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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

As chuvas, as promessas e a lama da corrupção

Da tempestade política pela qual Limeira está passando e sendo levada numa enxurrada de lama, para a tempestade real, esse fenômeno natural que assuta,
destrói, mata e traz prejuízos incalculáveis, há uma conclusão óbvia a se tirar. Uma acaba sendo consequência da outra. Não de forma direta, porque corrupção não provoca evaporação - a não ser de dinheiro - nem forma nuvens propícias à precipitação pluviométrica, mas normalmente leva de roldão o que deveria ser investido, pelo poder público, no tratamento às causas dessas catástrofes e, assim, evitar suas consequências.
Por que a comparação? É simples. Pelo País todo, caminhando pelos estados da Federação até chegar aos municípios, o sofrimento causado pelas chuvas fortes
são sempre inomináveis. Desde perdas de vidas a prejuízos materiais, que ano a ano só aumentam. Atingem sempre os mesmos locais, que invariavelmente foram
promessas eleitorais de campanhas ou compromissos - descompromissados - assumidos a cada tragédia. O agente político estufa o peito, enche-se de vigor e promete até o impossível. Promessas agravadas sempre, ao entrar e sair dos anos, pelo seu não cumprimento. Se fossem não seríamos obrigados a noticiar, neste período de águas plenas, manchetando sempre, os estragos e os prejuízos das chuvas, que são anunciadas, previstas e caem sem piedade.
Os comerciantes do Mercado Modelo, o nosso tradiconal Mercadão, que o digam. Os que precisam se utilizar do mal desenhado e acabado projeto da Ponte Preta, que veio com "a solução" a esse rotineiro problema e só o agravou, que respondam. Um círculo vicioso que roda, roda, não sai e nem chega a lugar nenhum, a não ser às páginas dos jornais e imagens de televisão, sempre impactantes. Pela segunda vez neste janeiro, a Gazeta traz, num final de semana, entre o sábado e o domingo, a manchete da segunda-feira, ilustrada com as mais inusitadas fotos. Ressalve-se, que ninguém é inocente a ponto de não entender a fúria da natureza, que nem sempre se aplaca com obras. Árvores arrancadas, destruindo carros ou danificando a rede elétrica, obstruindo ruas inteiras e até mesmo estradas, são situações que não dá para serem evitadas. Para situações pontuais e conhecidas, entretanto, acredito, como a maioria dos cidadãos, nas chamadas medidas preventivas. Em obras inteligentes, que com certeza não evitarão as chuvas, porém amenizarão suas consequências menos desejadas.
É nesse ponto, porém, que tudo se amarra e nos vem à memória - no meu caso das últimas três décadas - de fotos posadas de prefeitos e secretários no entorno do Mercadão ou ao lado das máquinas no viaduto da Ponte Preta. Com as mãos na cintura, olhando os estragos e anunciando as soluções. E lá se vão esses trinta anos e tudo se repete. Alagamentos, destruição, novos prejuízos e a certeza de sempre, a vontade de recomeçar daqueles que perdem alguma coisa ou o pouco que têm. Sabendo que no próximo janeiro tudo se repetirá. Inclusive as poses dos agentes públicos, com seus semblantes preocupados. Prontos para prometer novamente.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Quando a obsessão cega a busca pela realidade

Na coluna de quinta-feira fiz um breve comentário sobre o livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr, que pretendo retomar neste espaço, devido a comentários e artigos que tenho lido e fogem completamente da realidade a que se propõe. Da história e do próprio livro, cujo conteúdo, se não é explosivo, deixou a pena dos tucanos mais radicais - e eles existem - arrepiadas. Alguns até comentam sobre o texto com críticas irreais, afirmando que não o leram ou não vão ler de forma alguma. Primeiro erro: ninguém deve comentar aquilo que não conhece. O segundo erro, e esse mais crasso ainda, é tratar a obra como criminosa, fruto de quebra de sigilos. E, principalmente, o período abordado. Trata-se de um relato - com farta documentação de domínio público - sobre um período específico da vida nacional, compreendido nos anos 1990, da era FHC, quando ocorreram as privatizações das estatais. O terceiro erro, e a meu ver o mais grosseiro, é tentar desqualificar o autor. Uma visão estreita, fundamentada apenas pela ótica político-partidária. É preciso ler primeiro. Depois entender.

