenas o número, que um título de eleitor pode representar.
Mais que elogiar o trabalho desses incansáveis resgatadores de almas é preciso refletir sobre a ausência do Estado em ações mínimas. O único esforço, nesse sentido, é ser humano, na sua verdadeira condição humana e entender o que vai pela noite adentro. E que a carícia da palavra é mais importante que uma passagem de volta. Longe das turbulências familiares, do degredo das drogas e da desilusão com a própria vida, poucos conseguem de fato a verdadeira compreensão daqueles que hoje têm apenas as ruas como abrigo. A opção voluntária é para poucos. Só para os muito bons!
Dar à opinião pública o testemunho de missões dessa natureza, sejam elas de cunho religioso ou apenas social, como fez a jornalista, além de trazer à luz seus “ocultos” praticantes, desnuda a falta de políticas sociais do poder público, para dar o devido encaminhamento às pessoas que perderam tudo na vida. Até a dignidade de serem tratadas como seres humanos. É a parte triste desse trabalho. Se alimentar um faminto, aquecer aquele que passa frio ou levar uma palavra de alento a quem o desespero é a companhia de todos os dias, trazem paz e alegria desinteressadas a esses guerreiros do bem, perceber que a sarjeta é a casa de muita gente é a realidade que eles têm que enfrentar. Chegar a tal situação, escandalosamente degradante, é muito mais fácil que imaginamos. Sair dela é o grande desafio.
Superar as mazelas que a vida nos prepara, requer a mão estendida, que somente os voluntários - como Betinho e William Semprebom, os verdadeiros “anjos da noite” - sabem apresentar. Essa é a sensibilidade que falta às autoridades, quando precisam enfrentar situações dessa natureza. É o caniço que falta para o ensino da pesca. As ações públicas são apenas assistencialistas, longe das reais necessidades de quem chegou ao fundo do poço e até um pouco mais abaixo. É a diferença que separa as intenções voluntárias de intenções políticas, que vislumbram apenas o número, que um título de eleitor pode representar.
Mais que elogiar o trabalho desses incansáveis resgatadores de almas é preciso refletir sobre a ausência do Estado em ações mínimas. O único esforço, nesse sentido, é ser humano, na sua verdadeira condição humana e entender o que vai pela noite adentro. E que a carícia da palavra é mais importante que uma passagem de volta. Longe das turbulências familiares, do degredo das drogas e da desilusão com a própria vida, poucos conseguem de fato a verdadeira compreensão daqueles que hoje têm apenas as ruas como abrigo. A opção voluntária é para poucos. Só para os muito bons!
segunda-feira, 11 de julho de 2011
A política é para jovens, sim! Duvida?
Sem fazer apologia da política partidária, tenho utilizado este espaço para debater a política, sim! Mas a política enquanto ciência que organiza, dirige e administra nações e estados em busca do bem comum. Vai, portanto, além do simples emaranhado de siglas e interesses pessoais - muitas vezes excusos - e busca um conjunto de regras que deixem a fronteira aberta às boas práticas dessa política, longe daquela que conhecemos hoje e que está destruíndo o interesse de boa parte dos cidadãos, deixando-os a uma distância considerável dessa salutar atividade humana. Se esses cidadãos já não se interessam ou acreditam em mudanças estruturais possíveis, está na hora do engajamento da juventude para reverter essa situação. Sim, temos muitos jovens ativos na política, porém é preciso que haja um redimensionamento dessa participação, pois o partidarismo é voraz e não tem permitido a autenticidade característica dos jovens. É vaidoso e busca apenas formar números, que possam agregar poder e não conhecimento ou interesse pela coisa pública. Pela causa pública. Ainda dá tempo de mudar. É preciso mudar!
Dando exemplo
E Limeira pode estar despontando nessa prática, através de um grupo de jovens denominado Onda Jovem. Trata-se de ma iniciativa feita por jovens limeirenses, que pretendem percorrer escolas, igrejas e associações de bairros para conversar com adolescentes de 16 e 17 anos a respeito de política e estimulá-los ao debate. Nada mais salutar que uma atitude dessa natureza, em meio a tanta bandidagem política que se vê hoje.
Estímulo certo!
