Do mais humilde trabalhador ou servidor público ao mais graduado profissional ou agente político, não existe escala de valores ou diferenças, quando se pensa no exercício de sua atividade. É preciso que todos saibam fazer aquilo a que se propuseram, sempre melhor a cada dia, para que ninguém precise de subterfúgios ou caminhos pouco convencionais para alcançar o seu objetivo. Essa máxima vale para todos aqueles que exercem suas responsabilidades de forma justa. Quando se desvia dessa rota, os resultados vão do imprevisível ao catastrófico. E exercer essa responsabilidade significa conhecê-la a fundo. O jornalista tem a missão de informar, para formar a opinião pública. O prefeito, como Poder Executivo, administrar bem e conscientemente seu município e o vereador legislar sobre causas de interesse coletivo e, principalmente, fiscalizar e exigir do Executivo o cumprimento de suas obrigações básicas. Não se pode oferecer caviar, se o feijão com arroz é o que mais sustenta. Infelizmente tem muita gente que mistura todo tipo de ingrediente e, ao final, a refeição do dia acaba numa inevitável gororoba.
Desvio de função
É preciso trazer essa primeira análise à esfera político-administrativa limeirense para uma inevitável conclusão: se os vereadores ou vereadoras exercessem suas funções conforme o esperado e fiscalizassem o Executivo para que atendesse melhor a população com mais creches, escolas e ensino de qualidade, todos iriam entender melhor seus deveres e saberiam exercer seus direitos. Não existe lei que corrija distorções morais!
Proibido proibir
Quando se criam leis de cunho restritivo, está tentando tapar o sol com a peneira. E com peneira de cristal, diga-se. É um claro reconhecimento à própria ineficiência, por não ter feito o que deveria de fato fazer, desde o início e de forma correta. A cada tentativa de legislar sobre proibições, avança-se à beira de um abismo sem fundos e cria um perigoso círculo vicioso. Proibir é cômodo. Difícil é pensar em soluções reais.
Repensar rápido
O atentado a tiros e posterior morte do empresário Odair Zambom, no rush da tarde de quinta-feira, acendeu a luz vermelha da insegurança. Uma mostra trágica da precariedade das polícias em combater o crime (organizado ou não). E escancara a falta de investimentos nos aparatos de segurança pública do Estado e do País. Já passou da hora de aumentar efetivos de rua e, principalmente, remunerar com dignidade os policiais que diariamente se expõem aos riscos. Sem essa demonstração, os marginais continuarão agindo como agiram na quinta-feira. À luz do dia, em horário de grande movimento e na área central da cidade. O que mais é possível dizer?
Está ultrapassada
Outra análise que se extrai do trágico acontecimento da quinta-feira, é a falta de espaço e o caos viário de Limeira, pelas suas ruas estreitas e falta de avenidas na área central. O atraso da chegada da viatura do Samu é a mais cabal prova desse caos, que hoje, infelizmente, não há mais solução aparente. O ônus - se é que isso vai resolver alguma coisa - fica totalmente com os planejadores do município lá das década de 1930 e 1940, que, entre outras coisas, previam Limeira com uma população entre 80 e 100 mil nos anos 2000. Já estamos com o triplo disso. Pura falta de visão do progresso. Agora não adianta chorar sobre o leite derramado. E soluções milagrosas, nestes casos, não existem.
Pergunta rápida
Qual será a próxima proibição em Limeira?
Foi pela metade
Não se pode negar que a ponte na Limeira-Cordeirópolis, totalmente reconstruída pela Prefeitura e com seu leito maior e áreas de escape mais efetivas, ficou muito boa. A obra demorou, mas compensou. Apenas um senão: serviço feito pela metade. A primeira chuva, na sexta-feira, começou a levar as cabeceiras e pode comprometer todo o serviço feito até agora. Pressa não combina com obra de engenharia. Está parecendo o recente serviço no Barroca Funda. Está desmoronando... Que pena!
Se você quer ler
Hoje vou de sugestão para meus colegas de profissão. Leitura fundamental para quem quer entender o mercado da notícia e suas consequências. Estou falando de Notícia, Um Produto à Venda - Jornalismo na Sociedade Urbana e Industrial, da jornalista, professora universitária e doutora em Ciências da Comunicação, pela Universidade de São Paulo (onde atua hoje), Cremilda Medina, onde ela aborda o "tratamento das informações jornalísticas no próprio âmbito das redações, onde se cria e formula um produto para venda em banca: a notícia". Leitura obrigatória para todos nós, jornalistas.
Eu Recomendo!
Os atores não são conhecidos do grande público. Mas o filme é extremamente humano e comovente. Quem assistir vai perceber. Do início ao fim. Estou falando de O caçador de pipas (The Kite Runner, EUA-2007), que tem na direção Marc Forster. E no elenco Khalid Abdalla, Atossa Leoni, Shaun Toub, Sayed Jafar Masihullah Gharibzada, Zekeria Ebrahimi, Ahmad Khan Mahmidzada, entre outros. Um drama ambientado na capital afegã, Cabul, que conta a história de dois amgos: Amir (Zekeria Ebrahimi) e Hassan (Ahmad Khan Mahmidzada), que se divertem em um torneio de pipas. Após a vitória neste dia, um ato de traição de um menino marcará para sempre a vida de ambos. Amir passa a viver nos Estados Unidos, retornando ao Afeganistão apenas após 20 anos. É quando ele enfrenta a mão de ferro do governo talibã para tentar consertar o ocorrido em seu passado. 122 minutos.
Frase da semana
"Projeto quer proibir criança de empinar pipa na rua". Manchete desta Gazeta da última quinta-feira, 12 de outubro, quando se comemorou também o Dia da Criança.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
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1 comentários:
Caro Claudio.
concordo que devemos ter um olhar para o futuro conciente, critico e de encaminhamento de soluções para nossa cidade, não somente do executivo mas sim do legislativo e tambem judiciario para desta forma de acelerarmos as nossas vidas com soluções.
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