Contra ou a favor
A questão abordada, e com muita qualidade, pelo jornalista, não é um libelo contra a privatização de empresas estatais inchadas e deficitárias, mas a forma como foi feita. É a maneira como foi tratado o patrimônio público e a espoliação do erário, em benefício particular. De círculos próximos a José Serra e FHC, que em nenhum momento são citados como responsáveis diretos pelos crimes cometidos. E foram muitos.

Confusão mental
Formação é formação, e cada um puxa a sardinha para sua brasa. E a expressão do pensamento é livre para quem quiser se manifestar. O que eu não entendo é a irritação, quase censura mesmo - e isso foi tentado de todas as formas - daqueles que nem a menos se dão o direito de conhecer o assunto. O debate partidário interno é uma coisa. A realidade é o que a história reproduz. E vai perpetuar, na frente.

E no jornalismo...
Amaury Ribeiro Jr. é detentor de três prêmios Esso e quatro Vladmir Herzog. E tem passagens pelo O Globo, IstoÉ, Correio Braziliense, Estado de Minas e atualmente é produtor executivo de jornalismo da TV Record.

Mobilização real
A mobilização da população limeirense em torno da situação política, que vem se desenrolando em Limeira desde o último dia 24 de novembro de 2011, merece elogios. Mais ainda, é um exemplo de como a força popular pode mudar a paisagem de uma cidade. É preciso, entretanto, que passado este momento e até mesmo concomitante a ele, essa mobilização continue cada vez mais forte, pela melhora na educação, na saúde pública, na segurança, no transporte público, para citar as áreas mais sensíveis à população, de uma maneira geral.

O poder é bizarro
Está difícil não falar de política nesses tempos de turbulência, por aqui ,na ex-terra dos laranjais em flor. Hoje apenas de laranjas. Não para se omitir, entre tantos acontecimentos. O problema é que o drama inicial está se transformando numa verdadeira ópera-bufa. Dentro da espirituosidade de todo bom brasileiro.

Pergunta rápida
Será que agora vai ou racha de vez?

Se você quer ler
Conhecer a história de um ídolo é sempre interessante. Principalmente quando esse ídolo transcende seus domínios a atinge todos os quadrantes de sua história, sendo admirado por todos, indistintamente. Estou falando do livro São Marcos de Palestra Itália, lançado neste ano por Celso de Campos Jr, pela Editora Realejo, contando a história do goleiro palmeirense Marcos, titular da seleção pentacampeã de 2002. Com 304 páginas, o livro conta toda a trajetória do jogador, que recusou uma proposta milionária do inglês Arsenal, para ajudar a Sociedade Esportiva Palmeiras a voltar à primeira divisão do futebol brasileiro, com quem caíra no ano anterior. Para palmeirenses e todas as outras torcidas, que aprenderam a admirá-lo, como atleta e como ser humano.

Eu Recomendo!
Um filme de ação interessante para este final de semana. Trata-se de O Procurado (Wanted, EUA, Alemanha-2008), com direção de Timur Bekmambetov. Com estrelas como Angelina Jolie, Morgan Freeman e Terence Stamp, o elenco traz ainda James McAvoy, Kristen Hager, David O'Hara, Chris Pratt, Lorna Scott , Sophiya Haque entre outros. O filme conta a história de Wesley Gibson, que tem 25 anos e detesta sua vida e acaba seguindo o caminho do pai ao entrar para a Fraternidade, na realidade uma liga de assassinos treinados para executar as ordens do destino. O lema é "matar um, salvar mil". Ao se tornar o preferido da Fraternidade, Gibson se sente bem consigo próprio, porém, a situação muda quando ele percebe que seus parceiros não têm interesses tão nobres quanto aparentavam. Ação, com 110 minutos de duração.

Frase da semana
"Deixei de ser profissional quando recusei os milhões do Arsenal para jogar a Série B. Ali, falei com o coração". Do ex-goleiro Marcos, do Palmeiras, na biografia de Celso Campos Jr, São Marcos de Palestra Itália.
Mordaça, não
Há várias formas de silenciar a imprensa. Através da própria lei, nas ditaduras - que não é o caso - e pelo medo, através de ameaças. Ambas as formas são criminosas E se calar diante dessa afronta é fazer o jogo dos bandidos que estão por trás dela. Principalmente quando são anônimas e disparadas, via e-mail, de provedores do exterior, como as enviadas a jornalistas desta Gazeta, do Jornal de Limeira e da TV Jornal. Já estão sendo devidamente investigadas pelo Gaeco.

