Humilhação. Recordes e recordes negativos quebrados pela seleção brasileira dentro do Mineirão. Uma vexatória derrota de 7 a 1 em semifinal para a Alemanha e a cabeça inchada dos torcedores e muitas soluções mágicas apresentadas por experts em futebol para evitar um ato já consumado. Esse é o rescaldo da semana que passou e que ainda está sendo contabilizado por conta da eliminação do Brasil da grande final do torneio e que agora sabemos, seria contra a Argentina. Como torcedor e um dos 200 milhões de técnicos de futebol que invariavelmente somos, confesso, fiquei chateado. E no fundo no fundo não dou crédito àqueles que afirmam estar felizes, pois são verdadeiramente os mais infelizes. E como minha coluna domingueira procura trazer um apanhado dos fatos da semana que se encerra, e hoje começa uma nova, não poderia ficar alheio à terça-feira trágica para o futebol brasileiro. Sem “mineirazos” ou algo que valha discutir, ficou o gosto amargo do espetáculo proporcionado pelos alemães. E que em nenhum momento procurou humilhar os derrotados.
Espetáculo sem “olé”
Uma lição que nós, brasileiros, precisamos tirar. Saber reconhecer a força do oponente, quando ela existe, e reconhecer nossas fraquezas, quando elas são aparentes. É provável que, se a situação fosse inversa, lá estariam os jogadores do “scratch canarinho”, como diriam os mais antigos, a dar o “olé” no adversário abatido. Houve seriedade do começo ao fim. E o placar foi consequência dessa seriedade.
E se passou, passou
Procurar culpados e enrolar-se em teorias mirabolantes sobre o que poderia ser feito e não foi, sobre quem deveria ser escalado e a teimosia do técnico Felipão, não vão modificar o 7 a 1 e nem garantir vaga na final. E, é bom que se diga, de tudo o que eu li, ouvi e vi, não consegui encontrar mais que duas ou três ideias que fossem consenso. Isso entre os milhares de análises que os “entendidos” elaboraram.
É mais simples do...
... que nos parece. Perdemos porque jogamos mal. Foi um apagão coletivo que, por seis ou sete minutos, desencadeou uma avalanche de gols sobre a meta brasileira, deixando a todos atônitos, que nem os otimistas ou pessimistas conseguiriam entender. Foi humilhante, sim. Vexatório, mais ainda. As lições estão aos montes a serem aprendidas, mas é preciso que exista quem as queira aprender, para mexer nas estruturas.
Sim. Nós podemos
E se dentro de campo não foi o esperado, o caos previsto por muitos gurus do apocalipse também não se concretizou. E a Copa do Mundo da Fifa no Brasil, que hoje se encerra – e que tristeza – com o jogo Alemanha x Argentina, mostrou as capacidades que nem imaginávamos ter. É esse ensinamento que a população precisa tirar: acreditar que pode ser o protagonista de sua própria história. Apesar das remadas em contrário.
Que esperar agora...
O legado da “Copa das Copas” é uma outra história. Difícil, de imediato, em um exercício de futurologia, afirmar se foi positivo ou negativo. Deve, acredito, oscilar entre esses dois patamares. Vamos aguardar.
Parar. olhar e seguir
Na última quinta-feira, a prefeitura pôs em operação os semáforos na rotatória do Viaduto Antônio Feres, que ficou conhecido como Viaduto da Ford. Medida pioneira no trânsito limeirense, para disciplinar o fluxo entre veículos e pedestres num dos pontos mais complicados da área central, de uma forma geral agradou. Principalmente aos pedestres. Entre os motoristas as opiniões se dividiram entre favoráveis e contrárias. E não era para se esperar outra coisa, uma vez que afeta o tráfego de uma maneira geral. Num primeiro momento – ainda não experimentei o seu funcionamento - entendo que é uma ação positiva do governo municipal rumo à tão falada mobilidade urbana. Em que pese a aversão de alguns motoristas, só o dia a dia atestará se foi uma ação positiva.
Interação no trânsito
Entendo mobilidade urbana como facilidades proporcionadas por regras claras, em que motoristas e pedestres tenham a mesma chance de se locomoverem com segurança. A rapidez é apenas uma questão de disciplina. É preciso que haja uma perfeita sincronia entre os que estão ao volante e aqueles que se locomovem a1 pé, ao traçarem seus percursos. Mesmo com faixas de pedestres em cada ponto de travessia, o motorista não vai simplesmente parar para o pedestre atravessar, se não tiver um limite físico. Nesse caso o semáforo. Faz parte da cultura brasileira – pelo menos por aqui – que a prioridade é o carro em movimento. Só que não é assim que deve funcionar. Cada um, a seu tempo, deve ter seu próprio espaço livre e seguro para poder seguir em frente.
Cadê a fiscalização?
Já que o assunto é o trânsito, caminhões pesados circulam livremente em horários de pico no Centro da cidade. E as lojas guardam lugar em vagas rotativas, enquanto se circula procurando lugar para estacionar. Nessas horas, os agentes passam longe...
Pergunta rápida
O que fazer com tanto candidato para votar em Limeira?
Embalos de outubro
Ontem, 12, até as 19h, e em ritmo de disputa do terceiro lugar na Copa do Mundo, entre Brasil e Holanda, encerrou-se o prazo para candidatos e partidos requererem seus registros ao Tribunal Superior Eleitoral e Tribunais Regionais Eleitorais. Enquanto escrevo isso, não tenho conhecimento se houve alguma desistência de candidatura ou não entre os 22 limeirenses que se propuseram ao desafio das urnas. Mantidas todas elas, haverá uma pulverização que nem sequer servirá para medir o potencial eleitoral de cada um deles que, acredito, seja o objetivo de parcela considerável dos candidatos. E podem passar pelo vexame de ver candidatos de fora serem melhores votados. Criou-se um verdadeiro caos na política limeirense. #semdeputadooutravez.
Nota curtíssima
Quem nasceu para ser vira-latas, nunca alcançará o pedigree de um pastor-alemão.
Frase da semana
“É muito semáforo para pouca rotatória”. Evandro de Souza, sobre o primeiro dia de testes na rotatória do Viaduto da Ford. Na Gazeta de Limeira. Sexta-feira, 11.
domingo, 13 de julho de 2014
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