O grupo já tem até blog, conforme citei em minha coluna de quinta-feira. Encabeçado por Pietro Parronchi, o Onda Jovem pode representar um avanço na política limeirense e um engajamento maior de uma parcela da população, que costuma ficar alheia aos grandes temas nacionais. E se é para dar um "chega pra lá" na mesmice, então já é hora dessa juventude ir à luta e exorcizar essa bandalheira que teima em reinar aqui.
A notícia é boa
Viva a tecnlogia. Espera-se, no mínimo, que funcione na prática. É que a Prefeitura de Limeira está ampliando seus contatos através das mídias sociais, conforme nota enviada pelo secretário de Comunicação, jornalista Adalberto Mansur. Agora, além do site (www.limeira.sp.gov.br), vídeos postados no youtube (www.youtube.com/user/comunicalimeira), as informações passam a ser disponibilizadas no facebook (www.facebook.com/prefeituralimeira) e twitter (www.twitter.com/@pref_limeira). Interessante e atual. Uma evolução, diga-se, em tratando de serviço público.
Explicando tudo
Segundo o secretário, “com estas novas ferramentas estamos agilizando a divulgação das informações, seja por meio de vídeos, notícias e fotografias”. A idéia, de acordo com ele, vem no sentido de atender com maior agilidade as reivindicações da imprensa. De fato a carência que nós, jornalistas, sentimos é mesmo de agilidade. Como escrevi recentemente, não adianta fazer um pedido de informação às 9h da manhã e receber as 22h, como aconteceu recentemente. Um período inteiro à espera de uma resposta do poder público é de fato constrangedor. Entendemos as dificuldades, mas às vezes falta mesmo é sensibilidade e espírito público.
Fiz que fui, não...
...fui, mas acabei fondo. É uma frase atribuída a um jogador de futebol, durante uma explicação sobre um lance rápido que acabara de realizar. Se é verdade ou não, está no folclore do futebol. É o que está acontecendo, na prática, com o prefeito Sílvio Félix (PDT), durante as polêmicas que tem criado com suas ideias de mão única e sem apoio popular. A mais recente, a do estreitamento de calçadas na Rua Tiradentes, para transformá-la em corredor de ônibus. E faz tempo que está na mídia e, principalmente, na cabeça de moradores e comerciantes da referida rua.
Começou? Refaz!
Sem qualquer conversa, ele começou a quebradeira e a chiadeira foi aumentando. Por fim, parece que ele está caindo na realidade e já acena com a possibilidade de, em vez de quebrar o calçamento, proibir o estacionamento dos dois lados da rua. Uma ideia mais que comentada e vista como solução prática. Somente ele não enxergava essa luz à sua frente. Agora, se de fato a solução mais prática for adotada, terá que refazer o que já foi quebrado. Gasto dobrado! É típico do populismo do "eu vou fazer, e pronto". Aconteceu com a torre do Morro Azul, que por sorte ainda estava apenas em projeto. Duas vezes o mesmo erro, ninguém merece!
Pergunta rápida
Você acredita em bruxas?
Se você quer ler
Mais um livro de poesia. Porém não é qualquer poesia, mas uma verdadeira lição poética. Estou falando de Neruda Antologia Poética, de Pablo Neruda, da Livraria José Olympio Editora. O diferencial, além do texto de um dos maioires poetas da América Latina, é a experiência de trazer o texto traduzido em prosa e a poesia original, em espanhol. Tão interessante quanto inovador, quando de seu lançamento, é que o original tem uma sonoridade tão forte, que nos remete à paisagem retratada pelo poeta, de sua terra natal, o Chile. E mesmo sem ter estado nos locais que Neruda descreve, a impressão é que o conhecemos profundamente. Coisas de gênio. Leitura obrigatória para quem gosta de literatura latinoamericana.
Eu Recomendo!
Pura diversão, muito riso e pura confusão. É o filme que vou indicar hoje para quem gosta de comédia. Trata-se de A casa caiu (Bringing Down the House, EUA - 2003). Traz no elenco o impagável Steve Martin e a engraçadíssima Queen Latifah, além de Eugene Levy, Joan Plowright, Jean Smart, Kimberly J. Brown, entre outros. Conta a história de um advogado solitário e divorciado, que ainda é perdidamente apaixonado por sua ex-esposa e tenta levar uma vida normal e ser um bom pai, e através de bate-papo na internet conhece uma advogada com quem marca um encontro, mas na quem aparece é uma ex-presidiária desbocada que se fez passar por advogada no chat para chamar sua atenção. Na verdade ela o quer como seu advogado, para provar sua inocência. 105 minutos.