É pré-histórico
Apesar de todos os avanços pertinentes ao Século XXI, a mente humana ainda vive de uma primitividade espantosa. Está lá nas cavernas, da pedra lascada.

Dias tranquilos
A semana está correndo sem sobressaltos. A sessão da Câmara de domingo, dia 15, foi importante para essa tranquilidade aparente na esfera política. Se não houver acontecimentos inesperados, pelo menos não está rendendo manchetes sucessivas, como na semana passada. Porém, ainda não acabou...

Maternalzinho...
Terminei a leitura de "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Pelo menos 40% do conteúdo eu já tinha conhecimento, através de matérias veículadas na própria imprensa. O documentos é que são curiosos. E todos públicos e não fruto de quebra de sigilo, como alardeado pela tucangem. Minha conclusão: Zé Dirceu, Genoíno, Delúbio, Silvinho Pereira, João Paulo Cunha (para citar alguns), são alunos de jardim da infância, perto dos privatas PhDs, citados no livro.

Enfim...mudou
Por aqui, alguns ensaiam críticas à transferência do terminal de ônibus da Praça do Museu para o novo Terminal Urbano, na baixada da rodoviária. Em especial alguns comerciantes da área central. Quando perceberem os benefícios dessa mudança, com certeza param. Mexer com a zona de conforto das pessoas é complicado. Mas é preciso, principalmente quando a solução é a mais acertada.

Português claro
Vamos explicar, hoje, o que é mordaça. Segundo o novo dicionário Houaiss é um substantivo feminino. Mordaça significa: tira fina de pano, corda ou qualquer outro material com que se ata a boca de uma pessoa, impedindo-a de falar ou gritar; qualquer coisa que impossibilita uma pessoa de falar; repressão de ideias e opiniões de teor divergente daquelas impostas por alguém ou algo.

A última de hoje
Os bons estão deixando o silêncio de lado e fazendo muito barulho. Que assim seja e que esse barulho seja cada vez maior.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dos males da caixa de Pandora, resta um bem a liberar: a esperança

Está na mitologia grega. Pandora, a primeira mulher criada por Zeus. Que recebeu uma caixa, na verdade um jarro, contendo todos os males do mundo. Ao abri-lo, Pandora liberou todo seu conteúdo menos um dos itens existentes: a esperança. O que singifica que a esperança ainda está, guardadinha e oculta, aguardando também que alguém a libere, para que todos possam desfrutar dessa doce sensação. Se hoje, o sentido dado à frase "abrir a caixa de Pandora" pode nos remeter a um mal, que não tem como ser desfeito, é preciso, então, levar em consideração àquele item remanescente e que ainda está no interior do grande jarro.
Então que Pandora seja transportada aos dias de hoje - na mitologia nada é impossível - e tome assento entre os cinco vereadores da Comissão Processante, namara Municipal, para guiar os passos desses legisladores, na hora de abrir as caixas, que não Zeus, mas o Ministério Público (leia-se Gaeco) entregou fechadas a eles. A diferença entre o mito e a realidade é simples e fácil de entender. Ao contrário da própria criação mitológica do soberano do Monte Olimpo, esses quatro homens e uma mulher não poderão liberar ao vento todos os males contidos nas "caixas do MP", sob pena de punição rigorosa ao sabor da lei, mas poderão, sim ao fazer o uso correto de todos os documentos contidos - dos males, que não são os do mundo, mas estão por toda a parte - devolver o único item ainda escondido pela própria Pandora: justamente a esperança, da qual me ocupei atrás ao explicar essa criação do "rei" de todos os deuses.
A esperança de trazer à luz a verdade - ou várias - sobre os últimos acontecimentos políticos que envolveram e continuam envolvendo Limeira e indignando seus cidadãos. A mesma esperança que criou um movimento mobilizador, que transcendeu qualquer cor partidária, a ponto de lotar o auditório do Plenário damara (hoje residência oficial de Pandora) em pleno domingo de uma noite chuvosa. A esperança de trazer de volta a transparência nos negócios - e até negociatas - públicos ainda sem explicação, que traz tantos pontos de interrogação, que mataria de inveja aquele personagem dos quadrinhos e das telas, o Charada, um dos antagonistas do super-herói Batman.
E fundamentalmente, uma esperança que está acima de qualquer outra: a da limpeza ética na política, hoje uma espécie de mobilização nacional, quase uma cruzada, contra a corrupção. , sim para tirar do jarro de Pandora tudo isso e mais um pouco. Os males os conhecemos. Neste momento é preciso saudar outras duas características introduzidas à humanidade por essa mulher, a força e a dignidade, que ensinam ao homem lutar por sua vida, enfrentando as adversidades, que lhes são postas no caminho. Cumpre ao quinteto, então, a responsabilidade de liberar essa espernaça. Pandora os observa do alto.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Nem tudo são críticas. A prática rende elogios

O trânsito é problema sério e gerador das maiores discussões. Em qualquer cidade. Desde as de pequeno porte, acentuando-se nas de médio e complicando ainda mais nas chamadas metrópolis. E Limeira, como município médio, querendo ser grande, a situação é a mesma. Sou crítico contumaz das autoridades de trânsito locais. Às vezes, entretanto, é preciso descer à realidade das práticas acertadas e reconhecer o trabalho bem feito. Eis que depois de muito empurra-empurra, abre e fecha buracos, a Rua Tiradentes virou, finalmente, um corredor para o transporte público. A proibição de estacionamento do único lado da rua em que era permitido (o direito) pode até ter desagradado alguns comerciantes, mas está comprovando, na prática desses primeiros dias, que foi uma medida corretíssima. E os resultados são sentidos por quem trafega por ela. O fluxo melhorou de forma efetiva, desafogando inclusive as ruas perpendiculares à ela, que estavam se tornando verdadeiros gargalos. Agora cabe ao cidadão a consciência de que precisa colaborar também e respeitar a faixa preferencial dos ônibus. Merece, de fato, elogios.

Consciência é bom
Como sempre tem aquele que consegue estragar uma música boa, desafinando ou saindo do tom, os exemplos se repetem agora. Ainda esta semana, circulando pela Tiradentes já livre das vagas de estacionamento, notei que alguns ainda teimavam em estacionar seus veículos, mesmo com as placas de proibição. Não eram muitos, mas estavam lá, a complicar o que foi descomplicado. A burrice parece ser crônica.

Alterações à prova
Agora é esperar para ver como ficarão as mudanças na área central da cidade, em função do deslocamento de todas as linhas de transporte coletivo urbano para o novo terminal, desde a sexta-feira, 14. Placas, faixas e a divulgação, que antecederam as medidas não faltaram. Desta vez o poder público está agindo de forma prática e preventiva, que deveria ser regra e não exceção. É preciso esperar os resultados.

Se não me engano
Os acontecimentos que tiveram início no dia 24 de novembro do ano passado e afastaram o prefeito Silvio Félix (PDT) do holofote administrativo parece que foi bom para o município. As ações das secretarias municipais ganharam mais fluência e estão dando resultados práticos sem qualquer interferência política. A descentralização de poder é sempre benéfica. E se for com autonomia melhor ainda.

Pergunta rápida
Na hierarquia de um Legislativo Municipal a última palavra é da Presidência da Casa ou da Secretaria de Assuntos Jurídicos?

Erros grosseiros
E por falar em Câmara Municipal, vamos falar da nossa, daqui da terrinha das - e dos - laranjas. É bom lembrar que os documentos que os três vereadores situacionistas fizeram voltar à Justiça e ao Ministério Público, além do erro grosseiro de interpretação jurídica patrocinada pela ameça do prefeito em seu blog, houve um erro técnico. São apenas cópias de documentos e que foram entregues à própria Câmara pelos promotores do Gaeco e, portanto, pertencem à Câmara. Não precisavam ser devolvidos.

Dito e... bem feito
Pois é! Não poderia ter acontecido outra coisa. Com um novo aval do Poder Jucidiário para o uso do material, o promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, que integra as forças do Gaeco na investigação e apuração dos fatos, envolvendo a família de Félix foi pessoalmente devolver os documentos ao presidente da CP, vereador Miguel Lombardi (PR), ato também assinado pelo relator, Ronei Martins (PT). O vereador Piuí, único governista presente ao ato, só observou. E com cara de poucos amigos. Humildade no reconhecimento pelo erro também é um ato de grandeza. Será que Piuí sabe disso?