Frase da semana
“Não pense, pare! Considere as pessoas que gostam de você. O vício destrói a família e todos que estão ao seu redor, até você ficar sozinho”. Paulo, que chegou a morar nos EUA e foi acolhido pela Missão Anjos da Noite, onde está desde a Páscoa. Na Gazeta de hoje.
Dando exemplo
E Limeira pode estar despontando nessa prática, através de um grupo de jovens denominado Onda Jovem. Trata-se de ma iniciativa feita por jovens limeirenses, que pretendem percorrer escolas, igrejas e associações de bairros para conversar com adolescentes de 16 e 17 anos a respeito de política e estimulá-los ao debate. Nada mais salutar que uma atitude dessa natureza, em meio a tanta bandidagem política que se vê hoje.
Estímulo certo!
O grupo já tem até blog, conforme citei em minha coluna de quinta-feira. Encabeçado por Pietro Parronchi, o Onda Jovem pode representar um avanço na política limeirense e um engajamento maior de uma parcela da população, que costuma ficar alheia aos grandes temas nacionais. E se é para dar um "chega pra lá" na mesmice, então já é hora dessa juventude ir à luta e exorcizar essa bandalheira que teima em reinar aqui.
A notícia é boa
Viva a tecnlogia. Espera-se, no mínimo, que funcione na prática. É que a Prefeitura de Limeira está ampliando seus contatos através das mídias sociais, conforme nota enviada pelo secretário de Comunicação, jornalista Adalberto Mansur. Agora, além do site (www.limeira.sp.gov.br), vídeos postados no youtube (www.youtube.com/user/comunicalimeira), as informações passam a ser disponibilizadas no facebook (www.facebook.com/prefeituralimeira) e twitter (www.twitter.com/@pref_limeira). Interessante e atual. Uma evolução, diga-se, em tratando de serviço público.
Explicando tudo
Segundo o secretário, “com estas novas ferramentas estamos agilizando a divulgação das informações, seja por meio de vídeos, notícias e fotografias”. A idéia, de acordo com ele, vem no sentido de atender com maior agilidade as reivindicações da imprensa. De fato a carência que nós, jornalistas, sentimos é mesmo de agilidade. Como escrevi recentemente, não adianta fazer um pedido de informação às 9h da manhã e receber as 22h, como aconteceu recentemente. Um período inteiro à espera de uma resposta do poder público é de fato constrangedor. Entendemos as dificuldades, mas às vezes falta mesmo é sensibilidade e espírito público.
Fiz que fui, não...
...fui, mas acabei fondo. É uma frase atribuída a um jogador de futebol, durante uma explicação sobre um lance rápido que acabara de realizar. Se é verdade ou não, está no folclore do futebol. É o que está acontecendo, na prática, com o prefeito Sílvio Félix (PDT), durante as polêmicas que tem criado com suas ideias de mão única e sem apoio popular. A mais recente, a do estreitamento de calçadas na Rua Tiradentes, para transformá-la em corredor de ônibus. E faz tempo que está na mídia e, principalmente, na cabeça de moradores e comerciantes da referida rua.
Começou? Refaz!
Sem qualquer conversa, ele começou a quebradeira e a chiadeira foi aumentando. Por fim, parece que ele está caindo na realidade e já acena com a possibilidade de, em vez de quebrar o calçamento, proibir o estacionamento dos dois lados da rua. Uma ideia mais que comentada e vista como solução prática. Somente ele não enxergava essa luz à sua frente. Agora, se de fato a solução mais prática for adotada, terá que refazer o que já foi quebrado. Gasto dobrado! É típico do populismo do "eu vou fazer, e pronto". Aconteceu com a torre do Morro Azul, que por sorte ainda estava apenas em projeto. Duas vezes o mesmo erro, ninguém merece!
Pergunta rápida
Você acredita em bruxas?
Se você quer ler
Mais um livro de poesia. Porém não é qualquer poesia, mas uma verdadeira lição poética. Estou falando de Neruda Antologia Poética, de Pablo Neruda, da Livraria José Olympio Editora. O diferencial, além do texto de um dos maioires poetas da América Latina, é a experiência de trazer o texto traduzido em prosa e a poesia original, em espanhol. Tão interessante quanto inovador, quando de seu lançamento, é que o original tem uma sonoridade tão forte, que nos remete à paisagem retratada pelo poeta, de sua terra natal, o Chile. E mesmo sem ter estado nos locais que Neruda descreve, a impressão é que o conhecemos profundamente. Coisas de gênio. Leitura obrigatória para quem gosta de literatura latinoamericana.