Se você quer ler
Um dos clássicos da literatura mundial de terror, baseado no folclore romeno. Trata-se de Drácula, de Bram Stoker, o pseudônimo do inglês Abraham Stoker, também o criador dessa genial saga. Tudo inspirado num personagem real, o rei Vlad, o Emapalador, da Transilvânia, que é uma região centro-ocidental da Romenia. Bran Stoker, que viveu entre 1847 e 1912 redigiu esse "relato que tem assombrado gerações consecutivas de leitores, transformando-se num mito adaptado ao cinema, quadrinhos e TV". Drácula é uma história de vampiros e lobisomens, seres, que apesar de mortos, permanecem vivos. São ao todo 550 páginas da coleção pocket da Editora L&PM. Boa e tenebrosa leitura a todos.

Eu Recomendo!
Sempre fui fã do trio Larry, Carly e Moe. Imortalizados na tela como Os Três Patetas. É o longa que indico hoje. E o filme é Os Três Patetas - O Mundo é Patetico (All The World's A Stooge, EUA-1941). Um milionário disfarça os três patetas em crianças e os leva para casa a fim de evitar que a esposa pense em adoção. No elenco, dirigido por Del Lord, estão Curly Howard, o Curly; Larry Fine, como Larry; Moe Howard, o Moe, além de Lelah Tyler e Emory Parnell. É riso garantido e muita diversão. E que todos se preparem, pois vem ai um remake de Os Três Patetas (The Three Stooges), da 20th Century Fox, que deve estrear agora em 2012, inclusive com trailers à disposição na internet. E os atores que interpretam os três são bastante parecidos com os originais.

Frase da semana
"Sinto muito pela nossa cidade que tem que conviver com vereadores movidos mais por humores e temores do que pelo legítimo direito de resistir ao governo ou, até mesmo, de lutar para substituí-lo, demonstrando que cidadania é valor que se aprende para viver a vida toda". Do padre Alquermer Valvasori, na seção Gazeta dos Leitores. Ontem, na Gazeta.
Revolta sentida
A freada que os veredores da situação, Nilce Segalla (PTB) e Antonio Braz do Nascimento (PDT) - com a corroboração do tucano Almir Pedro dos Santos - deram na CP, revoltou a população limeirense. Ninguém está engolindo a devolução dos principais documentos como uma questão jurídica. A mobilização pela ética na política, segundo alguns, deve ganhar ainda mais força daqui para frente. É esperar para ver.

Na mira do povo
E são nas conversas informais com populares, que se sente a maior revolta. Ontem mesmo conversei com um senhor, que trabalha no colégio em que meus filhos estudaram, e sua indignação era tanta, que ele rascunhava uma carta para a sessão dos leitores nos jornais. Estava inconformado mesmo.

Já está sentindo?
Caso venha (ou não) uma agora improvável cassação de Félix, é apens uma punição política. O fato é que na Justiça ele e toda a família - e os agregados do escândalo de novembro - vão responder, por certo, e com as mesmas provas, que foram devolvidas. Para um político, entretanto, a maior punição é o ostracismo, pior do que qualquer outra. Quase um fim de linha.

Sem candidatos
Se eu for abordado por algum pesquisador eleitoral, querendo saber em quem votarei em outubro, certamente responderei que ainda não sei. Se, por outro lado, me perguntarem em quem jamais votaria, fica fácil desfilar mais de uma dezena de nomes. Enfim, ainda é cedo para isso. Mas já preparei minha colinha dos "invotáveis".

Português claro
A palavra do dia é ostracismo. Segundo o novo dicionário Houaiss, ostracismo tem significado histórico na antiga Grécia: desterro político, que não importava ignomínia, desonra nem confiscação de bens, a que se condenava, por período de dez anos, o cidadão ateniense que, por sua grande influência nos negócios públicos e por seu distinto merecimento ou serviços, se receava que quisesse atentar contra a liberdade pública; exclusão de cargo público ou político; ato ou efeito de repelir; afastamento, repulsa.

A última de hoje
Entre 40 e 50 dias Limeira deve ganhar um novo empreendimento. Uma das maiores pizzarias, que a cidade jamais viu. Os empreendedores afirmam que a concorrência deve ficar preocupada, por ela vai chegar com tudo e muita festa para comemorar a data. Vamos aguardar então. O nome ainda é segredo.