Eu Recomendo!
Pura diversão, muito riso e pura confusão. É o filme que vou indicar hoje para quem gosta de comédia. Trata-se de A casa caiu (Bringing Down the House, EUA - 2003). Traz no elenco o impagável Steve Martin e a engraçadíssima Queen Latifah, além de Eugene Levy, Joan Plowright, Jean Smart, Kimberly J. Brown, entre outros. Conta a história de um advogado solitário e divorciado, que ainda é perdidamente apaixonado por sua ex-esposa e tenta levar uma vida normal e ser um bom pai, e através de bate-papo na internet conhece uma advogada com quem marca um encontro, mas na quem aparece é uma ex-presidiária desbocada que se fez passar por advogada no chat para chamar sua atenção. Na verdade ela o quer como seu advogado, para provar sua inocência. 105 minutos.
Frase da semana
“Não pense, pare! Considere as pessoas que gostam de você. O vício destrói a família e todos que estão ao seu redor, até você ficar sozinho”. Paulo, que chegou a morar nos EUA e foi acolhido pela Missão Anjos da Noite, onde está desde a Páscoa. Na Gazeta de hoje.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Mais que justa
A decisão do juiz Mário Sérgio Menezes, mesmo que em caráter liminar, de proibir a queima da palha da cana em Limeira é uma resposta positiva ao desespero da população limeirense, que sofre com a nefasta fuligem, altamente prejudicial à saúde humana. Se vai durar, não sabemos. É, entretanto, um bom começo.
Melhor ignorar
Democracia é uma via de duas mãos. É preciso entendê-la e aceitá-la na sua plenitude. Apesar de milenar, este conceito, em pleno Século XXI há políticos que não entendem essa reciprocidade. Em Limeira temos vários, que merecem apenas o limo. Mesmo quando agem de boa-fé! Azar o deles. Pela própria ignorância.
Tudo outra vez
Paciência é característica de todo bom jornalista. Tentar fazer jornalista de otário é outra história, principalmente no que diz respeito à informação pública. Se é solicitada uma resposta, seja de quem for, espera-se, no mínimo esforço, que ela chegue em tempo hábil de publicá-la. Fora disso é enrolação. Falta de vontade!
É para conferir!
Apesar das críticas e do alarmismo sobre o tema, as alterações no Código de Processo Penal parecem não ter aliviado para a bandidagem. Exemplo disso foi a matéria publicada ontem nesta Gazeta. Bandidos zombaram de policiais e ao chegar à delegacia foram enquadrados pelo delegado em crime sem direito à fiança. Autoridade qualificou os três detidos de forma a não possibilitar a fiança. Postura correta da autoridade policial.
Português claro
A palavra de hoje é indébito. Segundo o dicionário Houaiss, indébito como adjetivo significa: que foi pago sem ser devido; de que não se tem obrigação, que não é merecido; injusto, imerecido que não se justifica, não tem razão de ser; descabido, improcedente, injustificado contrário aos usos, às regras, à razão etc.; impróprio, inconveniente, injustificado, contrário ao ordenamento jurídico. E como substantivo masculino: pagamento realizado sem ser devido, sem que se tivesse a obrigação ou sem que, juridicamente, se pudesse exigir. E quando se diz “apropriação indébita”, conhecida entre políticos, significa descaradamente roubo. Nada mais que isso!
A última de hoje
Grupo de jovens politizados de Limeira está provocando um excelente debate político no blog ondajovemlimeira.blogspot.com lançado no último dia 19. Discussão aberta e voltada aos interesses da comunidade, com conteúdo verdadeiramente político. Não parditário. Vale a pena serem conhecidas a iniciativa e as ideias dessa juventude. É dez!
A decisão do juiz Mário Sérgio Menezes, mesmo que em caráter liminar, de proibir a queima da palha da cana em Limeira é uma resposta positiva ao desespero da população limeirense, que sofre com a nefasta fuligem, altamente prejudicial à saúde humana. Se vai durar, não sabemos. É, entretanto, um bom começo.
Melhor ignorar
Democracia é uma via de duas mãos. É preciso entendê-la e aceitá-la na sua plenitude. Apesar de milenar, este conceito, em pleno Século XXI há políticos que não entendem essa reciprocidade. Em Limeira temos vários, que merecem apenas o limo. Mesmo quando agem de boa-fé! Azar o deles. Pela própria ignorância.
Tudo outra vez
Paciência é característica de todo bom jornalista. Tentar fazer jornalista de otário é outra história, principalmente no que diz respeito à informação pública. Se é solicitada uma resposta, seja de quem for, espera-se, no mínimo esforço, que ela chegue em tempo hábil de publicá-la. Fora disso é enrolação. Falta de vontade!
É para conferir!
Apesar das críticas e do alarmismo sobre o tema, as alterações no Código de Processo Penal parecem não ter aliviado para a bandidagem. Exemplo disso foi a matéria publicada ontem nesta Gazeta. Bandidos zombaram de policiais e ao chegar à delegacia foram enquadrados pelo delegado em crime sem direito à fiança. Autoridade qualificou os três detidos de forma a não possibilitar a fiança. Postura correta da autoridade policial.
Português claro
A palavra de hoje é indébito. Segundo o dicionário Houaiss, indébito como adjetivo significa: que foi pago sem ser devido; de que não se tem obrigação, que não é merecido; injusto, imerecido que não se justifica, não tem razão de ser; descabido, improcedente, injustificado contrário aos usos, às regras, à razão etc.; impróprio, inconveniente, injustificado, contrário ao ordenamento jurídico. E como substantivo masculino: pagamento realizado sem ser devido, sem que se tivesse a obrigação ou sem que, juridicamente, se pudesse exigir. E quando se diz “apropriação indébita”, conhecida entre políticos, significa descaradamente roubo. Nada mais que isso!
A última de hoje
Grupo de jovens politizados de Limeira está provocando um excelente debate político no blog ondajovemlimeira.blogspot.com lançado no último dia 19. Discussão aberta e voltada aos interesses da comunidade, com conteúdo verdadeiramente político. Não parditário. Vale a pena serem conhecidas a iniciativa e as ideias dessa juventude. É dez!
terça-feira, 5 de julho de 2011
Nem sempre o que parece é!
Antes de ser interpretada de forma errônea - o que já tem causado muita polêmica entre advogados, juízes, promotores e a própria sociedade - é preciso saber o que vai representar na prática a Lei 12.403/2011, que atualiza o Código de Processo Penal (CPP), e garante alguns benefícios a presos não condenados, cujas penas de seus atos sejam inferiores a quatro anos. É preciso um entendimento amplo sobre sua abrangência, que ainda suscita muitas dúvidas nos meios em questão. Do policial ao judiciário, passando pelos defensores e os próprios infratores.
Está se criando um espectro de impunidade em torno dessa lei pelo fato de a imprensa de uma maneira geral destacar em suas coberturas jornalísticas apenas seus artigos e referências à soltura dos presos, que nela se enquadrem. A impressão é de que desde ontem - e as cifras são do próprio Ministério da Justiça - é que os cerca de 100 mil presos que podem se beneficiar dessa atualização no CPP vão às ruas causar um verdadeiro caos no sistema de segurança pública. A dimensão que vem se dando da aplicação da 12.403/2011 tem sido mais em torno de expectativas negativas do que realmente traz em sua formulação.
A celeridade com que ela foi proposta, aprovada e posta em prática desde ontem - e nesse caso cabe uma crítica bastante contundente ao próprio Ministério da Justiça - sem que as partes interessadas fossem ouvidas e apresentassem sugestões, não pode ser motivo e nem desculpas para críticas desinformadas. É preciso uma leitura atenta de sua estrutura, que não se resume apenas à liberação de presos. É preciso analisar se ela vai - e de que forma - representar um desafogo ao sistema carcerário brasileiro, um dos mais atrasados do Planeta, ou será mais uma legislação, para benefício do crime em detrimento à segurança.
Antes do alvoroço é preciso o entendimento, o que em minha opinião está caminhando pelo lado inverso da nova legislação, que também é interpretativa como qualquer outra. Em Direito, e mesmo não sendo especialista nele, sei que interpretar não é raciocínio lógico e nem representa a exatidão da soma de dois mais dois, cujo resultado é objetivo. Não me cabe afirmar se a lei é ótima, boa, regular ou péssima e a nenhum outro analista, sem que se tenha a noção de seu alcance. E ainda não o temos. O sadio debate entre os seus pontos positivos e negativos é um exercício que temos que fazer antes de qualquer conclusão. Entre quem defenda ou critique a nova legislação, existe o livre-arbítrio da especulação, que nem sempre é positivo. É preciso pesar o produto antes de vendê-lo ao consumidor. Nesse caso a sociedade precisa apenas ser esclarecida e não confundida.