Coincidências à parte, é preciso explicar. Outra vez

Há uma espécie de gíria entre os apreciadores das corridas de cavalos, daqueles que têm o turfe como esporte e até mesmo fonte de renda, com o seguinte enunciado: se você apostar num cavalo pela primeira vez, e ele vencer, é sorte; se você apostar no mesmo cavalo pela segunda vez, e ele vencer novamente, é coincidência; agora, se você aponstar no mesmo cavalo, e ele vencer pela terceira vez, continue apostando por que ele é bom. Entre a sorte, a coincidência e a perpetuação do fato como verdadeiro e irreversível, há uma linha tênue e que está sendo traçada por uma coincidência, ainda sem consequências, mas que não pode se repetir.
Essa pequena pérola me veio à mente justamente por essa coincidência, à qual me referi no parágrafo acima. De fatos, quase de datas mesmo, envolvendo pela segunda vez consecutiva o Shopping Pátio Limeira. Que se não tem nada de engraçado e nem é motivo para se fazer troças, merece que todas as atenções estejam, mais uma vez, voltadas para ele. E no embalo dos acontecimentos do último sábado, se possa vislumbrar uma ação definitiva e eficaz para que se evite, no futuro, uma tragédia de grandes proporções. E não há como deixar passar em branco esse novo "incidente", na praça de alimentação daquele centro de compras.
E as coincidências - agora no plural - são bastante contundentes. Senão vejamos: o mês, janeiro; a praça, recém-inaugurada após mais de um ano fechada para reparos e ações corretivas na área de segurança; uma chuva forte e outro susto, que se iniciou com algumas gotas de água (muito bem captada por um vídeo feito por uma frquentadora e postada no Youtube) e por fim o desabamento de uma placa de gesso do teto. Desta vez apenas uma placa. O que não deixou de provocar correria e assutado muita gente, pela lembrança do que aconteceu naquele 25 de janeiro de 2010. A pergunta que fica no ar é a mesma que rondou praticamente todo o ano passado, até a área ser liberada para que as recomendações de melhorias - e correções necessárias - fossem sanadas para se ter novamente reinaugurada para o usufruto público: se as obras foram feitas dentro de todos os padrões propostos e com todo rigor técnico, por que aconteceu novamente?
Como não sou engenheiro e nem técnico em segurança, não vou me arriscar a responder, porque também, convenhamos, não é a minha função. Como agente da informação e formador de opinião, meu trabalho é justamente colocar a pulga atrás da orelha dos outros. E fazer com ninguém se esqueça que ela está ali, incomodando. Culpar a chuva não é a melhor opção para uma explicação direta, se levarmos em conta que janeiro é tradicionalmente um mês chuvoso, temporais estão previstos, o que nos remete tão somente a ações preventivas. A lição desse segundo acontecimento só deve ser uma. E diferentemente do apostador no cavalo, que não venha uma terceira vez. Nesse caso não se pode dar sopa para o azar. Com a palavra - caso queiram esclarecer - os empreendedores. Só eles podem falar.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Disciplinar é preciso. Mais que isso, agir

Faz tempo que se ensaia a transferência dos camelôs da Praça do Museu. Faz mais tempo, ainda, que se anuncia tal medida, sem nenhuma ação concreta. Longe de querer tirar o "ganha-pão" de cada um deles, mas com a transferência de todas as linhas do improvisado terminal para o recém-inaugurado e definitivio terminal, na baixada da estação rodoviária, não haverá como mantê-los no local. Isso em decorrência do próprio movimento de populares, cuja tendência é uma redução drástica naquele logradouro. Sem ter a quem vender - pelo menos a quem oferecer os seus produtos - os próprios camelôs, acredito, tomem consciência de que devam deixar o local à procura de outro. E cabe à Prefeitura, também, disciplinar essa atividade e oferecer-lhes um novo local. Talvez até mesmo nas proximidades do novo terminal urbano. Trata-se, também, de uma questão urbanística. É preciso recuperar o Museu Histórico e Pedagógico Major José Levy Sobrinho, a Biblioteca Municipal e toda aquela praça, berço da tradicional escola Coronel Flamínio, que hoje abriga justamente o museu. Sem promessas, mas com ação.

Trabalhar é preciso
Quanto aos camelôs, eles precisam, sim, de um novo local para exercer sua atividade econômica. Todos eles, acredito, tiram o sustento próprio e da família desse trabalho. O shopping popular, nas instalações da antiga Machina São Paulo, que está em obras de recuperação, pode ser uma solução. Com organização, infra-estrutura e tudo o que precisam. É preciso conscientizá-los disso. Discipliná-los. Quem não aceitar...