Está se criando um espectro de impunidade em torno dessa lei pelo fato de a imprensa de uma maneira geral destacar em suas coberturas jornalísticas apenas seus artigos e referências à soltura dos presos, que nela se enquadrem. A impressão é de que desde ontem - e as cifras são do próprio Ministério da Justiça - é que os cerca de 100 mil presos que podem se beneficiar dessa atualização no CPP vão às ruas causar um verdadeiro caos no sistema de segurança pública. A dimensão que vem se dando da aplicação da 12.403/2011 tem sido mais em torno de expectativas negativas do que realmente traz em sua formulação.
A celeridade com que ela foi proposta, aprovada e posta em prática desde ontem - e nesse caso cabe uma crítica bastante contundente ao próprio Ministério da Justiça - sem que as partes interessadas fossem ouvidas e apresentassem sugestões, não pode ser motivo e nem desculpas para críticas desinformadas. É preciso uma leitura atenta de sua estrutura, que não se resume apenas à liberação de presos. É preciso analisar se ela vai - e de que forma - representar um desafogo ao sistema carcerário brasileiro, um dos mais atrasados do Planeta, ou será mais uma legislação, para benefício do crime em detrimento à segurança.
Antes do alvoroço é preciso o entendimento, o que em minha opinião está caminhando pelo lado inverso da nova legislação, que também é interpretativa como qualquer outra. Em Direito, e mesmo não sendo especialista nele, sei que interpretar não é raciocínio lógico e nem representa a exatidão da soma de dois mais dois, cujo resultado é objetivo. Não me cabe afirmar se a lei é ótima, boa, regular ou péssima e a nenhum outro analista, sem que se tenha a noção de seu alcance. E ainda não o temos. O sadio debate entre os seus pontos positivos e negativos é um exercício que temos que fazer antes de qualquer conclusão. Entre quem defenda ou critique a nova legislação, existe o livre-arbítrio da especulação, que nem sempre é positivo. É preciso pesar o produto antes de vendê-lo ao consumidor. Nesse caso a sociedade precisa apenas ser esclarecida e não confundida.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Como unir forças por um objetivo
Fechamos o primeiro semestre de 2011. Mais alguns meses o ano se acaba e chega 2012 e, com ele, as eleições municipais. Muito se escreve, se analisa, vira conversa de botequim, mas a verdade é que não há coerência nos discursos políticos. Não há um caminho seguro, ainda, para que tenhamos uma opção clara e garantida de que alguma luz possa iluminar nossos destinos. A profusão de aparições políticas começa. E embora sem demonstrar - ou procurando disfarçar - que os interesses miram o 3 de outubro do ano que vem, é evidente esse objetivo. Está estampado nas figurinhas carimbadas da política local, que se apresentam como opção a uma renovação política. Os “suprapartidários” se apresentam aos montes e com discurso afinado de união em torno de um ideal. A vaidade, porém, fala mais alto que o interesse coletivo e, quando um começa a aparecer mais do que o outro, está desfeita qualquer possibilidade de entendimento. “Nosso interesse é suprapartidário, desde que meu nome prevaleça no grupo”. Tal afirmativa, comum nesses tempos, é o tipo de incoerência política que mata a cria no ninho. Então...
O uso e o abuso
É nesse ponto que o papel da imprensa é crucial. Jornalistas viram alvo fácil de candidatos a candidato, que fazem qualquer coisa para ganhar espacinhos e espações na mídia. E cabe justamente a nós, enquanto formadores de opinião, o papel de árbitros nessa escalada de vaidades. Cumpre-nos a quase impossível missão de separar o joio do trigo. Ou melhor, saber distinguir essa tênue divisa entre interesse coletivo e o pessoal.
Teoria e prática
Se ainda estamos a 14 meses da eleição e o cerco já se fecha nas redações em busca da notoriedade política, daqui a pouco começa a vigorar o calendário eleitoral e o assédio será maior ainda. É nesse ponto que vale o dissernimento político e o senso prático de cada profissional para não se deixar levar pelos discursos, que em príncipio parecem vigorosos, dos muitos candidatos. O canto da sereia é doce. Algodão nos ouvidos!
Planejar, jamais!
Toda essa confusão, que o estreitamento da calçada na Rua Tiradentes vem provocando é fruto da falta de planejamento técnico, estudos de viabilidades e mau costume que o prefeito Silvio Félix (PDT) tem de anunciar obras de sopetão. Para causar efeito na mídia e criar possibilidades de marketing político. Isso fere todas as regras básicas da administração pública - como é hábito na maioria dos agentes políticos guindados a cargos públicos neste País - que requer principalmente senbibilidade. A torre do Morro Azul foi um exemplo mal sucedido dessa fábrica de factóides políticos, que atingiu Limeira nos últimos anos.
Abre para a rua
Aquele portão de garagem abrindo para a Rua Tiradentes e que vai ficar maior que a calçada, conforme mostrou o morador da casa à Gazeta, em matéria publicada na última quinta-feira é o maior exemplo da insensibilidade pública com os cidadãos. Ninguém previu isso? Ninguém pensou nessa possibilidade, já que aquela rua é de fato estreita? Que venham respostas práticas e não políticas. Todos estão se cansando dessa situação!
A gente elogia...
...mas.... nem sempre funciona. Depois de muitas e até pesadas críticas aqui mesmo neste espaço à falta de sincronismo dos semáforos na região central de Limeira, escrevi alguns elogios, pois houve uma melhora em várias ruas, que contempla o quadrilátero de maior fluxo de trânsito na cidade. Eis que a situação está voltando ao normal, ou seja, não houve sequência no sistema de melhorias e os semáforos começam a emperrar o trânsito novamente.
Parece que não
Alegou-se fiação velha. Foi o que disse a o secretário dos Transportes, Rodrigo Oliveira. Foi trocada e, em princípio, parecia que o problema estava sendo resolvido. Eis que - e aos poucos - a situação está voltando como era antes. Então, há algo ainda não resolvido nessa questão toda. Vamos aguardar!
Pergunta rápida
Você se lembra em quem votou para vereador e prefeito na última eleição?
Se você quer ler
Outra sugestão de leitura para os colegas jornalistas. Sempre é bom ler um pouco mais daquilo que temos ou que queremos. Para reforçar o que pensamos. Por isso, estou indicando o livro Jornalismo, Ética e Liberdade, de Francisco José Karam, que é professor universitário e especialista na área da ética. No livro, da Summus Editorial, Karan debate o sentindo que essas palavras - que compõem o título da publicação - podem ter em diferentes contextos. O autor analisa, ainda, “temas éticos mais frequentes nos dias de hoje, desde o direito da vida privada contraposto à liberdade de informação”. Apesar de ser específico, é uma leitura recomendada para todos os segmentos profissionais.
Eu Recomendo!
Sempre é bom assistir a filmes que retratem um certo perfil antiético de jornalistas. Bastante comum nos dias de hoje. E até mesmo da imprensa como um todo. A Montanha dos Sete Abutres (Ace in the Hole, EUA-1951) é um desses filmes. Dirigido por Billy Wilder, traz no elenco Kirk Douglas, Porter Hall, Jan Sterling, Robert Arthur, Frank Cady, Richard Benedict e Ray Teal. Conta a história de um reporter que, depois de 11 demissões, aceita emprego num pequeno jornal do Novo México. O trabalho é bastante monótono, até que ele encontra um homem preso numa mina. Ele vislumbra a possibilidade de, ao prolongar a permanência do mineiro dentro dos escombros, uma chance de se tornar famoso, pouco se importando com as consequências de seus atos. Bastante atual, diga-se. 111 minutos.
Frase da semana
“Viagem de São Paulo a Santos custa o mesmo que trajeto para Curitiba ou Belo Horizonte”. Manchete da última sexta-feira, dia primeiro, sobre o aumento de pedágios no Estado de São Paulo. No UOL Notícias-Cotidiano.
O uso e o abuso
É nesse ponto que o papel da imprensa é crucial. Jornalistas viram alvo fácil de candidatos a candidato, que fazem qualquer coisa para ganhar espacinhos e espações na mídia. E cabe justamente a nós, enquanto formadores de opinião, o papel de árbitros nessa escalada de vaidades. Cumpre-nos a quase impossível missão de separar o joio do trigo. Ou melhor, saber distinguir essa tênue divisa entre interesse coletivo e o pessoal.