Disciplina também
Acredito que haja até mesmo resistência e tentativas de reincidência e retorno à Praça do Museu. E é nesse ponto que a Prefeitura tem que ser firme. E mostrar, aos camelôs, que precisam acatar a mudança e participar dela. Será preciso jogo de cintura e muita fiscalização, para que todos saiam ganhando com essas mudanças. Os usuários do transporte público, a população, com a praça restaurada, e os próprios camelôs.

Uma outra história
Acomodar o Museu Major José Levy Sobrinho no antigo Grupo Escolar Flamínio Ferreira foi, para alguns, senão um erro, uma gafe histórica. Segundo se comenta nas rodas da história política local, ambos se digladiavam pelo poder. Foram ferrenhos adversários, e até inimigos políticos. História que precisa ser confirmada.

Escreveu, não leu...
...o pau comeu, dito popular que pode ser traduzido como "é preciso fazer a coisa certa, sempre". É para refletir um pouco sobre alguns pretensos jornalistas, que estão escrevendo e não lendo as coisas que escrevem. E o pior de tudo, vomitando ética da boca para fora sem mirar o própiro nariz no espelho mais próximo. No jornalismo, não basta apenas conhecimento prático e teórico. É preciso muito conhecimento técnico também. Então, uma sugestão interessante aos apressados: aprendam antes. Conheçam o assunto que pretendem escrever, e suas implicações. Depois, basta lembrar que temos liberdade de expressão por aqui.

Responsabilidades
E o mais importante em todo esse processo da difusão de informações: ter responsabilidade, para não ter que se explicar depois. E essa responsabilidade significa, também, assumir as próprias ideias para não ter que pedir arrego.

Fatec. Outra vez?
Até quando vai se insistir nessa história das Fatecs? escrevi e volto a escrever. Limeira não precisa delas. Precisa aumentar seu portfólio de cursos universitários voltados aos interesses dos verdadeiros interessados: os estudantes. Senão vai continuar tudo como está, não atendendo à demanda local. O pior investimento de um governo é fazer política com a educação. Como faz hoje o do Estado de São Paulo. Que retrocesso. gastaram demais essa tecla. Chega.

Pergunta rápida
quantas andam as investigações sobre o assassinato do empresário do setor de joias Odair Zambom?

Se você quer ler
Para este domingo minha indicação é o livro Meu Querido Vlado-A História de Vladimir Herzog e do Sonho de uma Geração, do jornalista Paulo Markun. Ambos eram amigos, com ligações com o Partido Comunista, na década de 1970, o que era proibido pela ditadura. Markun trabalhava na TV Cultura, onde conheceu Herzog, que à época era diretor de jornalismo da emissora. Foram presos e tiveram que depor no temido DOI-CODI. Paulo Markun foi uma semana antes, e Vladimir Herzog no dia 24 de outubro de 1975. No dia 25 estava morto. Trata-se de um relato de quem sobreviveu à ditadurta. Markun, além da própria memória, utilizou-se de documentos do Departamento de Ordem Política e Social, o Dops, para escrever o livro. Boa leitura a todos.

Eu Recomendo!
Para quem é ligado em televisão, aqui vai o filme Nos Bastidores da Notícia (Broadcast News, 1987-EUA), dirigido por James L. Brooks. Comédia sobre o dia a dia de uma emissora de TV, que tem no elenco William Hurt, Albert Brooks, Holly Hunter, Robert Prosky, Jack Nicholson, John Cusack, entre outros. A história se passa em Washington D.C., onde uma produtora de telejornal de uma grande rede tenta manter um alto padrão de qualidade. Ela tem dificuldade para aceitar o mais elegante âncora da rede, que é tudo o que ela mais odeia em notícia, mas acaba se apaixonando por ele. Um colega de trabalho, que é um ótimo profissional, mas não pinta, mas é o melhor amigo dela, assiste a tudo, além de ser apaixonado por ela e não revelar este amor. Duração: 132 minutos.

Frase da semana
"Militares me expulsaram porque não rezei duas missas". Do padre italiano Vito Miracapillo, expulso do Brasil pela ditadura militar em 1980, que está de volta ao País, 31 anos após ser expulso. À época, o caso teve repercussão internacional. Sexta-feira, 6, no UOL, Notícias-Política.