Teoria e prática
Se ainda estamos a 14 meses da eleição e o cerco já se fecha nas redações em busca da notoriedade política, daqui a pouco começa a vigorar o calendário eleitoral e o assédio será maior ainda. É nesse ponto que vale o dissernimento político e o senso prático de cada profissional para não se deixar levar pelos discursos, que em príncipio parecem vigorosos, dos muitos candidatos. O canto da sereia é doce. Algodão nos ouvidos!
Planejar, jamais!
Toda essa confusão, que o estreitamento da calçada na Rua Tiradentes vem provocando é fruto da falta de planejamento técnico, estudos de viabilidades e mau costume que o prefeito Silvio Félix (PDT) tem de anunciar obras de sopetão. Para causar efeito na mídia e criar possibilidades de marketing político. Isso fere todas as regras básicas da administração pública - como é hábito na maioria dos agentes políticos guindados a cargos públicos neste País - que requer principalmente senbibilidade. A torre do Morro Azul foi um exemplo mal sucedido dessa fábrica de factóides políticos, que atingiu Limeira nos últimos anos.
Abre para a rua
Aquele portão de garagem abrindo para a Rua Tiradentes e que vai ficar maior que a calçada, conforme mostrou o morador da casa à Gazeta, em matéria publicada na última quinta-feira é o maior exemplo da insensibilidade pública com os cidadãos. Ninguém previu isso? Ninguém pensou nessa possibilidade, já que aquela rua é de fato estreita? Que venham respostas práticas e não políticas. Todos estão se cansando dessa situação!
A gente elogia...
...mas.... nem sempre funciona. Depois de muitas e até pesadas críticas aqui mesmo neste espaço à falta de sincronismo dos semáforos na região central de Limeira, escrevi alguns elogios, pois houve uma melhora em várias ruas, que contempla o quadrilátero de maior fluxo de trânsito na cidade. Eis que a situação está voltando ao normal, ou seja, não houve sequência no sistema de melhorias e os semáforos começam a emperrar o trânsito novamente.
Parece que não
Alegou-se fiação velha. Foi o que disse a o secretário dos Transportes, Rodrigo Oliveira. Foi trocada e, em princípio, parecia que o problema estava sendo resolvido. Eis que - e aos poucos - a situação está voltando como era antes. Então, há algo ainda não resolvido nessa questão toda. Vamos aguardar!
Pergunta rápida
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Outra sugestão de leitura para os colegas jornalistas. Sempre é bom ler um pouco mais daquilo que temos ou que queremos. Para reforçar o que pensamos. Por isso, estou indicando o livro Jornalismo, Ética e Liberdade, de Francisco José Karam, que é professor universitário e especialista na área da ética. No livro, da Summus Editorial, Karan debate o sentindo que essas palavras - que compõem o título da publicação - podem ter em diferentes contextos. O autor analisa, ainda, “temas éticos mais frequentes nos dias de hoje, desde o direito da vida privada contraposto à liberdade de informação”. Apesar de ser específico, é uma leitura recomendada para todos os segmentos profissionais.
Eu Recomendo!
Sempre é bom assistir a filmes que retratem um certo perfil antiético de jornalistas. Bastante comum nos dias de hoje. E até mesmo da imprensa como um todo. A Montanha dos Sete Abutres (Ace in the Hole, EUA-1951) é um desses filmes. Dirigido por Billy Wilder, traz no elenco Kirk Douglas, Porter Hall, Jan Sterling, Robert Arthur, Frank Cady, Richard Benedict e Ray Teal. Conta a história de um reporter que, depois de 11 demissões, aceita emprego num pequeno jornal do Novo México. O trabalho é bastante monótono, até que ele encontra um homem preso numa mina. Ele vislumbra a possibilidade de, ao prolongar a permanência do mineiro dentro dos escombros, uma chance de se tornar famoso, pouco se importando com as consequências de seus atos. Bastante atual, diga-se. 111 minutos.
Frase da semana
“Viagem de São Paulo a Santos custa o mesmo que trajeto para Curitiba ou Belo Horizonte”. Manchete da última sexta-feira, dia primeiro, sobre o aumento de pedágios no Estado de São Paulo. No UOL Notícias-Cotidiano.
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